Genesis....com Peter Gabriel

A história dos Génesis. (tadrução [livre] de uma reportagem na revista AAA)


Parte 1


Quem assistiu ao Concerto dos Genesis na localidade francesa de St. Etienne no dia 27 de Maio de 1975, não imaginaria que se tratava da ultima actuação da banda com o seu carismático cantor Peter Gabriel.
Já durante a alargada tournée mundial, o cantor tinha informado a banda que pretendia abandonar a mesma, causando consternação, pois nessa altura ninguém saberia prever se a banda continuaria a existir sem ele.
Peter Gabriel completou este ano, 60 primaveras, pelo que esta data é uma bom pretexto para trazer à luz do dia as origens e desenvolvimento da banda. A História começa em Setembro de 1963 com a entrada de Tony Banks e Peter Gabriel na escola "The Charterhouse-Schcoll" em Londres.

Charterhouse-Schcoll promovia desportos de equipa como o Kricket e o Rugby. Tenis e Golf eram considerados desportos individualistas. No que toca à parte musical, predominava a musica de igreja e a musica clássica. Mas um rádio e um piano, eram como uma porta aberta à musica "moderna, subversiva, individualista e perigosa", tal como a musica Rock era considerada na altura. Peter Gabriel como o Tony Banks, usavam todo o tempo disponível para estarem ao piano, e contrariamente a Peter, Tony não tinha interrompido as lições de piano desde criança, e portanto, era ele que com mais frequência se sentava ao piano e Peter tinha a tarefa de cantar as canções mais em voga na altura. (Beatles, Stones; Blues e Soul) Peter Gabriel lembra-se; "O ambiente era tão repressivo, que a musica de Motown, Otis Redding, e Stax nos pareciam duplamente libertadoras. Foram estes factores que nos levaram a pensar numa carreira musical"
A musica em geral, e o Rock em particular, eram como um veiculo para sair da "cinzenta" e opressiva realidade reinante no internato de Charterhouse. As novidades apareciam na rádio e nas lojas de discos. Obviamente que no inicio imitavam as canções dos outros, mas lentamente começaram a escrever os seus próprios temas.
Já Peter e Banks se encontravam no internato há um anos, quando ingressam Anthony Phillips e Michael Rutherford. Anthony Phillips já tinha completado uma formação como guitarrista e Mike Rutherford tocava guitarra rítmica numa nova banda de beat chamada Anon e tornou-se o seu cantor. Tocavam sobretudo Stones devido ao carácter rebelde das letras. Entretanto, também Peter e Banks tinham formado a sua própria banda, os "The Garden Wall" onde faltava um baixista e um guitarrista.
No ano de 1966 e contra a vontade da direcção da escola, conseguiram realizar o primeiro concerto Rock com as duas formações escolares, por ocasião da festa de fim de ano, e o baixista River Job e Anthony Phillips dos Anon, ajudaram no Gig dos The Garden Wall. O pequeno concerto é considerado de primeiro ajuntamento dos Génesis.
Depois desse memorável dia, e passado pouco tempo, os Anon dissolveram-se, mas Mike Rutherford e Anthony Phillips continuaram a limar nos seus textos e musicas. Anthony propôs a Rutherford, convidar os dois "mais velhos" dos The Garden Wall, mas de inicio, Rutherford opôs-se dizendo que eram muito para o lado do Jazz e demasiado bem comportados para serem verdadeiros Rock'n'Rollers.
Mas por falta de alternativas na altura, lá se encontraram por ocasião das férias da Páscoa.
E foi nessa mesma Páscoa de 1967 que pela primeira vez Tony Banks, Anthony Phillips, Mike Rutherford e Peter Gabriel se juntaram para ir aos primitivos estúdios da de um tal Brian Roberts, para gravar. Mas não faltava só dinheiro e equipamento que teve que ser emprestado, como também faltavam boas canções. Anthony relembra que "She's Beautiful" era a única canção de jeito e que o resto era indiscutivelmente mau. Mas lá conseguiram reunir seis canções numa Demotape, pela qual ninguém se interessou.

Muito Bom !!
Venha a segunda parte...

Milton escreveu:

Muito Bom !!
Venha a segunda parte...

O resto é por pm, e já sabem....(paypal, Credid Card accepted) )__((: Ando a aprender com o Mário.

António José da Silva escreveu:

Milton escreveu:

Muito Bom !!
Venha a segunda parte...

O resto é por pm, e já sabem....(paypal, Credid Card accepted) )__((: Ando a aprender com o Mário.

