Platinum Audio

Mais um das dezenas de fabricantes de colunas que já fecharam portas.
A Platinum Audio foi fundada por Phil Jones, famoso designer com muitos trabalhos antes e depois da Platinum Audio, entre os quais os modelos AR1/2/3/4 da Acoustic Energy, empresa de que também foi fundador.
A Platium Audio teve umas monitoras famosas, que tinham versões de 1 ou 2 altifalantes e eram construídas em madeira (Solo, Duo) ou granito (Reference 1 e 2). Eis as versões com 2 altifalantes:
http://audio-database.com/PLATINUM/speaker/duo-e.html
http://audio-database.com/PLATINUM/speaker/reference2-e.html



As Reference 2 pareciam caras ($6500) mas eram baratas. Ouvi as versões de madeira e de granito e havia um salto na qualidade, não creio que a única diferença fosse o granito. Muito difíceis de alimentar. A curva de impedância descia abaixo dos 3 ohm. Mas com um amplificador musculado, os baixos envergonhavam muitas colunas de chão. Eram ainda picuinhas nos suportes. Só funcionavam com suportes ultra rígidos/pesados.

A Platinum Audio lançou ainda umas colunas exóticas de $130.000 (Air Pulse 3.1) que de duas uma: ou não tinham interesse audiófilo ou tinham mas ninguém as ouviu e descobriu que eram boas.  De qualquer forma, eram imponentes. O conceito é radicalmente oposto ao das Reference 2.

Na primeira foto vê-se Phil Jones ao pé das Air Pulse:



Os drivers radiam lateralmente e são também curiosos os "caracóis" dos baixos. Design/construção espectacular, mas e o som?   

http://audio-database.com/PLATINUM/speaker/airpulse3-1-e.html

Que grande "maluquice" de design.   

Não conheço nem nunca tinha visto, mas desperta em nós um profundo desejo de ouvir uns bichos desses.

António José da Silva escreveu:

Que grande "maluquice" de design.   

Não conheço nem nunca tinha visto, mas desperta em nós um profundo desejo de ouvir uns bichos desses.

Colunas de granito ou mármore já viste... E são Portuguesas...  

Aqui estão elas

http://saojorgedearroios.olx.pt/megaudio-keops-colunas-monitoras-de-referencia-iid-449556735

afonso escreveu:

António José da Silva escreveu:

Que grande "maluquice" de design.   

Não conheço nem nunca tinha visto, mas desperta em nós um profundo desejo de ouvir uns bichos desses.

Colunas de granito ou mármore já viste... E são Portuguesas...  

Provavelmente primeiro que tu.   

Pela primeira vez sim, pela ultima provavelmente não...  

Essas Keops têm um aspecto promissor.
Não me admirava que fossem boas porque o que mais deve haver por aí, espalhadas pelo mundo, são colunas excepcionais, resultantes de projectos caseiros feitos com paixão, dedicação, sem compromissos, e longos períodos de afinação. Provavelmente, as melhores colunas do mundo são anónimas.

Além do granito, demonstrativo do cuidado posto na sua concepção, gosto do toque do posicionamento do tweeter externo à caixa, em compartimento dedicado (com mais que certo alinhamento minucioso de fase acústica pelo criador), tal como a B&W colocou em vários modelos, com destaque para as antigas Signature 30:



E posteriormente nas mais recentes Signature Diamond:


Nem sou fã da marca, mas gostei destas duas encarnações, embora o preço me parecesse excessivo. É um caso típico de excelente material que nunca chega a atingir a reputação que merece porque o preço está desajustado. Talvez a marca não tenha tido em mente grandes vendas, mas apenas criar um marco sónico e tecnológico, pondo por isso um preço para coleccionadores, de forma a as diferenciar das outras colunas da marca que vendem muito.

Ainda sobre as estranhas Platinum Air Pulse 3.1...


