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Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 19 2019, 23:39
Buck Banzai escreveu:
Olá, Olá
De volta depois de um pequeno interregno o que não significou pausa nas cantigas. Roda Smog aka Bill Callahan que julgo não ser estreia por aqui. A este cheguei pela sarcástica “Dress sexy at my funeral” Abraço
Excelente disco!
Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 19 2019, 23:41
José Miguel escreveu:
Por falar em Telectu, lembrei-me do grande trabalho que o Vitor Rua fez em Independança dos GNR.
Por isso, que já é muito e até merecia mais consideração:
A Música dos GNR em Independança está dentro do que se apelida POP, mas não fica um passo que seja atrás do melhor que se fazia em outros lugares. Além disso, os então jovens e irreverentes ainda tinham algo mais para dar e Avarias, todo o lado B do álbum, é um belo exercício para experimentar até onde ir.
Mora por aqui a edição original em estado hiper mint.
E claro depois temos o fabuloso os homens não se querem bonitos que é um disco genial.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 11:31
anibalpmm escreveu:
...
Com a foto em pequeno pensei que este disco fosse o Anastasis dos Dead Can Dance (capa muito parecida) ... e depois vi o livro pousado ao lado "De Profundis"! Não conheço o livro mas com o mesmo titulo recomendo esta obra complexa, cerebral e mistica do Arvo Pärt (necessita um grande, grande Dac !!!):
anibalpmm Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 16:20
TD124 escreveu:
anibalpmm escreveu:
...
Com a foto em pequeno pensei que este disco fosse o Anastasis dos Dead Can Dance (capa muito parecida) ... e depois vi o livro pousado ao lado "De Profundis"! Não conheço o livro mas com o mesmo titulo recomendo esta obra complexa, cerebral e mistica do Arvo Pärt (necessita um grande, grande Dac !!!):
Os the Creatures são um side project da Souxie e da baterista dos Banshees com uma vertente mais virada para a dança
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 20:22
Há uma garrafita de Blanc no frio e há uns pequenos peixinhos prontos a saltar para a friguideira... Mas entretanto, porque ainda é cedo, aquecemos com: Coney Island Baby não está entre os álbuns mais referenciados de Lou Reed, mas é uma boa colecção de canções - bem escritas e arranjadas.
Ah! O homem tinha a sua pinta...
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 23:17
O "Blanc" vindo de terras Gaulesas caiu muito bem, foi mesmo até à última gota, mas agora não é tempo de falar dele.
Para o pós Jantar, vai rodar um enorme álbum... Bem sei que o Paulo não aprecia, mas aqui em casa ele é querido:
Dá mesmo vontade de subir o volume, mas a vida num apartamento não permite tal coisa a esta hora. Ainda assim, com moderação, é um gozo perceber quão bons são os arranjos Rock e de Orquestra...
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 23:41
José Miguel escreveu:
... Para o pós Jantar, vai rodar um enorme álbum... Bem sei que o Paulo não aprecia, mas aqui em casa ele é querido: ...
Bom, eu hoje ou ontém propuz um grande album da musica minimalista o "De Profundis do Arvo Pärt" que é uma obra densa e espiritual e tenho como resposta o Lou Reed e ainda pior o Gainsbourg ...
Mas, começo a estar habituado
Do meu lado e visto que faz um frio do caraças (até pareçe ser o Outono), aproveitei do mau tempo para ler poésia e para ouvir dois belos albums dos Rachel's com uns intras da Beyerdynamic e um branco de Buçelas:
Selenography e Systems/Layers são obras recomendàveis e deveras interessantes ... em dose homeopàtica
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 23:48
Esse vinho não deve ser tão perfumado como este... Caso contrário, perceberia quão bom é o "histoire..."
Quanto a Rachel's, digo que está aprovada a escolha: descobrimos a banda quando passamos pelos Açores e fivou.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 23:54
Uma das avantagens de ter um "streamer" é de aceder aos nossos ficheiros pessoais de qualquer parte do mundo ... desde que haja internet é claro. Então antes de ir dormir vou escutar este Dead Can Dance que a capa do disco do amigo Anibal me deu vontade desde ontém! Um cigarro na varanda, um ultimo copo e Anastasis dos DCD para fechar este dia
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 20 2019, 23:58
Ora aí está uma boa proposta... Mas como deixamos de fumar faz uns anos e o vinho acabou, vamos seguir com o álbum no formato digital.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 00:09
José Miguel escreveu:
Esse vinho não deve ser tão perfumado como este... Caso contrário, perceberia quão bom é o "histoire..." ...
Um bom Buçelas não é perfumado (não é a especialidade da cepa arinto) mas em contrapartida é vertical e linear na progressão da prova ... um vinho de meditação que não seduz mas impõe o seu caracter mineral. Mas, que seja com um Buçelas, com um Rueda ou com um Montrachet ... o gosto do Gainsbourg serà sempre o mesmo
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 00:15
José Miguel escreveu:
... Mas como deixamos de fumar faz uns anos e o vinho acabou, ...
Jà beberam o vinho todo e não téem mais ???... porra, ainda prefiro ficar sém musica ném cigarros
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 00:25
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... Mas como deixamos de fumar faz uns anos e o vinho acabou, ...
Jà beberam o vinho todo e não téem mais ???... porra, ainda prefiro ficar sém musica ném cigarros
Felizmente Vinho há, mas aquela garrafita acabou... Temos um tinto do Dão aberto, mas vamos à rua beber algo mais fresco.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 11:36
José Miguel escreveu:
...Felizmente Vinho há, mas aquela garrafita acabou... Temos um tinto do Dão aberto, mas vamos à rua beber algo mais fresco.
Não tinha percebido que beberam o vinho gaulês (talvez dai terem ouvido o Gainsbourg ) ... e então, passou bem ???
anibalpmm Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 15:29
TD124 escreveu:
Um bom Buçelas não é perfumado (não é a especialidade da cepa arinto) mas em contrapartida é vertical e linear na progressão da prova ... um vinho de meditação que não seduz mas impõe o seu caracter mineral. Mas, que seja com um Buçelas, com um Rueda ou com um Montrachet ... o gosto do Gainsbourg serà sempre o mesmo
Ontem por coincidência também marchou um Morgado de Sta. Catarina - um excelente arinto de Buçelas A acompanhar estes discos:
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 19:28
anibalpmm escreveu:
... Ontem por coincidência também marchou um Morgado de Sta. Catarina - um excelente arinto de Buçelas ...
