O que tenho em mãos?

Através de um familiar que quis desfazer-se de tralha que tinha em casa, veio parar-me às mãos este gira discos:




Trata-se de um Wyndsor Rex fabricado em Inglaterra na década de 70. Procurei alguma informação sobre a marca mas não encontrei nada. O giradiscos está bem conservado, precisa apenas de uma agulha nova e de uma revisão geral. Vale a pena gastar dinheiro nisto?

penso ser só mesmo uma peça bonita e decorativa,...

SIM! De caras!

A REX foi para muito principiante e aspirante a audiófilo inglês, uma marca que fazia coisas muito interessantes. Penso, contudo, que este exemplar não é dos melhores exemplos da REX, mas é um exemplar muito interessante e que, na época concorria, para melhor, com os "pick-ups" integrados (com amplificação) da já então prestigiada DUAL.

Desde que não seja uma revisão que custe os olhos da cara, valerá sempre a pena.

Obrigado pelos comentários.
Já consultei uma loja sobre a eventual reparação do mesmo e foi-me dito que já não se encontram agulhas para esse modelo e que não valeria a pena...Não fiquei convencido! Conhecem alguem que repare este tipo de equipamentos na região de Leiria?

Deduzo que não consiga ligar este aparelho a um amplificador e a umas colunas mais modernas, certo? Pelo que percebo já traz amplificação integrada e tem umas colunas próprias, ou estarei errado?

Scum escreveu:

Obrigado pelos comentários.
Já consultei uma loja sobre a eventual reparação do mesmo e foi-me dito que já não se encontram agulhas para esse modelo e que não valeria a pena...Não fiquei convencido! Conhecem alguem que repare este tipo de equipamentos na região de Leiria?

Deduzo que não consiga ligar este aparelho a um amplificador e a umas colunas mais modernas, certo? Pelo que percebo já traz amplificação integrada e tem umas colunas próprias, ou estarei errado?

Olá Scum
Esse aparelho é engraçado mas não passa disso mesmo, uma curiosidade ou algo a manter apenas por questóes sentimentais.
Se queres abordar o mundo do vinil com alguma qualidade, deves fazê-lo mas com outro tipo de aparelhos, que tambem podem ser vintage.

[quote="Scum"]Obrigado pelos comentários.
Já consultei uma loja sobre a eventual reparação do mesmo e foi-me dito que já não se encontram agulhas para esse modelo e que não valeria a pena...Não fiquei convencido! Conhecem alguem que repare este tipo de equipamentos na região de Leiria?

Deduzo que não consiga ligar este aparelho a um amplificador e a umas colunas mais modernas, certo? Pelo que percebo já traz amplificação integrada e tem umas colunas próprias, ou estarei errado?

[/quote ]

Arranjam-se agulhas para isso! Se o problema é só mesmo a agulha só é preciso saber a marca e modelo da cabeça.
Essas cabeças eram ou cerâmicas ou de cristal. São muito limitadas a nivel de reprodução. Na época eram usadas em equipamentos low-cost, porque tinham uma tensao de saida elevada e assim deixava de ser preciso um pré com correcção "riia".
Mas tocam mal

Há hipotese de uma foto de pormenor da cabeça?

E se for preciso alguma reparação envie-me uma pm

JP escreveu:

porque tinham uma tensao de saida elevada e assim deixava de ser preciso um pré com correcção "riia".

O ter mais ou menos ganho, nada tem a ver com a necessidade ou não da correcção da RIIA.

As cabeças cerâmicas para além de serem mais económicas tem funcionamento diferente das magneto dinâmicas ou das de bobine móvel.
Um dos aspectos diferentes é que estas utilizam uma caracteristica fisica de alguns materiais que consiste no facto dos mesmos serem deformados fisicamente e gerarem uma corrente eléctrica em função da deformação a que são sujeitos e vice versa (Principio piezoeléctrico)!
Em termos eléctricos são bastante mais eficientes que as cabeças magneto dinâmicas e não se faz uso de correcção RIAA devido às caracteristicas de resposta das mesmas, que emulam grosseiramente a curva de RIAA. Por isso mesmo são usadas em equipamentos baratos e não podem ser consideradas como meio de reprodução de qualidade para vinil!



