Saudações audiófilas

Irmãos audiófilos, partilho o vosso vício (há outros vícios piores...)

A minha limitada experiência leva-me a acreditar que o equipamento do passado é superior* ao equipamento do presente, independentemente do preço. Mas se envolvermos a variável preço, a situação é ainda mais desequilibrada para os equipamentos de limitadíssima performance que se produz hoje em dia.
O caminho traçado pelos fabricantes parece ter sido orientado por produção a baixo custo, manobras de marketing e modas, sendo a moda em si uma das engrenagens dinâmicas que suporta o marketing.
Na maioria das áreas não houve quase nenhuma evolução já que os princípios e base tecnológica são exatamente os mesmos que se aplicavam há 30 anos, quer estejamos a falar de amplificadores ou colunas.
Pelo contrário, houve áreas, como o caso dos Tuners em que o equipamento actual de preço standard é quase todo medíocre e para encontrar uma peça séria é necessário recuar 30 anos, à 'golden era'.
Todos os agentes envolvidos, incluindo os reviewers fazem parte de uma indústria que se promove a si mesma e que para sobreviver e prosperar tem que 'destruir' as suas extraordinárias criações do passado.

* Superior quer ao ouvido quer nas medições em laboratório (good-fi ou hi-fi)

O 'bom digital' é igual ou superior ao analógico mas a industria do consumidor final, tanto nos formatos de grande consumo como nos instrumentos, só produziu mau digital, claramente inferior ao analógico. O digital deveria ter amadurecido antes de ser lançado. Terão sido produzidos 2 ou 3 aparelhos que conseguem aproximar bastante o digital do analógico mesmo num suporte limitado e de baixa resolução como o 16/44 do Red Book. Se o formato tivesse sido 48/384 tudo seria diferente. Até mesmo o mero 24/96 comumente usado em equipamentos de estúdio/PA teria feito uma grande diferença. Alguns destes formatos de bom digital estão disponíveis, como o 'DTS HD Master Audio' com lossless 24/192, mas na prática é como se não existisse porque +99.999% dos títulos não são disponibilizados nesse formato obtido nativamente de fonte analógica ou digital sem upsampling.
Em conclusão, até no domínio das fontes, o arsenal da modernidade não consegue bater a excelente herança que foi deixada porque se tudo se resume a 16/44 (CD) vs vinil ou 16/44 vs tapes, o analógico tem mais trunfos.

Parabéns pelo genuíno e interessante Fórum!

Dou as boas vindas ao "Homem do Dedo"!!
Grandes verdades foram ditas nessa tua entrada !

Como dizem os jovens de hoje, uma entrada à patrão. Gostei.

Mais umas opiniões fundamentadas para melhorar o Fórum.

Bêm vindo a este antro de perdição !!!

E desde já concordo com tudo o que afirmou nesta sua entrada em força !!!
Espero que agora as coisas ou as mentalidades mudem um pouquito

Bem-vindo! Uma boa entrada com uma opinião bem fundamentada! Parabéns!

Bem-vindo Digital Man.

Saudações.

Bem-vindo, Digital Man!

Bom comentário, sim senhor!
Eu prefiro olhar a realidade com maior positivismo... Vejo cada vez mais uma espécie de nostalgia a ser cultivada, que merece ser considerada. Não pretendo fazê-lo aqui, apenas lembrar o importante nesta matéria. A Denon fabrica a DL103 há bem mais de 40 anos; por outro lado, muita coisa tem sido feita com superioridade e mais económico que antes. Compreendo e partilho que, hoje a economia está no limite... mas também a evolução permitiu a muitos obter produtos que antes não seria possível. O problema é que o ser humano quer tudo e isso é impossível de obter.

Um bem-haja!

Grande Entrada Digital Man.!

Bem vindo ao nosso forum.

Gois

Foi uma apresentação e tanto, bem vindo.

