Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Out 20 2012, 17:28
Parece que a imoralidade que leva à corrupção vem de longe e está fortemente enraizado no ADN da corja ou, sendo mais extremista, do povo português.
A Lanterna, 17 de Dezembro de 1870
Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Out 20 2012, 21:19
António José da Silva escreveu:
Parece que a imoralidade que leva à corrupção vem de longe e está fortemente enraizado no ADN da corja ou, sendo mais extremista, do povo português.
A Lanterna, 17 de Dezembro de 1870
Do povo não, da corja! Há que ter em conta quem tem e em que medida tem responsabilidades! Podemos apontar em termos de classe, a que se chama classe média; agora, há ainda muita gente mesmo analfabeta. E contando que mesmo que se considere que as pessoas que votam estejam esclarecidas é mesmo assim uma consideração que deve ser considerada à partida como remota, pois a influência em geral nada tem que ver com o esclarecimento. Agora aqueles que têm uma instrução mais relevante, sim, devem ser considerados como responsáveis. Mas o problema começa é na ambição. É que o indivíduo não se importa nada em aproveitar qualquer oportunidade e por isso a questão cidadania não se põe, pois simplesmente não há espaço para ela. Ainda assim, há que ver quem é que realmente está roubar e quem está a pagar, pois mesmo considerando o chico-espertismo, isto não é senão a ignorância e, por vezes, a falta de alternativa decente, que leva o ser humano a seguir por caminhos errados. O caso do partidismo e do tachismo...
O problema mesmo é do sistema estar orientado por uma máfia, que tudo faz para assaltar o comum do cidadão. E tudo é possível, inclusive a alegada lavagem de dinheiro por parte do sr. coelho e outros. Portanto, não importa a forma do saque, o que importa é conseguir de alguma forma sacar. Disto estamos constantemente a ver acontecer, mas não podemos provar nada. A ver vamos, até onde é que isto vai!
Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom Out 21 2012, 22:03
Aí está o sr. Coelho a querer transformar o caso onde foi apanhado numa escuta num caso de política! A ver vamos no que é que isto vai dar! Esta escumalha que fique ciente que o povo está cada vez mais atento!
Ferpina Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Out 22 2012, 09:18
QUANDO...
OS SÓCRATES FOREM APENAS FILÓSOFOS; OS ALEGRES APENAS CRIANÇAS; OS CAVACOS APENAS INSTRUMENTOS MUSICAIS; OS PASSOS APENAS OS DE DANÇA; OS LOUÇÃS APENAS ERROS ORTOGRÁFICOS; OS JERÓNIMOS APENAS MONUMENTOS NACIONAIS OS JARDINS LOCAIS DE LAZER E PORTAS SÓ DE ABRIR E FECHAR...
... VOLTAREMOS A SER FELIZES
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Out 22 2012, 09:24
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António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Out 22 2012, 17:00
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Out 22 2012, 20:01
"O insuperável Borges"
Artigo de Daniel Oliveira - Expresso, 01/10/2012
O inteligente Borges inventou um estratagema para pôr os trabalhadores, já na penúria, a financiarem as empresas através do aumento dos descontos para a segurança social e a redução da TSU. A ideia "extremamente inteligente", não fosse ela do muitíssimo inteligente Borges, nunca tinha sido experimentada em lugar algum. Os empresários, como todo o resto do País, foram contra. Não por uma questão de solidariedade, mas porque acham que trabalhadores falidos são consumidores falidos. Pensam que não há exportações que nos salvem da destruição do mercado interno. Os ignorantes tiraram assim ao espantosamente inteligente Borges o Nobel que lhe estava reservado. O tremendamente inteligente Borges é demasiado grande para este País. Tem de lidar com gente ignorante que não passaria no primeiro ano do seu curso, disse ao lado do genial ministro que fez de uma assentada um curso inteiro. Porque voltou o barbaramente inteligente Borges para a piolheira? Porque também o mundo é demasiado pequeno para ele. O FMI despediu-o por ser inteligentemente incompetente. Ninguém sabe o que fez, durante dois anos, como vice-presidente da Goldman Sachs (um entre centenas), o grupo financeiro que ajudou o governo grego a enganar a Europa e que mais responsabilidade tem na crise financeira internacional. Terão sido, com toda a certeza, coisas inteligentes. Como Chairman da Hedge Fund Standards Board, deu uma entrevista à BBC. No Hard Talk, o estrondosamente inteligente Borges tentou explicar a Stephen Sackur os seus inteligentes pontos de vista sobre ética e a utilidade para a economia das suas funções. Perante olhos mais ignorantes, a prestação foi desastrosa e esclarecedora. Como acontece por vezes aos intelectualmente mais dotados, dava a ideia de estarmos perante um pateta que deixava clara a obscuridade imoral do seu ofício. Incompreendido lá fora, porque o avassaladoramente inteligente Borges vive à frente do seu tempo, regressou ao cantinho que o viu nascer. Passos Coelho contratou-o para tratar das privatizações. Que não têm, como se está a ver na TAP, corrido muito bem. É o problema de lidar com investidores externos não menos ignorantes que os empresários domésticos. Desde que chegou, o tragicamente inteligente Borges tem dado inteligentes opiniões. Que os salários dos portugueses têm de baixar e que quem acha que os portugueses não têm de apertar o cinto está um bocadinho a dormir. Palavras do deprimentemente inteligente Borges, que saca, todos os meses, 25 mil euros aos contribuintes. Que a RTP devia ser concessionada, ficando as despesas para o Estado e o lucro para quem agarrar a mesada, propôs o pateticamente inteligente Borges. Que as despesas com os funcionários públicos correspondiam a 80% dos custos do Estado, um número assim um bocadinho para o exagerado, mas natural em alguém que, absorto no seu próprio brilho intelectual, não perde tempo com minudências. De cada vez que o incontinentemente inteligente Borges abre a boca cria um drama no governo. Diria Tchekhov: "que sorte possuir uma grande inteligência, nunca lhe faltam asneiras para dizer". Nunca duvidei, como por estas linhas fica claro, da incomparável genialidade do inteligente Borges. O problema são os políticos, os empresários, os trabalhadores, os portugueses, o FMI, os mercados, os jornalistas, a BBC, Portugal e o Mundo. Neste País, António Borges foi, em tempos, vendido como um homem de autoridade técnica incomparável. Exposto o produto na montra pública dos média, percebe-se finalmente o seu valor. Aquilo é areia demais para a nossa camioneta. Areia que nos sai cara.