Que coincidência, foi exactamente um Morgado de Sta Catherina Reserva 2017 que eu bebi ontém pois gosto muito deste produtor. O sr da garrafeira aqui do burgo prometeu-me trazer para a semana um 2009 ou 2010 para que eu prove um arinto com uns dez anitos pois pareçe que envelheçe divinamente ... logo digo!
Esse primeiro album dos Mazzy Star prova-se bem também !!!
Esta tarde na praia tocou este album! desde a primeira faixa absolutamente hipnotica e épica o espirito desvaneia e busca o largo. Ideal em face do oceano ... ou na auto-estrada com o acelarador bem para baixo
Ouçam ao menos a priumeira faixa para ver a energia do mais puro Math/Space Rock !!!...
Red Sparowes_At the Soundless Dawn
Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 19:39
anibalpmm escreveu:
TD124 escreveu:
Um bom Buçelas não é perfumado (não é a especialidade da cepa arinto) mas em contrapartida é vertical e linear na progressão da prova ... um vinho de meditação que não seduz mas impõe o seu caracter mineral. Mas, que seja com um Buçelas, com um Rueda ou com um Montrachet ... o gosto do Gainsbourg serà sempre o mesmo
Ontem por coincidência também marchou um Morgado de Sta. Catarina - um excelente arinto de Buçelas A acompanhar estes discos:
O Bucelas e esse disco nasceram um para o outro.
Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 21 2019, 19:51
Um disco de referência!
Penthouse and Pavement is the debut studio album by the English synthpop band Heaven 17. It was originally released in September 1981, on the label Virgin.
Whilst the singles charted poorly, the album charted at No. 14 and remained in the Top 100 for 77 weeks.[8] It was certified gold (100,000 copies sold) by the BPI in October 1982.[9] It was ranked at number 5 among the top ten "Albums of the Year" for 1981 by NME.[10]
In a contemporary review, Paul Morley in NME said: "Penthouse and Pavement is fabulous and it won't deny your needs and you just put our faith in it because it is true."[11]
In a retrospective review, Dan LeRoy in AllMusic felt that the album combined electropop with good melodies, and that Glenn Gregory was able to handle the "overtly left-wing political" lyrics without sounding "pretentious".[3]
The album is included in the musical reference book 1001 Albums You Must Hear Before You Die.
In Wiki
When synthesists Ian Craig Marsh and Martyn Ware left the Human League in 1980, the decision seemed iffy; after all, the League appeared on the way up and would achieve global fame the very next year with Dare!. The first album from Heaven 17, Marsh and Ware's new trio with singer Glenn Gregory, wasn't greeted with quite the same commercial kudos when released in 1981, but it turned out to be an important outing nevertheless. Picking up where Kraftwerk had left off with The Man Machine, the group created glistening electro-pop that didn't skimp on danceable grooves or memorable melodies. What set Heaven 17 apart was the well-deep vocals of Gregory, who managed the difficult trick of sounding dramatic without seeming pretentious, and an overtly left-wing political outlook best expressed on the debut single "(We Don't Need This) Fascist Groove Thang." Other standout combinations of witty lyrics and whiplash electro-grooves include "The Height of the Fighting" and "Play to Win," while the funky title track draws on American R&B for its popping bassline. Despite the catchy material, chart success proved somewhat elusive; the group didn't score a major hit until their next album, 1983's The Luxury Gap. Nevertheless, Penthouse and Pavement stands as one of the most accomplished debuts of the '80s.
AllMusic Review by Dan LeRoy
Look, I’m going to be honest with you. I spent decades thinking Heaven 17 was Haircut 100, and vice versa. Not that I ever stooped to listening to either band, convinced as I was that they were insufferable new wave synthpop aesthetes, that “insufferable” of course being redundant. But I recently became interested in Heaven 17 after hearing John Darnielle of Mountain Goats include, in a list of impossibilities in his song “Cubs in Five,” the lines, “And Bill Gates will singlehandedly spearhead/The Heaven 17 revival.”
Cracked me up, it did, and inspired me to give the band a listen, and you know what? They’re every bit the synthfops I expected them to be. Glenn Gregory’s vocals have that intolerable early MTV “sound” written all over them, and Ian Craig Marsh and Martyn Ware (both previously of The Human League) lay down layered synthesizers and drum machines so cold they’re enough to make you think Kraftwerk has, uh, soul. I’m all for their leftist politics, but I’ve always been of the belief that music and politics make strange bedfellows, except of course in the case of the Minutemen, for whom I’ve made a special exemption.
Their “sound” brings back the electropop horror of the early eighties, and they sound dated, like, I don’t know, Thomas Dolby’s “She Blinded Me With Science.” Which is to say, whether their music is good or mediocre, I can’t imagine anyone but someone who has been in a coma since 1981 getting down to it. As for 1981, it was the year Heaven 17—who swiped their band name from A Clockwork Orange—released their debut LP, Penthouse and Pavement.
The album spawned a minor hit in “(We Don’t Need This) Fascist Groove Thang,” which hurtles along like a drum machine on crank, and puts down those twin assholes of the time, namely Margaret Thatcher and Ronald Reagan, which led to the song being banned by the BBC. I would call it soulless, but that’s being unfair, because behind the repetitive lyrics there’s a lot going on musically. Still, I feel compelled to say that if this was the best the anti-fascist crowd could come up with, it’s no wonder fascism had quite the following in England at the time. Meanwhile, the title track features a cool percolating rhythm track and the welcome backing vocals of Josie James, and while I can say I’ve heard much worse, this was exactly the kind of electronic synthtwaddle that led me, shit-faced drunk on the living room floor, to hurl empty beer cans at MTV on the television.
