The Fallacy of Accuracy

Digital Man escreveu:

ricardo onga-ku escreveu:

O problema é se não gostamos de ouvir com headphones...aí a coisa sai mais cara.

Sem dúvida, para percepcionar a mesma transparência, definição e dinâmica numa sala é necessário gastar muito mais...
O mais caro vai ser a dinâmica do baixo. Até com uns auscultadores do tipo auricular (in-ear) muito baratos (na casa dos 100€) consegue-se normalmente mais dinâmica do que num sistema em que só as colunas custam 10x mais.

É exatamente devido a essa excelente relação som/preço dos auscultadores, que creio justificar-se uma tentativa de adaptação para o audiófilo. Por exemplo, seguindo o slogan que o Fernando Pessoa criou para a Coca-Cola - «primeiro estranha-se, depois entranha-se...»

Bom, isso é uma cascata que vai no sentido da diminuição do pretendido.

Realismo de uma performance no local do "Live at te Village Vanguard"...............100%

Realismo de uma performance num sistema de topo do "Live at te Village Vanguard"....45%

Realismo de uma performance num sistema "porreiro" do "Live at te Village Vanguard"....15%

Realismo de uma performance num sistema menos bom "Live at te Village Vanguard"....5%

Realismo de uma performance num sistema smartphone com auriculares...


Cada um paga o que pode e o que quer, mas comparações...

António José da Silva escreveu:

Realismo de uma performance num sistema smartphone com auriculares...


Cada um paga o que pode e o que quer, mas comparações...

Se realismo é viver a experiência ao vivo, então sem dúvida!!!  

Não se trata de um qualquer "sistema smartphone", neste caso.  Na realidade, + 90% dos smartphones do mercado são medíocres (em termos de audio).
A minha experiência positiva é com os htc M8/M9, que batem a concorrência que experimentei da Apple e Samsung.
E não só mobile. A diferença para portáteis de topo é incompreensível. Os portáteis não são hi-fi (mais fontes de ruído e distorção).

Dois exemplos em que os meus sistemas caseiros perderam: U2 e Rolling Stones (em estádio). Com o Smartphone/phones tenho a sensação de estar lá. Porquê?! Tentando encontrar as respostas:
- Aparente melhor definição (resolução) do que os DACs convencionais, permite maior transparência.
- SPL. É possível ouvir ao mesmo nível percepcionado que nos concertos, o que não é conveniente no apartamento, o que também ajuda a recriar o realismo.
- Melhor dinâmica e baixos rápidos e ultra-bem definidos. Falta o sub-baixo sentido mas não é daí que vem a emoção.
Nunca tive nenhumas colunas (nem sala) que chegassem perto.

Agora, com um smartphone qualquer e uns auscultadores menos bons/incompatíveis, mais vale deitar isso para o lixo.

Digital Man escreveu:

Se realismo é viver a experiência ao vivo, então sem dúvida!!!  

Exactamente.

De resto concordo que a audição com headphones pode ser espectacular por valor comparativamente baixo.

Para mim, não são coisas comparáveis nem tampouco "separáveis". Sao dois sistemas que se complementam para nos fazer felizes.

E sim, tenho um m80 há quase 2 anos, e é muito porreiro mesmo. Até ja passei ficheiros de qualidade para RtR com bons resultados.

Digital Man escreveu:

TD124 escreveu:

Bom, os de voçês que leram a autopsia da alta-fidelidade devem-me uma bejeca quando nos encontrar-mos... pois tudo isto estava previsto, mas não pensei que fosse tão depressa...

E se a verdadeira alta-fidelidade estivesse a começar agora?

Temos agora os smartphones, dispositivos mágicos all-in-one - suporte audio (ou streaming), DAC e amp. O DAC pode ser de topo, 32 bits e o amp minimalista mas feito sem compromisso. ...

Efectivamente a tecnologia permite à alta-fidelidade de progredir (sempre assim foi) pois é um dominio técnico. Então o limite da HiFI, em qualquer época é o desenvolvimento tecnologico. Mas, o problema é o homém como consumidor/amador, que pode pedir (e pede!) som no lugar de reprodução... o que cria um eterno passeismo e passos para tràs, aonde a tecnologia permite de ir para a frente...

Então a verdadeita alta-fidelidade existe desde a nascensa (com os limites técnicos da época é claro), mas hoje efectivamente temos os meios de fazer um grande salto para a frente... quanto a saber se o vamos fazer ou não, é outra conversa !!!...