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Out 22 2012, 20:44
Mais par nos entretermos: *Os arautos da transparência, têm como exemplo disso mesmo ? transparência ? o adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, que, veio agora a saber-se, tem 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação. Como sócios, teve os senhores Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Botton, a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.*
*Como clientes, tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros, entre outros.*
*Nada obsceno, para quem é adjunto de Pedro Passos Coelho!*
*E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para "oferecer" o bolo inteiro à mulher?! (Disse-o ele à Sábado).*
*Não esquecer ainda que Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.*
*Também António Borges é outro ex-dirigente do Goldman, e que está agora a orientar(!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.*
*Adoráveis, estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios.*
*Lamentavelmente, à política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que já todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos.*
*Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc., apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores.*
*Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).* *Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançados milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras.*
*Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.*
*No que toca a canibalização económica de um país, a fórmula é simples: o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas.. Em simultâneo, impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse país. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais**.*
*Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão, não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.*
*A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações**..*
*Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc., fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros.*
*Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs.* *Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias. *
*Domingos Ferreira Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa* Comentário:
Assustador, mas não surpreendente. Mas o que continua a surpreender-me e, mais do que isso, a preocupar-me mais são os espíritos fracos e/ou ingénuos (ainda há!) que continuam a acreditar nas boas intenções desta gente mencionada no artigo.
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Out 22 2012, 20:51
Goansipife escreveu:
Mas o que continua a surpreender-me e, mais do que isso, a preocupar-me mais são os espíritos fracos e/ou ingénuos (ainda há!) que continuam a acreditar nas boas intenções desta gente mencionada no artigo.
E a tentativa nojenta de por intermédio dos meios de contra-informação, tentarem incriminar o povo trabalhador, mal pago, e constantemente desrespeitado. Muita dessa corja criminosa merecia a pena de morte. Afetam e destroem milhares de famílias.
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António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Out 23 2012, 14:45
Como tenho afirmado repetidas vezes, roubar deixou de ser feito ás escondias e deixou de ser uma vergonha. Tudo se sabe, tudo está escarrapachado mas ficamos por ai.
Banca tira financiamento à economia para lucrar com o Estado
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Out 23 2012, 22:18
Goansipife escreveu:
*Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs.* *Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias. *
*Domingos Ferreira Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa* Comentário:
Assustador, mas não surpreendente. Mas o que continua a surpreender-me e, mais do que isso, a preocupar-me mais são os espíritos fracos e/ou ingénuos (ainda há!) que continuam a acreditar nas boas intenções desta gente mencionada no artigo.
Pois é, infelizmente a m*&da ainda está se ver na sua verdadeira dimensão. A UE parece que está a acordar... mas isso não é senão uma ilusão, pois nem é uma realidade conveniente e por isso irão procurar lidar com o assunto com luvas. O problema é que, queiram ou não queiram o saco vai rebentar e a m*&da irá saltar. O sr. Coelho está já desorientado, já não sabe o que fazer. O sr. Cavaco continua a fazer de conta que está a lidar com idiotas (os portugueses). Acontece que, o sr. Coelho se não se demite deve ser demitido, o sr. Cavaco se o não demitir deverá também ser demitido. E o pensar que isso seria uma grande crise política, maior crise é a falta de bom senso que só faz demorar e agravar a situação, pois não há volta a dar. Só há uma solução: o mundo acordar para a realidade e tratá-la devidamente! Caso contrário, o ser humano não imagina o irá sofrer! Para se falar em revolução, agora, só para fazer rolar cabeças - o que não é de todo uma imagem agradável! Por isso, é bom que haja bom senso e se procurem soluções para os problemas, que têm obrigatoriamente que passar pela justiça!
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Out 24 2012, 14:21
Como diz o diretor Diário de Notícias, o BPN é "o maior escândalo financeiro da história de Portugal" e "é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos".
Vale a pena ler para se ter uma noção dos compadrios que a corja orienta.
João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, de Lisboa, considera que “é o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400 milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de Cabo Verde e a voracida de de uma parte da classe política portuguesa que se aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o cavaquismo na sua fase executiva”.
O diretor do DN conclui afirmando que este escândalo “é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?”
O BPN foi criado em 1993 com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e negociatas. BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando "colocações" para ex-ministros e secretários de Estado sociais-democratas. O homem forte do banco era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de Investimentos e pelo Finibanco.
O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso talento!), entrou na política em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de 400 milhões de euros. Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros Amílcar Theias e Arlindo Carvalho. Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008, quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que denunciou os crimes financeiros cometidos pelas gestões anteriores. O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar.
QUE ACONTECEU AO DINHEIRO DO PBN? Foi aplicado em bons e em maus negócios, multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens de confiança em prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários. Não seria o primeiro nem o último banco a falir, mas o governo de Sócrates decidiu intervir e o BPN passou a fazer parte da Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco e também hoje na CGD. Outtro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, que se mantém em prisão preventiva por envolvimento fraudulento com o BPN e também está acusado pela polícia brasileira do assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e uma das herdeiras do milionário Tomé Feteira. Em 2001 comprou a EMKA, uma das offshores do banco por três milhões de euros, tornando-se também accionista do BPN.
Em 31 de julho, o ministério das Finanças anunciou a venda do BPN, por 40 milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro grande accionista do BPN.
O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por 18 meses como administrador da CGD.
O Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros pelo BPN, mas o BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de qualquer craque da bola) e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550 milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram enterrados. O governo suportará também os encargos dos despedimentos de mais de metade dos actuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros).
As relações de Cavaco Silva com antigos dirigentes do BPN foram muito criticadas pelos seus oponentes durante a última campanha das eleições presidenciais. Cavaco Silva defendeu-se dizendo que apenas tinha sido primeiro-ministro de um governo de que faziam parte alguns dos envolvidos neste escândalo. Mas os responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas colaboradores políticos do presidente, tiveram também negócios com ele.
Cavaco Silva também beneficiou da especulativa e usurária burla que levou o BPN à falência.
Em 2001, ele e a filha compraram (a 1 euro por acção, preço feito por Oliveira e Costa) 255.018 acções da SLN, o grupo detentor do BPN e, em 2003, venderam as acções com um lucro de 140%, mais de 350 mil euros.
Por outro lado, Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha, Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores que afundaram o BPN. O valor patrimonial da vivenda é de apenas 199. 469,69 euros e resultou de uma permuta efectuada em 1999 com uma empresa de construção civil de Fernando Fantasia, accionista do BPN e também seu vizinho no aldeamento.
Para alguns portugueses são muitas coincidências e alguns mais divertidos consideram que Oliveira e Costa deve ser mesmo bom economista(!!!): Num ano fez as acções de Cavaco e da filha quase triplicarem de valor e, como tal, poderá ser o ministro das Finanças (!!??) certo para salvar Portugal na actual crise económica. Quem sabe, talvez Oliveira e Costa ainda venha a ser condecorado em vez de ir parar à prisão.... pelo ANDARDAR DA CARRUGEM JÁ NAO NOS ADMIRA !!!!!!
O julgamento do caso BPN já começou, mas os jornais pouco têm falado nisso. Há 15 arguidos, acusados dos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas nem sequer se sentam no banco dos réus.
