monitor audio studio 6

fredy escreveu:

 O interessado ficou tão confuso que nunca mais apareceu... 

Fredie

Calma, está a estudar os gráficos.

JPEREIRA escreveu:

Olá

Ok, os músicos até têm maus sistemas, possivelmente também não sabem interpretar os gráficos  
porque será que os construtores fazem colunas a medir mal?
Será que têm bons engenheiros?
Será que sabem interpretar os gráficos e as medições?
Se eu soubesse ler as medições e os gráficos possivelmente já tinha jogado as minhas colunas todas

Cumps

Infelizmente nao ha colunas perfeitas, todas elas sao o resultado de compromissos e cada designer escolhe o seu veneno.
E também nao ha designers perfeitos mas ha uns melhores do que outros.
Alem disso sao poucos os fabricantes que tem acesso a uma câmara anecoica, e as marcas gostam de ter o seu house sound para se destacarem da multidão.
Depois ha as tipologias bandeira: a Monitor Audio e os cones de alumínio, a Vandersteen e a coerência de fase, a YG e as caixas de alumínio, a Avangarde e as cornetas, a Martin Logan e as híbridas, a Quad e as electrostáticas, etc...
Ha marcas que fabricam os seus próprios altifalantes e outras que compram aos especialistas de altifalantes.
E ha topologias que permitem obter um melhor desempenho do que outras...

Um exemplo: a BeW optou por usar cones rígidos em kevlar no altifalante de medios e um filtro de primeira ordem.
A primeira vista parece boa ideia - um medio rígido consegue reproduzir mais detalhe e um filtro de 1a ordem não afecta a fase mas o medio sobe muito alto e o filtro passa-baixo de 6dB/oitava não consegue eliminar a ressonância produzida pelo breakup do cone.
No entanto os designers preferem esta combinação; porque?
Nao sei...

R

Boas

Sem dúvida que rir é o melhor remédio
Ó António, tás com umas piadas muita giras
Depois desta conversa toda, o rapaz até ficou com medo de comprar qualquer coisa  

Cumps

António José da Silva escreveu:

fredy escreveu:

 O interessado ficou tão confuso que nunca mais apareceu... 

Fredie

Calma, está a estudar os gráficos.

ricardo onga-ku escreveu:

e as electrostáticas, etc...

De medições nada sei, mas do que tenho lido, há quem advogue que as electrostáticas são a forma mais perfeita de reprodução em colunas.

Nunca tive, mas já ouvi coisas deliciosas numas Magneplanar com um grave que não me satisfaz, mas deliciei-me com  música clássica.
é como Ricardo diz, não há colunas perfeitas, ou nós nunca estamos plenamente satisfeitos, falta sempre alguma coisa

António José da Silva escreveu:

ricardo onga-ku escreveu:

e as electrostáticas, etc...

De medições nada sei, mas do que tenho lido, há quem advogue que as electrostáticas são a forma mais perfeita de reprodução em colunas.

Todas as tipologias tem vantagens e desvantagens e a das electrostáticas esta em dificuldade em reproduzir as baixas frequências.
As Martin Logan CLX, full-range, desiludiram-me muito.
Nunca ouvi umas Soundlab e as Maggies maiores estavam a tocar porcarias sempre que as ouvi nos xos...

R

JPEREIRA escreveu:

Nunca tive, mas já ouvi coisas deliciosas numas Magneplanar com um grave que não me satisfaz, mas deliciei-me com  música clássica.
é como Ricardo diz, não há colunas perfeitas, ou nós nunca estamos plenamente satisfeitos, falta sempre alguma coisa

A vida de audiofilo e' muito dura.

JPEREIRA escreveu:

Nunca tive, mas já ouvi coisas deliciosas numas Magneplanar com um grave que não me satisfaz, mas deliciei-me com  música clássica.
é como Ricardo diz, não há colunas perfeitas, ou nós nunca estamos plenamente satisfeitos, falta sempre alguma coisa

Essas Eminent não devem ser nada más.

