TABULA RASA...

Vou então aos poucos partilhar convosco este novo caminho que tão me excita actualmente ...

A sensação de o som vir de qualquer lado, espaço, ar, é-me essencial para além de uns bons auscultadores.

TD124 escreveu:

[justify]
(...) sintonisar a vida com a existência.

(...)

Vou então aos poucos partilhar convosco este novo caminho que tão me excita actualmente ...

Caro Paulo, a frase a negrito tem sido uma recorrente em conversas que cruzam o Atlântico (entre esta Ilha e o Porto, onde agora está a Luciana). É certo que nem sempre o mote é o Audio, acontece falar-se disso por simples arrasto, afinal ouvir Música é algo que queremos na nossa Vida e que torna a nossa Existência um pouco mais significativa.

Em outro tempo estaria aqui a dizer-lhe que sei de uma morada onde um desses gira-discos ficaria bem a trabalhar diariamente, sei que seria motivo de conversa animada qual deles acolher... Hoje, contudo, não estamos no ponto de "tábua rasa", mas estamos a procurar escrever uma nova página de um livro que já tem várias outras escritas e tantas outras por escrever... por isso seguirei por aqui como observador.


Siga a partilha, espero que os planos em andamento se concretizem e o conduzam à melhor Sintonização possível.

Aguardando pelas cenas dos próximos episódios...

Que bom que é poder partir para essa maravilhosa aventura.
Fico a aguardar pelos próximos episódios.

Bom..., ainda não estou nesse estágio de escuta, mas, obviamente que compreendo e respeito.

Cingir-me somente a um can system deixa-me um pouco como o Mannitheear
Fico também à espera das próximas cenas

And I wonder what will happen when the floor vases are full? No more wine chez Paulo??? 

Desejo nesta nova fase de vida uma "bonne chance"!

PS. Isso deve ser a crise da meia idade...

Isto vai continuar ...  

Looking at the pics I'm sorry to be a bit sceptical because of 2 aspects:
I don't know anything about TQWT but the open end of the tube remembers a backloaded horn and these constructions always suffer from a time delay of 1 m / 3 ms or more in relation to the direct sound of the driver. This affects the coherency of the sound. But perhaps there is not much sound from the open end of the TQWT? Don't know....
The second reason is the whizzer cone....
But I wish you the best luck for the project, it would not be the first time you managed to make the impossible work!

Boa tarde Paulo!

Faz algum tempo que anda a "anunciar" a vontade de partir para esse tipo de coluna e finalmente está a percorrer o caminho.


Fico contente por ver e ficarei atento aos desenvolvimentos, gosto muito desse tipo de solução.

Imagino, talvez seja apenas projecção, um "pequeno" e muito afinado valvulado...

Há algum tempo que ando a pensar em colunas Horn-Tqwt, ou mesmo colunas de quarto de onda, como as dos manos Cardoso exactamente pelas razões aqui levantadas pelo Paulo, pese embora, esteja a léguas de distância do seu conhecimento, sobre esta matéria e outras do áudio.

Fico então à espera como é que as coisas correm.

Caro amigo TD124,
É com muito apreço que se está a ver o tão afamado e desejado caminho que tanto vai exitar momentos de luxúria nessa sala!!!

Ora é evidente que os resultados estão a ser alcançados e no final dos trabalhos, serás recompensado num bom ambiente acolhedor e que não trará essas dúvidas de "se talvez era necessário isto ou aquilo no teu setup" para poderes satisfazer os teus sentidos...
Continua, que estás no caminho certo e bem haja iniciativas destas em todos nós...

Cumprimentos
Eduardo

Obrigado pelas vossas intervenções e pelo interesse que téem pelo topico. Vou dar uma resposta global pois jà hà vàrios comentàrios e então cada um vai se reconheçer nesta resposta global. O HORN-TQWT (vulgo quarto de onda...), difere do habitual TQWT (quarto de onda) no sentido em que não hà um port à saida da linha o que leva o "quarto de onda" a se pareçer com um bass-reflex. Também não é exactamente um HORN (corneta), pois o altifalante não é posicionado no inicio da corneta mas entre 1/3 e 1/2 desta. Assim é um hibrido entre estas duas técnicas e pareçe-me a mais adaptada visto o objectivo final que procuro que é: rapidez, linearidade, coerência tonal...