Os acusados pediram dispensa de estarem presentes em tribunal e o Ministério Público DEFERIU OS PEDIDOS ( HAJA DEUS ... !!). Se tivessem roubado 900 euros, o mais certo era estarem atrás das grades, deram descaminho a nove biliões e é um problema político.
Nos EUA, Bernard Madoff, autor de uma fraude de 65 biliões de dólares, já está a cumprir 150 anos de prisão, mas os 15 responsáveis pela falência do BPN estão a ser julgados por juízes "condescendentes", vão apanhar talvez pena suspensa e ficam com o produto do roubo, já que puseram todos os bens em nome dos filhos e netos ou pertencentes a empresas sediadas em paraísos fiscais.
Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em NOME DA MULHER .... de quem entretanto se divorciou após 42 anos de casamento. Se estivéssemos nos EUA, provavelmente a senhora teria de devolver o dinheiro que o marido ganhou em operações ilegais, mas no Portugal dos brandos costumes talvez isso não aconteça.
Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400 milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil euros.
Não há dúvida que os protagonistas da fraude do BPN foram meticulosos, preveniram eventuais consequências e seguiram a regra de Brecht: “MELHOR DO QUE ROUBAR UM BANCO É FUNDAR UM"
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Out 24 2012, 17:35
Enquanto nao arruinarem muitas famílias não vão descansar.
Há um pacote de austeridade adicional se a receita falhar
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Out 24 2012, 22:38
António José da Silva escreveu:
Como diz o diretor Diário de Notícias, o BPN é "o maior escândalo financeiro da história de Portugal" e "é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos".
Vale a pena ler para se ter uma noção dos compadrios que a corja orienta.
João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, de Lisboa, considera que “é o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400 milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de Cabo Verde e a voracida de de uma parte da classe política portuguesa que se aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o cavaquismo na sua fase executiva”.
O diretor do DN conclui afirmando que este escândalo “é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?”
O BPN foi criado em 1993 com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e negociatas. BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando "colocações" para ex-ministros e secretários de Estado sociais-democratas. O homem forte do banco era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de Investimentos e pelo Finibanco.
O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso talento!), entrou na política em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de 400 milhões de euros. Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros Amílcar Theias e Arlindo Carvalho. Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008, quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que denunciou os crimes financeiros cometidos pelas gestões anteriores. O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar.
QUE ACONTECEU AO DINHEIRO DO PBN? Foi aplicado em bons e em maus negócios, multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens de confiança em prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários. Não seria o primeiro nem o último banco a falir, mas o governo de Sócrates decidiu intervir e o BPN passou a fazer parte da Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco e também hoje na CGD. Outtro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, que se mantém em prisão preventiva por envolvimento fraudulento com o BPN e também está acusado pela polícia brasileira do assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e uma das herdeiras do milionário Tomé Feteira. Em 2001 comprou a EMKA, uma das offshores do banco por três milhões de euros, tornando-se também accionista do BPN.
Em 31 de julho, o ministério das Finanças anunciou a venda do BPN, por 40 milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro grande accionista do BPN.
O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por 18 meses como administrador da CGD.
O Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros pelo BPN, mas o BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de qualquer craque da bola) e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550 milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram enterrados. O governo suportará também os encargos dos despedimentos de mais de metade dos actuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros).
As relações de Cavaco Silva com antigos dirigentes do BPN foram muito criticadas pelos seus oponentes durante a última campanha das eleições presidenciais. Cavaco Silva defendeu-se dizendo que apenas tinha sido primeiro-ministro de um governo de que faziam parte alguns dos envolvidos neste escândalo. Mas os responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas colaboradores políticos do presidente, tiveram também negócios com ele.
Cavaco Silva também beneficiou da especulativa e usurária burla que levou o BPN à falência.
Em 2001, ele e a filha compraram (a 1 euro por acção, preço feito por Oliveira e Costa) 255.018 acções da SLN, o grupo detentor do BPN e, em 2003, venderam as acções com um lucro de 140%, mais de 350 mil euros.
Por outro lado, Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha, Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores que afundaram o BPN. O valor patrimonial da vivenda é de apenas 199. 469,69 euros e resultou de uma permuta efectuada em 1999 com uma empresa de construção civil de Fernando Fantasia, accionista do BPN e também seu vizinho no aldeamento.
Para alguns portugueses são muitas coincidências e alguns mais divertidos consideram que Oliveira e Costa deve ser mesmo bom economista(!!!): Num ano fez as acções de Cavaco e da filha quase triplicarem de valor e, como tal, poderá ser o ministro das Finanças (!!??) certo para salvar Portugal na actual crise económica. Quem sabe, talvez Oliveira e Costa ainda venha a ser condecorado em vez de ir parar à prisão.... pelo ANDARDAR DA CARRUGEM JÁ NAO NOS ADMIRA !!!!!!
O julgamento do caso BPN já começou, mas os jornais pouco têm falado nisso. Há 15 arguidos, acusados dos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas nem sequer se sentam no banco dos réus.
Os acusados pediram dispensa de estarem presentes em tribunal e o Ministério Público DEFERIU OS PEDIDOS ( HAJA DEUS ... !!). Se tivessem roubado 900 euros, o mais certo era estarem atrás das grades, deram descaminho a nove biliões e é um problema político.
Nos EUA, Bernard Madoff, autor de uma fraude de 65 biliões de dólares, já está a cumprir 150 anos de prisão, mas os 15 responsáveis pela falência do BPN estão a ser julgados por juízes "condescendentes", vão apanhar talvez pena suspensa e ficam com o produto do roubo, já que puseram todos os bens em nome dos filhos e netos ou pertencentes a empresas sediadas em paraísos fiscais.
Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em NOME DA MULHER .... de quem entretanto se divorciou após 42 anos de casamento. Se estivéssemos nos EUA, provavelmente a senhora teria de devolver o dinheiro que o marido ganhou em operações ilegais, mas no Portugal dos brandos costumes talvez isso não aconteça.
Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400 milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil euros.
Não há dúvida que os protagonistas da fraude do BPN foram meticulosos, preveniram eventuais consequências e seguiram a regra de Brecht: “MELHOR DO QUE ROUBAR UM BANCO É FUNDAR UM"
Esta copiei para outro fórum, onde acrescentei algo. http://planetaterra.forumeiro.com/t21-o-principio-do-fim
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Out 25 2012, 13:21
Mesmo com tanto roubo...
http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13724892/1
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Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Out 25 2012, 19:28
António José da Silva escreveu:
Mesmo com tanto roubo...
http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13724892/1
Ontem não tive tempo para comentar a treta de um sr. da igreja. Mas ainda vou a tempo...
