Mensagens : 1384 Data de inscrição : 07/11/2010 Idade : 59 Localização : Vale da Amendoeira.
Assunto: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 00:15
Boas a todos. Hoje fiz uma pequena pesca ao vinil em 2ª mão e apareceu-me uma edição DMM de origem alemã. Não imagino se os foristas estão informados deste tipo de edições, mas adianto que foi desenvolvida e utilizada no fim do século XX, pela Telefunken, Decca (TelDec) e Georg Neumann; usando cabeças de corte da Neumann. O corte é feito num disco de cobre, a cabeça de corte tem angulo e frequencia (mais elevada) de funcionamento diferentes. É suposto melhorar tudo: ruido de fundo, dinâmica, informação acústica da gravação, extensão dos extremos da banda e o "print through" (Efeito de eco no registo). Mais tarde eu deixo o meu parecer.
Mesa de corte
Reliquia de 1984, ainda em muito bom estado. A banda e a música é que...
O logotipo.
Assim podia-se fazer as estampas directamente do Master em cobre e prensar o vinil! Uma cópia de 3ª geração!!!
Inté
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 00:22
Tenho muitos em DMM e muitos deles são bastante bons. menos deflexão de espira para espira, maior aproveitamento das mesma devido a um corte mais "certo". Já tive a oportunidade de comparar dois álbuns iguais, um em DMM e outro em processo normal, e o DMM ocupava muito menos espaço, bastante interessante. Ainda hoje há empresas a usar as máquinas DMM.
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scalawag Membro AAP
Mensagens : 240 Data de inscrição : 04/04/2012 Idade : 50 Localização : Olhão
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 01:34
A "mesa de corte" em exposição só serve mesmo para estar em exposição, sendo impossível cortar discos de cobre com esse modelo. Trata-se de uma Neumann AM31 (ou AM32), um dos primeiros modelos da Neumann. O DMM só apareceu bem depois, no modelo VMS80 e posteriormente melhorado no modelo VMS82. A cabeça de corte também tem de ser uma cabeça especial para poder cortar cobre. A da exposição parece ser a SX68, incapaz de cortar cobre. Eis a cabeça SX84:
Uma das grandes queixas é os agudos nos DMM serem muito estridentes.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 01:39
scalawag escreveu:
Uma das grandes queixas é os agudos nos DMM serem muito estridentes.
Nunca notei esse problema, mas já ouvi falar algumas vezes nisso.
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BAILOTE Membro AAP
Mensagens : 1648 Data de inscrição : 16/02/2011 Idade : 52 Localização : Albufeira
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 12:11
PALUSE escreveu:
Boas a todos. Hoje fiz uma pequena pesca ao vinil em 2ª mão e apareceu-me uma edição DMM de origem alemã. Não imagino se os foristas estão informados deste tipo de edições, mas adianto que foi desenvolvida e utilizada no fim do século XX, pela Telefunken, Decca (TelDec) e Georg Neumann; usando cabeças de corte da Neumann. O corte é feito num disco de cobre, a cabeça de corte tem angulo e frequencia (mais elevada) de funcionamento diferentes. É suposto melhorar tudo: ruido de fundo, dinâmica, informação acústica da gravação, extensão dos extremos da banda e o "print through" (Efeito de eco no registo). Mais tarde eu deixo o meu parecer.
Mesa de corte
Reliquia de 1984, ainda em muito bom estado. A banda e a música é que...
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~ Eu tenho esse album e outros em DMM e têm a qualidade evidenciada pela tecnica de corte a que se referem...e quanto á Banda são gostos pois á minha pessoa dá muito prazer em ouvir...
E existe outra maquina de corte ainda superior a essa com resultados muito superiores e leva a marca DMVT (Dá-lhe Muito Vinho Tinto)
Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 12:52
Pois eu acho que pela primeira vez, irei ter muito em breve um DMM ... ganhei no eBay, e nem tinha reparado nisso
Mason Williams & Mannheim Steamroller - Classical Gas (1987), AMERICAN GRAMAPHONE RECORDS AG 800 - STEREO, DMM
PS : ando todo feito um "modernaço"
BAILOTE Membro AAP
Mensagens : 1648 Data de inscrição : 16/02/2011 Idade : 52 Localização : Albufeira
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 14:14
Este album de Allan Parsons é exemplo de que os agudos não são extridentes mas acho que isso tem muito mais haver com o sistema e celula do que com o Master...penso eu de que...