Ái querias cassetes de metal ?...ferro tambem é metal...

Sr. Admnistrador,
queira fazer o favor, de satisfazer o pedido do Milton, há que dizê-lo, tambem admnistrador, de passar rápidamente a 2ª parte, pois, acho que ele tem muito mau feitio e as ameaças já começaram.
Como temo pela vida de ambos,por favor, venha o resto da história (toda).
Agradecendo desde já a sua compreensão, pelo meu pedido,
Atentamente,
Um servidor. :m-m:

Por penitência , ao meu pedido feito , vou ouvir de seguida os lp´s:
Trespass ( com a faixa " The Knife " em especial) este lp ainda tinha na bat. john mayhew.
Nursery Crime ( " Musical Box " 2 vezes ).

Luis Filipe Goios escreveu:

Sr. Admnistrador,
queira fazer o favor, de satisfazer o pedido do Milton, há que dizê-lo, tambem admnistrador, de passar rápidamente a 2ª parte, pois, acho que ele tem muito mau feitio e as ameaças já começaram.
Como temo pela vida de ambos,por favor, venha o resto da história (toda).
Agradecendo desde já a sua compreensão, pelo meu pedido,
Atentamente,
Um servidor. :m-m:

Mas não te esqueças que é "um velho" com mau feitio corre muito pouco.

A "parte dois" está-se a vestir.....

Então, se ainda fosse despir, tudo bem, devagarinho....
Agora, vestir, vamos lá embora que está frio.

Isso é para hoje, ou para amanhã ??
vá lá a ver, que eu tenho mais que fazer...nomeadamente ouvir uma certa cassete do Masekela...

Milton escreveu:

Isso é para hoje, ou para amanhã ??
vá lá a ver, que eu tenho mais que fazer...nomeadamente ouvir uma certa cassete do Masekela...

Calma que os donativos estão a entrar a bom ritmo. Se coloco já a parte dois, os donativos abrandam.

Parte 2


Charterhouse tinha tido num passado recente três alunos que se viriam a salientar no mundo da musica. O compositor Ralph Vaughan Williams, o guitarrista Baden Powell e o produtor de musica pop Jonathan King. Este ultimo, já tinha produzido alguns sucessos como por exemplo a canção "It's Good News Week" no ano de 1965. Quando compareceu numa festa de ex-alunos na escola de Charterhouse, os nosso futuros Genesis aproveitaram para lhe por uma cassete de demo nas mãos. King ouviu a cassete no seu carro aquando do regresso a casa e apesar da má gravação, reconheceu o potencial dos rapazes. Decidiu convida-los a ir a Londres e usarem durante uma hora os famosos estúdios Regent. Aproveitaram essa hora para gravar quatro demos.
Por essa altura, a famosa editora DECCA tinha aberto uma nova marca paralela com o nome de Dream que iria servir para albergar novas bandas na área do psicadélico, West-Coast e Folk-Rock. Bandas como as de David Bowie, The Moody Blues, Tintern Abbey, The Accent e os The Syn, já se encontravam contractualmente ligadas a nova editora Dream. Os demos agradaram aos responsáveis da DECCA e propuseram-lhes um contracto de um ano. O próprio King tinha já assinado um contracto de 10 anos com a banda pela sua distribuidora Jonjo, mas felizmente para eles, esse contrato veio a ser dado como inválido visto que na altura das assinaturas os cinco ainda serem menores de idade.
Quatro semanas depois, já estavam a gravar o seu primeiro single. O produtor King decidiu dar-lhe o nome de "Where The Sour Turns To Sweet". Os nervos e a inexperiência da banda tornaram a sessão de gravação num desastre e o single nunca veio a ser publicado. Mas a banda não desistia. Compunha novas canções e ia enviando os demos a King. Uma das composições contidas nessas demos era a canção "The Mystery Of The Flannan Isle Lighthouse" que já denotava a direcção musical que os Genesis queriam seguir. Mas King não se mostrou muito impressionado. Ele queria canções simples com melodias simples em vez de canções longas complexas em que os longos solos de órgão e guitarra eram predominantes. Mas como King era a única pessoa com que falavam e conhecedor dos meandros do show-bis, a banda decidiu seguir os seus conselhos e gravaram a canção "The Silent Sun" que mais parecia uma qualquer canção dos Bee Gees. Em Dezembro de 1967, voltaram a se encontrar nos estúdios da Regent debaixo da orientação de King para gravarem a dita canção que seria editada em Fevereiro de 1968. Apesar de a canção ser passada na estação de rádio da BBC e na estação pirata "Radio Caroline", não passou de um desastre comercial. Mas como diz o ditado, há males que vêm por bem visto que o Pop não era aquilo que os Genesis sonhavam fazer. E ainda bem que assim foi.