Como sabem, não pude deixar de comentar a infeliz intervenção do «patriarca» de Lisboa. Pelos vistos a internet mostrou ser uma ferramenta deveras importante, senão a sua importância não se notaria pelo incómodo demonstrado por outro elemento da igreja, pelos comentários que neste mundo virtual se pôde ler. Disse este sr. que houve má interpretação. Eu não sei a que comentários se referiu, mas uma coisa é certa, se muitas vezes se encontram comentários pouco dignos... também não será correcto tomar a coisa generalizando, considerando os que possam «interpretar» a «mensagem» possam ser ignorantes, não tendo portanto capacidade para fazer uma «boa interpretação». Gostaria a igreja de poder contar com uma maior massa de ignorantes... mas hoje tem que se contentar... E continuando com a ideia de ignorancia... Disse esse sr. que, «as pessoas carenciadas deveriam voltar para casa dos pais». Isto foi mais ou menos o que ele disse; um pouco à imagem do comentário de um outro sr. que disse que os portugueses deviam pensar em emigrar. Não se pensa que provavelmente os pais dessas pessoas já nem conseguem comprar os medicamentos de que precisam... e espera que essas pessoas ainda assim contribuem para a igreja... E nem importam os problemas nem o país... Será porque afinal isso seja da conta da política?! Mas então para quê comentários infelizes como esses?! Isto só revela que nem a igreja nem a política quer solucionar os problemas, mas tirar partido deles!
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Out 25 2012, 21:30
O governo parece ter aprendido com a asneira das SCUT... e tende a fazer jogo: ora tenta sacar 10, para depois poder sacar 5 ou 6... E no caso do aumento do preço do tabaco, é claramente um aumento cauteloso, para que o fumador não abandone o tabaco e venha assim a «contribuir» mais. Agora, a mexer na questão do subsídio de desemprego, começa a abusar da sorte!... Volto a lembrar da questão «segurança social». Quem faz descontos para a SC, não desconta 50 para entrando na reforma receber 50, desconta 50 para receber 250... E isto, acontece enquanto aqueles que estão no activo tem que «pagar». Estes cada vez menos e, além disso, os que ganham 20 têm que pagar para alguns usufruírem de milhares... Portanto, não tenhamos dúvidas que o sistema está comprometido! Mas além disso, não consigo compreender como é que se permite esta situação! A crise e a solução passa obrigatoriamente por esta realidade!
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Out 25 2012, 22:17
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Out 26 2012, 08:59
Magistrados vão continuar a ter transporte gratuito e sindicato pede segredo
Só boas notícias!... Infelizmente essa passou para 1 ano e vamos ver se fica por aqui.
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 01 2012, 08:36
O sr. Coelho quer mandar à fava a constituição... para assim poder impor a sua vontade. Mas ele não sabe no que se está a meter... Se é um problema relacionado com a despesa, não parece, pois apenas está interessado em proteger interesses e isso vê-se bem em situações, como as privatizações, como no caso do BPN. Vejam isto: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/financas/bpn-privatizacao-bic/1337034-1729.html
O que existe é algo cada vez mais óbvio e que irá levar o mundo a entrar numa convulsão que nem é bom imaginar! A conspiração do poder está finalmente a mostrar os resultados a nível mundial! Vejam agora no Brasil... http://www.espacosocialista.org/node/111
E finalmente por cá: http://www.esquerda.net/artigo/2012-o-ano-das-privatiza%C3%A7%C3%B5es
Ontem, na manifestação, já ficou explicito a vontade de aquecer e começar assim a perda de controlo nas manifestações - o que é já «meio passo» para a revolta. A sr. Merkel ficou a saber que não é desejada por cá... e de resto, já faltou mais para a revolta estalar.
É claro que é preciso mudar muita coisa neste país, nomeadamente «direitos adquiridos», como se vê constantemente, ora baixas médicas fraudulentas no sector público, ora faltas ao trabalho também no sector público sem qualquer justificação... mas isso não quer dizer que é preciso privatizar o país, que o estado é um empecilho para os interesses privados... Pois é precisamente a «venda do país» que está em causa e é para proteger tais interesses que vem novamente cá o FMI.
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 01 2012, 13:28
O capitão de Abril acaba de falar nas notícias precisamente «aquilo que acabo de escrever». É curioso estarmos no dia 1 de Dezembro. É que, simbolicamente ou não, o governo já decidiu que este é o último ano que festejamos o dia da República! Isto diz muito! No fundo, aquilo que se está a assistir é à venda do país. Estamos, portanto, a entrar numa nova era de feudalismo. Um feudalismo onde os senhores estão bem guardados e nem ninguém saberá ao certo quem são, a não ser a imagem que servirá para alimentar o imaginário. Mas já existe essa realidade, ainda que não reconhecida. Os grandes grupos económicos já dão cartas. Um muda-se para onde pode pagar menos impostos e nem paga aquilo que deve, outro, precisamente o Sonae, já há muito que está acima da lei... utilizando esta à sua mercê. Resta saber se o povo está disposto a aceitar aquilo que se lhes querem impor. Relembro que, para falar em responsabilidade em termos de cidadania não passa por entregar o poder a uma representação; a responsabilidade passa pela participação!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 01 2012, 14:03
Stereo escreveu:
O capitão de Abril acaba de falar nas notícias precisamente «aquilo que acabo de escrever». É curioso estarmos no dia 1 de Dezembro. É que, simbolicamente ou não, o governo já decidiu que este é o último ano que festejamos o dia da República! Isto diz muito! No fundo, aquilo que se está a assistir é à venda do país. Estamos, portanto, a entrar numa nova era de feudalismo. Um feudalismo onde os senhores estão bem guardados e nem ninguém saberá ao certo quem são, a não ser a imagem que servirá para alimentar o imaginário. Mas já existe essa realidade, ainda que não reconhecida. Os grandes grupos económicos já dão cartas. Um muda-se para onde pode pagar menos impostos e nem paga aquilo que deve, outro, precisamente o Sonae, já há muito que está acima da lei... utilizando esta à sua mercê. Resta saber se o povo está disposto a aceitar aquilo que se lhes querem impor. Relembro que, para falar em responsabilidade em termos de cidadania não passa por entregar o poder a uma representação; a responsabilidade passa pela participação!
O grande problema é que aquilo que denominamos de "povo" são muitos indivíduos dispersos. As revoluções ou mesmo só falando de manifestações, tem que ser organizados por entidades. As revoluções fazem-se normalmente com a ajuda dos militares ou de guerrilhas organizadas (fora de questão no nosso cenário).
O povo é uma palavra globalizadora mas não passam de um aglomerado de indivíduos dispersos. Mas pode ser que com o chegar de tempos de maior aflição a coisa mude.
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Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 01 2012, 21:28
António José da Silva escreveu:
O grande problema é que aquilo que denominamos de "povo" são muitos indivíduos dispersos. As revoluções ou mesmo só falando de manifestações, tem que ser organizados por entidades. As revoluções fazem-se normalmente com a ajuda dos militares ou de guerrilhas organizadas (fora de questão no nosso cenário).