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 15:29
Por acaso descobri agora que tambem tenho ali esse album dos Alan Parson. É uma edição tuga da Dacapo mas tambem tem o simbolo DMM , mas no verso...
BAILOTE Membro AAP
Mensagens : 1648 Data de inscrição : 16/02/2011 Idade : 52 Localização : Albufeira
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 16:36
Milton escreveu:
Por acaso descobri agora que tambem tenho ali esse album dos Alan Parson. É uma edição tuga da Dacapo mas tambem tem o simbolo DMM , mas no verso...
Sim Milton??? no verso???what ??
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 16:49
BAILOTE escreveu:
Milton escreveu:
Por acaso descobri agora que tambem tenho ali esse album dos Alan Parson. É uma edição tuga da Dacapo mas tambem tem o simbolo DMM , mas no verso...
Sim Milton??? no verso???what ??
Tem o simbolo no verso vez de ser na frente...
BAILOTE Membro AAP
Mensagens : 1648 Data de inscrição : 16/02/2011 Idade : 52 Localização : Albufeira
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 16:51
sim Milton foi a virgula que deu outra interpretação...e que tal gostas do Album e da gravação??
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 17:18
BAILOTE escreveu:
sim Milton foi a virgula que deu outra interpretação...e que tal gostas do Album e da gravação??
Foi a virgula e a minha mania de utilizar as reticencias.
É um album que veio num lote que aqui me deixaram e ainda não chegou à vez dele de ser lavado e ouvido...
BAILOTE Membro AAP
Mensagens : 1648 Data de inscrição : 16/02/2011 Idade : 52 Localização : Albufeira
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 17:27
O sr. Milton tem é que dizer ao pessoal quem anda a deixar LOTES,LOTES de discos á porta e desta qualidade...só eu é que não tenho essa sorte...podes ouvir que vais gostar
Quando aparecer esse tipo outra vez com lotes manda-o dar uma volta ao Algarve (depois dou a minha morada) é que eu tenho mais paciência para aturar esses chatos do camano que te cansam a lavar discos...
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 17:32
BAILOTE escreveu:
O sr. Milton tem é que dizer ao pessoal quem anda a deixar LOTES,LOTES de discos á porta e desta qualidade...só eu é que não tenho essa sorte...podes ouvir que vais gostar
Quando aparecer esse tipo outra vez com lotes manda-o dar uma volta ao Algarve (depois dou a minha morada) é que eu tenho mais paciência para aturar esses chatos do camano que te cansam a lavar discos...
eh, eh, eh, isto não é frequente, não tenho essa sorte...e este lote tive que o pagar....
PALUSE Membro AAP
Mensagens : 1384 Data de inscrição : 07/11/2010 Idade : 59 Localização : Vale da Amendoeira.
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Qui Fev 21 2013, 23:22
Ouvi o lado "1NE" do DMM do Alan Parsons. Achei bem detalhado e evidente melhoria na apresentação da informação da banda média, melhor "revelação" acústica, agudos mais recortados e grave "rápido".
Também tem a influencia o facto do album ter sido gravado num sistema digital Sony PCM1610 nos estúdios da Abbey Road. O carácter ou timbre do som digital emerge na reprodução. Este sistema velhinho da Sony grava em formato nativo CD (16bits; 44K1Hz) e o registo é feito em gravador de video.Consome 125W e pesa 38kg. O chip de som da placa mãe do meu PC, um misero VIA VT1708S, já deve chegar para dar abáda a este Sony; em termos sónicos e desempenho digital.
Bons pesadelos nostálgicos.
