Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Out 13 2016, 18:25
Caro TD124
Agradeço o seu cordial e claro esclarecimento (conforme o habitual) e subscrevo em pleno a Máxima final..., e por isso sempre afirmo com convicção, que o meu sistema, é a soma de todos os seus componentes/afinações e sinergias (mesmo a mais ínfima) o que não obsta, a que um "...bom coração/amplificador..." tenha grande quota de responsabilidade, no que/e como "amplifica" a jusante e a montante... prime ele pela neutralidade ou pelo romantismo com que se aplique...
E agora vou a correr.../enfrentar as filas, para chegar rapidamente ao "lar/doce lar..." para ver se o meu "adorado" amplificador, continua a dar o seu excelente contributo, na "motorização" dos sons/musica que me encantam/empolgam...
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Out 13 2016, 19:07
Caro Paulo, isto está ficar feio. Também não conheço este. Assim não vale
De qualquer forma, sempre excelente lê-lo
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Out 13 2016, 19:58
Goansipife escreveu:
Caro Paulo, isto está ficar feio. Também não conheço este. Assim não vale
De qualquer forma, sempre excelente lê-lo
UFA!!! cheguei a pensar que seria o único a não conhecer...
Anda um exemplar (de outro amplificador) construído por Jean Hiraga numa página de anúncios Portuguesa, já o olhei várias vezes...
O nome de Jean Hiraga só foi conhecido por meio do Paulo e dos seus textos - várias referências -, depois ficou algo hospedado na memória, a Imaginação faz das suas (não há como contornar a Imaginação e o seu papel no acto de Conhecer!) e a curiosidade cresce.
Quero fazer uma ressalva: várias vezes aparece nestes textos a referência à necessidade de aprendizagem, a necessidade de aprender a ouvir para compreender estas peças.
Acredito mesmo nesse princípio, acredito que devia ser explorado (talvez) num tópico dedicado... nem sei se é possível teorizar, mas acredito que sim!
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Out 13 2016, 21:21
Conhecer? Só a fama Tal como quase todos os aqui citados, mas é sempre bom ler
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Sex Out 14 2016, 11:25
José Miguel escreveu:
(...) Quero fazer uma ressalva: várias vezes aparece nestes textos a referência à necessidade de aprendizagem, a necessidade de aprender a ouvir para compreender estas peças.
Acredito mesmo nesse princípio, acredito que devia ser explorado (talvez) num tópico dedicado... nem sei se é possível teorizar, mas acredito que sim! ...
Ninguém precisa de compreender, para saber se gosta ou não ... em contrapartida para analisar e determinar se algo é bom ou não, o conhecimento é primordial e é mesmo respeituoso do produto e do homém(s) que o fez ... coisa à qual pelo meu trabalho sou evidentemente muito sensivel !
Isto é vàlido para o vinho (aonde aprendi em aulas de enologia a degustà-lo e a conhecê-lo), mas também para o audio a arte e etc. Mas, os métodos de aprentissagem são vàrios e conheço ao menos três. Existe o método académico que consiste a aprender pela teoria/pràtica, a experiência aonde alguém à medida das tertulias e das escutas acumuladas começa inconscientemente e depois mais conscientemente a notar diferenças e a criar um modelo de qualidade ... e enfim o dom, pois hà pessoas que sém preparação especial ném muita experiência são capazes de analisar com justeza as coisas, ex: Jean Nantais (ou a minha mulher em relação ao vinho) mas é raro...
Para integrar um aparelho no contexto historico é necessario compreender o rumo da historia tecnologicamente e comercialmente e ao mesmo tempo "ouvir" a diferença ou a novidade que um aparelho criou ou não ... afim de lhe dar um lugar justo. Ao preço e ao prestigio a historia não liga muito ... pois o MC275 era muito mais caro e prestigioso do que o 8B ... e na anàlise (na realidade também) a musicalidade està do lado do Marantz. As vàlvulas também pouco dizem ... pois tanto o A Research que o Conrad utilisam as mesmas vàlvulas e téem a mesma potência e ao nivel da sonoridade são complétamente diferentes e complementares ... então ???
Efectivamente sò o conhecimento permite de ver um aparelho na sua globalidade e não de uma maneira parcial ou pessoal. Era o objectivo do topico aonde falava do casal que tinha comprado um sistema ...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Sex Out 14 2016, 13:59
Enquanto tomo café e aproveito para escrever observo o movimento na linha do horizonte. Os barcos ora se passeiam da esquerda para a direita ora optam por ir da direita para a esquerda. Há uns quantos que se aventuram mais e desaparecem, vão para lá da Minha linha do horizonte, escapam ao meu olhar e o seu destino passa a escapar-me também.
Mesmo a esta distância os barcos não me parecem todos iguais e é comum ficar a pensar de onde virão e para onde irão, o que transportarão - tanto "ão" despertou o cão que dormitava com a cabeça na sombra e o corpo estendido ao sol. Não consigo ter certezas e volto a mirar a linha do horizonte de forma apaziguada, porque um dia destes vou espreitar atentamente o Terminal de Contentores e encetarei conversa com os marinheiros.