Os altifalantes full-range com duplo cone (whizzer cone   ) são muito contestados e vàrias vezes com grande razão. O pequeno cone serve a aumentar a banda nos agudos e funciona como um tweeter, mas muitas vezes é responsàvel por tonalidades do tipo (voz de pato) nas vozes. A geometria deste duplo cone deve então ser perfeita o que é raramente o caso. Num pequeno altifalante esta astucia pode ser suprimida, mas num altifalante de 17cm vai cortar o agudo demasiado cedo e é necessario um tweeter. Um tweeter é sempre audivel pois não tém as mesmas caracteristicas, ném os mesmos materiais e necessita um cross-over e isto afecta a coerência ... então açeito este compromisso e logo veremos como este bicône se comporta...

O amplificador que està previsto para ser o maestro deste novo sistema não tém nada de "pequeno" ... mas tém vàlvulas efectivamente. Vai ser um SE hybrido utilisando as vàlvulas 6C33CB russas e com uma potência de 15W. nada està escrito neste aspecto (ou outros...) do sistema e cada elemento que não der a satisfação que procuro serà eliminada e outra solução serà encarada no lugar. A base deste "work on progress" serà o pragmatismo e quando as soluções serão vàlidas passarei a uma fase de "sensibilismo"   !!!...

Não creio que viverei até aos 104 anos pois abuso de tudo ... então atravesso uma crise é certo, mas não da meia idade . Mais a sério, pareçe-me evidente que quando se é audiofilo, grande amador de musica e não se escuta o sistema ... é que algo não dà certo. Estou numa fase em que me questiono sobre o sistema que me darà vontade de o ouvir e de o acender todos os dias (tenho a sorte de trabalhar em casa...) e então deixei de pensar e começei a agir. È uma crise que não é ném identitària ném mesmo filosofica, mas complétemente "audiofilica". Tenho um grande prazer na escuta diària do CanSystem ... e mesmo vontade de ir muito mais longe nesse sentido, mas ouço também as outras pessoas aqui da casa que se queixam de falta de musica e mesmo os meus amigos que preférem beber um bom copo ou jantar com um disquito bem reproduzido ... e todos teém razão !!!...

PS: Como podem ver pela foto acima ... ao almoço quando um amigo vai vir com um grande prato de ostras e vamos abrir um arinto do Vale da Capucha e um Loureiro do Vasco Croft, jà vai haver musica e que sém me adiantar até ném é mà de todo!!!

Então isto vai continuar ...

TD124 escreveu:

Não creio que viverei até aos 104 anos pois abuso de tudo ... então atravesso uma crise é certo, mas não da meia idade . Mais a sério, pareçe-me evidente que quando se é audiofilo, grande amador de musica e não se escuta o sistema ... é que algo não dà certo. Estou numa fase em que me questiono sobre o sistema que me darà vontade de o ouvir e de o acender todos os dias (tenho a sorte de trabalhar em casa...) e então deixei de pensar e começei a agir. È uma crise que não é ném identitària ném mesmo filosofica, mas complétemente "audiofilica". Tenho um grande prazer na escuta diària do CanSystem ... e mesmo vontade de ir muito mais longe nesse sentido, mas ouço também as outras pessoas aqui da casa que se queixam de falta de musica e mesmo os meus amigos que preférem beber um bom copo ou jantar com um disquito bem reproduzido ... e todos teém razão !!!...

Maravilha...

Bom dia Paulo!

Ver essa "caixa" montada aviva algumas boas memórias...

