Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
Assunto: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 16:49
Não sei se alguém já postou este link no fórum, mas como nos últimos dias tem sido o sabor do mês nos diversos fóruns nacionais, e correndo o risco de redundância, cá vai ele,
http://www.vinylrecorder.com/
Há gajos para tudo. E se se vende é porque há mercado. E não se admirem se dentro em breve aparecer uma coisas destas aqui no rectângulo.
Cumprimentos,
MJC
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 18:03
Essa maquineta está mais barata que a da Vestax, e logo agora que vendi o SL1210.... VESTAX VRX-2000 http://www.htfr.com/p/31174/vestax_vrx_2000_vinyl_cutting_machine http://www.web.newwinnipeg.net/web/vestax/cutter/index.htm
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 18:06
Para ser sincero, não vejo qual a utilidade de tal geringonça, mas pronto....
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Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 18:21
António José da Silva escreveu:
Para ser sincero, não vejo qual a utilidade de tal geringonça, mas pronto....
Isso é porque não és um áudióóphilo á séria.... Já viste o que era essa quantidade de cd's que aí tens, convertida em LP's ? E já viste o sucesso que fazias, nas festas/raves dos miudos, a fazer skratch com LP's gravados por ti ?(de preferencia com a Baldinoti)
Olha mais uma, feita na Suiça, para adaptar aos SL1210, até pode ser que façam para o TD125.... http://www.vinylium.ch/page/content/view.asp?MenuID=22&ID=19&Menu=1&Item=10 [img][/img]
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 18:23
A unica coisa nisso que me deixa feliz, é o saber que continuam a haver cabeças de corte.
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Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 18:32
António José da Silva escreveu:
A unica coisa nisso que me deixa feliz, é o saber que continuam a haver cabeças de corte.
Certo, mas o que devia fazer escola no nosso País, era o corte de cabeças....Upssss...off topic....
MJC Membro AAP
Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 19:48
Não vai faltar muito tempo até aparecer um marreta com um estúdio rudimentar a fazer direct-cut com esta maquineta e a vender o exemplar único por fortunas.
Querem apostar?
A minha já está encomendada...
SA,
MJC
luis lopes Membro AAP
Mensagens : 4993 Data de inscrição : 25/02/2011 Idade : 57 Localização : Covilhã
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 20:25
pois,.... 1º muito caro e depois onde estão as bolachas virgens ??
Doug Membro AAP
Mensagens : 534 Data de inscrição : 09/01/2011 Idade : 38
Assunto: Re: Vinil Caseiro Ter Jun 07 2011, 23:47
Lá no site esta la a indicação das bolachas para venda... e so fazer scroll down
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 09:40
Nem a propósito! A caminho do nosso país!![img][/img]
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 09:42
nbunuel escreveu:
A caminho para o nosso país!![img][/img]
Ó diabo.....e a amplificação para isso?
É teu?
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MJC Membro AAP
Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 10:14
nbunuel escreveu:
Nem a propósito! A caminho do nosso país!![img][/img]
Bonito bicho!!!
Afinal vai haver concorrência feroz...
Abraço,
MJ
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 10:24
MJC escreveu:
nbunuel escreveu:
Nem a propósito! A caminho do nosso país!![img][/img]
Bonito bicho!!!
Afinal vai haver concorrência feroz...
Abraço,
MJ
Nop...é de um amigo! A amplificação é a lampadas!! [img][/img]
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 10:25
António José da Silva escreveu:
nbunuel escreveu:
A caminho para o nosso país!![img][/img]
Ó diabo.....e a amplificação para isso?
É teu?
Já viste o braçito que se vislumbra do lado esquerdo da foto ? "Voi lá"...
manuel fonseca Membro AAP
Mensagens : 340 Data de inscrição : 06/04/2011 Idade : 64 Localização : vila nova de famalicao
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 11:29
será que é desta que mandamos os cd ás ortigas....
luis lopes Membro AAP
Mensagens : 4993 Data de inscrição : 25/02/2011 Idade : 57 Localização : Covilhã
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 11:32
... mas os cd´s sempre estiveram nas ortigas.....
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 11:35
luis lopes escreveu:
... mas os cd´s sempre estiveram nas ortigas.....
O som da maioria deles, faz-me comichão....
