A rodar XLIV

Assunto: Re: A rodar XLIV Sex Mar 29 2019, 11:47

Depois da voltinha matinal a rolar, é hora de sentar e ver outra coisa a rodar...

Para animar, sigo com:

A capa diz muito do que se encontra no álbum, é Rock Psicadélico sim senhor. Smile

Assunto: Re: A rodar XLIV Sex Mar 29 2019, 12:56

Mais um...

Sabe sempre bem!!

Assunto: Re: A rodar XLIV Sex Mar 29 2019, 18:03

Depois de alguns álbuns rodados e ultrapassada a preguiça de partilhar, cheguei até um daqueles álbuns muito especiais. Música e letras do melhor, Pawn Hearts dos Van der Graaf Generator.

Vamos lá partilhar o que ouvem, preciso de ideias!!!

Assunto: Re: A rodar XLIV Sex Mar 29 2019, 23:05

Assunto: Re: A rodar XLIV Sáb Mar 30 2019, 10:39

Assunto: Re: A rodar XLIV Sáb Mar 30 2019, 12:04

É bom ver que o seu voltou a seu dono! Smile

Falta partilhar o belíssimo amplificador novo... que pode bem ser o parceiro de fotografia para o próximo a rodar.

Por aqui, já sentado no sofá depois de 22km a rolar, ainda antes de sair para almoçar...

Este é um daqueles álbuns que "todos" conhecem, mas é bem merecido o conhecimento, de cada vez que roda é um regalo e lá nos reserva mais um pormenor.

Assunto: Re: A rodar XLIV Sáb Mar 30 2019, 22:24

José Miguel escreveu:: É bom ver que o seu voltou a seu dono!

Falta partilhar o belíssimo amplificador novo... que pode bem ser o parceiro de fotografia para o próximo a rodar.

Por aqui, já sentado no sofá depois de 22km a rolar, ainda antes de sair para almoçar...

Este é um daqueles álbuns que "todos" conhecem, mas é bem merecido o conhecimento, de cada vez que roda é um regalo e lá nos reserva mais um pormenor.

um dos meus álbuns favoritos A rodar XLIV - Página 16 754215

Por aqui roda em jeito de homenagem

Assunto: Re: A rodar XLIV Sáb Mar 30 2019, 22:58

Assunto: Re: A rodar XLIV Dom Mar 31 2019, 07:08

Bom dia Aníbal!

Out to Lunch é mesmo um daqueles que se mantém fresco como uma alface, mesmo depois de 45 anos passados. Wink

Scott Walker e o seu " também marcam presença aqui em casa, curiosamente tinha rodado o 4 um dia antes da morte...

Especial destaque para Red House Painters, é um álbum que me transporta mais para o Outono ou Inverno, mas ainda ontem caiu uma chuvinha... foi bom lembrar e ainda ouvimos a faixa Strawberry Hill. Wink

Assunto: Re: A rodar XLIV Dom Mar 31 2019, 16:59

José Miguel escreveu:: ... Vamos lá partilhar o que ouvem, preciso de ideias!!!

anibalpmm escreveu:: ... Por aqui roda em jeito de homenagem

Ultimamente as escutas (por causa de novo phono) téem sido mais professionais do que por prazer, mesmo se uma não exclui a outra! Terei todo o prazer em partilhar as novas coisas que por aqui rodam trazidas recentemente da Polonia e da Noruega e com as quais me sinto muito bem acompanhado hà duas ou três semanas …

Scott Walker não é a minha "chavena de chà", mas não é uma razão para não reconhecer a grandeza desse senhor e sentir que é mais um que parte e que farà falta. Dele sò entro no "Tilt" que jà rodou duas vezes esta semana, acompanhado pelo alter ego conceptual (Marble Index de Nico)…

No entanto, se o Scott Walker não é a minha chavena … em contrapartida o Mark Hollis é complétamente a minha substância. Também desaparecido hà pouco, considero esta perda como um terramoto no mundo da musica …

Roda regularmente depois quinze dias (Mark Hollis, Spirit of Eden e Laughing Stock !!!)

RIP

e

aos dois !!!

Um album inclassàvel que funciona como uma passagem entre o mundo material e o espiritual … uma épura de linhas melodicas que entonteçem e conduzem-nos até às zonas mais desconhecidas da nossa sensibilidade. Aqui tudo é paz, harmonia e lentidão com o objectivo de criar um sentimento de atração imaterial, de catarse e de plenitude. A voz quase sempre murmurada acentua a sensação de fragilidade sendo esta constante raramente rompida por breves fulgurâncias vocais ou melodicas. Os arranjos contemporâneos acentuam o caràcter experimental da obra sém abalar a sua indescritivel beleza, bem ao contrario, mas participam ao caracter hermético ou exclusivo deste disco pouco badalado ...

