- José Miguel escreveu:
- Partilhe as suas experiências, pelos sistemas e formação dos mesmos, deve ter muito que partilhar!!
Sem dúvida... preparem-se que vem aí prosa. Ora vamos lá:
Os meus pais tinham um sistema de componentes separados com amplificador, rádio e giradiscos Dual, colunas Heco e gravador reel-to-reel da UHER (ainda por lá andam em casa deles, e funciona tudo menos o gravador - quem sabe se um dia o recupero).
Bem, o que é certo é que com 5 ou 6 anos, já sabia meter discos a tocar! Assim cresci a ouvir não só a coleção dos meus pais, como a dos meus irmãos mais velhos: de Chico Buarque a Pink Floy, Zeca Afonso a Cheap Trick, Sérgio Godinho a Supertramp, etc.. Cresci sempre com muita música. Muitas cassetes tinha eu... (ainda ali andam num caixote na arrecadação).
Cheguei a ter duas bandas onde cantava e cheguei a arranhar umas coisas com a guitarra, e também fui DJ em muitas festas (algumas de dimensão razoável). No ano passado comecei a aprender a tocar piano, o que tem sido uma aventura bem interessante - dizem que burro velho não aprende línguas, mas não acredito nisso.
Sem contar com um "tijolo" manhoso da Schneider que me ofereceram aos 14 anos, foi já com 18 anos que com o dinheiro de um trabalho de verão comprei a minha primeira "aparelhagem" - uma Pioneer XR-P310 tudo-em-um.
2 anos mais tarde, o meu irmão emprestou-me um amplificador da Toshiba e um deck de cassetes da mesma marca, comprei umas Infinity SM-65, um rádio Yamaha TX-480 e um leitor de CDs Yamaha CDX-396 - foi o meu primeiro sistema de componentes separados! Estaríamos no ano de 1994, salvo erro.
Mas é em 2000 que o "bicho" desperta a sério e compro um sistema AV para minha casa, composto por TV Grundig Xentia 82 (um CRT gigante), Yamaha DSP-A5, leitor de DVD Nintaus, Monitor Audio Baby Boomer e subwoofer Eltax.
O salto seguinte passou para o Marantz SR7200 e leitor DV-6200, juntamente com as colunas KEF Q55.2, Q15.2 e Q95C.
Mais tarde o sub Eltax e as Q15.2 foram substituídos por um conjunto KEF KHT (sub mais 2 satélites), ficando as frontais na mesma as Q55.2, enquanto a Q95C foi trocada por uma Reference 100C.
Durante uns anos o bicho andou forte, e troquei o SR7200 pelo Tag AV32R, que tocava juntamente com um Rotel RB930 (frontais e central) e um NAD C270 (surround). Acabei por largar o TAG e o Rotel e regressei novamente à Marantz com um SR7400, ajudado pelo NAD, e o sistema passou a 7.1, acrescentando mais dois "ovos" KEF ao sistema. Por essa altura a cereja no topo foi um REL Strata III que se juntou à festa.
Por fim o NAD largou o sistema AV, juntou-se a um pre da mesma marca e foi para o escritório juntamente com as KEF Q15.2. Neste sistema Stereo substitui o leitor de CDs Yamaha CDX-396 por um CDX890. Os NAD deram lugar a um pre Rotel que esteve a tocar com um T-amp alimentado por uma fonte linear Zetagui. Durou pouco este conjunto pois foi muito bem substituído por um Audiolab 8000A. Assim se manteve até ao ano passado, quando as KEF deram lugar às B&W CM2. Mais recentemente o Audiolab foi parar a um novo sistema que montei na oficina/arrecadação, juntamente com um Sony CDP670, um Denon TU235RD e umas Wharfedale Diamond 220.
No sistema AV, o ecrã passou para um plasma Panasonic 50PX8 e disparatadamente desfiz-me do REL Strata III (não me perguntem porquê), e por questões de remodelação da sala, o sistema ficou apenas 6.0 durante muito tempo. Como precisava de mais entradas HDMI (o 50PX8 só tem duas), aproveitei há uns anos e substitui o SR7400 por um Denon 3310, que depois deu lugar a um mais compentente 4311. Como a sala deu umas voltas, voltei a ter subwoofer: primeiro um SVS PB-10 mas que era grande demais e troquei-o por um SB12-NSD. As KEF Q55.2 ficaram de saída e depois de umas Monitor Audio RX6 durante uns tempos, recebi esta semana umas MA Silver 8. A central da KEF assim como os satélites foram trocados por uma MA Silver Centre e um par de Radius 90HD para surround (ficando o sistema 5.1 atual)
Voltando ao escritório, tenho um DAC/PRE Beresford Caiman SEG com o Sony TA-N55ES. Para ajudar as B&W passou por cá um BK Gemini II, mas depois de chocar com uma oportunidade irrecusável, troquei-o por um REL Strata III.
Se em 2000 comecei por comprar quase tudo novo, cedo me apercebi que dessa forma o hobby saía caro demais, pelo que desde então quase sempre tenho comprado as coisas em 2ª mão, ao mesmo tempo que vou vendendo muita coisa também (por vezes o meu perfil do OLX dá ideia que sou uma loja de audio
)
Algures ali para o meio, ofereceram-me um gira-discos Technics SL-D3, para o qual tive de comprar uma agulha (a escolha foi uma AT-95E). Fui buscar os meus discos antigos a casa dos meus pais, e tive o GD a tocar no escritório durante uns tempos até que ficou parado até há uns meses atrás. Como referi, estive quase a vender o mesmo, mas quando estava para fazer o negócio arrependi-me e voltei a ligá-lo desta vez ao sistema da sala - aproveitei e abri-o, limpei os interruptores e potênciómetro de pitch, nivelei e afinei o braço. Agora está a tocar bem melhor!
A nível de analógico tenho andado a pensar em apostar noutro prato... custa-me desfazer deste, e talvez vá para o escritório. Mas aqui na sala, o SL-D3 cinzento destoa do resto do sistema que é todo preto. Por isso tenho andado de olho nos classificados à procura de Regas P3 ou Thorens TD160/166 (ou semelhantes). Não queria gastar muito mais do que 200€, o que torna a busca um desafio maior... vamos ver o que o futuro me reserva!