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Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 14:24
nbunuel escreveu:
MJC escreveu:
nbunuel escreveu:
Nem a propósito! A caminho do nosso país!![img][/img]
Bonito bicho!!!
Afinal vai haver concorrência feroz...
Abraço,
MJ
Nop...é de um amigo! A amplificação é a lampadas!! [img][/img]
E esse teu amigo vai usar isso para lêr ou para gravar ?
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 15:25
Milton escreveu:
nbunuel escreveu:
MJC escreveu:
nbunuel escreveu:
Nem a propósito! A caminho do nosso país!![img][/img]
Bonito bicho!!!
Afinal vai haver concorrência feroz...
Abraço,
MJ
Nop...é de um amigo! A amplificação é a lampadas!! [img][/img]
E esse teu amigo vai usar isso para lêr ou para gravar ?
Para gravar... claro...!
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 17:04
E vai-lhe adaptar uma cabeça de corte stereo ?( o amp é mono) ou vai fazer gravações mono ? a partir de quê ? masters antigos ? bandas de garagem? o intuito é comercial ou é apenas para gasto próprio (e dos amigos) ? desculpa a cusquice...
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 17:27
Milton escreveu:
E vai-lhe adaptar uma cabeça de corte stereo ?( o amp é mono) ou vai fazer gravações mono ? a partir de quê ? masters antigos ? bandas de garagem? o intuito é comercial ou é apenas para gasto próprio (e dos amigos) ? desculpa a cusquice...
O objecto primordial é apresentar um projecto work in progress para ter em exposição numa associação cultural para dar a conheçer a história da música gravada..!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 17:37
nbunuel escreveu:
Milton escreveu:
E vai-lhe adaptar uma cabeça de corte stereo ?( o amp é mono) ou vai fazer gravações mono ? a partir de quê ? masters antigos ? bandas de garagem? o intuito é comercial ou é apenas para gasto próprio (e dos amigos) ? desculpa a cusquice...
O objecto primordial é apresentar um projecto work in progress para ter em exposição numa associação cultural para dar a conheçer a história da música gravada..!
Penso que deverias de abrir um tópico só para essa iniciativa que é altamente elogiavel. E seria uma enorme honrar para o AAP poder divulgar esse projeto. Também seria muito bom se fossem replicados alguns álbuns raros para comercialização.
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nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 17:50
António José da Silva escreveu:
nbunuel escreveu:
Milton escreveu:
E vai-lhe adaptar uma cabeça de corte stereo ?( o amp é mono) ou vai fazer gravações mono ? a partir de quê ? masters antigos ? bandas de garagem? o intuito é comercial ou é apenas para gasto próprio (e dos amigos) ? desculpa a cusquice...
O objecto primordial é apresentar um projecto work in progress para ter em exposição numa associação cultural para dar a conheçer a história da música gravada..!
Penso que deverias de abrir um tópico só para essa iniciativa que é altamente elogiavel. E seria uma enorme honrar para o AAP poder divulgar esse projeto. Também seria muito bom se fossem replicados alguns álbuns raros para comercialização.
Concerteza...não vai só focar o formato da reprodução musical mas tb todo o processo da criação musical...Como tal, vão ser organizados debates com os avós do rock português e com os melhores criadores de capas no panorama musical nacional. Por exemplo!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 17:52
nbunuel escreveu:
António José da Silva escreveu:
nbunuel escreveu:
Milton escreveu:
E vai-lhe adaptar uma cabeça de corte stereo ?( o amp é mono) ou vai fazer gravações mono ? a partir de quê ? masters antigos ? bandas de garagem? o intuito é comercial ou é apenas para gasto próprio (e dos amigos) ? desculpa a cusquice...
O objecto primordial é apresentar um projecto work in progress para ter em exposição numa associação cultural para dar a conheçer a história da música gravada..!
Penso que deverias de abrir um tópico só para essa iniciativa que é altamente elogiavel. E seria uma enorme honrar para o AAP poder divulgar esse projeto. Também seria muito bom se fossem replicados alguns álbuns raros para comercialização.
Concerteza...não vai só focar o formato da reprodução musical mas tb todo o processo da criação musical...Como tal, vão ser organizados debates com os avós do rock português e com os melhores criadores de capas no panorama musical nacional. Por exemplo!