TD124 escreveu:: Um album inclassàvel que funciona como uma passagem entre o mundo material e o espiritual …

Infelizmente, Mark Hollis, cantor, teclista e compositor, fundador dos Talk Talk, faleceu com 64 anos, no dia 25 de Fevereiro de 2019. O álbum citado por TD124 é o seu único álbum a solo.

Ghost4u escreveu:

TD124 escreveu:: Um album inclassàvel que funciona como uma passagem entre o mundo material e o espiritual …

Infelizmente, Mark Hollis, cantor, teclista e compositor, fundador dos Talk Talk, faleceu com 64 anos, no dia 25 de Fevereiro de 2019. O álbum citado por TD124 é o seu único álbum a solo.

Não conhecia, mas agora conheço. Wink

O álbum tem um ambiente algo pesado, quer em termos de letras quer em termos de paisagens instrumentalmente criadas. Não é um álbum de despedida, mas fica bem num momento em que nos despedimos do seu criador.

José Miguel escreveu:: … O álbum tem um ambiente algo pesado, quer em termos de letras quer em termos de paisagens instrumentalmente criadas. Não é um álbum de despedida, mas fica bem num momento em que nos despedimos do seu criador.

Compreendo que o album possa parecer pesado e mesmo algo sombrio, sobretudo para um auditor que desconheça os dois ultimos discos dos Talk-Talk … pois no caso contrario esta obra apareçe quase como o fechar epurado de uma trilogia. Mas é realmente um album de despedida, não à existência mas à musica … apòs este album o Mark Hollis passou a outras coisas, a uma outra vida. Desfecho que me pareçe natural tanto o que ele tinha a dizer jà estava dito, e de que maneira, visto que considero o Laughing Stock como uma das maiores obras oriundas do mundo do Rock !!!...

Mesmo se o album Trinity Session é o mais conhecido do grupo na verdade não é o meu preferido dos Cowboy Junkies. A voz (por demasiado sussurrada) da Margo Timmins e os arranjos melodicos dos seus dois irmãos conduzem a um country/folk excessivamente lirico e romantico. A avantagem desta versão comemorativa dos vinte anos da obra é de terem ido convidar artistas que dão uma real profundura às faixas originais. Que seja a grande Natalie Merchant ou o imenso Victor Chesnutt (desaparecido hà dez anos) ambos adicionam à reçeita edulcurada dos Cowboy Junkies uma boa dose de pimenta e sal. A presença como musico do Ryan Adams acaba por dar a dose justa de tradição americana o que conduz a um resultado deveras excitante e brilhante por vezes mesmo. A obra ganha em diversidade estilistica, estructura musical e densidade artistica sém perder em nada a sua consensualidade … talvez aqui esteja o seu limite.

Antes da nossa saída do Porto para os Açores, álbuns dos Talk Talk foram vendidos... Assim como mais uns quantos que fizeram a nossa pequena colecção ficar reduzida a metade. Não sou um profundo conhecedor da obra, ainda que goste dos dois álbuns que o Paulo referiu.

Apesar de ter ouvido esse do Mark Hollis em condições fraquinhas, compreendo o que diz, o álbum está em linha com o que ele criou antes e talvez até o título da faixa que abre nem seja inocente... A Música, essa forma de expressão, apresenta-se pelo via de notas bem escolhidas, há um jogo com o silêncio... Talvez estivesse a pensar na morte do senhor, mas gostei do que ouvi e vou procurar uma edição em CD - em vinil estão muito caras.

Bela partilha! Wink

O violonista Tomasz Mreńca pertençe à nova geração da musica electronica polonesa. A sua formação clàssica leva num primeiro tempo a comparar instintivamente a sua escrita musical com a do seu compatriota Michał Jacaszek … ora ràpidamente o auditor compreende que um oceano de diferenças separam os dois artistas. A musica do Tomasz Mreńca é cinemática e descreve paisagens nordicas cinzentas, a grandeza da natureza ou o claro obscuro do mar baltico … tornando-se algo proxima da obra do Jóhann Jóhannsson. No entanto e ao contrario deste ultimo, a sua musica mistura uma construção de grande beleza harmonica e formal com desintegrações ritmicas ponctuais que fazem pensar à escola de Berlim. Esta oscilação acaba por criar uma musica que alterna minimalismo estético e lirismo mélodico sém contraponto ritmico conduzindo a uma musica em fluxo continuo em aparência, mas modulada em amplitude no tempo. A ritmica apareçe então na cabeça do auditor mesmo se não foi escutada o que cria uma sensação de força imparàvel ... um doce e lento furacão interior nasce. Grande descoberta em Ambiente minimalista que mostra a virtuosidade actual da escola polonesa na musica electronica e que mereçe ser amplamente descoberta, e reconhecida. Trabalho virtuoso musicalmente e brilhante no resultado, uma grande obra ...

O Paulo referiu o "revisitado" e eu fiquei com o original na cabeça... Confesso que durante algum tempo este álbum não me tocou, mas as muitas partilhas aqui (pelo Aníbal, por exemplo) fizeram-me comprar uma edição da altura e escutar com calma. Em bom dia fizemos a compra, porque hoje é um álbum que roda com frequência e um que serve para criar uma boa paisagem de refugio.