“Play to Win” is repetitious and the lyrics are vague, and I can’t hear it without a lingering sense that this song should be arrested. I don’t care what the charges are. Trump them up if necessary. “Soul Warfare” is much better; it opens like a Boz Scaggs tune, and its simplicity is winning. The lyrics are again vague—where’s D. Boon when you need him?—but the song has a martial feel that could, if you plug your fingers in your ears and make believe, lead you to believe that Heaven 17 is composed of actual human beings. “Geisha Boys and Temple Girls” opens with some crazy synthtwaddle before (finally!) dissolving into some whiplash synthtwaddle, followed by a song so dull I simply refuse to check the lyrics to find out what they’re going on about. I will acknowledge that the chorus has something going for it, but everything around it is so loathsome that it’s like a cute bunny surrounded by rattlesnakes. In short, you may find it adorable, it’s just not worth the danger of listening for the damned thing.
“Let’s All Make a Bomb” is one of the more promising titles I’ve heard recently, but the medium tempo, over which synths bubble and squeak bores. Still, in an album like this one, “Let’s All Make a Bomb” is a winner on the basis of sheer title alone. And to be honest, the melody does kind of grow on you. Not enough, unfortunately, but some. And I do like the grating instrumental section approaching the 3-minute mark. Oh, and I like the lines, “Let’s celebrate/And vaporize.” “The Height of the Fighting” is a pugnacious tune ruined (at least for me) by the ridiculous lines, “At the height of the fighting/Hey la hoo!” “Hey la hoo?” Really? Is this a song by Men at Work or Dexy’s Midnight Runners? Meanwhile somebody keeps barking, “Heat/War/Sweat, etc.”, and I can only say it sounds to me like there was a fop in that studio trying his hardest to be butch.
“Song With No Name” has a nice melody and is constantly interrupted by shards of noise, and I always like noise. But the song’s merits aren’t enough to temper the histrionics of Gregory, aka Mr. Portentous Deep Voice. This one is, like most of the songs on the album, the acme of pretention, and I can’t help it, I want to find a space capsule, go back in time, and somehow find a way to keep this tune from ever being recorded. Ah, but then there’s the likeable crash of “We’re Going to Live for a Very Long Time.” Sure, there’s an irksome, high-pitched synth line running through the tune, but at least this one has a bottom, even if they do fuck the song up at the end by repeating “For a very long time” about 200 more times than necessary.
And there you have it. Bill Gates will have to spearhead the Heaven 17 revival, because I’m sure as hell not going to do it. Indeed, I plan to carry a sign protesting said revival, should it ever come to pass. Everybody has their likes and dislikes, and that’s great, but I simply can’t believe there are human beings who enjoy Heaven 17. I don’t want to listen to them, I don’t want to dance to their songs, I just want them to teleport themselves to a universe far, far away, along with their fan base. Harsh? I know. But I’m a dick, and I call ‘em like I see ‘em, and Heaven 17 is my idea of Hell. Yes, Hell 17 is more like it. Listen at your mortal peril.
BY MICHAEL H. LITTLE | JUNE 8, 2016
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Seg Jul 22 2019, 23:20
Escuta de um miudo ao vivo aqui no burgo que toca guitarra como um Deus
Finalisou com um Purple Rain ... quase melhor do que o original
Grande serão e grande guitarrista
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jul 23 2019, 07:36
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
...Felizmente Vinho há, mas aquela garrafita acabou... Temos um tinto do Dão aberto, mas vamos à rua beber algo mais fresco.
Não tinha percebido que beberam o vinho gaulês (talvez dai terem ouvido o Gainsbourg ) ... e então, passou bem ???
Bom dia Paulo!
Esperamos que por aí esteja tudo bem, por aqui o São Pedro voltou a pregar-nos uma partida. Andamos uns dias distantes, mas voltamos...
Vamos lá ao que interessa, o Vinho!
Para o jantar de Sábado reservamos o Ecceterra, um vinho que mais uma vez nos transportou para outras memórias e Região: a dos Verdes.
O Vinho é leve e cítrico, não muito seco e mineral qb, mas o que o torna apetitoso é o aroma floral que preenche o nariz assim que este se aproxima do copo (mais floral do que os nossos da região dos Verdes).
A garrafa foi num instante e nem é nosso hábito "despachar" uma garrafa daquela forma...
Porque aqui estamos num ambiente onde se cruza a Música com o Vinho, vamos deixar um álbum de referência:
Caetano Veloso lançou dois (ou três) álbuns juntos assim que chegou de Londres, Jóia é um deles. Os arranjos são essencialmente acústicos e as letras são de fino recorte, não esquecem o Passado, mas já apresentam alguma luz.
É uma combinação vencedora e como o álbum foi reeditado agora, é de aproveitar!
ps.: esta coisa do Vinho se juntar à Música está a pegar por cá, no Sábado a Ultimate Audio Porto promoveu uma "festita" onde se juntavam estas duas perdições: "Ultimate Audio & Wine Experience, um dia de Musica e Vinhos com a parceria da Quinta de Paços. " Deviam era chamar esta malta directamente, um simples anúncio no site não chega...
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jul 23 2019, 11:43
José Miguel escreveu:
(...) Vamos lá ao que interessa, o Vinho! ...
O Vinho é leve e cítrico, não muito seco e mineral qb, mas o que o torna apetitoso é o aroma floral que preenche o nariz assim que este se aproxima do copo (mais floral do que os nossos da região dos Verdes).
A garrafa foi num instante e nem é nosso hábito "despachar" uma garrafa daquela forma... ...
Estou contente que tenham gostado e partilho a vossa opinião. Esse vinho não é verdadeiramente tipico do Languedoc (sul da frança), mas é um belo exemplo do trabalho dos jovens viticultores que buscam leveza, complexidade e fineza numa região que é mais propicia para os tintos e aonde os brancos téem tendência a ser pesados e generosos ...
De novo, o paralelo com o audio é evidente e a busca do equilibrio deve ser a nossa razão principal ... sém esqueçer o prazer é claro !!!...