Isso cada vez está melhor e mais do que nunca urge ajudar e divulgar ao máximo essa iniciativa. No que pudermos ajudar, por muito pouco que seja, cá estaremos.
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Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qua Jun 08 2011, 19:48
Fantástica iniciativa !!
E onde vai ter lugar ?
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qui Jun 09 2011, 09:59
Ãcho que não estou a quebrar nenhuma inconfidência mas.. http://www.atelier-real.org/Infos.htm
luis lopes Membro AAP
Mensagens : 4993 Data de inscrição : 25/02/2011 Idade : 57 Localização : Covilhã
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qui Jun 09 2011, 10:44
esplêndido !!!! eu quero uma replica mono!!!!!
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qui Jun 16 2011, 17:51
https://2img.net/r/ihimg/photo/my-images/846/grovie.jpg/ Aqui está o prometido!![img][/img]
MJC Membro AAP
Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qui Jun 16 2011, 18:17
nbunuel escreveu:
https://2img.net/r/ihimg/photo/my-images/846/grovie.jpg/ Aqui está o prometido!![img][/img]
E tu vais lá quando?
Abraço,
MJ
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qui Jun 16 2011, 18:19
MJC escreveu:
nbunuel escreveu:
https://2img.net/r/ihimg/photo/my-images/846/grovie.jpg/ Aqui está o prometido!![img][/img]
E tu vais lá quando?
Abraço,
MJ
Não sei... tanto quanto sei a máquina ainda não chegou dos states!!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qui Jun 16 2011, 18:22
nbunuel escreveu:
Não sei... tanto quanto sei a máquina ainda não chegou dos states!!
Depois aproveita e foto-documenta bem a maquineta para nós sff.
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manuel fonseca Membro AAP
Mensagens : 340 Data de inscrição : 06/04/2011 Idade : 64 Localização : vila nova de famalicao
Assunto: Re: Vinil Caseiro Qui Jun 16 2011, 19:58
isso isso que nessa data não posso ir á capital
lore Membro AAP
Mensagens : 1205 Data de inscrição : 11/07/2010 Localização : lisboa
Assunto: Re: Vinil Caseiro Sáb Jun 18 2011, 14:29
Olhando com atençao para o cartaz , interrogo-me sobre o imenso potencial dos users deste forum ...
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Sáb Jun 18 2011, 21:25
lore escreveu:
Olhando com atençao para o cartaz , interrogo-me sobre o imenso potencial dos users deste forum ...
Amigo tens um ferrari na sala?? Voltando ao tópico aqui vai as explicações adicionais http://www.ghost.pt/ e o calendário - as entradas são gratuítas!
LONG SESSION Com Edgar Raposo e Luís Futre Sexta-feira, 17 de Junho, das 22h às 00h30. O princípio da ‘Long Session’ consiste numa battle dialéctica entre dois DJ’s à volta do repertório da música Rock portuguesa entre 1958 e 1981. Numa dinâmica de respostas sucessivas, os DJ’s comentam cada disco relatando a sua importância musical ou social, contando pequenas histórias ligadas às suas condições de gravação ou de produção.
CICLO DE CONVERSAS Cada conversa é dinamizada pela apresentação de documentos (filmes de arquivo, fotografias, gravações sonoras) e/ou pela apresentação de objectos de época (capas de discos, cartazes de concertos, fanzines, instrumentos, etc.) que articulam várias dimensões do tema em questão. Cada conversa tem a assistência de músicos, coleccionadores, historiadores, sociólogos e convidados especiais.
