A praga do Auto-Tuned

Uma das razões pelas quais desprezo muito da música de popular das últimas duas décadas é por causa da praga do Auto-Tuned. Do seu uso abusivo e em excesso muitas vezes , outras vezes bem disfarçado, quase imperceptível , mas está lá .

Nada melhor do que Rick de Beato para explicar isso pedagogicamente.




E vejo uma analogia possível entre o audio todo certinho e detalhado via streaming, num sistema todo bem calibrado numa salada acústicamente tratada e que não me entusiasma e os vocais todos afinados via software. A perfeição é inimiga da emoção, é uma suspeição minha.

É penoso ouvir rádios com musica urbana atual porque levamos logo com o exagero do autotune no focinho.
Essa ferramenta deveria ser judiciosamente usada, concordando com o bacano do video, mas o problema é realmente geracional também, nos final dos anos 70 a música punk não era sequer considerada "musica séria" também. Esta geração atual revê-se nisto, por isso: for each their own.
Vamos ver que coisas ainda mais aterradoras, nos reserva o futuro.
Considero também que como há músicos que envergonham os utilizadores de AT (Joni Mitchel, Elizabeth Frazer), há outros que DEVERIAM usar AT como Bernard Sumner, que sempre foi um vocalista horrível, ou o "gritador" dos xutos e pontapés.

De qualquer maneira eu mudo de rádio ou evito sempre que posso as foleiradas do AT. Eu ainda consigo fazer isso.
Aquilo que eu não consigo fugir de todo, é à igualmente praga do Loudness Wars, essa também nefasta e destruidora de catálogos inteiros agora "modernizados" com um som horrível, que estraga completamente as dinâmicas do som dos instrumentos acústicos. Pior ainda que o AT na minha opinião.