Tempo em 2024

       
      A minha discoteca é constituída por discos de vinil e compactos, com raras excepções em que possuo edições de LP que se transformaram em CD. A diferença entre formatos é insignificante e, embora pareça que os formatos separam os ouvintes, a agradabilidade e generosidade da serventia dos formatos é reunir a música. Fora desses formatos, existe aglomeração de música no fértil e fremente quadrante da rádio.

      No Auditório Fantasma a música golfa e pulula em três fontes: gira-disco, leitor de CD e sintonizador. Nesta abundância isenta de facciosidade, em período bimestral, no decurso de 2024, apresentarei as convivências com a música nas referidas fontes, mediante uma das medidas de tempo.

      A quem pergunta "qual foi a fonte mais utilizada?", respondo que a forma como a questão está desenhada, é limitativa, por desprezar os registos discográfico em prol de apropriação do formato utilizado. Analisando bem, nenhuma considero vencedora, porquanto o principal é a audição de música; por conseguinte, nenhum aparelho de reprodução ficou a perder.

      Começando pelo princípio, nos primeiros dois meses o que mais notei foi o diminuto tempo para a escuta de música no meu habitat, devido a afazeres laborais.

     Utilizando os minutos como unidade de tempo no modo de assistir à paisagem sonora estilística (clássica, jazz, rock, world music), não há vestígios de vaidades por utilizar a fonte da marca X, modelo Y, pois a natureza deste exercício, comporta o reencontro encantador e singular da amizade que tenho por música. Eis os dados referentes a Janeiro e Fevereiro:
     - Gira-disco .............................. 163 m;
     - Leitor de CD ........................... 222 m;
     - Sintonizador ........................... 206 m.

Por aqui a fonte tornou-se quase que exclusivamente streaming, seja interno ou externo, ao longo dos anos vi cada vez mais os cd esquecidos nas prateleiras, mas guardo todos estes discos redondos de 12cm religiosamente , de vez em quando ainda compro um ou outro, gosto de ter a minha música.

Por vezes à noite, por sugestão de um amante da rádio, a audição deste meio tem entrado também por streaming na rotina nocturna de audições.

Quem sabe num futuro não muito longínquo o vinyl fará parte da rotina diária, seja para audição intermitente, pura nostalgia ou simples decoração, por agora é simplesmente algo que não sinto falta.

Não tendo mais nada para acrescentar, apenas que me revejo nas opiniões dos audiófilos anteriores, e certamente a fonte em maior destaque no meu caso, é sem dúvida o sintonizador de rádio.
   
Cumprimentos a todos e muita música de
vossas preferências .

Sem as ditas medidas do Fantasma, apenas temos medidas a olho
ou melhor, a ouvido...
80% de FM e 20% de spotify

      As fontes do sistema de alta-fidelidade no Auditório Fantasma, são como personagens lembradas e reclamadas a presença para utilização. Contudo, pese embora uma seja mais utilizada que as outras, nenhuma exerce lugar exclusivo de retórica.

      Contagem em minutos do tempo de escuta em Março e Abril:
     - Gira-discos .............................. 485 m;
     - Leitor de CD ............................ 309 m;
     - Sintonizador ............................ 303 m.

Caro "ghost4u"

Cinco horas na "telegrafia sem fios", cinco horas nas "bolachinhas" e oito horas nas grandes e negras "bolachas"? Não está a ouvir pouca música para as 1464 horas que têm Março e Abril?

Nem só de música viverá o fantasma...

      Cento e oitenta dois dias volvidos... No bimestre Maio/Junho, a jornada laboral, acompanhamento e assistência em pesares e agendamento de actividades de socialização, absorveram tempo para apreciação de música - diamante inseparável na minha vida. Ainda assim, observei paisagens sonoras em três janelas:
     - Gira-discos ................................ 139 m;
     - Leitor de CD ................................ 65 m;
     - Sintonizador .............................. 359 m.

      Quem tiver acesso ao Auditório Fantasma, no móvel onde repousa a aparelhagem de alta-fidelidade, vê um amplificador, duas fontes analógicas e uma fonte digital, que em tempos passados, por terem sido novos, nem a primeira estação do ano trópico, no hemisfério norte, faz readquirir ou restituir a juventude. Todavia, apesar do ADN (Afastamento da Data de Nascimento) das peças, conseguiram corporizar os músicos no espaço do auditório, inclusos nos registos discográficos difundidos nas fontes durante Julho/Agosto, na seguinte divisão de tempo:
     - Gira-discos ................................ 287 m;
     - Leitor de CD .............................. 396 m;
     - Sintonizador .............................. 168 m.

      Como cavalos de corrida, os minutos galoparam por Setembro e Outubro. Ainda assim, explorei registos discográficos nas três aberturas do Auditório Fantasma, onde, por vezes, surgiram pormenores até então despercebidos.

     - Gira-discos ................................ 445 m;
     - Leitor de CD .............................. 284 m;
     - Sintonizador .............................. 302 m.