Psicadelismo, drogas e vida underground no Portugal dos anos 1960 e 70’s Sábado, 18 de Junho, das 18h às 21h00. [com Liquid Show do Dr. Nébula; efeitos luminosos criados a partir da projecção de óleos coloridos] Convidados: Heitor de Vasconcelos (coleccionador), Luís Futre (coleccionador e investigador), Ondina Pires (investigadora e música), João Carlos Calixto (historiador, coleccionador), Franjas (músico), Vítor Gomes (músico), Daniel Bacelar (músico), Dr. Nébula [lista sujeita a eventuais modificações]
Design e Música: Uma aproximação às relações entre música Rock e design através das capas dos discos e dos cartazes de concertos produzido em Portugal desde os anos 1960 até hoje Quinta-feira, 23 de Junho, das 18h às 21h00. Convidados: Carlos Zíngaro (músico e ilustrador), João Paulo Feliciano (artista visual e músico), Tó Trips (músico e designer), João Maio Pinto (ilustrador), Ondina Pires (investigadora e música), Luís Futre (coleccionador e investigador) [lista sujeita a eventuais modificações]
Joaquim Costa: uma figura pioneira e esquecida da música portuguesa Sábado, 25 de Junho, das 18h00 às 21h00. Através das projecções de uma entrevista realizada a Joaquim Costa antes da sua morte e de uma entrevista de André Bacelar serão abordadas questões ligadas ao jornalismo musical enquanto vector de divulgação e de legitimação. Convidados: Representantes do jornal “Onda Jovem” – Primeiro Jornal exclusivamente sobre música Rock em Portugal – 1968-1971, Mário Lopes (jornalista), Henrique Amaro (jornalista), Rui Catalão (jornalista), João Carlos Calixto (historiador, coleccionador), Francisco Dias (músico, editor) [lista sujeita a eventuais modificações]
SESSÃO PÚBLICA DE TRABALHO Sexta-feira, 24 de Junho, das 19h00 às 21h00. Com a apresentação de uma versão de trabalho do documentário actualmente em fase de preparação: “Ritmos – Guitarras de Chumbo”, uma adaptação do livro “Portugal Eléctrico. 50 Anos de Rock Português”, de Edgar Raposo, Luís Futre, João Carlos Calixto e Afonso Cortez.
+ EM PERMANÊNCIA, DE 20 A 25 DE JUNHO A Groovie Records instala um espaço de trabalho onde se pode consultar parte da documentação da pesquisa realizada para a edição do livro “Portugal Eléctrico. 50 Anos de Rock Português”. Com cartazes, capas de discos, jornais, fotografias mas também documentos audiovisuais tais como entrevistas, videoclips ou ainda o filme ‘Canção da Saudade’, primeiro filme musical de Rock português bem como todos os documentos e objectos que servem de apoio ao ciclo de conversas sobre o Psicadelismo, as relações entre Música e Design, a Joaquim Costa e ao jornalismo musical).
O livro (inédito) “Portugal Eléctrico. 50 Anos de Rock Português” estará disponível para consulta livre durante toda a residência.
Um ponto de venda do catálogo de discos editados pela Groovie Records será igualmente instalado no espaço
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Vinil Caseiro Sáb Jun 18 2011, 21:30
Segue uma entrevista do meu amigo investigador Edgar raposo
A residência da Groovie Records é uma oportunidade para explorar o “lado B” desta editora de música independente. Os anos de trabalho editorial, que alinharam uma série de bandas de rock internacionais num catálogo criterioso e pessoal, correspondem também ao tempo de uma pesquisa que juntou um acervo de peças documentais e empíricas em torno das origens do Rock português - no final dos anos 50 - em pleno Portugal do Império Colonial. A programação da residência reflecte e desdobra o resultado desta pesquisa histórica e social, num formato permeável ao público, mas sobretudo atento às novas contribuições e actualizações das questões políticas que envolvem a produção de memória e cultura musical. O acesso e a partilha aberta da música, a festa, os filmes de arquivo, as entrevistas inéditas e as capas de discos, mas também o contacto directo com alguns dos protagonistas resistentes — músicos e outros investigadores — vão ajudar a situar e a dar corpo à experiência desta residência.
A grande aposta da Groovie Records é o disco vinil. Sem nenhum tipo de inclinações nostálgicas, a Groovie Records é a realização da vontade de descobrir, gravar e lançar bandas independentes em vinil, através de um selo próprio. O gosto pela música de garagem e de pulsão popular, a arte das capas, o prazer de criar um objecto cuidado, a adesão à partilha e à lógica colaborativa, permitiu criar um catálogo de bandas original e levou a Groovie Records a activar pontes com editoras internacionais e a juntar colaboradores de varias áreas nessa aventura. Mas com tudo o que a cultura transversal do vinil potenciou no mundo, com ela veio também a descoberta de uma partitura rockeira em Portugal que, muito antes da tradição dos cantores de Abril, acompanhou e revolucionou a consciência política de toda uma geração em claustrofobia regimentada. Este é um período ainda obscuro na história contemporânea, ainda por contar, tornando, por isso, os seus protagonismos tão confusos como heróicos. Talvez por ser uma história de não-aceitação das limitações, um apelo à desobediência pela força de uma reivindicação juvenil. Resistente, a Groovie Records faz à revelia – ou no limite das leis editoriais e do mercado – e ai escava o seu terreno e lança as suas bandas. A contrapartida está no encontro com a convicção da sua prática. Os editores são os que têm um interesse profundo, uma obsessão. Uma melomania generosamente comandada pela paixão pela música, como pela pesquisa que documenta o Rock como motor social e instrumento para saber o que se quer.