Estou curioso com os desenvolvimentos, desde logo acredito que essa primeira experiência poderá ter resultados muito bons para algo paralelo ao sistema de auscultadores. Talvez chegue ao ponto de "recuperar" um dos gira-discos e aquela parte da colecção de vinil que está a apanhar pó.

Para os auscultadores continuará a ter Electrónica e Post... Ficheiros de primeira... Ou será que essas (ou as finais) "meninas" chegarão a esses registos!?!

Bom trabalho e bons testes, divirta-se!

Bonjour Monsieur,

Quer o aspecto que isso está a ganhar, quer o objectivo que está por detrás desta evolução, parece-me ter tudo para dar certo. Afino pelo mesmo diapasão, nomeadamente na simplicidade do set, mas aqueles dois animaizinhos - O que está na terceira prateleira e do chão - não merecem uma oportunidade ??

Bonne Chance

Logo veremos se os remédios serão eficazes...

Bom dia Paulo!

Usando a imagem que está mesmo à minha frente...

... digo-lhe que há Sol ao fundo da Montanha. (aqui são menos duas horas em relação a França)

Continue persistente, espero que consiga limpar tudo o que resta.

Então isto vai continuar ... mas jà com musica

Hi Paulo,


congrats to the fast progress and first success!

Cos I have the CUBO ² here I probably have a small idea what happens in your room!

Bom dia Paulo!

Ontem expressei-me usando a imagem que tinha perante mim, hoje (aqui está um dia cinzento e chuvoso, mas quentinho) coloco a imagem que está na parede do café/esplanada onde estou...


O Paulo conseguiu uma bela "pescaria", mesmo com o céu a prometer tormenta saiu para o mar e foi "Sempre à Frente".


Com a construção de uma caixa maior para um driver maior... Esse caminho promete e eu, muito curioso com esse tipo de coluna, seguirei atento.


Continue as partilhas e, caso o entenda, até o reportório para dar umas ideias sobre o que escutar deste lado.

José Miguel escreveu:

(...) Talvez chegue ao ponto de "recuperar" um dos gira-discos e aquela parte da colecção de vinil que está a apanhar pó.

Amigo José, os giras estão de partida e um destes dias jà cà não estarão ... mas não creio ter mencionado que deixarei de ouvir vinis ou que os meus discos estejam de partida   . Os que estão no chão é que simplesmente jà não tenho espaço na estante ... mas estão protegidos por uma sobrecapa antiestàtica e no interior protegidos por uma capa também electroestàtica (como tods os meus discos...), então basta um paninho de microfibra e jà não hà pò nenhum. E de todas as maneiras um pouco de pò nunca estragou uma escuta de discos ... como aprego hà muito  

José Miguel escreveu:

(...) Para os auscultadores continuará a ter Electrónica e Post... Ficheiros de primeira... Ou será que essas (ou as finais) "meninas" chegarão a esses registos!?!

Amigo José, eu decidi fazer colunas e não meias-colunas ... então é evidente que qualquer estilo de musica poderà ser devidamente reproduzido, com as limitações dinamicas e de banda ligadas ao diametro dos altifalantes, mas farei com que estes limites sejam os mais discretos possivel. Então vai funcionar com tudo é claro  

Mas os Can's são os Can's!... e contra isso não hà grande coisa a fazer  

Goansipife escreveu:

(...) mas aqueles dois animaizinhos - O que está na terceira prateleira e do chão - não merecem uma oportunidade ?? ...

Cher ami Gonçalo , os animais do qual o amigo fala jà tiveram vàrios anos de oportunidades então não creio que serà hoje que me vão fazer mudar de ideia. Não afasto a ideia de lhes dizer adeus em metendo um disquito num e noutro um destes dias é claro ... mas o divorcio està assinado e estão no caminho da saida

Abraço

mannitheear escreveu:

(...) Cos I have the CUBO ² here I probably have a small idea what happens in your room!

