Dolby or not Dolby

Boas caros amigos,

esclareçam-me lá uma coisa, porque eu já não gravava cassetes á mais de 20 anos, e a nossa memória por vezes é traiçoeira, deve-se gravar com Dolby B, Dolby C ou pura e simplemente sem Dolby.

Abraços

elso escreveu:

Boas caros amigos,

esclareçam-me lá uma coisa, porque eu já não gravava cassetes á mais de 20 anos, e a nossa memória por vezes é traiçoeira, deve-se gravar com Dolby B, Dolby C ou pura e simplemente sem Dolby.

Abraços

Eu, que era e sou um grande ignorante nestas matérias, gravava sem Dolby

PS : ou será que era a ouvir?

Eu gravo sem Dolby com belissimos resultados !

Milton escreveu:

Eu gravo sem Dolby com belissimos resultados !

Ora aí está, a opinião de um "expert" nestas coisas (pelo menos, mais do que eu)

Entretanto, encontrei algo que poderá ir ao encontro daquilo que dissemos :

http://www.stevehoffman.tv/forums/archive/index.php/t-11322.html

O Dolby pode ter bons resultados com fitas de ferro tipo I, porque grava com mais agudos(para se sobrepor ao hisss da fita), mas depois deve ser tambem reproduzido com o Dolby que vai actuar como filtro...

Dolbyando um pouco mais :

-> Dolby A is professional, first used in the late 1960's, a multi-band noise reduction system. All the Doors albums starting with the third album are Dolby A. All the Elton John albums are Dolby A. Steely Dan albums (except Katy Lied) are Dolby A. Almost every album recorded from 1968 on is Dolby A. Some engineers didn't like it and never used it; Who's Next is Dolby free as is Rod Stewart's early albums. These engineers just slammed the meters at +10 and didn't worry.

-> Dolby A needs CAREFUL alignment in both record and playback. A Dolby tone is used for that purpose. Without it, IT WON'T WORK! Dolby SR replaced Dolby A in the middle 1980's. Dolby SR is actually an adaptation of the Telefunken noise reduction system developed in Germany (though they would never admit it).

-> Dolby B, C, etc. are all NON-PROFESSIONAL systems and should not be used for anyone who wants to make a recording that will play on any other machine than the one that was used for recording. There are no alignment possibilities with other machines. When your cassette machine finally dies, your tapes will sound like crap on other machines.


Regards

A minha experiência é que a gravação sem o dito dolby é bem melhor.

António José da Silva escreveu:

A minha experiência é que a gravação sem o dito dolby é bem melhor.

Tambem me parecia, mas era só pata ter a certeza.

Este fim de semana gravei a primeira neste deck e sem Dolby, ainda não ouvi o resultado.

Obrigado a todos.

elso escreveu:

António José da Silva escreveu:

A minha experiência é que a gravação sem o dito dolby é bem melhor.

Tambem me parecia, mas era só pata ter a certeza.

Este fim de semana gravei a primeira neste deck e sem Dolby, ainda não ouvi o resultado.

Obrigado a todos.

A ver se depois escreves aqui uma pequena reportagem. Qual a cassete usada, qual a altura (no deck) com que executastes a gravação, e onde batem os VU's. E principalmente, qual a qualidade do som.
Se o deck e a cassete forem de qualidade, estou convencido que vais ficar espantado com o resultado final.

António José da Silva escreveu:

elso escreveu:

António José da Silva escreveu:

A minha experiência é que a gravação sem o dito dolby é bem melhor.

Tambem me parecia, mas era só pata ter a certeza.

Este fim de semana gravei a primeira neste deck e sem Dolby, ainda não ouvi o resultado.

Obrigado a todos.

A ver se depois escreves aqui uma pequena reportagem. Qual a cassete usada, qual a altura (no deck) com que executastes a gravação, e onde batem os VU's. E principalmente, qual a qualidade do som.
Se o deck e a cassete forem de qualidade, estou convencido que vais ficar espantado com o resultado final.

Para mim, o melhor Dolby para uso em cassetes foi, sem sombra de dúvida, o "S". Isto porque para além de ser bastante superior aos "B" e "C" tinha o requisito (da Dolby Laboratories ) em que todos os fabricantes tinham que usar os chips que a Dolby especificava, para além duma série de outros parâmetros. Foi, à semelhança das fitas "EE" em bobine um último suspiro nos gravadores de cassete.

Em relação às bobines, o Dolby B (o mais recorrente... havia o "A" só nos gravadores profissionais) é óptimo.