Como começou a Groovie Records? GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): A editora começou… acho que por insatisfação. Insatisfação de querer coisas que não havia por aqui. Ou seja, já gostar de discos e capas de discos, já conhecer músicas e editoras, nomeadamente americanas, que coleccionava, e já tinha interesse pelo design e ilustração, e veio tudo um pouco atrás disso. E por conseguinte acabou que pensei, está na hora, vou fazer a minha própria editora. Claro, tudo muito bonito, nós pensamos nisso vou fazer uma editora mas como é que se faz uma editora? E onde é que está o dinheiro para fazer essa editora? E aí surge essa oportunidade de ter conhecido o Dave Crider, dono da Estrus Records, uma das mais importantes editoras independentes norte-americanas dos anos 1990. Convidou-me para ir a Espanha ver uma actuação da nova banda que ele tinha na altura, The DT’s, e também para nos conhecermos pessoalmente... E conversa puxa conversa, e a falar, acabou por me oferecer dois temas da banda, que aliás foi o primeiro disco da banda, e ofereceu-me os dois temas para fundar a Groovie Records. O primeiro disco editado pela Groovie é o primeiro disco dos DT’s, da banda do Dave Crider. Claro fiquei... eu nem sabia onde me meter...
A Groovie Records tem uma implementação local? Tentam trabalhar com artistas locais? GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): Eu nunca pensei na editora como uma editora para lançar grupos portugueses. Não por não gostar dos grupos portugueses, sempre tive uma afinidade com bandas portuguesas, mas já haviam outras editoras independentes, mais ligadas ao punk, que estavam a editar bandas interessantes da cena portuguesa. Peguei apenas numa ou duas bandas portuguesas, que ainda continuam connosco até hoje, mas a ideia realmente foi levar as coisas lá para fora. Dar a conhecer que em Portugal também há pessoas que fazem bons cartazes, editam discos, organizam concertos, fazem bons videoclips, e a ideia foi sempre essa. Depois é aquela história de teres amigos no mundo inteiro. Isso é muito bom. É ires ao Brasil e teres lá um monte de gente, de amigos, jantares com um, festas com outro, é mais do que a música, é um grupo de pessoas que têm gostos em comum. Vais ao Japão a mesma coisa, aos Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha… E depois há a questão da investigação. Foi isso que despoletou realmente o interesse que a editora se tornasse algo mais do que uma simples editora independente. Perguntam lá fora “Como eram os anos 60 em Portugal?” Eu já conhecia algumas bandas mas não sabia que era tanto. E então começou aquele bicho e cavar, cavar, cavar... E uma coisa trouxe a outra e realmente é um universo infinito. É muito mais interessante e muito mais amplo do que qualquer pessoa pudesse imaginar que existia.
As reedições são exclusivamente de bandas portuguesas... GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): Não. Pelo contrário, exclusivamente estrangeiras. Agora é que estamos um pouco a conseguir autorização para fazer as coisas portuguesas. O disco do Joaquim Costa foi o único realmente porque não tinha sido editado por ninguém, era uma coisa perdida. Foi fácil de lançar. O resto que pertence a multinacionais é complicado.
