Este foi mais um dos muitos fabricantes de audio que ficaram pelo caminho (embora ainda continue a existir, a empresa que comprou a marca resignou-a ao fabrico de material específico para PA).
A empresa original é bastante antiga (1924) e foi um player activo ao longo das décadas. O sucesso mais estrondoso terá sido na década de 80, quando lançaram esta coluna:
Celestion SL6
Lembro-me de a ter ouvido mais que uma vez, assim como a SL700, e os meus ouvidos desse tempo apreciaram o seu desempenho.
No final da década de 90, ainda chegaram a lançar este remake: Celestion Kingston
Os seus últimos modelos seriam insípidos e não terão conseguido a acompanhar a concorrência.
Pode parecer paradoxal, mas muitas vezes são os grandes sucessos que matam as empresas.
É muito frequente que empresas que crescem muito (devido a uma procura muito elevada durante um determinado período), adeqúem a sua estrutura de forma a terem uma capacidade de delivery correspondente, mas quando as vendas começam a cair e os novos modelos não conseguem acompanhar o sucesso do passado, essa estrutura torna-se demasiado pesada, as dívidas amontoam-se, e o fim da linha é muitas vezes o desfecho. No audio esse fim de linha corresponde muitas vezes à venda da empresa, mas, infelizmente, isso raramente significa a continuidade da inovação e produção como até ali.
Um dos maiores tombos da história foi a Akai, que mesmo antes da queda em 1999 tinha uma estrutura ultra-pesada (empregava mais de 100.000 trabalhadores). A empresa ainda existe, mas não é mais do que um ténue fantasma.