Em alternativa... DBX a qualquer um dos Dolby's. Mas isso obriga a um gravador extremamente bem calibrado, tanto em bobines como em cassetes.

O meu tem Dolby S mas nunca experimentei. Talvez porque não vejo necessidade.

Eu gravo sem Dolby, quando era puto usava tudo que era filtro e equalizadores a própria impressa incentivava ao uso desses equipamentos, entretanto fui crescendo e a opinião da impressa amadureceu e veio a moda do minimalista a que eu sou adepto embora adore tudo que tem muitos botões e lusinhas.
Atualmente tenho a noção que está a ficar outra vez na moda esse tipo de equipamentos basta ver com os sistemas AV e a catrafada de processadores.

Olá
Para mim é sem Dolby, não me importo nada de ouvir o ruído da fita... hissssssssssssss....
Fredie

Boas.
Tenham a informação, que desde de 1966 muitas gravações de estúdio "analógicas" utilizam o Dolby A...e com o Dolby A as master foram transferidas para vinil.

Milton escreveu:

O Dolby pode ter bons resultados com fitas de ferro tipo I, porque grava com mais agudos(para se sobrepor ao hisss da fita), mas depois deve ser tambem reproduzido com o Dolby que vai actuar como filtro...

Correcto: as cassetes gravadas com Dolby A B devem ser reproduzidas com Dolby A B, as gravadas com Dolby C...etc.
O filtro não deve ser activado em cassetes gravadas sem Dolby.

O objectivo do Dolby NR é, como o nome indica, reduzir o ruído de alta frequência que resulta da leitura da fita e funciona de (grosso modo como oversampling num leitor de CD) acentuando na gravação uma dada gama de altas frequências e na leitura o ruído é filtrado e o equilíbrio da resposta restituído.
O resultado é um aumento considerável da dinâmica útil (relação sinal/ruído) mas julgo que se aplica a máxima "o desempenho depende da implementação do circuito e qualidade dos componentes utilizados".
Com um equipamento de qualidade eu optava pelo Dolby B (que filtra o ruído até frequências mais baixas).
Não esquecer de anotar se e com que tipo de filtro a cassete foi gravada.

Uma regra importante a reter é que a música deve ser gravada de modo a que o volume mais alto esteja o mais próximo dos 0dB (vermelho) possível - no caso da música clássica esse volume máximo deve ser definido pelo som mais alto de todo o disco ou pelo menos de cada peça musical por forma a manter a coerência musical - evitando assim o afogar das passagens mais piani no ruído de leitura.
Os reguladores de volume devem ser posicionados no mesmo valor.

Convém ainda notar que a gama dinâmica de uma cassete gravada sem Dolby (±50dB) é inferior à de muitos CDs de clássica.

Ricardo

PALUSE escreveu:

Boas.
Tenham a informação, que desde de 1966 muitas gravações de estúdio "analógicas" utilizam o Dolby A...e com o Dolby A as master foram transferidas para vinil.

Interessante informação. Uma coisa é certa, seja antes seja depois de 66, o ruído do vinil bem gravado é mesmo mínimo o que demonstra o bom equipamento e cuidado com que as coisas eram feitas.

António José da Silva escreveu:

PALUSE escreveu:

Boas.
Tenham a informação, que desde de 1966 muitas gravações de estúdio "analógicas" utilizam o Dolby A...e com o Dolby A as master foram transferidas para vinil.

Interessante informação. Uma coisa é certa, seja antes seja depois de 66, o ruído do vinil bem gravado é mesmo mínimo o que demonstra o bom equipamento e cuidado com que as coisas eram feitas.

O Dolby era utilizado nas fitas e não no vinil.
Se for eficaz, as gravações posteriores a 66 deverão ter melhor qualidade, quer sejam transferidas para analógico ou para digital.

Ricardo

ricardo onga-ku escreveu:

O Dolby era utilizado nas fitas e não no vinil.

Claro, foi também o que entendi. As Masters gravadas com dolby eram depois passadas para vinil.

António José da Silva escreveu:

ricardo onga-ku escreveu:

O Dolby era utilizado nas fitas e não no vinil.

Claro, foi também o que entendi. As Masters gravadas com dolby eram depois passadas para vinil.

O que era uma pena pois os resultados seriam superiores se a gravação fosse directamente no vinil.

Mas também sempre houve quem criticasse o Direct to Disc e a razão para tal é que os artistas nunca se chegam a "soltar" pois sabem que em fase alguma podem errar. Ao mínimo erro e começa tudo de novo e vai uma Master para o lixo.