O povo é uma palavra globalizadora mas não passam de um aglomerado de indivíduos dispersos. Mas pode ser que com o chegar de tempos de maior aflição a coisa mude.
Vou lembrar algo que, penso já ter falado por aqui: ignorância ou estupidez, eis a questão.
Uma criança é inocente, já um adulto... Não basta a crença para justificar seja o que for. O ser humano tem o dever de procurar contribuir para o bem comum e isso não passa pela crença. Pelo contrário, quando necessário, deve abrir espaço à dúvida, para poder seguir em frente. Venho assim, lembrar o que há pouco se passou e hoje voltou a entrar em cena. O sr. patriarca de Lisboa veio hoje reafirmar a sua convicção de que o povo não se devia manifestar. Assim, se o povo eleger um novo Hitler, será o desígnio de Deus... O povo deve comportar-se como cordeiros, indo simplesmente para onde lhes disserem para ir. Em vez deste sr. se meter na política deveria antes ter um pouco mais de respeito pelo cidadão e estar caladinho, ou no mínimo evitar dizer disparates! Curiosamente, para votar, o povo deveria ter consciência daquilo que está a fazer, mas também não se pode dizer que assim seja, pois nem os políticos sabem o que andam a fazer e apenas têm que se preocupar num aproveitamento relativo ao que as ideologias o permitirem. Então, onde está a responsabilidade?!
Eu quando falo na participação do cidadão não é apenas na manifestação, mas para questionar e propor ideias, em vez de entregar o poder... Por isso, se alguém disser algum disparate, o seu dever é saber aceitar a crítica e aproveitar para aprender um pouco mais. Esta é a forma como se deve organizar uma sociedade; é a verdadeira democracia, que precisa ser implantada. Sim: a verdadeira democracia; a verdadeira república, onde o cidadão dá o seu contributo, se o tiver para dar, em vez de se tratar interesses que nada têm que ver com o interesse comum.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 01 2012, 21:33
Garanto-te que a tua "explicação" nada tem a haver com o meu texto por ti citado.
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António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 02 2012, 09:11
Investigadores apelidam austeridade na Europa de "pacto de suicídio"
A forma como a Comissão Europeia e a zona euro estão a combater a crise da dívida é apelidada por investigadores do ´National Institute of Economic and Social Research´ britânico de «pacto de suicídio».
A posição dos especialistas baseia-se na primeira simulação dos efeitos no PIB e no aumento dos rácios de dívida pública.
A investigadora Dawn Holland e o diretor do National Institute of Economic and Social Research, Jonathan Portes, publicaram um artigo no blogue europeu VOX no qual criticam o rumo da austeridade.
Para os peritos, a estratégia parece-se «mais com um pacto de suicídio», do que com uma solução de «coordenação ótima [em termos dos modelos económicos]», citados pelo Expresso.
Até ao final de 2013 o impacto dos programas de consolidação de 2011 a 2013 terá um efeito negativo acumulado de 4 por cento no produto interno bruto da zona euro.
Os especialistas defendem que a sincronia de políticas de austeridade nos países da zona euro é «autopunitiva», uma vez que terá efeitos graves no PIB da zona euro e noutros países da União Europeia.
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Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 02 2012, 19:15
António José da Silva escreveu:
Investigadores apelidam austeridade na Europa de "pacto de suicídio"
A forma como a Comissão Europeia e a zona euro estão a combater a crise da dívida é apelidada por investigadores do ´National Institute of Economic and Social Research´ britânico de «pacto de suicídio».
A posição dos especialistas baseia-se na primeira simulação dos efeitos no PIB e no aumento dos rácios de dívida pública.
A investigadora Dawn Holland e o diretor do National Institute of Economic and Social Research, Jonathan Portes, publicaram um artigo no blogue europeu VOX no qual criticam o rumo da austeridade.
Para os peritos, a estratégia parece-se «mais com um pacto de suicídio», do que com uma solução de «coordenação ótima [em termos dos modelos económicos]», citados pelo Expresso.
Até ao final de 2013 o impacto dos programas de consolidação de 2011 a 2013 terá um efeito negativo acumulado de 4 por cento no produto interno bruto da zona euro.
Os especialistas defendem que a sincronia de políticas de austeridade nos países da zona euro é «autopunitiva», uma vez que terá efeitos graves no PIB da zona euro e noutros países da União Europeia.
Isto faz-me lembrar o comentário anterior e a observação que eu fiz diante da minha mãe hoje. Depois de passar os olhos por alguns livros, nomeadamente de Medina Carreira... e, de imediato me lembrei que, como tenho dito, nada disto vale coisa alguma. Primeiro, a escola é a mesma... a discurso tem a mesma orientação e o resultado é obrigatoriamente o mesmo, ou seja, dá em nada... O problema, volto a frisar, é a forma de orientação, a cultura, em que não há espaço para a ética nem para uma verdadeira cidadania, pois o único espaço que há é para o indivíduo e a idiotice... para a crença e para a ignorância; tudo o que vai além do umbigo é já alcance demais. Ainda há dias me pediram «10 segundos» para me pedirem dinheiro para as criancinhas... ao que eu respondi que não acreditava naquelas coisas... Tentava a moça justificar a situação; ao que eu respondi que estas organizações não estão interessadas em resolver os problemas, pois dependem deles e que, se realmente quisessem resolver os problemas dirigir-se-iam à segurança social. Mas lá está, isto não serve interesses... Por isso, podem escrever livros, podem escrever o que quiserem nos jornais... que o resultado é o esperado de sempre, porque o que está em causa são interesses. Aliás, a televisão pública, por exemplo, não percebo porque chamam serviço público a algo completamente desviado deste princípio, seja porque são logo duas em vez de uma, seja porque estão a fazer concorrência desleal... ou porque, por exemplo, aquilo a que chamam informação, que é a base (neste caso) daquilo a que se pode chamar serviço público, é precisamente o oposto, ou seja, desinformação. E isto explica-se simplesmente porque toda esta realidade existe porque serve interesses. Fica só uma pergunta: porque é que não se vê um programa a informar de facto, onde se questiona tudo, inclusive o que é ou deve ser o serviço público, em vez de virem com as tretas do «provedor»?... Aliás, digo mais: tal como já alguns concordam comigo (infelizmente), este país já não vai lá a bem e desta vez não será uma revolução de cravos.