Este espaço do Fórum já teve muita actividade e foi uma bela escola para descoberta de Música, lembro-me de forma particular como as sextas-feiras à noite eram animadas... Hoje a coisa não é assim, mas ainda vou aprendendo umas coisas.

Sendo a Música a origem da procura por equipamentos, vamos lá partilhar mais!

Membro AAP Mensagens : 236 Data de inscrição : 11/02/2019 Localização : Lx

Esse album é sublimal... ouvi-o milhentas vezes em cassete, depois em CD, e também em rip de mp3 (sacrilégio) nos phones do telefone. Quando o country ganho um tom alternativo (e audível).

miguelbarroso escreveu:: Esse album é sublimal... ouvi-o milhentas vezes em cassete, depois em CD, e também em rip de mp3 (sacrilégio) nos phones do telefone. Quando o country ganho um tom alternativo (e audível).

Adoro este disco. A rodar XLIV - Página 16 754215

José Miguel escreveu:: (...) Este espaço do Fórum já teve muita actividade e foi uma bela escola para descoberta de Música, lembro-me de forma particular como as sextas-feiras à noite eram animadas... Hoje a coisa não é assim, mas ainda vou aprendendo umas coisas. (...)

Não percebi essa das "sextas-feiras à noite" e portanto ando por estes lados jà hà algum tempo ... mas tudo o que aprendi (descobri) por aqui neste topico foi pela apresentação dada pelo ouvinte. Pessoalmente, e que seja um vinho ou um disco, o que me interessa não é que me mostrém a etiqueta ou capa mas que me digam (mesmo simplesmente) por que razão gostam dele, ou mais importante talvez, porquê desgostam! Um disco desconhecido (jà hà alguns tempos atràs) que um usuario desgostou e explicou porquê tornou-se para mim importante apòs escuta e mais tarde pela nossa partilha ele mesmo reconheceu que se tinha reconciliado com a obra. È isto um forum ... não é uma feira de imagens mas de palavras, pois "infelismente ou felismente" assim funciona esta mecanica virtual. A minha ultima descoberta "importante" por aqui foi o recente album dos Arctic Monkeys proposto pelo Alexandre Vieira e que é o disco que mais roda este ano aqui por casa, mesmo pela minha mulher ... pareçe-me então que o espaço continua a fazer o seu trabalho. Descobrir um ou dois bons discos por ano num forum de audio aonde se discute (entre outras coisas) do preço dos produtos no OLX jà é muito positivo ... este topico então funciona ainda muito bem no meu ver, ou no que me toca. Estou inscrito em dois forums de musica hà muitos anos e é o lugar ideal para falar de discos, pois é adaptado à partilha da musica exclusivamente, aqui no AAP este topico é acessorio como em qualquer forum de audio, serve para dar a impressão que os audiofilos são "obrigatoriamente" melomanos. Ao menos nos forums de musica ninguém fala de aparelhos "its straight" !!!...

(...) O Paulo referiu o "revisitado" e eu fiquei com o original na cabeça... Confesso que durante algum tempo este álbum não me tocou, mas as muitas partilhas aqui (pelo Aníbal, por exemplo) fizeram-me comprar uma edição da altura e escutar com calma. Em bom dia fizemos a compra, porque hoje é um álbum que roda com frequência e um que serve para criar uma boa paisagem de refugio. (...)

Pareçe-me ser isso o mais importante, independentemente do que escrevi e deixei adivinhar. Comprei o Trinity Session nos finais dos anos oitenta apos o The Queen is Dead e do Secrets of the Beehive (assim de memoria) ... o primeiro nuca parou de subir na minha estima até hoje e os outros dois não pararam de descer, e até hoje. Sempre expliquei a razão deste sentir, como em relação a qualquer outra obra ou estilo pois descobri o Jazz pelo Coltrane e pelo Oscar Peterson ... ora o Trane ficou e o grande Oscar passou-me, é assim !!!

Se gosta do Trinity Session então escute, goze e viva-o a fundo ... é a isso que serve um disco !!!

Mas, escute o Trinity Revisited que tém menos "açucar acrescentado", quém sabe talvez prefira o sabor

Membro AAP Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:: (...) Este espaço do Fórum já teve muita actividade e foi uma bela escola para descoberta de Música, lembro-me de forma particular como as sextas-feiras à noite eram animadas... Hoje a coisa não é assim, mas ainda vou aprendendo umas coisas. (...)

[color=#000099]Não percebi essa das "sextas-feiras à noite" e portanto ando por estes lados jà hà algum tempo ... mas tudo o que aprendi (descobri) por aqui neste topico foi pela apresentação dada pelo ouvinte. (...)

Bom dia!