luis carrilho Membro AAP
Mensagens : 887 Data de inscrição : 19/01/2013 Idade : 51 Localização : Pinhal do Vidal-Seixal
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 00:40
Pois e esta brincadeira deixa mesmo um tipo a pensar,afinal uma pessoa compra um gira com a promessa de voltar a ouvir o velho e bom som analogico e depois descobre que em meados dos Anos 80 todo o processo de gravação/prensagem éra conspurcado com o recurso a equipamento digital (perfeitamente ranhoso pelo standard actual)e a funcionar com a belissima (not) resolução de 44khz...maravilha não é?.... Este post deixou-me perfeitamente chocado:
"E também há a acrescentar a tudo isto que a partir de meados dos anos 80 (se não estou erro), os vinis produzidos não eram "totalmente" analógicos conforme muitos pensam. Para prensar o lacquer (acetate, dubplate, name it...) tem que existir um delay entre a fonte audio e a cabeça de gravação, de modo a permitir à cabeça de gravação saber antecipadamente o espaço exigido por cada trilha devido às frequências. Ora esse delay antigamente era enviado pelas R2R modificadas para esse efeito, com duas cabeças de reprodução. Com o aparecimento do digital essas R2R foram substituidas por delays digitais, devido aos baixos custos de manutenção. Durante muitos anos esses delays foram de 44,1KHZ (qualidade de CD). Ou seja: era mais ou menos como transferir um CD directamente para vinyl. Hoje em dia esses delays já têm outra qualidade, 96KHZ ou mais, e são raros os estúdios de masterização que ainda têm R2R a servir de delay para manter o som analógico a 100%."
Pra ajudar á festa,o tál conselho de ouvir discos dos anos 60 e 70 que esses não enganam,a mim não me serve,já que todo o tipo de musica que cresci a gostar e continuo a gostar é todo precisamente dos meados da decada de 80 prá frente. Como já vi que dificilmente andarei a ouvir discos 100% analogicos,fico a pensar se foi grande ideia comprar o gira. Desculpem o desabafo,mas há coisas que custam a engolir.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 01:05
Andastes a ler umas coisas, muito bem.
Nao é meados de 80, mas sim e logo no inicio de 80. Mas tirando tudo isso, arranja então um CD e vinil da mesma obra, e depois conversamos.
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PALUSE Membro AAP
Mensagens : 1384 Data de inscrição : 07/11/2010 Idade : 59 Localização : Vale da Amendoeira.
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 01:12
Não te arrependas do gira.Já a meio da década de 70 havia gravações masters digitais que passavam para vinil. Mau som existe no digital como no analógico, o que interessa é que se goste da música e da gravação apresentada, seja qual fôr o formato. Mais problemático é a "Moda"; "Tendencia" da sonoridade possivelmente imposta pelos produtores/editores em consonancia com os fabricantes de hi-fi. Cheira a teoria da conspiração, mas já tive sinais dessa hipótese nas diferentes "frentes" de distribuição de registos audio: os chamados remasters.
Inté
Última edição por PALUSE em Sex Fev 22 2013, 23:39, editado 1 vez(es)
luis carrilho Membro AAP
Mensagens : 887 Data de inscrição : 19/01/2013 Idade : 51 Localização : Pinhal do Vidal-Seixal
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 03:07
António José da Silva escreveu:
Andastes a ler umas coisas, muito bem.
Nao é meados de 80, mas sim e logo no inicio de 80. Mas tirando tudo isso, arranja então um CD e vinil da mesma obra, e depois conversamos.
É isso mesmo que tenho que fazer e o mais breve possivel pra tirar teimas e macaquinhos no sotão,mas a verdade é que depois de saber disto,a sensação que fica é que boa parte das vezes vou estar a ouvir um CD a 33 rotações e ainda por cima com a famosa qualidade que os CDs tinham na epoca. Eu não tenho nada contra o digital,muito pelo contrario,tenho um leitor bastante razoavel e tenho CDs com um som muito bom e alguns até diria exelente,agora seria de esperar que fosse "cada macaco no seu galho",mas afinal parece que muito do que vou andar a comprar,mais não são que CDs grandes,pretos e a precisar de ser lavados. Se calhar quem realmente gosta de Beatles,Elvis e esse tipo de charopadas dos 60 e 70 é capaz de ainda se safar e ter realmente um som 100% analogico,infelizmente não é o meu caso. Mas foi bom descobrir isto cedo,é que assim o efeito placebo fica já morto de vez e quando tiver que fazer comparações a serio CD vs vinil,o efeito lindo da bolachinha a rodar no prato já não vai chegar pra me enganar os ouvidos e é melhor tratar disso depressa antes que o prejuizo aumente.
PS-Vou-me deitar e já vou fo...
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 03:16
Continuam a haver muitas mais nuances envolvidas. Mesmo partindo de masters iguais e digitais, muito do que foi feito para vinil supera muitas vezes o digital. Depois tens o caso de hoje em que bastantes gravações feitas a 24 são limitadas a 16 para a edição de CD, mas aproveitado a 24 para as mesmas edições em vinil. Para já não falar de testes que tem sido feitos em que vinil cortados a partir de masters para CD conseguem agradar muitos mais do que o irmão gémeo em CD. Depois tens também o facto de que existem poucas, mas cada vez mais estúdios a recuperar a gravação totalmente analógica. Já nem vou trazer á baila a maior paixão que é o colecionar o vinil em vez do CD pois para muitos é secundário.