King continuava a acreditar no potencial da banda apesar do insucesso e decidiu dar-lhes a hipótese de gravarem um LP. Já nas gravações demo para o LP, ficou claro que não seria intenção da banda gravar pequenas canções Pop de três minutos. O que eles queriam era contar histórias com as suas canções o que só seria possível usando os 45 min. disponíveis em LP. Foi o próprio King que finalmente, lhes propôs a ideia de desenvolverem um álbum do tipo "concept". E que história maior poderia ter sido imaginada? "From Genesis To Revelation" foi o tema escolhido e King pediu para reservar os estúdios da Regente por um período de 10 dias.


(não percam os próximos episódios)

Logo pela manhã,
Bom Dia,
Bom Humor ( junto ás notícias de um " chinoca " , ou será "zoo"?)
Continuação de uma bela história( esperando os próximos episódios)
O que é que se passa? GRE..? QUÊ ?
Grande AAP
Cumps.
P.S. Boas Audições, melhores Músicas
SA

Parte 3


"Ficamos muito desiludidos com os resultados", diz Phillips. "Apesar de haver algumas boas canções que não sabíamos interpretar muito bem, depois da intervenção de King, ainda ficaram piores. O resultado era grotesco". O LP foi comercializado em 1969 e vendeu à volta de 1000 unidades, 690 em estéreo e 350 em Mono. Para além da má produção, o titulo do álbum (de Génesis a Revelação) também não ajudava. Em vez de ser colocado nas prateleiras destinadas ao Pop/Rock, na maioria das lojas foi parar ás prateleiras da musica de igreja.
Quando anos mais tarde a banda alcançou sucesso, este álbum já não se encontrava à venda e a Deram organizou uma reedição com o nome "In The Beginning". A ideia era dar aos novos fãs a oportunidade de possuírem e ouvirem os primeiros registos da banda. (e ganhar mais uns cobres com a reedição)
Claro que (de Génesis a Revelação) não tinha nada em comum com o genial "Selling England By The Pound", mas também não era motivo de vergonha para a banda. Tinha umas musicas de razoável qualidade e servia como base para se poder compreender a enorme evolução da banda.
Nesta altura, a banda confrontou-se com uma decisão difícil. Depois de vários fracassos, deveriam continuar a apostar numa vida profissional no ramo da musica, ou envergar/voltar aos estudos ou mesmo, arranjar uma profissão "convencional"? Era tarde. Já tinham "provado" demasiado as luzes da ribalta, o ar do Show-Business. Mas havia algo em que todos estavam de acordo. Tinham que se separar de Jonnathan King e suas ideias. Também a companhia Decca não mostrou interesse em renovar o contrato com a banda.
Até ao seu próximo álbum, "Trespass", passariam dois anos.

O baterista original dos Genesis, Chris Steward, tinha decidido logo na gravação do primeiro álbum, que não queria seguir a vida de musico, e teve de ser substituído por John Silver, um amigo de Peter Gabriel. Mas também este viria a ser substituído, pois decidiu continuar os estudo na América.
Colocaram um anuncio na revista Melody Maker e respondeu um baterista que dava pelo nome de John Mayhew.
Como queriam seguir a vida profissional de músicos, teriam que ter o seu próprio equipamento. Com algum dinheiro dado pelos pais e a restante verba do contrato com King, compraram uma guitarra baixo, um amplificador da Marshall, um amp Sims-Watt-PA 100 e um órgão. Todos sabiam que teriam que ensaiar com mais frequência, mas tinham um problema. Não tinham onde ensaiar, problema comum a muitas bandas jovens. Assim, ensaiavam nas casas dos pais e sempre na daqueles que (na altura) se encontravam em férias. E claro, sempre que mudavam de casa, tinham que arrastar consigo todo o equipamento. Mas tiveram a sorte de um empréstimo por parte de um amigo que lhes pôs à disposição os estúdios da Chiswick. Mais ainda, poderiam voltar a gravar nos estúdios da Regent. Um outro amigo disponibilizou a casa de campo dos pais e comprou-lhes do próprio bolso um meio de transporte para ajudar a banda. A inclinação negativa para com concertos ao vivo que a banda nutria, tinha que ser posta de parte. Se não tinham angariado o interesse das pessoas com a venda dos álbuns, talvez o conseguissem com concertos ao vivo. Um dos catalisadores desta ideia, foi a banda King Crimson que conseguiam apresentar o seu som "diferente" e complexo ao vivo, e que conseguiam atrair um tipo diferente de ouvintes aos seus concertos. Este "novo" público não estava interessado em concertos tipo festas para dançar, mas sim em "ouvir". As obras podiam e deviam de ser complexas e não havia problema que os temas tivessem a duração de trinta minutos e não tivessem sido já transmitidos na rádio.