Não é preciso procurar mensagens escondidas nas minhas curtas palavras, porque elas não expressam nada mais do que uma recordação nascida do facto de se ter trocado algumas palavras e eu me ter lembrado de um episódio que envolvia um álbum.

As sextas-feiras, principalmente em horário nocturno, eram bastante animadas neste tópico, a participação de alguns elementos fazia da partilha de álbuns a rodar uma conversa que se estendida para outros lados... não procuro fazer renascer nada ou voltar a um tempo passado, expressei um sentimento e nada mais.

miguelbarroso escreveu:: Esse album é sublimal... ouvi-o milhentas vezes em cassete, depois em CD, e também em rip de mp3 (sacrilégio) nos phones do telefone. Quando o country ganho um tom alternativo (e audível).

E toda a "cena" Psychedelic Country/Folk iniciada nos anos 60? A rodar XLIV - Página 16 491368

Desde The Byrds a Neil Young (60's), de Quicksilver Messenger Service a Relatively Clean Rivers...

Actualmente escuto bastante Wilco, mas é verdade que Cowboy Junkies têm o seu lugar. Wink

José Miguel escreveu:: (...) Não é preciso procurar mensagens escondidas nas minhas curtas palavras, porque elas não expressam nada mais do que uma recordação nascida do facto de se ter trocado algumas palavras e eu me ter lembrado de um episódio que envolvia um álbum.

As sextas-feiras, principalmente em horário nocturno, eram bastante animadas neste tópico, a participação de alguns elementos fazia da partilha de álbuns a rodar uma conversa que se estendida para outros lados... não procuro fazer renascer nada ou voltar a um tempo passado, expressei um sentimento e nada mais.

Caro José Miguel, peço desculpa se lhe dei a impressão de ser coscuvilheiro ou pior insultante ... pois nenhum destes sentimentos animava a minha intervenção. Simplesmente nunca tive a impressão que a frequentação (troca) neste topico tivesse altos e baixos consoante os dias e as horas ... nunca tinha reparado ou feito atenção, mas apòs reflexão até me pareçe normal que em vespera de fim de semana isto se anime mais, é tudo.

È verdade que alguns elementos como o Luis Goios e o Mister W (para citar que eles...) eram mais activos e geralmente pertinentes nas suas proposições e trocas ... mas cada um tém a sua vida e é normal de fazer ou ter que fazer pausas de vez em quando, a mim mesmo tal jà aconteçeu! No entanto e como jà disse ontém, considero que (para um forum de audio) este topico continua activo e com proposições (trocas) interessantes. Um topico por si sò não existe ném se auto-alimenta, é o que fazemos dele que toma ou não sentido, sentido e vida ...

Hà dois meses atràs tinha dito aqui tudo o que pensava de bem sobre o album dos Gogo Penguin_A Humdrum Star! A electronica IDM dos Autechre e Aphex Twin tocada com instrumentos acusticos alterados é muito bem conseguida misturando perfeitamente a energia, as rupturas assim que e os "beats" repetitivos. Algumas semanas depois encontro na Polonia este disco de um grupo local de Jazz que também toca a musica dos Autechre (està na moda penso!) ... coincidência ou não, o resultado é que comprei o album. Desde então là tento uma vez por semana de entrar na obra, e devo dizer que tém sido sém sucesso pelo momento! Aonde o grupo britânico tinha encontrado os pontos de união entre o Jazz e a Electronica, os poloneses pareçem se concentrar sobre a construção intelectual da IDM ... disto resulta uma musica austera e àrida, aspera mesmo. Sém movimento ném circularidade a obra torna-se puramente cerebral e experimental. Tenho que continuar a forçar a passagem mas pelo momento isto é "musica feita por musicos para os musicos"... como se diz por aqui!

Uma espécie de jovialidade melancolica percorre este pouco conhecido album. Se as primeiras notas fazem pensar instinctivamente ao Durutti Column_Amigos em Portugal, o avançar da obra revela que são discos profundamente diferentes mas interligados no espirito. Os arpégios dos irmãos Ives apesar de complexos, soam simples e evidentes, limpidos mesmo. Classificado aquando da saida em 1990 de Ambient ou Post-Folk, esta obra mostra o quanto é dificil de pôr uma etiqueta na musica que se afasta dos codigos melodicos pré-estabelecidos. Essencialmente musical e apenas raramente (e fugitivamente) cantado este disco é um caleidoscópio de faixas entrelaçadas como um conjunto de sensações e emoções à volta do Amor. Esta obra é desarmante pois o seu movimento perpétuo conduz o auditor a se contradizer nas suas impressões. Se certos momentos podem pareçer ingénuos ou infantis é para melhor passar às fases opostas aonde a virtuosidade domina … tudo isto numa sucessão permanente que nos inunda finalmente, de bem estar. Um disco raro que se ouve com grande prazer num dia cinzento e meditativo como hoje … deixando no fim um sorriso de total satisfação e a ideia que o simples pode ser complexo, e vice-versa.