Errar é humano.
As gravações de concertos de "clássica" ao vivo são efectuadas num só take, embora certos produtores corrijam as gralhas mais significativas colocando a orquestra no palco após o concerto.

As vantagens do Direct-to-disc são óbvias:

- evita o pós-processamento danoso para o sinal e que muitas vezes afecta ou artificializa a música

- obriga a que os artistas sejam realmente bons

- implica que todos estejam no mesmo lugar à mesma hora a tocar em conjunto num único evento musical

Tony Faulkner sobre as gravações da série LSO Live http://lso.co.uk/page/801/LSO-Live

"The LSO Live recording philosophy is one of using as few microphones as is practicable to try to capture concert atmosphere without the boring obsessive so-called detail of many digital-age orchestral studio recordings.
The philosophy extends to avoiding days of patching sessions after the sessions to cover minuscule details in performance.
The orchestra stays behind after the second performance of each programme for thirty minutes.
During this period we re-record any odd disaster areas (usually down to hall extraneous noises - I guess you heard about Sir Colin's Symphonie Fantastique first night) and also the last few bars of any section where intrusive audience reaction would outstay its welcome upon repeated listening to the CD.
Believe me, a 30 minute session does not allow any accommodation of trying to create a studio performance rather than that of a public concert.

The miking on the Dvorak was simple.
A main pair over the third row of the audience.
A pair of outriggers at lower level to control the perceived width of the front of the orchestra.
Additionally we put out a pair of woodwind microphones "just in case", plus a mic near the timps.
By modern standards this constitutes quite a modest microphone setup."

ricardo onga-ku escreveu:

Correcto: as cassetes gravadas com Dolby A devem ser reproduzidas com Dolby A, as gravadas com Dolby B...etc.
O filtro não deve ser activado em cassetes gravadas sem Dolby.

Ricardo

Só uma pequena adenda: nunca houve cassetes gravadas com Dolby A, que era só e unicamente usado nos processos de masterização, nos gravadores de bobines de 4 ou mais canais. Nas cassetes havia, pela ordem de introdução:

- Dolby B
- DBX type II
- Dolby C
- Dolby S

Nos gravadores de bobines comuns havia o DBX (type I ou II, dependendo da marca) e o Dolby B.

Nunca houve vinis gravados com Dolby, mas houve alguns gravados com DBX, o que implicava, obviamente, ter um encoder/decoder.

Obrigado pela correcção...aos anos que não toco num deck.

Em tempos tive um igual a este: http://www.planodesons.pt/planodesons/oport_detalhe.aspx?ProductId=199

johncool escreveu:

houve alguns gravados com DBX, o que implicava, obviamente, ter um encoder/decoder.

Tive um álbum desses que comprei sem saber que o era. Um sistema que não vingou e que pouca gente (com muito dinheiro) chegou a ter.

ricardo onga-ku escreveu:

Obrigado pela correcção...aos anos que não toco num deck.

Em tempos tive um igual a este: http://www.planodesons.pt/planodesons/oport_detalhe.aspx?ProductId=199

Bela máquina... e com HX Headroom Extension também!

A linha ES (topo de gama) da Sony era um mimo, se bem que esses modelos também eram bons!

johncool escreveu:

A linha ES (topo de gama) da Sony era um mimo...

Se são, eu que o diga, um Nakamichi 680 ZX não tinha a mínima hipótese. Máquinas soberbas no aspecto sónico. Só pecam na parte estética onde são meio insípidos.

António José da Silva escreveu:

johncool escreveu:

A linha ES (topo de gama) da Sony era um mimo...

Se são, eu que o diga, um Nakamichi 680 ZX não tinha a mínima hipótese. Máquinas soberbas no aspecto sónico. Só pecam na parte estética onde são meio insípidos.

Pois... um dia aventuro-me de novo nas cassetes. Mas, para já... mantenho-me "bobinado".

johncool escreveu:

Pois... um dia aventuro-me de novo nas cassetes. Mas, para já... mantenho-me "bobinado".

Como já disse muitas vezes, a qualidade alcançada por um bom deck e cassete aproximar-se perigosamente de um RtR. Pergunta a quem esteve presente no almoço AAP o que acha do som de uma cassete bem gravada.

António José da Silva escreveu:

johncool escreveu:

Pois... um dia aventuro-me de novo nas cassetes. Mas, para já... mantenho-me "bobinado".

Como já disse muitas vezes, a qualidade alcançada por um bom deck e cassete aproximar-se perigosamente de um RtR. Pergunta a quem esteve presente no almoço AAP o que acha do som de uma cassete bem gravada.