Mas há os Portuguese Nuggets… GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): Isso foi assim uma coisa punk, meio rufia. Foi assim: vamos fazer e pronto. Se não for assim não vai ser feito nunca. Não tínhamos reunido os direitos. E as editoras deixaram andar. Passou. E foi importante para elas também porque abriu um pouco o catálogo e começaram a reeditar. Músicas que as pessoas não conheciam e que ficaram a conhecer com as compilações. Mas foi um pouco assim, à revelia de toda a gente. Se der para o torto dá para o torto. E hoje a editora, 50% das edições são reedições, é trabalho de pesquisa. Agora estamos a tentar relançar alguns discos de música portuguesa. Vamos reeditar a Filarmónica Fraude, o primeiro disco LP de Pop portuguesa. É um disco extremamente importante porque, para além de ser um disco interessante em termos musicais, acaba por ser um disco político. A capa foi censurada porque fazia alusões à ditadura. E o disco acabou por ser censurado também. Depois, estamos atrás do Quarteto 1111, do José Cid, e também de surf music portuguesa dos anos 1960. Os Tártaros, os Espaciais... Como é que aquelas coisas existiam aqui num país com uma ditadura tão forte? O trabalho de pesquisa acabou por ir por aí.
A Groovie Records só edita discos vinis. Porquê essa posição exclusiva? GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): Acho que primeiro tem haver com a qualidade da própria música e depois com a questão do registo original.
Para ti é importante esse lado material da música? GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): É importante. E também tem haver com a questão gráfica. É impossível comparar um CD em termos gráficos de um LP. Por muito bonito que seja o CD, que se desdobre, que tenha um livrinho, que seja feito em cartão e com letras prateadas. O CD colocas no leitor, é engolido, desaparece, tu vês os números ali na frente, que é a faixa 1, a faixa 2...
Mas não há ali uma relação nostálgica também? GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): Não, não tem haver com nostalgia. Tem haver com a tua relação com a música, com o que é a gravação de música. O CD foi uma coisa criada para as massas, foi criada para quem não gosta de música, objectivamente. Para ser vendido ao quilo. A intenção que nós temos com a editora é de dar importância tanto aos músicos como ao próprio objecto do disco. Não tem haver com a nostalgia, do vinil ser uma coisa ‘sixties’. É realmente uma questão de opção de qualidade. Vender CD’s em caixas de plástico, é enganar as pessoas porque não custa nada a fazer…
Também já ninguém compra... GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): Ainda bem que surgiu o ficheiro digital. Porque assim toda a gente tem acesso à música e é assim que devia ser. Devia ser uma coisa livre, de livre acesso, não ter que ser pago. Só compra quem quer realmente ter um objecto, para coleccionar ou para ter em casa e colocar no gira-discos. Eu próprio não me importo. Coloco logo as músicas na Internet para o pessoal ouvir. Eu mando os discos em MP3 antes de saírem. Não vou deixar de vender discos por causa disso.
E em relação à residência, como vês a possibilidade da Groovie Records se instalar durante duas semanas em residência... GROOVIE RECORDS (Edgar Raposo): Esta residência é importante para passar a editora para fora de um núcleo de pessoas e de um meio cultural que eu também considero estanque, infelizmente. Penso que a residência pode ajudar a alargar a concepção que se tem da editora, não limita-la a essa coisa do Rock’n Roll. Que trabalha com assuntos culturais, com a história das artes plásticas, do vídeo, da música. O trabalho de investigação não é mais do que antropologia, sociologia. Não se trata só de Rock’n Roll, trata-se de construir uma história que foi apagada e que é necessário ser contada, claro através da música. É uma questão política também. Continuo a pensar que essas pessoas tiveram uma grande importância no que foi a revolução do 25 de Abril. Porque o que mudou a consciência das pessoas foram os movimentos culturais, não foi a polícia, não foram os militares. Quando os tanques chegaram ao Largo do Carmo, a consciência das pessoas já estava feita. A mentalidade das pessoas sobre o sistema político já estava feita, já sabiam o que é que queriam. E isso foi construído por a juventude da época, foram estas pessoas que lutaram, com as armas que tinham e contra o sistema que existia na altura.
Texto editado a partir de uma conversa com Edgar Raposo no dia 7 de Abril de 2011, no Atelier Real, Lisboa.
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Vinil Caseiro Sáb Jun 18 2011, 22:18
Amigo Nuno. Isso são eventos a não perder. Ouvir as histórias à volta dos músicos e das músicas, faz-nos entender melhor as mesmas, o tempo em que foram escritas e a sua interação social. As obras foram muitas vezes influênciadas pelo que se passava no mundo e em alguns casos influenciaram o que se viria a passar. É pena as datas coincidirem com a minha estadia em Inglaterra. Só espero que os eventos se repitam e que quem esteja presente, relato aqui no AAP.
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