Muitas razoes para não desesperares.
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Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 10:21
Nem de propósito... Ainda ontem estive a ouvir um disco cuja master terá sido a 1ª em digital, feita por uma grande editora de musica pop. Trata-se do Bop Till You Drop do Ry Cooder. A Master foi gravada numa tape digital de 32 pistas, com um gravador da 3M
Não sei como soa o cd, mas duvido muito que chegue à qualidade deste vinil...
luis carrilho Membro AAP
Mensagens : 887 Data de inscrição : 19/01/2013 Idade : 51 Localização : Pinhal do Vidal-Seixal
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 11:29
António José da Silva escreveu:
Continuam a haver muitas mais nuances envolvidas. Mesmo partindo de masters iguais e digitais, muito do que foi feito para vinil supera muitas vezes o digital. Depois tens o caso de hoje em que bastantes gravações feitas a 24 são limitadas a 16 para a edição de CD, mas aproveitado a 24 para as mesmas edições em vinil. Para já não falar de testes que tem sido feitos em que vinil cortados a partir de masters para CD conseguem agradar muitos mais do que o irmão gémeo em CD. Depois tens também o facto de que existem poucas, mas cada vez mais estúdios a recuperar a gravação totalmente analógica. Já nem vou trazer á baila a maior paixão que é o colecionar o vinil em vez do CD pois para muitos é secundário.
Muitas razoes para não desesperares.
Pois,já vi que o que se salva é mesmo o factor colecionismo que é algo interessante,já esperar qualidade de som superior ao CD em muito vinil que por aí anda,é pura ilusão,quando a falta de qualidade é no proprio master,já não há volta a dár.
Jorge Ferreira Membro AAP
Mensagens : 3386 Data de inscrição : 05/11/2011 Idade : 56 Localização : Palmela
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 12:38
Eu também preferia que todos os LP's que são feitos hoje em dia não tivessem nada de digital no caminho do sinal, mas infelizmente isso não depende de nós, porque se dependesse de mim, não tinham nada de digital de certeza...
A única coisa que depende de nós e que temos de fazer, é usarmos o maior poder que temos nas mãos, ou seja, o poder de comprar ou não comprar um determinado LP.
Devemos comprar e aconselhar apenas aqueles LP's em que acreditamos que são bons (tenham algo de digital ou não), e fazer um aviso à navegação daqueles LP's que achamos que não são bons, para que os outros não os comprem!
É verdade que na maior parte da música feita a partir dos anos 80 (inclusivé finais de 70), as masters são na esmagadora maioria digitais, ainda por cima digital com as limitações da época, mas o que não quer dizer que muitos desses títulos não continuem a soar melhor em LP do que noutro formato qualquer...
Também é verdade que a maior parte dos LP's que se fazem hoje em dia são digitais de uma forma ou de outra, não todos, mas a maioria...
Mas as edições de qualidade quando têm algo de digital é digital de alta resolução.
Também é um facto que a maioria destes LP's de qualidade que têm algo de digital soam quase sempre melhor do que em ficheiro digital (mesmo se o ficheiro for de alta resolução).
Ora isto não deveria acontecer nos casos em que a Master é ela própria digital, o ficheiro digital de alta resolução devia soar sempre melhor que o LP se este foi feito com algo de digital pelo meio...
Um LP que tenha algo de digital algures no inicio ou no meio do processo devia soar sempre pior que um ficheiro digital de alta resolução não é verdade ?
Mas a realidade é que na prática muitas vezes não é isso que acontece.
Como é que uma cópia pode soar melhor que a Master ? não faz sentido pois não ?
Na minha opinião existem pelo menos duas razões para que estes LP's que têm algo de digital continuem a soar melhor que os ficheiros digitais de alta resolução.
Uma dessas duas razões quanto a mim é a fluidez do som, a forma como o som flui.
A outra razão quanto a mim tem a ver com a ligeira coloração do som do processo de leitura de um LP, o que nos dá uma percepção de que o som é mais natural, mais agradável, mais orgânico e mais real.