Amigos audiófilos, agradeço a calorosa recepção!
It's all about the music... and the way it sounds

Bem Vindo

Bem vindo.

bem vindo ao aap

Gracias, gracias...
Uma curiosidade - Dos meus 3 sistemas activos, o que tem um som mais "analógico" não é o que tem as fontes analógicas mas o que é baseado num conversor Mark Levinson 360S. Este foi o único DAC que encontrei com um nível de realismo próximo das boas fontes analógicas. Ouvi um Wadia 27ix que também não era mau, mas estava um degrau abaixo. O 360S é uma peça excepcional e faz magia com o limitado formato 16/44. Curiosamente não é o factor marca que está em causa nesta peça porque tive um DAC 36 da mesma marca que era medíocre (falta de resolução e transparência) e tenho num outro sistema um Mark Levinson 390S que incorpora um DAC com uma sonoridade totalmente diferente.

O sistema digital com som analógico:
Mark Levinson 37 (transporte)
-- Kimber Select KS2120 (cabo digital AES/EBU)
Mark Levinson 360S (DAC - O CD "analógico")
-- Cabos DIY
Audio Research Reference 3 (pré a válvulas)
-- Cabos DIY
2x Pass Labs Aleph 3 (2 amplificadores estéreo single ended class A 30W, transistores "valvulados")
-- Cabos DIY
Crossovers Living Voice
- Cabos Audiotruth Argent+ nas altas frequencias
- Cabos Audiotruth Dragon+ nas baixas requências
Living Voice OBX RW (colunas)

Que sejas bem vindo

Eu também sou "novo aqui"

e como disseste... It's all about the music... and the way it sounds...

Mai nada

Abraço

Caro digital man

Bemvindo ao Forum!

Belo sistema! Só falta aí um gira-discos Mas compensa por ter o aleph 3 um dos amps a transístores com som mais analógico que conheço, e logo a dobrar!

Estava a brincar de facto, no fim, é a música que interessa!

Abraço,

Seven

Boas Digital Man,

Bem vindo a este "antro" )__((:
Music was (and still is), my first love, como creio que a muitos dos que por aqui andam.

Saudações desde os Açores,

Francisco

Digital Man escreveu:

Crossovers Living Voice
- Cabos Audiotruth Argent+ nas altas frequencias
- Cabos Audiotruth Dragon+ nas baixas requências
Living Voice OBX RW (colunas)

Digital Man,

Antes de mais nada, quero lhe dar as boas vindas a este ótimo fórum.

Não conheço estas colunas Living Voice, e nem o crossover Living Voice. Este crossover é ativo ou passivo ?

Como voce promove a divisão (corte) e a intensidade do sinal das frequências altas e baixas ?

Desculpe pelas perguntas. É que sou usuário de multiamplificação e muito curioso sobre o assunto.

Cumprimentos,

Victório Benatti

Amici audiofili, grazie grazie...

Seven, partilho essa opinião, (para os meus ouvidos) os Pass Labs Aleph 3 foram o melhor equipamento sem dispositivos de vácuo que já ouvi e tive oportunidade de ouvir muitos amplificadores de potência no passado e sobretudo contemporâneos. Naturalmente, os Aleph 3 não estão ao nível de uma boa máquina baseada em válvulas 300B, como é o caso do Audio Note Kegon, mas na década de 90 custavam uma fracção do preço! Apenas 5K por um par. Em 97 o Aleph 3 ganhou estranhamente o prémio "Component of the Year" atribuído pela revista Stereophile. Digo estranhamente porque se tratava de um fabricante de segunda linha, sem grande poder financeiro para fazer anúncios na imprensa, e não pelo modesto preço do Aleph 3 dado que toca melhor (aos meus ouvidos) que qq amplificador a transitores, incluindo amplificadores de 50K, como os monobocos da ML. Reconheço no entanto que 80% das colunas do mercado não tocam com o Aleph 3 porque precisam de mais alimento (amperes). Mas esta incompatibilidade também se verifica com os 300B.
O Aleph 3 disponibiliza 30W tímidos em 8 ohm, em classe A single-ended. Cada bloco consome 250W em idle ou a trabalhar e, dada a sua ineficiência, a quase totalidade dessa energia é dissipada na forma de calor, o que permite poupar gás para pequenos preparos de cozinha, por exemplo para estrelar ovos basta colocar a frigideira com os ovos sobre o amplificador.