Não conheço esse Caetano Veloso e digo sém rodeios que as minhas lacunas em MPB são imensas ... de todas as maneiras é impossivel conheçer tudo na musica, mesmo num estilo sò. No entanto, e fazendo o paralelo com esse vinho ... arriscaria este disco ao vivo do Caetano Veloso em homenagem ao Federico Fellini! Um disco aonde o Brasil e a Italia se cruzam num beijo entre a suavidade tropical e a complexidade do bel-canto ...
Uma lindissima obra que ultrapassa os limites da musica popular e atinge a universalidade !!!... Espreitem isto
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jul 23 2019, 14:48
A Música Brasileira foi, para mim e durante muito tempo, "algo a evitar"... olho para trás e percebo a razão, o que mais chegava até mim não agradava.
Foi há uns anos que descobri que no Brasil, assim como em todos os países, há coisas muito boas e que merecem muita atenção. Como estamos a falar de Caetano Veloso, não me canso de dizer que a fase de Londres é brilhante e merece mesmo que seja levada daqui para França: na Fnac tem as reedições e com qualidade (Transa e Caetano Veloso).
Depois da fase de Londres, com o Brasil ainda a sofrer com a Ditadura Militar, Caetano lança o mais experimental Araça Azul (altamente recomendado e "menos" MPB"), mais tarde Qualquer Coisa e Jóia... (também merecem ir... creio que serão conhecidos por lá, mas caso não sejam, partilhe com os seus amigos e depois diga coisas ).
A razão pela qual falo destes é simples: é a fase de Caetano Veloso que nos agrada muito.
Temos cá para nós que este Jóia irá agradar à sua esposa, a Música tem um embalo especial, como uma leve brisa...
E pela conversa, volta a rodar nesta tarde quente:
e como esta reedição replica a imagem original do álbum (que foi censurada pela Ditadura...), deixo o outro lado:
E assim se passa o início de tarde, sem vinho, mas com boa Música.
ps.: quando digo que os álbuns merecem ir até França, não digo em formato físico; partilhe via ficheiro uma faixa como Guá: https://www.youtube.com/watch?v=F7R3XK4bz_Y ou Lua, Lua, Lua: https://youtu.be/TnEcfM9ufO4
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jul 23 2019, 23:58
Apòs um dia "quase" inteiro a levar a familia fazer shopping por todo o lado (sempre a fase mais chata das férias ...), fui gratificado por um lindo pôr do sol aqui no burgo com o album Max Richter_The blue Notebooks nas orelhas ...
José Miguel escreveu:
(...) Como estamos a falar de Caetano Veloso, não me canso de dizer que a fase de Londres é brilhante e merece mesmo que seja levada daqui para França: na Fnac tem as reedições e com qualidade (Transa e Caetano Veloso).
... Temos cá para nós que este Jóia irá agradar à sua esposa, a Música tem um embalo especial, como uma leve brisa... ...
Amigo José Miguel, a minha lista de discos para comprar é longa e apesar de comprar todos os meses alguns ... ainda me faltam muitos para comprar, e a lista aumenta todos os meses*! A musica brasileira vai ter de esperar ... e portanto estou convencido que a tua (vossa) recomendação é de grande qualidade, mas temos todos as nossas prioridades e a musica que me toca neste momento passa em primeiro lugar é claro...
No entanto irei à fnac com a minha metade e se ela gostar ... ela tém um cartão de crédito e o direito de voltar para frança com os discos que quizer (desde que sobra lugar para os vinhos). Até pode se servir de um dos meus gira-discos que eu não uso (Garrard ) para escutar de vez em quando ...
*Penso que uma vez mais desvaneio e possuo de novo demasiados discos ... é talvez tempo de vaziar esse espaço ocupado pelos bens materiais e re-fazer o vazio. Este estado das coisas ainda é agravado pelo facto que sei que a minha relação com o disco vinil é puramente material ou maniaca, pois o som não é superior. Complicada a vida de "budista audiofilo"
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jul 24 2019, 01:06
Ai as listas de compras... crescem sempre mais do que mingam.
Neste caso, o Paulo não precisa de comprar os álbuns, muito menos sem conhecer. Experimentar via uma qualquer aplicação já é um bom caminho e a minha sugestão de "levar" para França passa mais por aí - partilhar, dar a conhecer.
Quanto a essa novo impulso de libertação... até os Budistas gostam das coisas da Terra, tratam delas e usam-nas para chegar ao que definem por "boa conduta"...
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jul 24 2019, 17:51
Não se pode estar sossegado muito tempo que logo aparece alguém a querer chatear...
Para acompanhar o estado de espírito rodará um daqueles álbuns que representa uma pedrada no charco: Slint - Sipderland...
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jul 24 2019, 20:24
Claro que isto não é para aqueles meninos que todos jazzz sabemos quem são.
Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jul 24 2019, 20:28
Um excelente álbum, mas muito mal amado por muitos. É uma questão de se lhe dar uma oportunidade.