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 02 2012, 22:45
Voltando ao sr. patriarca de Lisboa... Lembro que a igreja tentou corromper aqueles que por lá davam lições de humildade e serviço, nomeadamente Stº António e São Francisco... e isto precisamente porque afinal esse exemplo é incómodo para aqueles que procuram o poder. E na igreja existem esses que representam não só a igreja, mas que de algum modo pretendem representar o poder... É o caso deste sr. e muitos outros. Pois é o poder que está em causa. É nesse sentido que se o povo estivesse atento a coisa seria bem diferente. Ainda hoje nas notícias podemos assistir a uma reportagem que mostrava mais matéria da máfia do offshor da Madeira, que faz desta um verdadeiro paraíso fiscal. http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=38172 Todos já sabem que os políticos são de facto verdadeiros criminosos e se não se investiga nada nem se opura responsabilidades não é por acaso. Mas o povo sabe disso; já não há como esconder mais a verdade e está a chegar a hora do ajuste de contas. Ainda hoje se manifestaram os juízes defendendo os seus interesses, uma vez mais separando-se da sua condição de cidadãos. Por isso, também não podemos contar com estes, pois para que isso fosse possível muito teria que mudar, nomeadamente vermos estas pessoas vigiadas e vermos também aqui responsabilidades apuradas. Portanto, a coisa fia realmente fino e a perspectiva não podia ser mais negra. É que, se o povo espera que apareça alguém que realmente seja pessoa de bem e possa tomar o poder e tomar conta dos interesses do povo, é como esperar que caia um santo do altar... um milagre. Enfim, é bom que antes demais o povo abra os olhos e não se deixe enganar. Então sim, se alguém se oferecer para algum compromisso, saberá o que esperar. E é isto que é preciso: separar as águas, não confundir o interesse do indivíduo com o exercício de cidadania.
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 03 2012, 00:27
Ó stereo, deixa lá o Patriarca. Ouve música, mesmo celestial! Sai mais barato que tomar Prozac ou Xanax e dá mais gozo.
_________________
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 03 2012, 17:19
Ferpina escreveu:
Ó stereo, deixa lá o Patriarca. Ouve música, mesmo celestial! Sai mais barato que tomar Prozac ou Xanax e dá mais gozo.
Ele não me chateia, deixa é uma situação negativa para com o cidadão incauto, ou desprovido de capacidade de raciocino para perceber que está a ser levado. O mesmo acontece no poder em geral. É precisamente por falta dessa capacidade que o cidadão é levado a viver na mentira, entregando o poder ao espertalhão mafioso. Sim, porque é mesmo uma espécie de máfia que está em causa, uma espécie que é tida como legal.
E voltando ao caso vos magistrados. Tal como se viu ainda há pouco uma manifestação de polícias a reclamar dinheiro que supostamente tinham ganho, assim se vê agora os magistrados a querem segurar algo como que de direito. O caso dos polícias, era sobre dinheiro que recebiam por serviço que está a ser prestado a entidades privadas e não ao cidadão e deveria ser considerado ilegal. Proteger interesses dos senhores de dinheiro, não tem nada que ver com proteger os cidadãos. O mesmo se vê com os magistrados, que se «limitam a aplicar a lei», como se estivessem assim a ser «bons cidadãos». Acontece que esse dinheiro extra no caso dos polícias serve para estes fecharem os olhos à situação e fazerem o serviço como se fosse ético. O mesmo com os magistrados, que querem ser bem pagos para se sentirem compensados pelo fechar de olhos à ética. Neste caso é mais gritante, pois trata-se daqueles que pretendem ser representantes da lei e que em vez de se colocarem na pele que deveria ser a deles, a de cidadãos, querem viver numa espécie de estratosfera, como que acima da lei. Ele assim, não estará a extorquir dinheiro, mas a cingir-se à lei. Acontece que aquilo que deveria ser a referência, confirmando assim a questão cidadania, é o ordenado mínimo e o bom senso diz que tudo o que ultrapasse três vezes este valor é como estar num outro mundo, onde a riqueza tem que aparecer de qualquer maneira - o que põe tudo o que se possa defender em causa.
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 03 2012, 21:52
Stereo escreveu:
Ferpina escreveu:
Ó stereo, deixa lá o Patriarca. Ouve música, mesmo celestial! Sai mais barato que tomar Prozac ou Xanax e dá mais gozo.
Ele não me chateia, deixa é uma situação negativa para com o cidadão incauto, ou desprovido de capacidade de raciocino para perceber que está a ser levado.
Num digaje mal daje uvêlhaje due Chinhore Pachtore que fica male...crujes crédue.
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 03 2012, 21:54
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom Nov 04 2012, 03:00
ricardo onga-ku escreveu:
Nós não temos dinheiro, e na Madeira também está fora de questão porque caia no enorme buraco sem fundo.
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Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Nov 05 2012, 21:19
Não é o fim do mundo que vivemos e o pior é que, no fundo, nem é nenhuma novidade, pois o ser humano tende a negligenciar... Tanto é assim que, tanto se vê meter pinos nos passeios para evitar que estacionem os automóveis nos passeios, como numa escada rolante, neste caso para evitar que as pessoas metam lá carrinhos de compras e mesmo de bebé, estando-se nas tintas para os outros, mesmo para os bebés. Lembro agora algo que, à partida, parece ser uma mais valia na nossa cultura - o desenrasque. Na verdade, o que isto acaba por se traduzir é antes na negligência, pois o problema é que o ser humano tende a facilitar. É também por isso que se vê muito a cultura da resignação. E ouvindo que cada português deve hoje cerca de 20 mil euros, não se pensa sobre o assunto e acaba-se por aceitar simplesmente tudo. Não se pensa que nem ninguém pediu o dinheiro nem autorizou o político a que o pedisse emprestado e, além disso, esse dinheiro não foi utilizado para o bem de todos, foi antes uma oportunidade criada para sustentar interesses e assim foi ROUBADO! Eu dever?! Antes pelo contrário, devem-me é a mim e várias vezes os 20 mil euros!
Como vêm não é o fim do mundo, mas é uma carga de trabalhos! E quanto mais o povo se desvia da realidade e aceita aquilo que lhes impingem pior será para ele!
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Nov 07 2012, 12:43
Bagão Felix esta manhã na Antena 1, a propósito da Refundação do Estado, terminou com a seguinte tirada:
"O verdadeiro imposto é a má despesa"
Isto depois de ter comentado a incoerência do líder do PS, que quer consolidar as contas públicas mas não quer cortar na despesa...talvez queira aumentar os impostos.
R
Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Nov 07 2012, 12:57
Stereo escreveu:
... Tanto é assim que, tanto se vê meter pinos nos passeios para evitar que estacionem os automóveis nos passeios, como numa escada rolante, neste caso para evitar que as pessoas metam lá carrinhos de compras e mesmo de bebé, estando-se nas tintas para os outros, mesmo para os bebés ...