As 3 vias superiores baseiam-se em horns de 360º. Eventualmente, podem ter sido uma das fontes de inspiração de Duevel, designer que lançou uma linha de colunas baseada no conceito das Air Pulse: http://www.duevel.com/


Apenas especulando (nunca ouvi), suponho que estas colunas (que 'disparam' em todas as direcções), sejam ainda mais 'room dependent' do que as colunas convencionais. A relação destas colunas "panorâmicas" com certas salas deve ser do tipo ódio-ódio. Mas isto é apenas um 'wild guess'.

O caracol dos sub-baixos das Air Pulse 3.1 é em certa medida uma corneta (muitooo longaaaa), mas não deixa de ser uma linha de transmissão que coloca em fase os sub-baixos.  


Sendo Phil Jones um 'bass specialist', possivelmente os baixos seriam o forte das Air Pulse.

A 'Platinum Audio' já fechou há uns largos anos mas Phil Jones continua vivo e activo. Tem por exemplo estas colunas monitoras nearfield passivas 7001i, que são intituladas pela marca como “The Finest Two-Way Monitor Ever Built”... O preço condiz com a "fineza" do equipamento: $12.500   
Curiosa é a resposta em baixas freq. anunciada: - 25Hz -2dB, quase ao nível da Air Pulse 3.1  , mas agora vinda de um minúsculo altifalante 5.25" (+ radiador passivo) em vez de dois altifalantes de 30cm + cornetas gigantes por coluna.


É caso para dizer: Admirável mundo novo...
 

Digital Man escreveu:

Mas isto é apenas um 'wild guess'.

A mim parece-me ser um right guess.

Mas por outro lado, quem adquire colunas omnidirecionais dessas, normalmente tem moradias condizentes.   

Digital Man escreveu:

A 'Platinum Audio' já fechou há uns largos anos mas Phil Jones continua vivo e activo. Tem por exemplo estas colunas monitoras nearfield passivas 7001i, que são intituladas pela marca como “The Finest Two-Way Monitor Ever Built”... O preço condiz com a "fineza" do equipamento: $12.500   
Curiosa é a resposta em baixas freq. anunciada: - 25Hz -2dB, quase ao nível da Air Pulse 3.1  , mas agora vinda de um minúsculo altifalante 5.25" (+ radiador passivo) em vez de dois altifalantes de 30cm + cornetas gigantes por coluna.

A extensão de graves é diretamente proporcional ao tamanho da caixa, ao tamanho da superfície de irradiação, à excursão cone e inversamente proporcional à sensibilidade.
A elevada sensibilidade é a razão pela qual os altifalantes de graves (usados como radiadores frontais) que normalmente acompanham as cornetas não têm grande extensão nas baixas frequências.

As colunas de suporte de duas vias são bastante limitadas pelas características da topologia.

Confesso que não ainda não li os white papers mas 25Hz a -2dB mas agora vinda de um minúsculo altifalante 5.25" (+ radiador passivo) parece-me impossível, mesmo à custa de níveis de distorção de proporções gigantescas…

R

Este é o nível científico dos white papers:

Phil Jones Piranha cabinets bring the true science of bass into the 21st century. They use large numbers of small drivers. How can small drivers reproduce bass? It’s surprising but pretty straightforward. Their output simply drops off more rapidly with distance. But parallel enough of them and they’re like a swarm of bloodthirsty Piranhas.

R

Tive umas Duo (madeira) durante uns tempos, transparentes, com graves "maiores" do que as caixas deixavam adivinhar mas eram uma meninas de muito alimento, o meu Densen DM10 da altura não dava conta do recado, as "Piranhas nunca as ouvi nem sabia da sua existência.

ricardo onga-ku escreveu:

mas 25Hz a -2dB mas agora vinda de um minúsculo altifalante 5.25" (+ radiador passivo) parece-me impossível, mesmo à custa de níveis de distorção de proporções gigantescas… R

Se calhar o departamento de marketing não terá aceitado os valores originais para publicação e mandou repetir os testes com o dissipador traseiro próximo de uma parede de betão e o microfone mais longe...
  