Olá
Por aqui acabou de rodar...
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E agora roda...
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Fredie

fredy escreveu:: (…)E agora roda...

Fredie

Mister Lou Reed aprecio sém exagero … mas esse exagero no aprecio A rodar XLIV - Página 16 843159

Abraço

Se deixar-mos de lado a polémica que envolve a edição russo-japonesa deste Live do Tom Waits (interdito de venda actualmente), a escuta ao contrario é jubilante. Este concerto captado pela radio no meio dos anos setenta em Chicago mostra um Waits no cimo da sua época etilica. Correspondendo à saida do album Small Change, temos aqui um musico que paralelamente està no auge da sua arte misturando sém complexos o Blues, o Jazz assim que a irreverência social que o caracteriza. As faixas escutam-se como se bebe um bom alcool, com guloseima e jà à espera do proximo. Um album que dà vontade de o carregar no portamovel e de sair até ao bar mais proximo … e extasiar-se de tanta liberdade artistica com um copo na mão. Excitante, energético e de uma certa maneira supra-punk !!!...

O ato americano dos direitos civis de 1968 que aboliu a segregação racial a arder … por si sò a capa deste concerto de 1969 mostra que o Ornette Coleman veio dizer coisas na universidade de nova iorque, e coisas importantes. Raramente a influência do Albert Ayler foi tão patente na maneira de tocar do Coleman, tanto ritmicamente que harmonicamente. O grande saxofonista modula o sopro com raiva e deixa-se ir a longos gritos alucinados, alucinantes também. O acompanhamento sobrio não permite à musica de descair na anarquia harmonica, ao contrario mesmo, pois guarda um pé no modernismo e outro no free-jazz. As introduções são melodicas e anunciam os diferentes temas de maneira limpida antes da destrutura formal … maneira de dizer que tudo o que é tém que deixar de ser! Album visionàrio vestido com uma musica que antevê o fim do Jazz como expressão cultural dos americanos de cor. Os diferentes musicos estão em perfeita osmose artistica e comunicam uma ideia de coesão total permitindo a esta musica de navigar entre free, modernismo e contemporâneo com a energia do BeBop. Um dos grandes albuns dos finais do periodo classico do Jazz, um dos ultimos que fala dos campos de algodão e da escravagem. Um album que fala à alma com palavras universais, mesmo se estas são violentas ou dificeis a escutar ...

TD124 escreveu:: (...)

Hà dois meses atràs tinha dito aqui tudo o que pensava de bem sobre o album dos Gogo Penguin_A Humdrum Star! A electronica IDM dos Autechre e Aphex Twin tocada com instrumentos acusticos alterados é muito bem conseguida misturando perfeitamente a energia, as rupturas assim que e os "beats" repetitivos. Algumas semanas depois encontro na Polonia este disco de um grupo local de Jazz que também toca a musica dos Autechre (està na moda penso!) ... coincidência ou não, o resultado é que comprei o album. Desde então là tento uma vez por semana de entrar na obra, e devo dizer que tém sido sém sucesso pelo momento! Aonde o grupo britânico tinha encontrado os pontos de união entre o Jazz e a Electronica, os poloneses pareçem se concentrar sobre a construção intelectual da IDM ... disto resulta uma musica austera e àrida, aspera mesmo. Sém movimento ném circularidade a obra torna-se puramente cerebral e experimental. Tenho que continuar a forçar a passagem mas pelo momento isto é "musica feita por musicos para os musicos"... como se diz por aqui!

Este álbum despertou-me a curiosidade, já tinha espreitado com alguma atenção os GoGo Penguin e tinha ficado o bichinho. Os GoGo Penguin conseguem entrar muito bem no jogo rítmico de beats que ajudaram a criar uma cultura de raves pelo mundo fora... pelo menos é assim que o sinto... mas podem ser memórias do passado a serem tocadas...

Voltando aos Pink Freud, devo dizer que a primeira faixa que descobri foi a "Bike" e de imediato fui comparar com a versão original dos Autechre... compreendo a ligação e a tentativa de "re-construção", mas para ser honesto acabei a ouvir Kraftwerk (ai se o Alexandre Vieira lê isto... Smile

) Autobahn, que continua a soar fresco como uma alface!

Era a isto que me referia com as animadas partilhas, é verdade que não são precisas muitas para despertar uma viagem destas, e por estes dias aconteceu assim e soube bem como escapatória a um dia de trabalho cheio de surpresas. Wink

Por aqui hoje chove e a Música será outra, mas enquanto escrevi deixei a rodar isto:

Gabriel Gomes (acordeonista ) e Luis Varatojo (guitarra portuguesa) quiseram experimentar coisas novas e lá se lançaram nos trilhos da Electrónica. O álbum resultou de uma forma que cativa e tem partes que surpreendem... por vezes parece transportar-nos para o universo dos vídeo jogos (logo a meio do lado A), mas é impossível não lembrar as noites vividas no final dos anos 90 e primeirinhos de 2000...