Se a generalidade do Ser Humano fosse correcta e integra, nada disto era necessário ... mas como a generalidade do Ser Humano, é egoísta, e só olha para o seu umbigo, passa a pagar o justo pelo pecador
PS : as escadas rolantes, são para pessoas, não são para carrinhos de compras, aliás, até é muito perigoso (está lá o sinal de aviso/proibição) ... mas como o tuga (neste caso), gosta muito de desobedecer (ser não correcto, e desenrascar-se não tendo o trabalho de ter de andar mais um pouco até ao elevador), houve necessidade de "forçar" essa proibição ... se não existem alternativas (elevadores, rampas), pois está mal, deviam e é obrigatório, existirem, mas como estamos em Portugal, nunca se sabe
Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Nov 07 2012, 21:58
O sr. Mário soares, apesar de não se encontrar no activo, continua atento. Pena é ainda não ter um pouco mais de coragem, pois dizer que o sr. Cavaco devia demitir o governo é pouco.
O sr. Cavaco, por sua vez, veio hoje chamar ignorantes aos portugueses, pois diz que «não se deixa levar por comentários de qualquer pessoa e que quer ouvir...» e não há porque tomar decisões dependendo de uma qualquer ponderação... Bom, já ouviu de tudo, desde constitucionalistas, juristas, economistas, empresários... e todo o tipo de manifestações. O que será que lhe basta?! Isto só revela o que já afirmei: ele é simplesmente um bandido que a lei não reconhece como tal e deve ser exigida a sua saída! O povo não o elegeu para isto! Ele está a gozar com a inteligência do cidadão!
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 08 2012, 10:34
Habitação social: Dividas de pagamentos ultrapassavam os 48 milhões de euros no final de 2011
Lisboa, 17 jul (Lusa) - As dívidas do pagamento das rendas em bairros sociais no país chegam a 48.122.965 euros, segundo dados hoje revelados e que reportam ao final do ano passado.
No seminário sobre a revisão do regime de renda apoiada, a decorrer em Lisboa, foram apresentados os resultados de um inquérito feito pelo Observatório da Habitação e da Reabilitação Urbana (OHRU).
Ao longo do ano de 2011, o valor de rendas em atraso era de 14.174.568 euros, com cada fogo a ter mais de uma renda em dívida anual e no total quase seis meses, um valor que sobe no caso dos fogos detidos pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
fonte: http://expresso.sapo.pt/
Vivemos num país de "caloteiros"...
Estado Social mas é o "caraças", este país é uma verdadeira Santa Casa... Vou ali pedir um empréstimo para o pequeno jacto com que sempre sonhei; o "Estado" há de pagar (se não for agora será certamente quando o Governo se voltar a vestir de rosa).
R
Ulrich Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 08 2012, 13:11
O mais triste é que são rendas da ordem dos 20 a 40 euros ,
ou seja habitação de borla, quando muita gente honrada se mata a trabalhar para receber um ordenado de miséria e poupar os todos os tostões para fazer face aos compromissos.
Até os USA já são um país Socialista...
Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 08 2012, 20:49
É por isso que não vamos a lado algum. Pensar que as coisas ou são assim ou são assado, é o mesmo que nada; e, pensar um mundo «cinzento», onde este apenas serve os interesses de quem o pensa, é igualmente decadente. É por isso que o ser humano anda de mundo austero a mundo de liberdade e direito... e nunca sabe exactamente o que se passa. Relembro que o povo elegeu e deu poder ao sr. Hitler! É claro que existem muitos casos de abuso... e um deles é precisamente aquele que a cultura cigana proporciona. Ora, o que é preciso é coragem para tratar o problema e não para defender «impressões» ou ideologias.
É por isso que este sistema não serve. Assim jamais o ser humano alcança a legitimidade. O que é preciso é preciso abandonar este sistema político; ou seja, romper com tudo o que a cultura nos tem proporcionado em termos políticos, pois este é votado ao poder, pelo que não serve senão estes mesmos interesses. Não sabem como funcionar de outra forma? garanto-lhes que sei bem como fazê-lo e não é para impôr nada; pelo contrário, é o esclarecer, o dar ferramentas para olhar os problemas e dar a resposta certa aos mesmos.
Entretanto, aconselho a todos a dizer não a toda esta trapalhada que nos querem vender. A todos os políticos, digam bardamerkula!
Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 09 2012, 07:48
Ontem, como estreou o filme português sobre Aristides Sousa Mendes, era para falar dele e esqueci-me. Mas aqui vai. Como alguém por aqui diz... «o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons». Não quero de modo algum tomar estas palavras como minhas, pois elas revestem-se de uma visão moralista. Mas, ainda assim, não posso deixar de as tomar como mote, para ilustrar que, o ser humano tende a acomodar-se e não assumir o compromisso que é seu e intransmissível de se preocupar e tomar a postura correcta. Este foi um bom exemplo disso...Dentro dos limites de conhecimento desta questão, na altura, ninguém foi capaz de se juntar e ou ajudar este homem. O mundo liberalista, no caso, no ceio do poder, sabiam certamente o acontecido e nada fizeram. E este homem teve a infeliz situação nas mãos que, sendo pessoa recta, não pode virar as costas, pelo que foi como um drama, que lhe bateu à porta, só que desta vez, foi como a sentença de morte, que não podia evitar.
Com a crise que está a entrar neste mundo e que já cá está bem instalada, espero não ter que assistir a nada do género!
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: O Estado que queremos e que podemos (ter) Sex Nov 09 2012, 09:18
O Estado que queremos e que podemos (ter) Helena Garrido, 24 Outubro 2012
"Existe aparentemente um enorme desvio entre o que os portugueses acham que devem ter como funções do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar". A declaração é do ministro das Finanças na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, dia 24 de Outubro de 2012, a propósito da proposta de Orçamento para 2013. Eis o debate que o país devia ter.
Temos neste momento um violento choque com a realidade. Escolher não é fácil, mas as alternativas são claras, pelo menos no momento actual. Ou temos o Estado com as suas actuais funções e pagamos os impostos que são necessários para o manter (e não chega aquilo que está previsto no Orçamento). Ou queremos menos impostos e temos de aceitar um Estado mais pequeno e com menos funções. A escolha é nossa, ou deveria ser. Não vamos poder ter é as duas coisas: o mesmo Estado e os mesmos impostos, baixos.
continua em http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=586221
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 09 2012, 09:21
Vítor Bento defende necessidade de "refundar o regime e rever a Constituição"
Vítor Bento advogou esta perspectiva depois de apelar para que não sejam feitas leituras conotadas das suas palavras (com as quais gosta de "brincar" e "está na moda") e no âmbito da estratégia que, no plano político, em seu entender, Portugal deve adoptar.
"A nível político, precisamos de um pacto político-social", o que "implica refundar o regime e rever a Constituição, de forma a conciliá-la com as necessidades" de satisfazer "aspirações sociais, dentro do regime monetário do euro e com o regime político da democracia", afirmou.
O presidente do Conselho de Administração da sociedade gestora da rede Multibanco portuguesa (SIBS) não está, no entanto, "muito optimista" sobre esta possibilidade "porque, de facto, a algazarra em toda a discussão" e "tendo lugar, sobretudo, na praça pública, não augura nada de bem neste sentido".