Uma coisa é certa, eu continuo a preferir ouvir a maioria dos LP's de qualidade feitos com digital de alta resolução do que ouvir ficheiros e não sou o único...
Já agora uma conferência interessante com a participação dos excelentes engenheiros de som Doug Sax e Bob Ludwig e também com o crítico Michael Fremer :
P.S.: os LP's DMM normalmente têm menos grave, talvez por isso pareçam ter algum exagero nas altas frequências, uma coisa é certa têm menos graves.
Abraços, Jorge Ferreira
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 16:08
Concordo com o Jorge, e não há nada como ouvir.
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luis carrilho Membro AAP
Mensagens : 887 Data de inscrição : 19/01/2013 Idade : 51 Localização : Pinhal do Vidal-Seixal
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 17:05
António José da Silva escreveu:
Concordo com o Jorge, e não há nada como ouvir.
Acho mas é,que se quiser tirar partido da qualidade do GD,vou ter que aprender a gostar da musica dos Anos 60 e 70. Curiosamente gosto de coisas bem mais antigas,tipo Glen Miller.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 17:09
luis carrilho escreveu:
António José da Silva escreveu:
Concordo com o Jorge, e não há nada como ouvir.
Acho mas é,que se quiser tirar partido da qualidade do GD,vou ter que aprender a gostar da musica dos Anos 60 e 70. Curiosamente gosto de coisas bem mais antigas,tipo Glen Miller.
Mas olha que estás bastante enganado, mas ainda vais chegar a essa conclusão pelos teus próprios ouvidos.
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PALUSE Membro AAP
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Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 22:45
luis carrilho escreveu:
PS-Vou-me deitar e já vou fo...
Luis Carrilho,não fiques fubar, isso passa num instante. Acabaste de sair da "Idade da inocência". Mas eu confesso-te uma coisa: Tenho um "front end" analógico, modesto. O gira, a cabeça, cabos e a fonte de alimentação (Speedbox), custaram-me metade do Sony SCD-XA3000ES e três vezes mais do que o Pioneer DVD-LX50. Por isso não tenho gira para fazer frente aos digitais cá da casa, por agora... O Pioneer não tem mau som, e como o Sony, já tem as linhas de alimentação kitádas. Os estágios de saída são de origem os OPA2134 da TI-Burr-Brown para o stereo e os DACS são o mesmo modelo dos usados no Sony SCD-XA5400ES, que também usa os TI-BB OPA2132 (Variante mais cara dos OPA2134, com som mais simpático, segundo dizem). Esta descrição dá para perceber e ver (PerceVejo) o mundo de esperteza e marketing em que vivemos. Continuo a gostar muito do Sony "3000ES", mas senti um barrete na tola, especialmente quando na altura existia um Sony SCD-XB790QS, que custava menos de metade do preço e na prática é um "3000" com menos "caparro".Também com dois transformadores, mas menos elaborados e com as linhas de alimentação com filtragem inferior e voltagem também inferior para os op-amps de saida. No restante, a electrónica é básicamente a mesma. Um tipo se souber disto e mexer em electrónica, olha para "3000" e diz: "DAAAAASSSSSE"; vou levar o "790" e mais tarde dou-lhe com a "marreta", como acabei por fazer com o "3000" -Como já informei noutro post, kitei as linhas de alimentação do DAC e dos OP-AMPs de saída.Livrei-me dos op-amps NJM2114 que tem um som nitidamente antiquado e acabei agora com os OPA2134. Apesar da sua meia idade no mercado, ainda funcionam muito bem com a alimentação bem filtrada! Ainda há pouco, ouvi o tema "Evangeline" da banda "Icicle Works". Primeiro em vinil, depois em CD "Best Of" no Sony e por fim no Pioneer. Para surpresa apesar de "frio" o "Pio" superou a prova! Bom, o LP é em 2ª mão e tem desgaste, apesar de ser de edição inglesa, mas a vida é assim mesmo. Com um gira-braço-cabeça e entrada mais refinados aumenta exponencialmente a chance de superar a prova; mas a que custo?! Aponta uma Karola melhor ao P3, um boa entrada de phono e depois logo vês ou ouves. Só me lembro de um LP a bater o CD: O album "Foreigner" do Cat Stevens No entanto tenho uma re-edição do album "Faith" da banda "The Cure" em vinil cinza, que amanda um sonzaço bem agradável e acho que até bate a edição de CD original... - a confirmar! Não percas a Fé, mantém o espírito aberto e cuidado com a carteira...