Well Man!... DT880's and CUBO² are the sparks of all this story and they remain the tuning fork!!! At this stage of evolution the Signs are already "globally" outperformed and i'm the first surprised cos i had a lot of regrets when i sell them ... but today is already the past and i'm glad about the future. A greater and bigger driver mounted with the same philosophy ... and its PARADISE i'm shure !!!

Biz

TD124 escreveu:

mannitheear escreveu:

(...) Cos I have the CUBO ² here I probably have a small idea what happens in your room!

Well Man!... DT880's and CUBO² are the sparks of all this story and they remain the tuning fork!!! At this stage of evolution the Signs are already "globally" outperformed and i'm the first surprised cos i had a lot of regrets when i sell them ... but today is already the past and i'm glad about the future. A greater and bigger driver mounted with the same philosophy ... and its PARADISE i'm shure !!!

Biz

Omg, you even sold the Tablette?????

Biz Manfred

TD124 escreveu:

(...) Estou então contente e considero estas colunas acabadas e vou então começar a me atacar aos outros elementos!...

É salutar quando a agradabilidade atinge o auge.
Bons bonecos (fotografias)!

Bom... 1 - 0. E logo pelas colunas, como eu gosto.

Presumo que a segui vem a amplificação

Força para os projectos seguintes

Estou a ler este tópico pela primeira vez.

"Tábua Rasa" é uma expressão corrente em Portugal.

Melhor dizendo, foi em tempos uma expressão corrente porque actualmente ouve-se menos, o ritmo não permite reflexões...

É interessante ver uma pessoa que já ouviu tanta coisa a retomar conceitos basilares e a redescobrir as origens.

Não deverá vislumbrar algo novo mas também é importante reencontrar o encanto do que já foi esquecido.

Admiro esse movimento. Força e "Boa Ventura".

Essas colunas estão qualquer coisa de bestial!  

Muitos parabéns! Começar de novo é sempre estimulante, porque é sinal insatisfação por um lado, mas ao mesmo tempo ter-se a certeza de se saber o que se quer atingir. e chegar lá é muito grato!


Se tocar bem com esta "tabula rasa" é porque está perfeito!

Mário Franco escreveu:

(...) Não deverá vislumbrar algo novo mas também é importante reencontrar o encanto do que já foi esquecido. ...

Como disse (escreveu) o Marcel Proust: “... porque, os verdadeiros paraísos são os paraísos que perdemos”

Quanto à reprodução da Tabula Rasa do Pärt que adoro ... està decente sém atingir ainda cimos de tensão, mas hà que deixar tempo ao tempo nestas coisas. A minha versão preferida é esta em baixo! È complicada a reproduzir pela potência que o G. Kremer mete assim que pelos altos luminosos/limpidos do violino "Amati" ... mas estou consciente que ainda hà trabalho pela frente...


Obrigado a todos pelas vossas palavras

O "Simples" é "Complexo"... E o "Simples" não sendo confundido com "simplista" é a porta aberta para que se viva bem com a complexidade natural...


Bem, o Homem é assim: simples complexo e nisto não há paradoxo.

José Miguel escreveu:

(...) Bem, o Homem é assim: simples complexo e nisto não há paradoxo.

Tomando como exemplo o meu sistema eu estava a falar do audio, e não do homém ... penso eu

TD124 escreveu:

A coisa vai avançando ... devagar é verdade, mas os alicerces estão a dar gozo o que é de bom agoiro para os passos que vão seguir. Actualmente jà hà um Phono, o que permite de ouvir os vinilos em boas condições e dar um pouco de trabalho aos giras residentes. Actualmente tenho um Technics SL-1200 modificado que està aqui para ser "ainda" mais modificado ... então pelo momento aproveito para aprender um pouco mais sobre a sua personalidade, mas no instante actual pelo que escuto é uma bela fonte de prazer. Na minha primeira intervenção tinha escrito esta frase que pode pareçer anacrónica ou mesmo descabida ... mas vista de outro ângulo talvez não o seja tanto:

TD124 escreveu:

(...) Não vou falar de filosofia neste topico (ou muito indirectamente) apesar do titulo escolhido, mas de Alta-Fidelidade moderna ... ou deveria dizer talvez: de conceptos modernos à volta da Alta-Fidelidade!?. ...