De todo o modo, Vítor Bento -- que se afirma um "pessimista aberto à esperança" -- acredita que será possível "dar a volta à situação" e que "o bom senso" prevalecerá, mas, adverte, "este é um desafio que diz respeito a todos nós, todos estamos envolvidos" nele.
continua em http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=589257
Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 09 2012, 21:33
Não faltam por aí comentários a defender isto e aquilo, mas nenhum consegue mostrar a realidade. Talvez porque esta não lhes convêm?!... Quando se fala do estado... e daquilo que deveria ser... estar-se-á a contabilizar a fuga ao fisco, toda a roubalheira, os offshores, os paraísos fiscais... os vencimentos e reformas milionários e todo o tipo de luxos que se sustenta e que nada tem que ver com o bom funcionamento do estado?... Enfim, a lista seria enorme. Se isso está contabilizado, então está bem: o estado tem que mudar! Se ao contrário, só se está a falar do cada vez menor contributo em termos de impostos, graças a toda a espécie de malandragem, seja políticos ou o que for, então as contas estão muito mal feitas. E não esquecer que o iva foi já metido para sustentar a roubalheira, que entretanto foi aumentando!
O que é preciso é levar todos os responsáveis à pedra e exigir contas! E então sim, podemos e devemos falar em revisão constitucional. Mas aqui, não admito não ser ouvido e que respondam às minhas questões, pois eu estarei atento e falarei pelo cidadão e não por nenhum interesse! Querem falar de tretas, pois bem, continuem. Mas depois não venham com desculpas. Lembro o sr. Isaltino Morais, que continua de recurso em recurso e não mete o pé na prisão, enquanto que o comum do cidadão está à mercê de toda a M E R D A! É a isto que chamam cidadania?! É neste sentido que se continua a discutir o sexo dos anjos, querendo revisões «e tal»... e como se estivesse a fazer algum coisa de jeito!
Estejam atentos, pois até os militares já avisaram estarmos nos limites... e isto nada tem que ver com a constituição, ou seja, com a revisão, mas com a afronta!...
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 10 2012, 00:43
A amizade já vem de longe.
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Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 10 2012, 09:48
António José da Silva escreveu:
A amizade já vem de longe.
Ora aí está: a preocupação de quem agora quer mexer na constituição, não é senão a de poder prosseguir com a ideologia que defende os interesses da austeridade e que é no sentido de proteger interesses. Aliás, este não é diferente dos outros, quando em vez de fazer substituições através de concurso público, o fazem metendo lá os seus amigos. Por isso, o interesse desta gente não é resolver os problemas, como o responsabilizar o trabalhador... mas aproveitar as oportunidades que servem os seus interesses. E não interessa qual o político, pois a sua orientação é sempre a mesma. Para «variar», no bloco de esquerda, temos a saída do seu chefe que, nem se vê eleição nem se percebe que raio de coisa é essa de dizerem que querem a sua chefia agora posta não num indivíduo, mas num par deles, ou antes, penso eu, um par de facto, ou casal... Isto será para reafirmar a sua postura relativamente à defesa da igualdade ora dos sexos ora da sexualidade... Acontece que a realidade não é como uma imagem que passa na tv, para vender ao povinho! Por isso, peço que o pessoal tente fazer um exercício mais rigoroso, para não se deixar levar por aparências. Por isso continuo-o a insistir a que tentem perceber que o problema está no sistema e sendo este representativo está errado; sendo que o que chamam democracia, é representativa, é simplesmente uma mentira! Não que seja de fácil compreensão, mas precisamente, porque o erro é fácil e seguir qualquer ideia é mesmo demasiado fácil. Por isso, e simbolicamente, devemos aproveitar a vinda da sra. Merkel para mandar os políticos à merkula, ou se preferirem, à merkel. Sim: esta senhora representa mesmo a m e r d a, na política, pois está a servir simplesmente interesses, ainda que com a desculpa ideológica... Faz-me lembrar outras mulheres... e homens!...
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 10 2012, 12:41
Penalista "estranha" decisão de validar conversa entre Ricciardi e Passos
O penalista Costa Andrade estranha a decisão do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que decidiu validar a escuta da conversa telefónica entre José Maria Ricciardi e o primeiro-ministro Passos Coelho, segundo avança o “Expresso”.
Para o penalista Costa Andrade, a validação da escuta por parte de Noronha do Nascimento contraria os princípios que levaram no passado o presidente do Supremo a ordenar a destruição das escutas a José Sócrates.
ler/ouvir mais - http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=84685
Na entrevista à RR ouvi-o ainda dizer que considerava os "casos" que envolviam o Zé Socas de muito maior gravidade. Se olharmos pela positiva isso poderá significar que o actual presidente do Supremo Tribunal de Justiça é um homem independente...
R
Última edição por ricardo onga-ku em Sáb Nov 10 2012, 12:45, editado 1 vez(es)
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 10 2012, 12:44
ricardo onga-ku escreveu:
Se olharmos pela positiva isso poderá significar que o actual presidente do Supremo Tribunal de Justiça é um homem independente...
R
Sim, de maneira estranha.
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Nov 10 2012, 19:18
António José da Silva escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
Se olharmos pela positiva isso poderá significar que o actual presidente do Supremo Tribunal de Justiça é um homem independente...
R
Sim, de maneira estranha.
Estranha é dizer pouco: é curiosamente estranha!... Mas eu já não estranho nada neste mundo. E por aqui, é uma alegria, ver estas alminhas danadas, a fazer traquinices!
Stereo Membro AAP
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Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom Nov 11 2012, 21:08
A sra. Merkel quer aproveitar a crise. Para ela esta é deveras uma oportunidade, mas a sua inteligência não lhe permite ver os limites do razoável. E por isso está a caminhar em terreno perigoso: a estupidez que ela cultiva só nos levará ao mesmo que no passado - o proteccionismo... Esta por um lado e a China por outro, levam o mundo ao abismo. E isto, infelizmente graças à inteligência saloia desta gente, não será nada bom para ninguém, ou seja, enganam-se se pensam que vão ganhar alguma coisa. O «chupa-chupa» vai sair-lhes demasiado caro. À China aconselho-os a repensar a lógica, a ideologia e a política, pois a história já tem demasiadas lições para se aprender, por exemplo, que os imperialismos não são saudáveis nem duram muito... À Alemanha, nem vale a pena dizer mais nada. Se não querem aprender, o problema é deles. Pelo menos seria de bom-senso pensar em pagar a sua dívida histórica e se não querem ficar na Europa, saírem. Já a Europa, o melhor é repensar o projecto, pois é evidente que este está no lixo.
Já agora, gostava que neste país se acabasse com a absurda situação que vivemos, em que os chineses estão a vender, ora produtos chineses, ora portugueses, e sem pagar impostos! Será que ainda faz sentido falar em alguma coisa neste país? É que só vejo idiotices!