Cinco dias após terminar a turnê do seu álbum anterior, Outside, Bowie voltou aos estúdios. Ele disse: "Eu realmente pensei que seria ótimo se pudéssemos tirar uma foto, quase uma fotografia sonora, de como éramos na época. Então, Reeves [Gabrels] e eu começamos a escrever logo após sairmos da estrada."[3] Apesar de irem ao estúdio sem nenhum material pronto,[4] o álbum levou somente duas semanas e meia para ser gravado (típico para um disco de Bowie).[3] Bowie comparou o álbum com seu disco Scary Monsters (and Super Creeps), de 1980, dizendo: "Acho que há algo como uma ligação entre Scary Monsters e este álbum, em certa medida. Certamente, a mesma intensidade de agressão."[5] Bowie descreveu o álbum como um esforço "para produzir um material sonoramente dinâmico e agressivo."[3]
Sobre a produção som drum 'n bass do álbum, Bowie disse:
Diferentemente da maioria das coisas drum and bass, nós não simplesmente pegamos partes de gravações de outras pessoas e as experimentamos. Na bateria vigorosa, Zac [Alford] saiu e fez seus próprios loops e trabalhou com todos os tipos de ritmos e tempos estranhos. Então aceleramo-os para as 160 batidas por minuto, regularmente. Isso é muito de como tratamos o álbum. Mantivemos todas as experimentações internamente e criamos, de um modo, nossa própria sonoridade.[3]
Earthling foi o primeiro álbum gravado inteiramente digitalmente, "todo em disco rígido".[1] Durante entrevistas para promover o álbum, Bowie declarou: "Eu fiz quase toda a guitarra. Muito da parte estridente/mecânica foi feita no saxofone, então transferida para o sampler, depois distorcida e trabalhada no sintetizador."[5]
Bowie e Gabrels usaram um técnica com a qual ele começaram a trabalhar no álbum anterior de Bowie, Outside, em que eles transferiam partes de guitarra para um teclado de mostragens e construíam riffs com esses pedaços. "É guitarra de verdade", disse Bowie, "mas construída de forma sintética. E Brian Eno entrou no caminho - da melhor forma possível - então não chegamos a fazer isso até este álbum. Queremos ir mais longe com isso, porque é uma ideia muito animadora."[1] Bowie considerou este álbum, ao lado de seu antecessor, como um "diário textural" de como os últimos anos do milênio eram sentidos.[6]
As influências musicais de Bowie e Gabrels na época tiveram grande impacto no som do álbum: Bowie foi influenciado por uma sonoridade europeia e bandas como Prodigy, enquanto Gabrels ainda estava com o som industrial americano e bandas como Underworld.[1]
Bowie disse que ele abordou a produção deste álbum de forma parecida com como ele abordou Young Americans:
[Em Young Americans,] eu queria trabalhar com a experiência soul da Filadélfia, e a única forma que eu conhecia era trazendo o que é completamente europeu em mim para esse formato americano intrinsecamente negro. E este [álbum] não era uma situação de desigualdade. Era um híbrido das sensibilidades europeia e americana, e para mim, isso é animador. É isso que eu faço de melhor. Eu sou um sintetista.[7]
Bowie resumiu o significado destas canções no álbum ao dizer:
Eu acho que o fundo em comum de todas as canções é a necessidade permanente em mim de oscilar entre ateísmo ou um tipo de gnosticismo. Eu continuo indo para trás e para frente entre essas duas coisas, porque elas significam muito na minha vida. Quero dizer, a igreja não entra na minha escrita, ou no meu pensamento; eu não tenho empatia com religiões organizadas. O que eu preciso é a char um balanciamento, espiritualmente, com a forma como vivo e minha morte. E esse período de tempo - de hoje até meu falecimento - é a única coisa que me fascina.[8]
A capa do álbum contém uma foto de Bowie usando um casaco baseado na Union Jack, desenhado por Alexander McQueen, que anteriormente desenhara trajes de palco para Bowie e sua banda.[9] Antes de ser lançado, Bowie pensou em usar Earthlings (no plural) no título do álbum.
InWiki
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jul 24 2019, 20:46
Alexandre Vieira escreveu:
Claro que isto não é para aqueles meninos que todos jazzz sabemos quem são.
Ora aí está um belo projecto, diverti-me muito a ouvir esse álbum, parte da banda sonoro do Verão de 2005... Bom ano, foi um grande ano.
Ainda temos que encontrar a oportunidade certa para fazer chegar esse e o primeiro deles em vinil, mas Jazz se sabe, há sempre algo a ser descoberto e tal...
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jul 24 2019, 20:49
A lista de músicos que acompanham David Byrne na elaboração deste disco é incrível.
Thom Bell – Rhodes on "Neighborhood" Herb Besson – trombone Virgil Blackwell – clarinet on "Smile" Kysia Bostic – back-up vocals Paulo Braga – percussion on "The Great Intoxication" Vinicius Cantuária – percussion on "The Great Intoxication" Bob Carlisle – French horn Tara Chambers – cello Vivian Cherry – back-up vocals Greg Cohen – upright bass Imani Coppola – back-up vocals on "Everyone's in Love with You" Nick Cords – viola Michael Davis – trombone Larry Etkin – flugelhorn and trumpet on "Broken Things" Bruno Eicher – violin Arlen Fast – bassoon on "The Accident"" Paul Frazier – bass guitar Robert Funk – trombone on "Broken Things" Karen Griffin – piccolo Dawn Hannay – viola Jim Hayes – trumpet on "Like Humans Do" Birch Johnson – trombone on "Broken Things" Bradley Jones – bass on "The Revolution", baby bass on "Everyone's in Love with You" Rodd Kadleck – trumpet Vivek Kamath – viola Lisa Kim – violin Judy Leclair – bassoon on "The Accident"" Ken Lewis – bass and keyboards Eileen Moon – cello Kristina Mosso – violin Maxim Moston – violin Nrü (a.k.a. Rubén Isaac Albarrán Ortega) – vocals on "Desconocido Soy" Suzanne Ornstein – violin Sandra Park – violin Rajnhidur Pejursdottir – violin Shawn Pelton – drum kit and percussion Susan Pray – viola Dan Reed – violin Mauro Refosco – percussion Robert Rinehart – viola Stewart Rose – French horn Roger Rosenberg – baritone saxophone Marlon Saunders – back-up vocals Laura Seaton – violin Sarah Seiver – cello Fiona Simon – violin Alan Stepanksy – cello John Vercesi – Rhodes on "The Revolution" Shelley Woodworth – English horn on "The Great Intoxication" Sharon Yamada – violin
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 26 2019, 16:25
Passaram uns dias desde que aqui referi a possibilidade de chegar um álbum, pois bem, ele chegou e desde esse momento que se tem feito presente.
Eu não sou dado a grandes momentos de enciclopédia, mas é bom ter em conta que esta maravilhosa obra vê a luz do dia em 1982.
Refiro o ano de nascença porque hoje esta criação faz tanto sentido... Talvez hoje faça mais sentido para alguns, pois em 1982 deve ter dado muita comichão nas cabecinhas que se cruzaram com Telectu.
Os Músicos deram largas à criatividade e permitiram-se expressar ideias de forma livre, sagaz, pertinente, ... Não esqueceram o meio que os rodeava, mas também não se limitaram a ele e deram o salto para um Tempo que viria, que desejavam, que esperavam ajudar a criar.