Honestamente, nem sei como medem, só existe dois pares em Portugal e é um amigo meu que tem o segundo par.
Sem serem perfeitas tocam lindamente, numa sala com uma acústica muito adversa, e tenho a coluna central da mesma marca.
Existem muitas colunas extraordinárias a um preço terreno, nós é que não temos paciência de as pôr a tocar bem com soluções mais baratas do que trocar de colunas, somos insaciáveis  

Cumps

António José da Silva escreveu:

fredy escreveu:

 O interessado ficou tão confuso que nunca mais apareceu... 

Fredie

Calma, está a estudar os gráficos.

Caro armando63,


Depois de tanto debate parece-me lógico concluir que o ideal é escutar antes de comprar.

Quando isto não é possível, boa sorte.


R

ricardo onga-ku escreveu:

Tanto quanto sei os músicos são famosos por terem sistemas muito maus.

Não são só os musicos

Outro dia passaram um documentário na TV2 sobre o António Sérgio, autor de programas célebres dos Anos 80, como por exemplo "Som da Frente" "Lança Chamas" etc.

Pois este nosso amiguinho passou em muitas das suas emissões música gravada em cassetes manhosas que lhe enviavam de outros países, nomeadamente Inglaterra, onde as últimas novidades andavam "pelas ruas" e não nos circuitos comerciais.

Também muitos grupos portugueses passaram nestes programas a partir de cassetes manhosas (por exemplo os UHF cujas primeiras gravações foram feitas num gravador portátil e enviadas ao António Sérgio que assim as emitia no programa.

Agora o que é engraçado é pensar nalguns puristas que naquela época devem ter gravado essas programas em Nakamishis com cassetes de metal para "preservar a pureza do som".

São estes pratinhos que a Realidade me vai servindo que dão cor ao meu riso interior

O género musical que mais escuto é clássica, não tenho esses problemas de som manhoso...
Normalmente eram (mesmo a leste nos tempos da cortina de ferro) e são usados os melhores equipamentos e as melhores técnicas tanto na captura como na edição, e a masterização é quase sempre muito boa.

Aliás, depois de uma década a participar em fóruns de vários países parece-me que a alta-fidelidade é muito mais importante para quem escuta clássica, tanto na minha opinião como nas opções que vejo outros audiófilos tomar.
A maioria dos apreciadores de pop e rock preferem afinar os sistemas ao seu gosto.

Apesar disso eu obtenho mais prazer a escutar rock num sistema "transparente" do que num sistema "colorido", mas aceito que muitas gravações têm um som desagradável e que algumas "colorações" podem mascarar alguns problemas...
P. ex. os Beatles soam-me melhor em LP do que em CD porque a fraca separação de canais e o grave monofónico (e rechochudo no sistema do meu sogro) do vinil disfarçam a estranheza de ter os instrumentos num canal e as vozes no outro em algumas músicas.

Mas algumas gravações mono dos anos 40 acabam por dar mais prazer quando reproduzidas no meu Tivoli Audio Model One que tem um som "doce", "quente" e "agradável".

R

Carissimos
Obrigado a todos pelas ajudas e opiniões que fazem esta conversa ir já tão longa. Mas (ainda) não fugi. Tenho é muito pouco tempo para vir aqui.

Acho os gráficos aqui apresentados muito interessantes. Mas como vocês dizem, não há colunas perfeitas, ou seja, cada uma terá as suas características e a própria sala vai gerar mais alguns efeitos que imagino que poderão até ser semelhantes ao pico que vemos nas studio aos 5,1kHz, ou noutra frequência qualquer, pelo que não sei se este pico ou ressonancia será assim tão importante. Também acho estranho que essa ressonância seja provocada pelo woofer, pois nessa frequência imaginava que já muito pouco iria para ele.

Eu sou daqueles que acredito que os testes, ensaios e gráficos dependem sempre muito de quem os faz e com que equipamentos (neste caso começando logo pelo amplificador). Além disso a música tem tantas variações que em pouco se compararam a um sinal fixo ou de fluxo continuo ou repetido como o que será utilizado nos testes.

Com tudo isto vos digo que sigo o vosso conselho e não dispenso a audição das ditas, até porque tenho fezada no rigor do funcionamento em cones rígidos como os das studio 6.

Também vos digo que a minha procura é pela fidelidade.