Rodou, mas agora vou voltar-me para outras paragens, Valtari dos Sigur Rós está a olhar para mim...

Para relaxar e ajudar a ultrapassar uma noite fria, nada como um disquito a rodar e um copo na mão... Este contém um tinto da Casa de Cello/Quinta da Vegia (Reserva 2007), casa de gente que sabe receber quem os visita, gente que coloca toda a sua paixão no acto de criar vinhos - seja da Região dos Verdes, seja aqui no Dão (Quinta da Vegia).

Ainda não fomos às origens destes produtores, mas No Problem, lá iremos um dia.

A rodar:

José Miguel escreveu:: (…) Voltando aos Pink Freud, devo dizer que a primeira faixa que descobri foi a "Bike" e de imediato fui comparar com a versão original dos Autechre... compreendo a ligação e a tentativa de "re-construção", mas para ser honesto acabei a ouvir Kraftwerk (ai se o Alexandre Vieira lê isto... ) Autobahn, que continua a soar fresco como uma alface! ...

Compreendo perfeitamente o que diz e como escrevi, o album pelo momento deixa-me de "marmore" pois não consigo entrar na sua hermética intelectualidade. Voçê acabou a experiência a escutar Autobahn (Kraftwerk) e eu até agora acabo propositadamente a escuta voltando ao Amber ou ao Tri Repetae dos Autechre. Que seja no seu caso ou no meu, isto é mau sinal Rolling Eyes

...

José Miguel escreveu:: (…) Era a isto que me referia com as animadas partilhas, é verdade que não são precisas muitas para despertar uma viagem destas, e por estes dias aconteceu assim e soube bem como escapatória a um dia de trabalho cheio de surpresas. ...

Tém razão, pouco é necessario por vezes para viajar até outro lado. Aconteçe-me por vezes quando "viajo fisicamente" a um lugar desconhecido de não querer saber nada sobre ele afim de o descobrir com um coração de criança … mas na maioria dos casos tento me informar afim de não passar ao lado de coisas que seriam um pecado de não aproveitar, ou que não estaria suficientemente preparado ou intelectualmente disposto a descobri-las por mim mesmo. Não hà nada mais simples para um melomano do que entrar numa nova obra … não hà nada mais dificil por vezes do que entrar numa nova obra! Como eu escrevi hà pouco tempo à volta de um album, o simples pode ser complexo e vice-versa … dai que eu goste de umas palavrinhas de iniciação ou de apresentação Wink

…

Gosto da ideia que as sensações ressentidas aquando da escuta "possam" ser partilhadas com os outros ...

O projecto Black Ox Orkestar teve como origem quatro musicos canadianos oriundos de grupos de post rock de Montreal (GY!BE, Silver Mount Zion, Esmerine, Sackville…). A musica tocada são tradicionais judaicos europeus e o canto é em Yiddish. Neste segundo album Nisht Azoy é patente a influência do post rock na maneira que o quarteto tém de executar a musica folclorica hebraica. As faixas são longas e por vezes obedeçem à regra do crescendo, ruptura, resolução ... sém tropeçar na armadilha de uma execução sistematica e previsivel que frustraria o auditor. A potência interior (quase obsedante) da musica Yiddish é perfeitamente restituida e por vezes mesmo exacerbada pelos crescendos repetitivos que se tornam magnéticos, hipnoticos. Paradoxalmente o resultado e tão respeituoso da tradição hebraica quanto soa moderno e mesmo rock globalmente, prova que o trabalho de fusão foi feito com inteligência e sensibilidade. Este trabalho de sugestão, respeito e criatividade faz pensar num estilo musical diferente aos Madredeus. Uma musica exigente, dificil de acesso mas emocionante, tanto quanto o fado também o é para os estrangeiros ...

José Miguel escreveu:: Para relaxar e ajudar a ultrapassar uma noite fria, nada como um disquito a rodar e um copo na mão...

Partilho desse pensar e tenho que provar os vinhos do dominio viticola do qual falou !!! Cool

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:: Para relaxar e ajudar a ultrapassar uma noite fria, nada como um disquito a rodar e um copo na mão...

Partilho desse pensar e tenho que provar os vinhos do dominio viticola do qual falou !!! Cool

Caro Paulo, dificilmente me irá ouvir falar apaixonadamente de Viseu (cidade), mas há zonas envolventes que me tocam bastante. Por outro lado, os vinhos do Dão têm sido a minha maior descoberta e hoje já não digo que prefiro brancos... Embarassed

A Luciana até brinca com este facto, mas os tintos daqui são muito bons, tenho tido a felicidade de me cruzar com grandes vinhos.

O trabalho tem mais coisas más do que boas, desde logo por ser trabalho, mas o mesmo mesmo trabalho já me levou a visitas a quintas, a provas e conversas com profissionais de todo o mundo - a ViniPortugal tem apostado em trazer profissionais aqui e tenho-me cruzado com eles, com direito a boas conversas e mais umas coisitas.