Para quem conhece, merece a re-visita. Para quem não conhece, definitivamente merece cada minuto de atenção: Telectu - CTU Telectu...
Sim, é Música Portuguesa e a reedição está aí para ser comprada!!!
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 26 2019, 18:02
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 26 2019, 18:35
Essa sala parece estar a sofrer mudanças/revolução, mas os álbuns de qualidade continuam a aparecer... Mesmo ao fundo da imagem.
Esse "Black Fire! New Spirits" parece ser coisa boa... Gostei da faixa de Lloyd McNeill. https://youtu.be/h99sg3w_btY
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 26 2019, 18:55
José Miguel escreveu:
Essa sala parece estar a sofrer mudanças/revolução, mas os álbuns de qualidade continuam a aparecer... Mesmo ao fundo da imagem.
Esse "Black Fire! New Spirits" parece ser coisa boa... Gostei da faixa de Lloyd McNeill. https://youtu.be/h99sg3w_btY
É um livro José
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 26 2019, 19:00
Ao procurar encontrei a referência a um álbum triplo, este: https://www.discogs.com/Various-Black-Fire-New-Spirits-Radical-And-Revolutionary-Jazz-In-The-USA-1957-1982/release/6277940
Agora estou a ter um concerto privado... Vim assistir aos testes de som, cruzo-me com os Músicos no trabalho e vim cá ter.
Isto promete!
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 26 2019, 19:33
José Miguel escreveu:
Ao procurar encontrei a referência a um álbum triplo, este: https://www.discogs.com/Various-Black-Fire-New-Spirits-Radical-And-Revolutionary-Jazz-In-The-USA-1957-1982/release/6277940
Agora estou a ter um concerto privado... Vim assistir aos testes de som, cruzo-me com os Músicos no trabalho e vim cá ter.
Isto promete!
Ok Desconhecia José
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jul 26 2019, 19:42
Partilhando e aprendendo, eu conheci pela imagem que o Aníbal colocou!!
Como está a decorrer o Que Jazz é Este, agora seguimos com Ricardo Coelho, um Vibrafonista que conhecemos no Porto... Se virem o nome dele num cartaz, espreitem.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 27 2019, 00:23
Jà tinha abordado este compositor por aqui hà algum tempo. Colaborador regular da Björk, Ben Frost, Hildur Guðnadóttir e etc ... este islandês atinge aqui o cimo da sua discografia nmho, mesmo se acredito que possa ainda fazer melhor!!! Aqui nesta obra a "desconstrução" da harmonia afim de celebrar a dissonância ... sém caos ném paixão exagerada, ou doentia, é uma re-intrepretação da musica sinfonica ocidental ou uma pedra para a sua (possivel) evolução, "re-construção". Escutado durante o pôr do sol este disco ofereçeu-me uma faceta desconhecida. Dei-me conta que não é somente uma obra inteligente e pertinente mas que também é bela e contemplativa ... quém diria !!!...
VALGEIR SIGURÐSSON – DISSONANCE
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 27 2019, 01:06
José Miguel escreveu:
... mas é bom ter em conta que esta maravilhosa obra vê a luz do dia em 1982.
Refiro o ano de nascença porque hoje esta criação faz tanto sentido... Talvez hoje faça mais sentido para alguns, pois em 1982 deve ter dado muita comichão nas cabecinhas que se cruzaram com Telectu.
Os Músicos deram largas à criatividade e permitiram-se expressar ideias de forma livre, sagaz, pertinente, ... Não esqueceram o meio que os rodeava, mas também não se limitaram a ele e deram o salto para um Tempo que viria, que desejavam, que esperavam ajudar a criar. ...
Não conheço esses Telectu (mas irei expreitar ) no entanto a maneira como o album està apresentado faz-me pensar ao Plux Quba do Nuno Canavarro. Idolatrado por qualquer "bom Hipster" de Berlim, Londres ou Nova Iorque ... e mesmo considerado como um artista e album de referência pela revista (não menos Hipster) Pitchfork, o Plux Quba é uma obra demasiadamente ou insuficientemente intelectual ... é a cada um de decidir !!! Como estou em Portugal e o José Miguel falou de musica (conceptual) portuguesa dos anos 80 aproveito do ultimo cigarro para escutar mais uma vez a obra ... talvez desta seja a aparição da genialidade da coisa
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 27 2019, 07:30
Bom dia Paulo!
Plux Quba de Nuno Canavarro foi muito bem lembrado, ainda que não pareça receber palavras muito elogiosas... o álbum é um excelento exemplo do que se fez por estes lados e que não nos colocava longe do que se fazia por outros lados. Não devemos esquecer que Plux Quba sai em 1988, num tempo em que a informação não circlava como hoje, mas felizmente já circulavam as pessoas e a Arte de forma livre. A expressão, essa, encontrava os limites nos limites do Pensamento... e hoje, como também assim é, podemos sentar relaxados e escutar a obra sem preconceitos, usufruir da actualidade que mantém... num tempo em que a electrónica (sentido largo, até para lá da Música) nos parece fazer correr, ouvir Plux Quba é como beber um antídoto que é feito do próprio veneno...
CTU Telectu dos Telectu é um álbum muito diferente, mas não menos passível de elogio para mim. A banda reune Vitor Rua exibe na guitarra, Toli César Machado na bateria e Lima Barreto nas teclas e sintetizadores.
Não foi por acaso que por estes dias voltei ao Independança dos GNR, a centelha de criatividade é alimentada por alguns desses nomes e consegue-se perceber bem a relação entre as criações.
Telectu tem muitos dos elementos da POP de vanguarda (naquele tempo, entenda-se e não me é estranho pensar em Kraftwerk...), aqui e acolá faz lembrar composições de Jazz e não deixa de passar pelo Rock Progressivo... quando refiro a actualidade do álbum, refiro porque o que hoje (não nos 70's) se apelidade de Rock Progressivo não anda muito longe do que se pode ouvir nesse álbum de 1982.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 27 2019, 16:12
Nem só de Música Portuguesa se alimenta o espírito, por isso vamos iluminar a tarde com a visão do Mundo partilhada pelos Sigur Rós em Valtari.