Inté
Milton Membro AAP
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Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 22:58
PALUSE escreveu:
[ Aponta uma Karola melhor ao P3, um boa entrada de phono e depois logo vês ou ouves.
Não percas a Fé, mantém o espírito aberto e cuidado com a carteira...
Inté
Sábias palavras !
luis carrilho Membro AAP
Mensagens : 887 Data de inscrição : 19/01/2013 Idade : 51 Localização : Pinhal do Vidal-Seixal
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 23:40
O conselho de ter cuidado com a carteira já vem atrasado,o estrago já está feito,agora a questão é se o vou deixar agravar muito ou não e isso vai depender da avaliação global á qualidade de som dos vinis que fôr adquirindo nos proximos tempos,se até lá ficar convencido,muito bem,caso contrario... Espero bem que a conclusão não seja aquela que eu já antecipei,ou seja,de na sua grande maioria os vinis não passam de CDs pretos,grandes,que precisam de ser lavados pra não terem o som cheio de "pipocas",espero que o tempo me prove que estou redondamente enganado.
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 23:44
luis carrilho escreveu:
O conselho de ter cuidado com a carteira já vem atrasado,o estrago já está feito,agora a questão é se o vou deixar agravar muito ou não e isso vai depender da avaliação global á qualidade de som dos vinis que fôr adquirindo nos proximos tempos,se até lá ficar convencido,muito bem,caso contrario... Espero bem que a conclusão não seja aquela que eu já antecipei,ou seja,de na sua grande maioria os vinis não passam de CDs pretos,grandes,que precisam de ser lavados pra não terem o som cheio de "pipocas",espero que o tempo me prove que estou redondamente enganado.
Mas uma coisa é certa : A "culpa" não é nossa...
PALUSE Membro AAP
Mensagens : 1384 Data de inscrição : 07/11/2010 Idade : 59 Localização : Vale da Amendoeira.
Assunto: Re: Edições DMM (Direct Metal Master) Sex Fev 22 2013, 23:54
luis carrilho escreveu:
O conselho de ter cuidado com a carteira já vem atrasado,o estrago já está feito...
Qual estrago? O P3 dos "Classificados" do AAP por 300 paus?!
Se fôr esse, só falhou a Goldring 1012GX!
Como eu te disse, isso passa e no futuro não vais te arrepender da máquina. Ainda existe um longo caminho a percorrer com esse P3.
Inté
luis carrilho Membro AAP
Mensagens : 887 Data de inscrição : 19/01/2013 Idade : 51 Localização : Pinhal do Vidal-Seixal
Ah Ok! Mas é um Rega P3. Não tendo sido pedida a opinião, talvez a AT não faça justiça ao P3. Nem aconselho a Shure. Uma pesquisa cuidada pode ser interessante.
Inté
luis carrilho Membro AAP
Mensagens : 887 Data de inscrição : 19/01/2013 Idade : 51 Localização : Pinhal do Vidal-Seixal
Ah Ok! Mas é um Rega P3. Não tendo sido pedida a opinião, talvez a AT não faça justiça ao P3. Nem aconselho a Shure. Uma pesquisa cuidada pode ser interessante.
Inté
Na verdade já será uma evolução do P3,uma vez que o motor já é o de baixa voltagem e o braço é o RB-301(não sei onde foi a evolução em relação ao RB-300) As caracteristicas que apontam á AT-120A,agudos bem vivos e definidos,muito dinamica e exelente pra musica rock,enquadra-se na perfeição naquilo que o meu sistema precisa e do tipo de musica que oiço e digo que o pouco que ouvi até agora tenho gostado,agora se as versões em CD soam melhor ou pior...só quando puder fazer essas comparações é que vou poder dizer.
PALUSE Membro AAP
Mensagens : 1384 Data de inscrição : 07/11/2010 Idade : 59 Localização : Vale da Amendoeira.