Não lhe irei dizer que esta é a melhor região do país, mas seguramente merece uma visita. Por aqui (como em todo o lado...) há quintas onde se produz em jeito "familiar", com muita paixão e envolvimento em todo o processo. Não são quintas enormes onde encontramos vinhos que parecem saídos de uma fórmula comercial, mas é precisamente por isso que são apaixonantes... não vou mentir e dizer que não fui tocado por tudo isto no momento da prova, fui e gostei! Wink

De uma pequena quinta trouxe algumas garrafas de uma série limitada a 1000 (resta ali uma guardada)... não sei se é o melhor Branco de Encruzado que provei, mas as alheiras de caça caseiras, o presunto, as compotas, ... e a conversa fizeram da visita de uma hora, uma visita de uma tarde inteira.

O Dão está a ser descoberto, bem sei que os vinhos Cabriz são os que mais se encontram fora de Portugal, mas há mais e muito melhor do que isso, pode consultar aqui: https://www.cavelusa.pt/loja/categoria/vinhos/?regiao=1

Fica a ideia. Wink

Há álbuns que insistem em aparecer como escolha e nesta fase o que mais me vem parar às mãos é Spiderland... Este grito de revolta preenche-me e torna o ar mais respirável depois do momento que tenho com ele.

Vou parar de trabalhar um pouco (trabalhos de casa...) e usufruir da terapia.

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Este album é qualquer coisa... Já não o ouvia há muito, e para se ouvir, tem mesmo de ser em contínuo... Completamente "fora do baralho". Uma obra não apenas musical, altamente experimentalista e com mistura de "novela radiofónica" com um humor muito particular. Marcou a minha adolescência...

Andava por aqui este álbum escondido ou perdido... Deve ser do pequeno formato. dvil

Amazing Grace não é o melhor álbum dos Spiritualized, mas não compromete e ainda enche a sala de energia.

Vamos lá animar um pouco e para isso rodará um álbum de um senhor que sabe umas coisas:

Jack White ficou famoso com um outro projecto, mas a solo escolhe o que faz e com quem faz. Lazaretto é um álbum que bebe das raízes do Rock, mas não esquece a animação das variantes... É Blues, mas também Funky... Smile

José Miguel escreveu:: (...) Lazaretto é um álbum que bebe das raízes do Rock, mas não esquece a animação das variantes...

Também apanhou raios ultravioleta, pois só assim, ostenta a designação Ultra LP. Laughing

Quem escute Hans Theesink, desconhecendo a sua nacionalidade, supõe que é estado-unidense ao invés de nederlandês, residindo em Viena (Áustria). Em audição, «Live at Jazzland».
A rodar XLIV - Página 16 SDS_0016_1_l

(Sommelier du son, sds 0016-1)

Mesmo sendo dia de folga, por aqui não se apanhou um raio de Sol... E não muito longe chegou mesmo a nevar!

Mais de acordo com esta Primavera que mais parece a furiosa prima Vera, roda:

Rain Dances é um belo álbum dos Camel e uma boa porta para quem se quiser aventurar nos trilhos do Rock Progressivo. Metrognome, a segunda faixa, é muito catita, lembra King Crimson e as sua faixas mais melódicas, mas evolui muito bem ao ponto de incorporar algo de Jazz Rock... Muito recomendável, sem dúvida!

Continuando com «Voz & Violão»...
Um dos melhores trabalhos de Gil Luminoso, editado em 2006, que careceu de divulgação em Portugal. Gilberto desenhou letras com bela caligrafia.
A rodar XLIV - Página 16 Gil-Luminoso

(DISCMEDI, DM 4239-09)

Patricio Manns, a par de activista, é trovador chileno. «Cantologia» apresenta simples arranjos nas suas fundações, relembrando que na simplicidade também existe beleza.
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(Ayva Musica, AV-217)

José Miguel escreveu:: (…) Por outro lado, os vinhos do Dão têm sido a minha maior descoberta e hoje já não digo que prefiro brancos... A Luciana até brinca com este facto, mas os tintos daqui são muito bons, tenho tido a felicidade de me cruzar com grandes vinhos.

Hoje em dia e apòs uma dezena de anos a descobrir diferentes vinhos portugueses, o Dão tém um lugar muito especial na minha visão dos vinhos portugueses. Apesar de globalmente austeros, foi nessa região que encontrei os vinhos portugueses mais frescos e finos … gosto muito também dos brancos de encruzado. Saliento no que conheço nessa região e sém ordem, MOB, Alvaro de Castro, Antonio Madeira, Druida, Quinta da Ponte Pedrinha, etc...

O trabalho tem mais coisas más do que boas, desde logo por ser trabalho, mas o mesmo mesmo trabalho já me levou a visitas a quintas, a provas e conversas com profissionais de todo o mundo - a ViniPortugal tem apostado em trazer profissionais aqui e tenho-me cruzado com eles, com direito a boas conversas e mais umas coisitas.