Este álbum tem um pedacinho de tudo, mas para não me alongar em palavras, deixo um vídeo que revela bem como estes Músicos pensam o Mundo e a sua Música.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jul 27 2019, 19:47
José Miguel escreveu:
(...) Plux Quba de Nuno Canavarro foi muito bem lembrado, ainda que não pareça receber palavras muito elogiosas... o álbum é um excelento exemplo do que se fez por estes lados e que não nos colocava longe do que se fazia por outros lados. Não devemos esquecer que Plux Quba sai em 1988, num tempo em que a informação não circlava como hoje, ...
José Miguel, ou eu exprimi-me mal ou tu não me compreendeste ... mas em nenhum caso não critiquei ném o Nuno Canavarro ném a sua obra, e tenho mesmo a impressão de ser a unica pessoa neste forum que regularmente fala da obra dele ou dele com o Carlos Maria Trindade . Não é "complétamente" a minha praia é certo (serà motivo para uma discussão um dia...), mas penso ter tudo o que ele produziu pois gosto de Electronica de ambient, de musica concreta e ou minimalista ... então interesso-me ao que existe ou existiu, sou curioso e coscuvilheiro...
Critica nas minhas palavras existia é um facto ... mas em relação a esta tendência moderna (que chamei Hipster ou Bobo em françês) que tende a valorisar as obras mais pelo aspecto singular, desconhecido, hermético, intelectual que pela verdadeira qualidade intrinseca (universal), que esta seja musical, "estética", social, historica ou tudo isto reunido !!! Hoje escutar certos artistas e tipos de musica é mais uma "atitude" do que um acto hedonista. Respeito evidentemente, mas não adiro e então a minha critica foi nesse sentido !!!...
O Plux Quba é um belo album, interessante, singular e criativo que de certeza marcou a musica portuguesa ... mas não criou uma escola, ném influenciou nenhuma corrente, ném influenciou suficientement outros artistas ... então não mereçe nmho o estatuto culto que possui hoje no mundo (Hipster). Seria como dizer que o Melody Nelson (influentissimo na pop francesa) é tão influente quanto um Sgt Peppers ou um Pet Sounds ... ora, não devemos exagerar ném na critica ném no elogio mesmo quando não gostamos nada ou adoramos !...
A ausência de internet nunca impediu as relações humanas de existir e à arte de atravessar as fronteiras. No entanto era mais fàcil para um português de conheçer o que se passava nos grandes paises, do que aos musicos dos grandes paises de conheçer o que se passava em Portugal. Por si sò isto cria uma linha de influência muito directiva ... penso que o Nuno Canavarro sabia melhor o que se passava em Berlim, Londres ou Amesterdão que os outros sabiam o que se passava em Lisboa
O que não impediu ném a sua criatividade ném a do Carlos Maria Trindade ... e são grandes senhores, sim senhor
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 28 2019, 04:01
Quando o Paulo se refere no final à possibilidade de encontrar a "genialidade" da obra, fiquei com a ideia que não a apreciava. Agora que explica melhor a sua posição, compreendo-o.
De facto há movimentos como os que refere e há mesmo quem se tente "diferenciar" (para se enquadrar) revelando que gosta de coisas muito "diferentes". Aplica-se o raciocínio a todos os tipos de Arte, vai da Música ao Cinema, da Literatura ao que se chama de Instalações...
Apesar de tudo isto existir e ser uma realidade entre nós, também é verdade que sempre existiu quem soubesse apreciar o que os autores fazem - seja porque partilham a mesma mundividência, seja porque são tocados pela obra criada.
Quanto ao facto do álbum ter feito "escola" ou ter marcado outros... Em Portugal não fez escola, nem o próprio Nuno Canavarro repetiu a dose, mas não estou certo que fora de Portugal não tenha marcado outras pessoas e há mesmo relatos a dizer o contrário.
"Não é displicente o seu precoce impacto junto de gente como Jim O’Rourke ou, como explica Richardson (Pitchfork), Jan St. Werner, o homem dos Mouse on Mars. Ambos terão descoberto este disco algures à entrada dos anos 90 e ambos terão acusado o seu peso em explorações próprias subsequentes: tanto os Oval, projecto de St. Werner com Markus Popp, como as experiências electrónicas do guitarrista Jim O’Rourke parecem ser resultados mais ou menos directos da exploração das direcções apontadas em Plux Quba. E tanto mais nos anos 90 poderia ligar-se a esta visão da electrónica."
A influência referida aconteceu 10 anos depois, mas não deixou de acontecer... hoje não acontece?
A questão das influências é um caminho demasido largo, onde cabemos todos. Porque somos influênciados desde que somos gerados até morrermos, de forma consciente e inconsciente...
Eu já referi que não tenho grandes conhecimentos de Música Electrónica, consumi o estilo durante uns anos e depois passei para outros. Mas há referências que aparecem sempre e confesso que demorei a digerir as criações minimalistas, digo até que precisei de consumir outros estilos de Música para perceber melhor o que andavam as pessoas a querer dizer com aquelas criações que pareciam estar em "contra-corrente".
O "mundo é uma aldeia" e sempre existiram pontos de contacto, mas hoje é mais fácil aceder às criações dos Asiáticos, dos Nórdicos, dos Latinos, ... dito isto, alargando o termo o mais possível, hoje é mais fácil dizer Eureka!
Talvez este álbum já tenha sido partilhado pelo Paulo, conheci-o algures, por meios que neste momento a minha memória não alcança.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jul 28 2019, 19:58
José Miguel escreveu:
(...) Quanto ao facto do álbum ter feito "escola" ou ter marcado outros... Em Portugal não fez escola, nem o próprio Nuno Canavarro repetiu a dose, mas não estou certo que fora de Portugal não tenha marcado outras pessoas e há mesmo relatos a dizer o contrário. ...
A questão das influências é um caminho demasido largo, onde cabemos todos. Porque somos influênciados desde que somos gerados até morrermos, de forma consciente e inconsciente... (...)