Inté

PALUSE escreveu:

As cabeças cerâmicas para além de serem mais económicas tem funcionamento diferente das magneto dinâmicas ou das de bobine móvel.
Um dos aspectos diferentes é que estas utilizam uma caracteristica fisica de alguns materiais que consiste no facto dos mesmos serem deformados fisicamente e gerarem uma corrente eléctrica em função da deformação a que são sujeitos e vice versa (Principio piezoeléctrico)!
Em termos eléctricos são bastante mais eficientes que as cabeças magneto dinâmicas e não se faz uso de correcção RIAA devido às caracteristicas de resposta das mesmas, que emulam grosseiramente a curva de RIAA. Por isso mesmo são usadas em equipamentos baratos e não podem ser consideradas como meio de reprodução de qualidade para vinil!



Inté

Se assim é, terei que retirar o meu comentário anterior, embora continue sem entender o que é que o ganho possa ter a haver com a inversão da RIAA feita pelo pré.

António José da Silva escreveu:

PALUSE escreveu:

As cabeças cerâmicas para além de serem mais económicas tem funcionamento diferente das magneto dinâmicas ou das de bobine móvel.
Um dos aspectos diferentes é que estas utilizam uma caracteristica fisica de alguns materiais que consiste no facto dos mesmos serem deformados fisicamente e gerarem uma corrente eléctrica em função da deformação a que são sujeitos e vice versa (Principio piezoeléctrico)!
Em termos eléctricos são bastante mais eficientes que as cabeças magneto dinâmicas e não se faz uso de correcção RIAA devido às caracteristicas de resposta das mesmas, que emulam grosseiramente a curva de RIAA. Por isso mesmo são usadas em equipamentos baratos e não podem ser consideradas como meio de reprodução de qualidade para vinil!



Inté

Se assim é, terei que retirar o meu comentário anterior, embora continue sem entender o que é que o ganho possa ter a haver com a inversão da RIAA feita pelo pré.

Não é pelo ganho mas sim pelas caracteristicas...

Milton escreveu:

Não é pelo ganho mas sim pelas caracteristicas...

Mas isso ainda me diz menos que a parte do ganho.

O que é a característica?

Vá, deixem-se de andar aos encontrões.

Aqui está um dos muitos links na net, sobre o assunto: http://www.enjoythemusic.com/cartridgehistory.htm



Divirtam-se.

António José da Silva escreveu:

JP escreveu:

porque tinham uma tensao de saida elevada e assim deixava de ser preciso um pré com correcção "riia".

O ter mais ou menos ganho, nada tem a ver com a necessidade ou não da correcção da RIIA.

Correctíssimo! Falei na correcção riia como um exemplo, mas exprimi-me mal. Quase todas as boas células sao do tipo mm ou mc, obedecendo ao principio magnético. Penso que a correcção riia está presente nestes dois tipos. Nas celulas de principio piezoelectrico, como as de cristal ou cerâmica, essa correcção é dispensavel. Estas células são mesmo low cost, mas algumas poucas usadas no "auge" desta tecnologia (anos 50), dentro das limitações, eram boas ! Já tive um Garrard dos anos 50 com cabeça de cristal que, dentro destes parametros, era até bastaste razoável. Outro incoveniente era o peso elevado necessario para que essas cabeças "fizessem barulho"... os discos nao duravam muito.

Tal como em algumas cabeças magnéticas de gravadores, usam ou não a correcção nartb.

JP escreveu:

António José da Silva escreveu:

JP escreveu:

porque tinham uma tensao de saida elevada e assim deixava de ser preciso um pré com correcção "riia".

O ter mais ou menos ganho, nada tem a ver com a necessidade ou não da correcção da RIIA.

Correctíssimo! Falei na correcção riia como um exemplo, mas exprimi-me mal. Quase todas as boas células sao do tipo mm ou mc, obedecendo ao principio magnético. Penso que a correcção riia está presente nestes dois tipos. Nas celulas de principio piezoelectrico, como as de cristal ou cerâmica, essa correcção é dispensavel. Estas células são mesmo low cost, mas algumas poucas usadas no "auge" desta tecnologia (anos 50), dentro das limitações, eram boas ! Já tive um Garrard dos anos 50 com cabeça de cristal que, dentro destes parametros, era até bastaste razoável. Outro incoveniente era o peso elevado necessario para que essas cabeças "fizessem barulho"... os discos nao duravam muito.

Tal como em algumas cabeças magnéticas de gravadores, usam ou não a correcção nartb.

Obrigado caro JP.