V Benatti, a configuração que estou a usar é a bi-amplificação passiva. As Living Voice OBX RW são umas colunas inglesas de duas vias que seguem uma filosofia de extrema simplicidade e pureza no design e construção, e incluem os crossovers externos (isolados mecanicamente e magneticamente das colunas, e em que os componentes do crossover não estão apilhados como é habitual). É em sistemas 300B + gira-discos que estas colunas estão como peixe em água.
Review com descrição e fotos: http://www.6moons.com/audioreviews/livingvoice3/obxrw.html

Já tive oportunidade de ouvir as Living Voice com amplificação da Kronzilla e era sem duvida um som de grande pureza.

Greetings... Venho apenas actualizar o sistema, dado que fiz uma alteração na amplificação há uns tempos atrás.

- O pré-amplificador ARC Ref 3 foi substituído por um Pass Aleph P v1.7.
- Os dois Pass Aleph 3 (estéreo em biamplificação passiva) foram substituídos por um único Pass Aleph 3 ('edição especial').

Começando pelo fim, estas colunas são relativamente fáceis (curva de impedância estável e boa sensibilidade), pelo que um único Aleph 3 consegue um resultado sensivelmente igual (a cablagem independente mantém-se inalterada passando a bicablagem).

O Aleph P 1.7 liga melhor com o Aleph 3 do que o Ref 3 (as impedâncias e o design do circuito terão aqui um papel), mas independentemente dessa circunstância é, para o meu ouvido, um pré-amplificador mais equilibrado. Em traços muito gerais:
- O Aleph P é transparente e absolutamente neutro (faz lembrar um bom passivo), o que nem sempre acontece com o Ref 3, podendo ser colorido na reprodução de certos timbres.
- O Ref 3 é mais dinâmico mas essa dinâmica parece ser obtida à custa de alguma perda de precisão. O Aleph P tem controlo independente de ganho e atenuação, o que lhe permite, consoante o tipo de música, escolher o equilíbrio entre transparência e dinâmica.
- O Aleph P tem uma qualidade de construção superior incluindo chassis e controlo de volume, mas o Ref 3 ganha em usabilidade e estilo, com um atractivo display com indicação do volume. Ambos têm comando. Embora o do Aleph P seja pesado e em alumínio e o do Ref 3 um bocado de plástico barato, tem mais funções e é mais responsivo (sendo que estes aspectos não afectem a qualidade sónica).

Com o meu ouvido a julgar, o preço do Ref 3 era desajustado. Em território luso o Aleph P 1.7 custava cerca de 6K e creio ser um valor correcto, já o Ref 3K passava a fasquia dos 13K mas não vejo justificação para custar mais de 5K. De qualquer forma, ambos são boas máquinas, e apesar de algumas arestas, eclipsam a maioria dos pré-amplificadores que tive oportunidade de ouvir.
Não subscrevo os audiofilos radicais que defendem que o pré-amplificador é a alma de um sistema, mas concordo que um mau pré-amplificador na cadeia do sinal pode destruir um bom sistema.
Isto também se aplica aos amplificadores integrados. Quantos integrados não poderiam ser boas máquinas se tivessem mais atenção (e investimento de tempo e dinheiro) na sua secção de pré-amplificação?  

Digital Man escreveu:

Não subscrevo os audiofilos radicais que defendem que o pré-amplificador é a alma de um sistema, mas concordo que um mau pré-amplificador na cadeia do sinal pode destruir um bom sistema.
Isto também se aplica aos amplificadores integrados. Quantos integrados não poderiam ser boas máquinas se tivessem mais atenção (e investimento de tempo e dinheiro) na sua secção de pré-amplificação?  

Ora nem mais, uma questão que descobri há uns valentes anos atrás quando comprei um pré minimamente jeitoso e usei um integrado (do qual não guardo boa memória sónica), só como power. E o salto qualitativo foi enorme.
Portanto, entendo perfeitamente a questão. E será talvez uma das grandes vantagens de um integrado "bem" feito onde o designer coloca o seu saber técnico num só aparelho, com as vantagens inerentes á harmonia "eléctrica" entre pré e power.

O pré era o PS Audio 4.6 (dos primórdios da PS Audio, power supply em separado).

Bem-vindo ao AAP, Digital Man.
 

Bem vindo Digital Man