O que hà de moderno em escutar vinilos (ou ficheiros) com um par de colunas Full-Range ???... absolutamente nada vão me responder e com razão!!! Mas em parafraseando um ditado dos jogadores de Poker diria que "o importante não são as cartas, mas o que fazemos com elas..." e isto é tão vàlido no Poker que no audio e mesmo noutros dominios. Então, eu não procuro um som vintage, poético, melado, quente ... mas busco um som equilibrado, dinamico, rapido, coerente e se possivel transparente. Penso que os "full-range" modernos sejam uma boa escolha na direção para a qual me inclino. Inicialmente era apenas uma sensação ora que actualmente começa a ser uma pequena crença ... talvez no fim se conseguir chegar aonde penso se torne numa convição! A modernidade por vezes é simplesmente a vontade de fazer algo de novo ... mesmo se é com conceptos antigos, pois as ideias nunca são velhas. O audio continua a ser algo de muito complicado e que se obstina a recusar a simplicidade ...  e o sistema hoje, apesar de muito minimalista mostra essa realidade, pois ainda estou longe do meu objectivo e a integração de um novo elo equilibra certas coisas e desiquilibra outras. Talvez então seja necessario açeitar essa complexidade afim de aceder à simplicidade da musica?!

Gosto desta abordagem.

O que nela me agrada é o princípio de que: até saber se "a coisa" serve para atingir o objectivo "está tudo em aberto"

Catita

Quando atingir o objectivo já se fartou de gozar pelo caminho.

Mesmo que não atinja o objectivo goza na mesma.

TD124 escreveu:

Reparo que despiu e vestiu a Shure com fatiota nova.

Ghost4u escreveu:

TD124 escreveu:

Reparo que despiu e vestiu a Shure com fatiota nova.

Pois, pois... o Sl1200 é isto e aquilo e também e mais aquele outro, tarantamtam....

O certo é que, pelo aspecto, este deve tocar mesmo mal

Agora sempre quero ver o que diz o Senhor Paulo

Afinal, quem foi despida e vestida foi a Tonar.

Ghost4u escreveu:

...Reparo que despiu e vestiu a Shure com fatiota nova.

Goansipife escreveu:

...Pois, pois... o Sl1200 é isto e aquilo e também e mais aquele outro, tarantamtam....
...
Agora sempre quero ver o que diz o Senhor Paulo

Ghost4u escreveu:

Afinal, quem foi despida e vestida foi a Tonar.

Efectivamente não se trata de uma Shure "desnuda" mas sim de uma Tonar 555. Esta célula é a Nagaoka JT-555 mas estampilhada do nome da marca holandesa. Foi "despida" mas não sò, pois a sua suspensão foi desbastada afim de aumentar a elasticidade permitindo uma leitura com VTF inferior a uma grama. Apesar de ser apresentada como uma MM, na realidade trata-se de uma MI disfarçada ... certamente por questões legais em relação à Bang & Olufsen que possuia os direitos. Trata-se de uma célula dos anos 80 que era inovadora (ainda hoje) pela utilisação de um estilete em carbono puro assim que a utilisação de uma estructura e profilo de diamante destinados geralmente às células de topo...

As transformações do gira fizeram-se em vàrias etapas estendidas ao longo de um ano e meio. Cada modificação alterou a resposta subjectiva do SL1200 na direção pretendida ... sém modificar as qualidades de base. Assim evoluiu objectivamente e subjectivamente o aparelho:

1-Alimentação externa: O transformador foi retirado do corpo do gira. Numa caixa blindada externa foi instalado um novo transformador moderno assim que a electronica de pré filtragem, estabilisação, controlo e reserva de corrente. Esta alimentação està acoplada ao corpo por um cordão umbilical amovível para o transporte. A alimentação funciona em "escrava" afim de ser controlada pelo gira. Todas as operações afim de acender, arrancar e desligar o gira fazem-se exactamente como de origem. No lugar do transformador no interior do Technics, foi montado um duplo circuito de regulação que injecta um corrente muito limpo e potente ao motor ... e isto ao mais proximo afim de evitar perdas...