Lembro-me de um comentário da AT-440MLa, que a caracterizava como bastante "viva" na banda média e agudos. Um topo de gama MM da AT, que acho que já nem se fabrica, tinha uma temperamento muito mais calmo, segundo o texto da review. Sâo referencias de memória de artigos que li na net, mas nem tudo o que brilha é ouro, nem tudo o que é baço é ferro-velho e o som dum gira tem muitas peças em andamento! Quando li o teste do Project Xpression 2, que vem com uma Ortofon OM5, o critico comentou a fraca apresentação dos extremos da banda, especialmente nos graves. O problema tem mais a ver com a cabeça instalada do que com o resto, neste caso... Muito gostava eu de lhe afinfar com uma Ortofon Black, Nagaoka, Goldring ou Grado, nessa liga de preços ou um pouco abaixo.
Bone chance e calma, pois um pouco mais de conhecimento às vezes dá azia, nas primeiras horas... mas passa.
BAILOTE Membro AAP
Mensagens : 1648 Data de inscrição : 16/02/2011 Idade : 52 Localização : Albufeira
A celula é muito importante num gira eu sou recentemente possuidor de uma AT 440Mla no meu Thorens td 166 modificado por mim com madeira de mogno maciça e fundo em pedra e cortiça no interior e devo dizer que a solidez do gira tambem contribui no som do mesmo e quanto aos agudos da AT apos uma boa afinação deitam tudo cá para fora que é isso que eu pretendo e depois o sistema trata de controlar o resto. Tenho varios discos DMM: Miles Davis,Brubecck,alan parsons e outros recentes e devo dizer que realmente há uma riquesa extra de medios e agudos e menos graves mas isso penso que é natural que aconteça porque todos nós sabemos o que faz os graves excessivos ás retantes frequências...ah e não troco o som vinil pelo cd porque me agrada mais o som natural e rico do vinil...
PALUSE Membro AAP
Mensagens : 1384 Data de inscrição : 07/11/2010 Idade : 59 Localização : Vale da Amendoeira.
Mas as edições de qualidade quando têm algo de digital é digital de alta resolução.
Isso é verdade para qualquer formato: se a gravação for efectuada em alta resolução, seja em analógico ou digital*, irá sempre soar melhor mesmo num formato de menor resolução como o LP ou o CD, especialmente quando existirem manipulações do sinal entre a captura e o master o que acontece em 99% dos casos...
Mas quando se trata da "digitalização" de um original analógico ser antigo podemos encontar dois cenários distintos:
- transcrição de um master analógico, cuja resolução não excede, na maior parte dos casos, os limites do formato redbook e onde não são efectuadas manipulações do sinal e a única situação em que a existência ou utilização do SACD faz sentido já que este não permite a referida manipulação
- remasterização digital de uma gravação analógica em que são efectuadas manipulações ao sinal e onde deve ser utilizada uma resolução superior, p.ex. 20bit 88,2kHz
Jorge Ferreira escreveu:
Também é verdade que a maior parte dos LP's que se fazem hoje em dia são digitais de uma forma ou de outra, não todos, mas a maioria...
Com vantagens óbvias no que se refere à fidelidade (menor ruído de fundo, menores distorções).
Jorge Ferreira escreveu:
Como é que uma cópia pode soar melhor que a Master ? não faz sentido pois não ?
Não, pelo menos de um ponto de vista objectivo...mas o ser humano é um animal irracional.
R
* - alguns profissionais defendem que não faz sentido utilizar frequências de amostragem superiores a 88,2/96kHz...como 88,2kHz é múltiplo de 44,1kHz esta frequência é preferível se o suporte final for o CD.
Última edição por ricardo onga-ku em Sáb Fev 23 2013, 12:11, editado 1 vez(es)
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Lembro-me de um comentário da AT-440MLa, que a caracterizava como bastante "viva" na banda média e agudos.
Eu tive uma AT-OC9II que me soava brilhante, o que aliás é corroborado pela medição da resposta de frequências desta célula:
PALUSE escreveu:
Quando li o teste do Project Xpression 2, que vem com uma Ortofon OM5, o critico comentou a fraca apresentação dos extremos da banda, especialmente nos graves. O problema tem mais a ver com a cabeça instalada do que com o resto, neste caso...
Se não existirem estrangulamentos a jusante (nomeadamente no prévio de phono) é a célula que tem o papel preponderante na "apresentação" sonora (leia-se resposta de frequências) do sistema de leitura de vinil (as restantes variáveis apenas são responsáveis por diversos tipos de distorção)...a célula é uma espécie de (des)equalizador, o tempero da leitura de vinil.
R
PALUSE Membro AAP
Mensagens : 1384 Data de inscrição : 07/11/2010 Idade : 59 Localização : Vale da Amendoeira.