Ontém à noite estava com a minha mulher e o puto numa excelente prova de vinhos em Montpellier. Continua a ser a melhor maneira de evoluir neste mundo do vinho que é tão ou mais complexo do que o do audio … mas igualmente apaixonante. Discutir com os viticultures é sempre fantàstico ...

Não lhe irei dizer que esta é a melhor região do país, mas seguramente merece uma visita. Por aqui (como em todo o lado...) há quintas onde se produz em jeito "familiar", com muita paixão e envolvimento em todo o processo. Não são quintas enormes onde encontramos vinhos que parecem saídos de uma fórmula comercial, mas é precisamente por isso que são apaixonantes... não vou mentir e dizer que não fui tocado por tudo isto no momento da prova, fui e gostei!

Em frança existe hoje uma forma de "snobismo" à volta dos vinhos de pequeno produtor, como se a qualidade fosse proporcional à reduzida produção. Existe também a tentação de considerar o pequeno dominio viticola como um guarda da tradição e um representante mais simpatico pois mais proximo da terra, mais humano. Infelismente a prova não dà sempre razão a esse movimento … hà bom e mau em todo o lado, e o que faz bem que seja grande ou pequeno é sempre melhor. Eu apòs trinta anos de interesse no vinho e de visitas de produtores … hoje sò o que està no copo me interessa!

De uma pequena quinta trouxe algumas garrafas de uma série limitada a 1000 (resta ali uma guardada)... não sei se é o melhor Branco de Encruzado que provei, mas as alheiras de caça caseiras, o presunto, as compotas, ... e a conversa fizeram da visita de uma hora, uma visita de uma tarde inteira.

Branco de encruzado com alheira não sei o que dà, mas com farinheira caseira ou "rillettes" de ganso é de ir às làgrimas !!!

O Dão está a ser descoberto, bem sei que os vinhos Cabriz são os que mais se encontram fora de Portugal, mas há mais e muito melhor do que isso, pode consultar aqui: https://www.cavelusa.pt/loja/categoria/vinhos/?regiao=1

Na primeira pàgina jà hà varios que conheço bem … mas tenho que dar uma volta nessa região um destes dias. Pelo momento descubro aquando das férias a região de Lisboa e as diferentes denominações, e tém sido uma revelação tanto em branco que em tinto !!!...

Sobre vinho falamos depois... O dia vai longo e agora é hora de sentar e usifruir.

Num tópico ali ao lado fala-se das características essenciais para um bom amplificador, talvez se devesse começar por um novo Homem...

Museo Rosenbach - Zarathustra...

José Miguel escreveu:: (...) Num tópico ali ao lado fala-se das características essenciais para um bom amplificador, talvez se devesse começar por um novo Homem…

Não sei se a criação de um novo homém é necessaria afim de mudar o rumo do audio … mas sei que a musica pode mudar um homém e mesmo tornà-lo mais exigente nas suas escolhas de audio Wink

. Raramente escuto musica classica/contemporanea em vinilo e ainda menos a musica barroca que é um estilo que me toca profundamente. A razão é simples, o digital faz melhor em quase todos os pontos visto as particularidades destas musicas assim que a exigência que requerem na sua reprodução. Esta fantastica interpretação do Dido e Eneias do Purcell pode servir de diapasão ao equilibrio e neutralidade de um sistema vinilo…

Ao contrario do que se possa pensar, a musica barroca partilha muitos pontos comuns com o Post-Rock. Esta musica possui geralmente uma alternância entre momentos exaltados e outros suaves, por vezes extremamente lentos e liricos. As rupturas harmonicas e rimicas são permanentes e o crescendo é geralmente praticado até um forma de paroxismo sobretudo nas aberturas. Isto associado aos ritmos energicos assim que aos contrastes harmonicos entre os instrumentos acaba por criar um modelo de base que encaixa com o do Post-Rock. Grupos como os Sigur Ros, Esmerine, Mono ou ainda Mogwai possuém uma arquitectura musical que corresponde ao esquema musical descrito para o barroco, mas com os instrumentos do rock. Esta opera do Purcell tém como avantagem de explorar quase todas as facetas da musica barroca o que faz desta obra um vinilo muito dificil a ler. Os instrumentos originais (antigos) devem possuir em permanência o timbre quente e acidulado que os caracterisa. A alternância entre as vozes masculinas e femininas assim que as rupturas ritmicas devem ser exaltadas, mas sém dureza ném projeções agressivas. Este claro obscuro deve ser preservado em permanência e sobretudo nos momentos proximos do silêncio aonde o murmurio do canto deve possuir uma atração magnetica. Uma obra magnifica, surpreendente de frescura e modernidade … como qualquer verdadeira obra prima!

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Panda Bear Meets The Grim Reaper

Daqueles discos que devem ser ouvidos quando o poder de abstracção está em alta.

Por outro lado é um disco difícil para alguns sistemas.