A alimentação externa teve um impacto muito importante na sonoridade. O gira tornou-se muito mais fino, elegante nas notas proximas do silêncio e com maior legibilidade geral. O grave tornou-se mais denso e profundo sém parasitar as outras gamas ... um dualismo entre densidade e ligeireza apareçeu no gira que não existia antes, dando ao aparelho qualidades contemporaneas, antagonistas!

2-Pés do aparelho: Os pés utilisados são de origem Isonoe e apertam-se no lugar dos de origem...

Estes pés foram uma decepção no inicio e não foram utilisados até à modificação da alimentação. De inicio este acessorio apagou a dinamica assim que a espontaneidade natural do gira. Um som mais baço e sedoso deu lugar dando um sentimento de falsa "elegância". Os ritmos apareçeram menos fisicos e a sonoridade global era mais lenta, introvertida com um sentimento muito pudico no estilo inglês (Linn). Hoje em dia os pès ofereçem uma ligeira untuosidade que aglutina as notas juntas e impede a ultra-definição ... dai que sejam utilisados.

3-Braço Jelco modificado: O braço foi desmontado, cortado e complétamente modificado sobre vàrios pontos. O tubo foi substituido por um em carbono injectado e não tressado, sém concha e um pouco mais longo. As agulhas dos pivôs foram polidas e rectificadas de novo e a base foi torneada afim de acentuar a fixação em dois pontos especifica à Jelco. Uma fixação central no braço permite a utilisação de células com aperto em dois pontos assim que directamente as células com fixação central (um parafuso). O braço foi recablado em fio de Litz hybrido e o conector removido. O cabo vai da célula até às cinch de saida...

Como com a alimentação, o impacto do braço na escuta foi preponderante. O braço sublimou as transições musicais anternado os "forte e piano" com vigor e autoridade. Os diferentes planos sonoros estão perfeitamente separados sém amálgama entre eles ... dando coerência, rapidez e claridade à escuta. Os timbres fràgeis, luminosos e orgânicos dos intrumentos antigos apareçem com a sua devida complexidade sempre com uma leitura clara. O palco ganhou nas três dimensões e sobretudo na estabilidade dos diferentes planos ... a "imagem estereofonica" tornou-se tridimensional e palpàvel...

4-Célula Tonar 555 modificada: Esta célula não substitui a M75, mas serà utilisada em alternância. Como jà foi dito foi modificada e adaptada à grande ligeireza do braço na qual està montada.

Sém modificação esta célula foi uma meia decepção, tanto no braço modificado que no braço Jelco original e isto em ambos o Technics e Garrard 301. De origem a suavidade e delicateza naturais da célula fazem pensar a uma boa MC, mas rapidamente é nitida a falta de garra, tensão e percussão. As notas são ressentidas mais intelectualmente que fisicamente dando à escuta uma sensação arejada, feminina mas demasiado diafana. Apos modificação a suavidade elegante persiste mas acompanha-se de ataques dinamicos secos e rapidos. A escuta abriu-se e sém perder uma "bem-vinda" pitada de flegma ... ela é mais exuberante e viva. Esta alternância entre suavidade, sutilidade e dinamica ciselada faz uma bela alternância à rapidez vigor e energia da Shure M75 modificada...

5-Cinch de saida: De origem o SL1200 tém um cabo phono preso ao braço que impede a utilisação de cabos diferentes. Com cinch fixas atràs jà é possivel de alternar facilmente diferentes cabos de phono e experimentar...