Sim, sim... não ponho dúvidas nisso. Simplesmente ainda não há muito "tempo" para isso. E a arranjar terá que ser algo acima da entrada de gama. Já me contentava com um Denon HR-44 MX.

obrigado pela parte dos intervenientes relativamente as questoes dos filtros.

Ainda não me dediquei sériamente as gravações em K7, mas do que me lembro á 20 anos atrás, quanda gravava para o walkman, não usava filtro B/C porque sempre achei que retirava dinamica a musica. por isso nao usava.

Ao que parece fazia bem.


Bou para a janta
até ja

microseiki escreveu:

Bou para a janta
até ja

Boa janta e não metas muito dolby.

Então e para gravar rádio fm? Dbx,dolby B ou nada?

Riskas escreveu:

Então e para gravar rádio fm? Dbx,dolby B ou nada?

Depende do gosto e ouvido...

Quando gravava em cassete, por norma, era Dolby B. Hoje em dia, em bobine não meto nada... se tivesse um encoder/decoder dbx pensava 2 vezes.

johncool escreveu:

Riskas escreveu:

Então e para gravar rádio fm? Dbx,dolby B ou nada?

Depende do gosto e ouvido...

Quando gravava em cassete, por norma, era Dolby B. Hoje em dia, em bobine não meto nada... se tivesse um encoder/decoder dbx pensava 2 vezes.

Tenho quase a certeza que o meu 909 tem o dbx para além dos dolby B, C, S, HX-Pro, mas nunca usei nem sequer experimentei pois as gravações sem nada são absolutamente magnificas. Um dia destes tenho que me dar ao trabalho de fazer essas comparações, assim haja tempo e vontade.

António José da Silva escreveu:

Tenho quase a certeza que o meu 909 tem o dbx para além dos dolby B, C, S, HX-Pro, mas nunca usei nem sequer experimentei pois as gravações sem nada são absolutamente magnificas. Um dia destes tenho que me dar ao trabalho de fazer essas comparações, assim haja tempo e vontade.

Acho muito bem!

Até porque podes achar que ganhas mais com algum deles, ou então não... Mas só sabes depois de testar ,)

johncool escreveu:

.. Mas só sabes depois de testar ,)

Isso é verdade, mas como considero os resultados já fora de série, nunca me preocupei muito.

Vou desenterrar este tópico uma vez que me tenho debruçado afincadamente neste assunto, e penso que há uns mitos que ainda permanecem, entre os quais o de que as cassetes têm "hiss", e o dolby corta as altas frequências produzindo um som abafado. Há muito que tinha um desejo ambivalente de voltar às fitas, sendo que a emoção e a razão se combatiam mutuamente, e o passo foi sendo sucessivamente adiado. Recentemente fui mesmo em frente, e uma vez que fui adquirindo nos ultimos 5 anos cassetes virgens aqui e ali, estava pronto para avançar, faltava apenas um deck à altura. Eu próprio levado pela ideia de que o Dolby prejudicava a linha de resposta da gravação, fiz os primeiros testes sem ele. Gostei dos resultados, mas o ruído branco de fundo lá estava nas passagens silenciosas. [Normal, pensei eu, são fitas]. Até que dei uma oportunidade ao Dolby C. Depois de fazer o alinhamento e calibração, não queria acreditar nos primeiros testes. Não só o ruído branco de fundo era agora completamente ausente, como o resultado da gravação era indistinguível da fonte. O Dolby C é para mim a oitava maravilha das fitas analógicas, experimentem se não usam Dolby e como eu tinham este preconceito, quer do ruído, quer do Dolby! Posso dizer que só lamento não ter dado o mergulho mais cedo! Tem-me proporcionado uma fruição ímpar, e não é apenas um devaneio de nostalgia do suporte, a qualidade é mesmo boa, e não compromete em nada a fonte, quer seja vinil, ou outra. Contudo, a cassete compacta foi sentenciada como a parente pobre do mundo analógico, e não deixará essa condição. Por mim, tem me dado ultimamente mais prazer a sua audição que o próprio vinil, para além de que é um suporte extremamente prático e não requer o protocolo de limpeza deste último, requer outros, mas simples.

Tudo isto para dizer, Dolby, claro que sim!

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Home taping is killing Spotify

No que toca a ruído de fundo o dolby c é verdadeiramente eficaz, só peca pelo facto de ser pouco preciso nas passagens de volumes baixos dá ideia que algo ficou esquecido na gravação, o dolby b retira o brilho nas gravações, e por último o dolby s continua uns furinhos abaixo dos dbx, adress, hicom.