O que se estava a passar a nível da musica era favorável ao tipo de obras que os Genesis sempre pretenderam fazer. Não só os King Crimson, mas também bandas como os Pink Floyd, Rare Birds, Yes e os The Nice, começavam a ser responsáveis pela existência de um publico mais alargado a querer ouvir Prog-Rock o que levou também a que as editoras se começassem a interessar por estas bandas e fomentou inclusivamente o aparecimento de editoras com o intuito de lançar estes grupos.
A Editora Charisma fundada por Tony Stratton-Smith foi estabelecida com esse propósito, a de dar a estas novas bandas a oportunidade de editarem os seus discos. Entre as bandas contratadas encontravam-se os Rare Birds que conseguiram alcançar os "Charts" com o single Sympathy nas tabelas Britânicas. E em 1970 apareceu o segundo álbum da banda Van Der Graf Generator, "The Last We Can Do Is Wave To Each Other" também editado pela Charisma. Seguiram-se bandas como a Lindisfarne e Audience.
A pimeira vez que Peter Gabriel tentou entrar em contacto com a editora, só consegui chegar até à secretária que lhe disse que a Charisma não estaria interessada neles. Mas quando o Stratton Smith viu a banda ao vivo, apercebeu-se logo que tinha que os contratar.
"Há bandas que na primeira vez que se vêm, estimulam várias zonas da nossa mente em simultâneo. Eu procurava uma banda da qual me pudesse orgulhar, e eles procuravam alguém em quem confiar",
disse Stratton. E também Peter Gabrial tinha boa opinião de Stratton. "Tony Stratton era uma raridade no ramo do entretenimento. Um homem de paixões e cruzadas. Ele acreditava que a musica Rock era mais do que uma moda e "comida" para teenager's, e a busca do melhor feito na Grã-Bretanha era um dos objectivos da Charisma.

A seguir dentro em breve, esperemos.

Luis Filipe Goios escreveu:

A seguir dentro em breve, esperemos.

Depois de um certo desgaste artístico, tenho que repousar para recarregar a baterias da inspiração.

Estamos a gostar desta sua tradução livre, Senhor Administrador-Geral.
Logo que inspire e expire...... pode e deve, livremente, continuar......

Por acaso é uma história interessante e que mostra mais ao pormenor a origem da banda, as desventuras e as sortes. Como se pode constatar, (e já vamos na parte 3) nem tudo foi fácil, nem tudo são rosas, ao ponto de terem estado à beira da desistência. A ver se amanhã a seguir ao almoço me consigo isolar daquela gente barulhenta, e buscar nova inspiração nas areias brancas da praia olhando o infinito...............

António José da Silva escreveu:

Por acaso é uma história interessante e que mostra mais ao pormenor a origem da banda, as desventuras e as sortes. Como se pode constatar, (e já vamos na parte 3) nem tudo foi fácil, nem tudo são rosas, ao ponto de terem estado à beira da desistência. A ver se amanhã a seguir ao almoço me consigo isolar daquela gente barulhenta, e buscar nova inspiração nas areias brancas da praia olhando o infinito...............

...isso é que era bom... MISSÃO IMPOSSÍVEL...!

António José da Silva escreveu:

Por acaso é uma história interessante e que mostra mais ao pormenor a origem da banda, as desventuras e as sortes. Como se pode constatar, (e já vamos na parte 3) nem tudo foi fácil, nem tudo são rosas, ao ponto de terem estado à beira da desistência. A ver se amanhã a seguir ao almoço me consigo isolar daquela gente barulhenta, e buscar nova inspiração nas areias brancas da praia olhando o infinito...............

Estou mesmo a ver.... a fugir ás lagostas. Cuidado com o infinito...

Luis Filipe Goios escreveu:

Estou mesmo a ver.... a fugir ás lagostas. Cuidado com o infinito...

Eu disse, a seguir ao almoço. Ninguém falou em fugir das lagostas. Venham elas que eu não tenho medo.