Olà José Miguel ... respondo-te tarde pois durante as férias é o momento do anos aonde estou mais ocupado, é um paradoxo mas é assim!!! Eu disse que esse talbum tinha marcado a musica portuguesa assim de instinto, pois na realidade pouco conheço da musica portuguesa ... na realidade nada fora algumas canções. Os franceses fazém uma diferença entre "marcar" e "influenciar" ... penso que o Plux Quba "marcou" o Jim O'Rourke (pois o mito assim quer!) mas não o "influenciou", ou do menos nunca (ou)vi essa influência na sua musica. Mas, que o Nuno Canavarro foi influenciado pelo Vini Reilly e pelo Manuel Göttsching (E2-E4 com guitarra live em Berlim 81 e que fez um imenso Buzz no mundo do minimalismo) pareçe-me ser plausivel ... mesmo se o Nuno Canavarro levou a experimentação para um lado mais abstrato e menos lirico ou concréto. È uma prova suplementar do seu talento !!!...
Como ouvintes não sei se a influência pode agir, mas a meneira como somos marcados pelas descobertas certamente, ou do menos para mim! Se não tivesse descobrido o Jazz teria continuado a aprofundar o rock ... se não tivesse descoberto a musica barroca teria aprofundado mais o Jazz e se não tivesse ficado espantado à escuta do Ambient Works teria ido mais longe na musica barroca! Hoje navigo entre estes estilos e de todas as maneiras tornei-me demasiado pragmatico para esforçar as sensações ...
Fora quatro ou cinco musicos acho o Jazz clàssico repetitivo, de mesmo na musica barroca e ném falo do Rock clàssico. Os grandes albuns que me "marcaram" fizeram de mim um nihilista!!! Talvez seja tempo de me curar
Beijinhos aos dois
mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Seg Jul 29 2019, 09:25
TD124 escreveu:
Fora quatro ou cinco musicos acho o Jazz clàssico repetitivo Let me guess: Coltrane, Monk, perhaps Bill Evans and Albert Ayler - and???
Os grandes albuns que me "marcaram" fizeram de mim um nihilista!!! And these are????
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Seg Jul 29 2019, 11:23
TD124 escreveu:
(...) Os grandes albuns que me "marcaram" fizeram de mim um nihilista!!! Talvez seja tempo de me curar
(...)
O Paulo já está curado, de resto, todos os niilistas estavam assim que proferiam as suas crenças e/ou tentativas de respostas... (eu aprecio o movimento! )
Esperamos que gozem os dias de férias que restam, mas ter trabalho acaba por ser bom sinal.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Seg Jul 29 2019, 23:46
mannitheear escreveu:
TD124 escreveu:
Fora quatro ou cinco musicos acho o Jazz clàssico repetitivo Let me guess: Coltrane, Monk, perhaps Bill Evans and Albert Ayler - and???
Os grandes albuns que me "marcaram" fizeram de mim um nihilista!!! And these are????
Well, i've made a long reply this morning but it doesn't appear ... i'm going to do shortly this time:
If you add to the list Ornette Coleman it will be complete ... you guessed it right!!!...
Without order the albums that shocked me (and still shock) are : Laughing Stock, Rust Never Sleeps, Exile on Main Street, Nocturne Impalpable, Rock Bottom, Music as Right to the Children, Ocean Songs, London Calling, The Return of Durutti Column, and Music for a New Society ... with these i have my records for an entire life ...
... if you add Bach, Monteverdi, Haydn, Purcell, Scriabin and Charpentier i'll have music for the eternity !!!!...
José Miguel escreveu:
(...) Esperamos que gozem os dias de férias que restam, mas ter trabalho acaba por ser bom sinal.
O trabalho que eu falava era a familia ... o resto tenho o portamovel apagado e até para a semana que vém não toco no ferro de solda !!! As férias vão bem e chegam ao fim ... prolongamos de um dia e vamos partir na quarta. È tempo de voltar para a nossa casa !!!...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jul 30 2019, 15:43
Depois de uns dias dedicados a outro tipo de Música, deixo os caminhos das paisagens de pormenor a salpicar o horizonte para entrar em paisagens onde o pormenor minimalista se encontra no meio dos frutos da mesclagem cultural e da afirmação de valores que chegavam de ontem e mantinham a validade para os dias que viriam - é caso para dizer que convém saber de onde se vem para melhor encontrar até onde se pode ir.
Magma - Mëkanïk Destruktïw Kömmandön (1973)...
É Rock Progtessivo, é Jazz, é a Clássica das Orquestras e Coros... É Zeuhl!!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jul 30 2019, 16:37
Lançada a primeira pedra para o charco de águas paradas à superfície... lá se descobriu que não faltava vida no fundo e muitas mais pedras foram atiradas na tentativa de trazer o fundo ao topo.
Etron Fou Leloublan...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jul 30 2019, 18:46
Obra escutada durante esta tarde de praia ... apesar da construção austera, ela é altamente bela e melancolica. Vinte e cinco graus (paralelos) separam a origem da obra do meu ponto de escuta ... mas o oceano é o mesmo !!!...
mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jul 31 2019, 09:25
TD124 escreveu:
mannitheear escreveu:
TD124 escreveu:
Fora quatro ou cinco musicos acho o Jazz clàssico repetitivo Let me guess: Coltrane, Monk, perhaps Bill Evans and Albert Ayler - and???
Os grandes albuns que me "marcaram" fizeram de mim um nihilista!!! And these are????
Well, i've made a long reply this morning but it doesn't appear ... i'm going to do shortly this time:
If you add to the list Ornette Coleman it will be complete ... you guessed it right!!!...
Without order the albums that shocked me (and still shock) are : Laughing Stock, Rust Never Sleeps, Exile on Main Street, Nocturne Impalpable, Rock Bottom, Music as Right to the Children, Ocean Songs, London Calling, The Return of Durutti Column, and Music for a New Society ... with these i have my records for an entire life ...
... if you add Bach, Monteverdi, Haydn, Purcell, Scriabin and Charpentier i'll have music for the eternity !!!!...
...
È tempo de voltar para a nossa casa !!!...
Some of these records I know, some are still to explore!
End of holidays is always hard - but I could imagine worse than returning to Le Midi méditerranéen...