6-Tapete em cortiça/borracha: Desde o inicio das modificações vàrios tapetes foram utilisados afim de encontrar o ideal para o aparelho. Um tapete em sandes cortiça/feltro foi o primeiro escolhido e manteve-se durante vàrios meses apesar das modificações iniciais. Hoje em dia é este o tapete que tém menos interferência e impacto nas qualidaes do gira. Visto que é o mais transparente (menos impactante no som) então foi escolhido como sendo o melhor ... isto explica a sua presença. No SL1200 de origem este tapete não deu bons resultados...


Voilà

Trés bien Monsieur

Penso que no "jogo" braço + célula, está, em grande parte, o sucesso alcançado no resultado final que descreves.

Também na reedição actual do SL1200, existe muito das boas características que aqui descreves, mas aquele braço

Há uma muito ligeira e quase imperceptível falta da conjugação de finesse com poder / autoridade, que aqui me parece dares nota

Goansipife escreveu:

... Penso que no "jogo" braço + célula, está, em grande parte, o sucesso alcançado no resultado final que descreves.
...  
Há uma muito ligeira e quase imperceptível falta da conjugação de finesse com poder / autoridade, que aqui me parece dares nota

O conjunto braço/célula é fundamental e sempre apregoei isso ... muitas vezes ném é questão do preço ou da qualidade do conjunto, mas simplesmente da coerência entre estes dois elementos. Evidentemente no SL1200 (antigo ou novo) isto não é excepção ... mas infelismente o conjunto braço/célula não faz tudo, pois estaria então feliz com o meu Garrard!...

Não sou tão radical quanto és na critica ao novo braço da reedição do SL1200, apesar de compreender muito bem o que dizes. Hoje qualquer empresa que decide de reeditar algo (objecto, aparelho ou disco) està apertada num dilema: Amelhorar ou respeitar escrupulosamente o original. Penso que a Technics escolheu a via do meio e amelhorou tudo sém tocar à parte visivel ... então o braço guardou a geometria e a forma original! Apesar do grande trabalho em materiais e maquinagem de topo ... o novo braço paga o preço da geometria em S, dos pivôs horizontais em cupula e do porta-células amovivel. O gira (corpo mecânica...) fez um grande passo para a frente ora que o braço fez um pequeno passo ... e dai talvez o que ressentes como "fractura sonora"!

Devo dizer que de origem o antigo SL1200 nunca me entusiasmou, especialmente com musica clàssica ou antiga ... mas a reedição pareçe-me muito mais séria e conseguida neste aspecto, e nos outros evidentemente...

Ghost4u escreveu:

TD124 escreveu:

(...) 6-Tapete em cortiça/borracha: (...) No SL1200 de origem este tapete não deu bons resultados...

Apesar da combinação dos materiais e de alguns fabricantes desse tipo de tapete, efectuarem descrição cor-de-rosa ou azul-celeste, nas minhas experiências, denoto que o desempenho desse tapete não é universal.

Estou de acordo ... mas ao mesmo tempo nunca ouvi (testei) um tapete que possa ser realmente ser considerado como universal. Consoante o sistema vinilo assim que o sistema/sala aonde està integrado, diferentes tipos de tapetes podem alternadamente dar os melhores resultados. Se juntar-mos a isto o factor gosto ... então cada tapete é ou bom, ou mau, ou assim assim

TD124 escreveu:

[...]

O conjunto braço/célula é fundamental e sempre apregoei isso ... muitas vezes ném é questão do preço ou da qualidade do conjunto, mas simplesmente da coerência entre estes dois elementos. Evidentemente no SL1200 (antigo ou novo) isto não é excepção ... mas infelismente o conjunto braço/célula não faz tudo, pois estaria então feliz com o meu Garrard!...