Continuo assim a busca pelo olx, seguindo as vossas sugestões e pensando com as minhas convicções. Quanto as studio 6, tema com o qual entrei, já falei com o vendedor e ele não me parece muito interessado em baixar muito o preço, ou pelo menos até aos meus valores, no entanto vou tentar arranjar disponibilidade para as ouvir.

O problema do pico e' que sera' audivel em qualquer sala.
As salas afectam normalmente as frequências mais graves abaixo dos 300Hz, gerando picos e nulos de acordo com os modos da mesmas.
Se as colunas estiverem próximas das paredes laterais devera dar-se alguma acentuação do médio-alto, e baixo-agudo, pelo que o referido pico se tornara' ainda mais obvio...

Aqui esta' uma medição do decaimento do woofer da Monitor Audio Studio onde podemos ver o efeito do filtro passa-baixo e a sua ineficácia em eliminar a ressonância:



A frequência de transição esta localizada nos 3KHz mas foi utilizado um filtro com uma pendente suave de 2a ordem.
Mas se o cone não ressoasse como um sino a energia que este produz aos 5KHz estaria uns 15-20dB abaixo das restantes frequências.

R

Aqui podemos ver a ressonância de um cone em kevlar aos 3KHz:



B&W Silver Signature, cumulative spectral-decay plot at 45" (0.15ms rise time)

R

So' por curiosidade, este e' o agradável som de um tom de 5KHz:



R

ricardo onga-ku escreveu:

Aqui podemos ver a ressonância de um cone em kevlar aos 3KHz:



B&W Silver Signature, cumulative spectral-decay plot at 45" (0.15ms rise time)

R

uma pergunta, sem malicia ou segundas intenções, com a panafarnalia de materiais usados hoje em dia nos cones sabes quais são os que exibem os melhores valores, assumindo que medes numa caixa com as mesmas dimensões?

quando digo melhores refiro-me aos que mais facilmente são damped/atenuados

pergunto isto porque aí ha 25/30 anos atras não havia muitas escolhas, i.e. ou era papel ou um polipropileno ou um derivado

não me refiro a tweeters porque ai a escolha ainda é mais exotica,i.e. aluminio, titanio

mango escreveu:

ricardo onga-ku escreveu:

Aqui podemos ver a ressonância de um cone em kevlar aos 3KHz:



B&W Silver Signature, cumulative spectral-decay plot at 45" (0.15ms rise time)

R

uma pergunta, sem malicia ou segundas intenções, com a panafarnalia de materiais usados hoje em dia nos cones sabes quais são os que exibem os melhores valores, assumindo que medes numa caixa com as mesmas dimensões?

quando digo melhores refiro-me aos que mais facilmente são damped/atenuados

pergunto isto porque aí ha 25/30 anos atras não havia muitas escolhas, i.e. ou era papel ou um polipropileno ou um derivado

não me refiro a tweeters porque ai a escolha ainda é mais exotica,i.e. aluminio, titanio

Essa é uma pergunta difícil...

Quando mais rígido for o material do cone mais rapidamente este se irá deslocar e de maneira mais uniforme, e isso tem um impacto directo fidelidade.
Um cone deve ainda ser leve para responder com a rapidez necessária.

A desvantagem dos cones rígidos tem a ver com a ressonância que é abrupta e de grande intensidade e duração, e a desvantagem do papel e também do polipropileno é a menor rigidez.

Tanto os problemas de ressonâncias como de falta de rigidez podem ser minimizadas recorrendo a adição de outros materiais por forma a obter um composto mais absorvente (no primeiro caso) ou mais rígido no segundo; a alteração do perfil do cone ou a adição de pequenas nervuras poderá agir numa, noutra ou em ambas.

A desvantagem dos materiais compostos em alguns casos é a maior massa.


Como em tudo o que se refere a colunas de som é uma questão de compromisso.
Por isso não sei se existe uma resposta limpa à tua pergunta: cada fabricante e cada audiófilo terá as suas preferenências e talvez por isso a Seas ou a Scan Speak fabriquem altifalantes com cones em papel, em polipropileno, em kevlar e em alumínio.


Mas a waterfall é uma boa ferramenta para avaliação deste fenómeno e felizmente a Stereophile publica medições de quase todas as colunas que testa.

R