Figueiredo escreveu:

Tive umas Duo (madeira) durante uns tempos, transparentes, com graves "maiores" do que as caixas deixavam adivinhar mas eram uma meninas de muito alimento, o meu Densen DM10 da altura não dava conta do recado

Essas colunas tinham um grave espectacular - a curva era praticamente plana até aos 40Hz. Na sala certa e bem posicionadas, os instrumentos de percussão soavam melhores nessas colunas do que em todas as de chão com as quais comparei na altura. Rápidos e explosivos!
Mas havia um truque. Embora a configuração seja D'Appolito, são na realidade de 2.5 de vias. Os dois altifalantes de alumínio anodizado e alto curso tinham rolloff's diferentes - um às 2.5KHz e o outro aos 250Hz. Possivelmente, este desempenho nas baixas frequências também era obtido ao preço de alguma distorção, especialmente na segunda harmónica.

Foram umas das colunas mais difíceis com que já me deparei.  Sensibilidade, ângulo da fase e impedância - tudo desajudava.
O fabricante dizia nas especificações que deviam ser usadas com amplificadores a partir dos 100W, mas não consegui verificar isso com amplificadores tradicionais (classe AB). Com um amplificador de 200W já tocavam mas só puseram cá fora todo o esplendor e energia daqueles baixos com 350W. O ponto forte da coluna eram os baixos e não há por ai amplificadores que sejam refinados, acessíveis, e potentes, o que limitava a sua utilização. Para agravar, o baixo mágico perdia-se em suportes tradicionais, mesmo cheios com areia. Precisavam de suportes massivos.

Na minha sala só tocaram realmente bem com um amplificador da BAT a transistores (não me recordo da potência mas era muita + de 200W de certeza), mas o amp + pré eram muito "pesados" para mim, foram embora assim como as Platinum. Agora tenho umas de uma marca que também desapareceu, uma Dunlavy SC II.

Nunca tive nenhuma Dunlavy mas gostei sempre de as ouvir...
Mesmo em Portugal deve haver muitas ainda a tocar bem.
Vou abrir um tópico...   

Digital Man escreveu:

Nunca tive nenhuma Dunlavy mas gostei sempre de as ouvir...
Mesmo em Portugal deve haver muitas ainda a tocar bem.
Vou abrir um tópico...   

Estive muito tentado a fazer uma troca das minhas antigas Tempo por umas Dunlavy, mas não se concretizou.   

Sim, deve haver algumas, não muitas, das SC II e tanto quanto sei, só foram vendidos 8 ou 9 pares. Suponho que dos modelos superiores haverá ainda menos pares vendidos.
Boa ideia a do tópico 

António José da Silva escreveu:

Digital Man escreveu:

Nunca tive nenhuma Dunlavy mas gostei sempre de as ouvir...
Mesmo em Portugal deve haver muitas ainda a tocar bem.
Vou abrir um tópico...   

Estive muito tentado a fazer uma troca das minhas antigas Tempo por umas Dunlavy, mas não se concretizou.   

E por qual modelo é que seria feita a troca?

Figueiredo escreveu:

António José da Silva escreveu:

Digital Man escreveu:

Nunca tive nenhuma Dunlavy mas gostei sempre de as ouvir...
Mesmo em Portugal deve haver muitas ainda a tocar bem.
Vou abrir um tópico...   

Estive muito tentado a fazer uma troca das minhas antigas Tempo por umas Dunlavy, mas não se concretizou.   

E por qual modelo é que seria feita a troca?

Não me lembro do modelo, mas eram uns grandes calhamaços, se bem me lembro, 1.80m de altura.

Pois, elas são grandes, as minhas têm cerca de 1,65. Além de serem umas colunas grandes são também umas grandes colunas.  

Figueiredo escreveu:

....são também umas grandes colunas.  

Por tudo o que li na altura sobre elas e sobre o construtor, também fiquei com essa ideia.