Não sou tão radical quanto és na critica ao novo braço da reedição do SL1200, apesar de compreender muito bem o que dizes. Hoje qualquer empresa que decide de reeditar algo (objecto, aparelho ou disco) està apertada num dilema: Amelhorar ou respeitar escrupulosamente o original. Penso que a Technics escolheu a via do meio e amelhorou tudo sém tocar à parte visivel ... então o braço guardou a geometria e a forma original! Apesar do grande trabalho em materiais e maquinagem de topo ... o novo braço paga o preço da geometria em S, dos pivôs horizontais em cupula e do porta-células amovivel. O gira (corpo mecânica...) fez um grande passo para a frente ora que o braço fez um pequeno passo ... e dai talvez o que ressentes como "fractura sonora"!

Devo dizer que de origem o antigo SL1200 nunca me entusiasmou, especialmente com musica clàssica ou antiga ... mas a reedição pareçe-me muito mais séria e conseguida neste aspecto, e nos outros evidentemente...

[...]  

Tens toda a razão!!!

Na realidade os homens da Technics, quando da apresentação das reedições de giras no AudioShow - Lisboa, do ano passado, foram peremptórios quanto à total intenção de manterem a imagem externa e clássica dos mesmos.

A bem dizer, o braço está muito melhor, mas, também para mim, paga o preço da sua geometria, que é gira, atractiva pelo seu ar "retrô", mas...

Como te deves lembrar, a reedição do SL1200, na versão de topo - GAE 50th Anniversary, foi o meu gira eleito na minha relação passada de "My TOP 5", exactamente por:

- ser mais diversificado nas qualidades de tocar música, independentemente do género;
- "a sensação de "honestidade" do que se ouve e da sua excelente relação qualidade / preço comparativa;"
- daí ser, para mim um equipamento com um preço "justo", com dimensões terrenas, ou se preferires com um preço "ajustado" à realidade de preços actuais de equipamento congéneres. Sempre pensei que, a haver uma reedição deste ícone, o preço chegaria, ou mesmo ultrapassaria os 5 K€ e ficou-se por 1000 abaixo. Nada mau.

Preços astronómicos, acho, atingiram os irmãos SP-10R e SL-1000R

Já que falas de música antiga, lembrei-me de ter ouvido um disco de obras sacras portuguesas do princípio de 1700 - JOÃO DE SOUSA CARVALHO, LUCIANO XAVIER DOS SANTOS, JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS - onde os coros com o meu WT tem um pouco de mais presença e "autoridade" do que com o SL, onde...enfim... está lá...

Goansipife escreveu:

... Já que falas de música antiga, lembrei-me de ter ouvido um disco de obras sacras portuguesas do princípio de 1700 - JOÃO DE SOUSA CARVALHO, LUCIANO XAVIER DOS SANTOS, JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS - onde os coros com o meu WT tem um pouco de mais presença e "autoridade" do que com o SL, onde...enfim... está lá...

Apesar dos preços do Amadeus e do novo Technics apontarem "mais ou menos" para a mesma gama, não creio que possam ser comparados, sobretudo na reprodução da musica antiga ou clàssica. Os detalhes subtéis, a microdinâmica, o espaço entre as notas, a maneira de "morder" o ataque de nota assim que a "leitura musical" ... estarão sempre para o lado do WT nmho. O SP10 pode afrontar o desafio WT consoante o braço, mas o novo Technics SL1200 não...

O vinilo de topo acomoda-se mal das escolhas ergonomicas e exige uma forma de radicalismo ... obriga a escolher. As conchas amoviveis, os braços em S e outras astucias vão se pagar pois fragilizam a rigidez do braço e da acoplagem deste com a célula e gira. Sém rigidez màxima ... Adeus a autoridade, definição, fineza e transparência! A Technics sabe isso muito bem ... mas também sabe que para vender mais é melhor ir no sentido da maioria, foi o que fizeram!!!

A coisa parece prometer..., mas conta lá mais coisas

O gira é feito de base por ti?

O que esteve por detrás deste projecto?

Que célula é aquela, afinal, pois parece ser a que ficou?

Em baixo vejo aquilo que parece ser um amplificador integrado. É verdade? Também é um projecto teu? Como é?

Enfim... Não quero parecer curioso. Quero mesmo ser cusca