Não gosto da "enciclopédia", não tenho nenhum dom... creio que o meu caminho passa pelas tertúlias e experiências. (e depois faço perguntas... que vício!)
ps.: o tópico sobre o tal casal é muito interessante e abre/ajuda a abrir novos horizontes, gostei mesmo de o acompanhar!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Sáb Out 15 2016, 16:21
José Miguel escreveu:
... não tenho nenhum dom... creio que o meu caminho passa pelas tertúlias e experiências. (e depois faço perguntas... que vício!) ...
Então é fazer muitas tertulias e aproveità-las afim de constitur um capital de conhecimento ... quanto ao dom (ou ao vicio) temos todos um, ném que seja o de fazer perguntas ...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: O Graaf GM200 (OTL) Seg Nov 21 2016, 13:57
Introdução : Os amplificadores OTL são um caso à parte no mundo das vàlvulas e um dominio que desperta emoções contraditorias, como tantos outros no audio. Antes de prosseguir, pareçe-me necessario explicar o que é um OTL, que na sua tradução directa quer dizer amplificador Sém Transformador de Saida (STS). As vàlvulas são componentes que trabalham em tensão (o transistor trabalha em corrente), então possuem uma impedância demasiado alta para atacar directamente uma coluna normal (entre 4 e 8Ω). Afim de abaixar a impedância das vàlvulas (que vão de vàrias dezenas a vàrios milhares de ohms) até ao nivel compativel com uma coluna os amplificadores a vàlvulas utilisam um transformador "abaixador de impedância" chamado o Transformador de saida. Ora este transformador pelo qual passa a integralidade do sinal musical de potência, introduz distorsões vàrias, perda de potência, diminui a banda, altera a fase, opacifica o som…, então para minimisar estes inconvenientes, este tém de ser produzido com grandes atenções o que significa que se torna caro … muito caro e são necessarios dois !!! A amputação desses transformadores é então um velho sonho audiofilo que nasceu em paralélo com a chegada do transistor. Afim de obter uma impedância de saida muito baixa duas condições são necessarias respectivamente: utilisar vàlvulas com uma resistência interna baixa e circuitos que artificialmente abaixam a impedância como os do tipo Futterman, Circlotron, Totem Pole, White cathode follower etc. Estas topologias auto-realimentadas permitem de obter apenas alguns ohms de impedância de saida que serão ainda divididos uma vez postos em paralélo, o que explica a grande quantidade de vàlvulas de potência necessarias e presentes na maioria destes aparelhos. Mas, os deuses da audiofilia opõem-se à perfeição e para um problema resolvido outros apareçem, os OTL não sendo uma excepção a esta regra. Esta topologia torna os circuitos mais complexos, a relação energia consumida/restuida é fraca, a dissipação térmica é enorme e impacta directamente a fiabilidade. Afim de assegurar a estabilidade e uma segurança de funcionamento correcta é necessario utilisar vàrios dispositivos de proteção o que torna ainda mais complexos os aparelhos. A utilisação de vàrias vàlvulas em paralélo tém um impacto negativo na transparência fina e a escolha de colunas com uma impedância relativamente alta e estàvel, continua a ser aconselhado. Visto estes elementos vamos poder analisar então este nosso novo aparelho que é o mitico GM200 da Graaf…
Apresentação : O Graaf GM200 foi criado nos anos 1984 pelo Giovanni Mariani que é o fundador desta marca italiana. Especialista e amador quase incondicional da estructura OTL este homém é considerado como o Enzo Ferrari deste dominio. A comparação é subtil e pertinente pois, a Graaf està estabelecida em Modena ao lado da fàbrica Ferrari e utilisa exactamente as mesmas pinturas que a prestigiosa marca de carros. O nivel de acabamento do GM200 é altissimo e a pintura é como um espelho sém nenhum defeito. Apesar das 32 vàlvulas de potência e das 8 pequenas dos andares de entrada e contrôle, o chassis do aparelho é relativamente compacto. O GM200 utilisa vàrios push-pull em paralélo de pentodos PL504 (organisadas em circuito SVCF) o que conduz à potência de 200 Watts por canal em classe AB com 20Watts em classe A. A realimentação negativa é moderada à volta de 17,5dB e o aparelho é em saida directa sém condensador (OCL). Afim de evitar que a alta tensão simetrica dos andares de potência destrua as colunas em caso de avaria, vàrios sistemas de segurança controlam em permanência o estado das vàlvulas e desligam as colunas em caso grave. O aparelho pode continuar a funcionar com vàrias vàlvulas avariadas devido a um sistema de auto-equilibragem em tempo real, sém risco para com as colunas. Dois "olhos magicos" da Telefunken funcionam como um vu-métro e dão o nivel do sinal de saida. Um transformador torico gigantesco e dois condensadores da Kendall são visiveis do exterior afim de minimisar a absorção termica. Apesar destas precauções, o aparelho aqueçe demasiado e apòs uma hora de funcionamento o transformador està a escaldar e os condensadores muito quentes…
Avantagens : A alta potência permite de atacar colunas de 4Ω guardando uma potência respeitavel de 100W. Este aparelho pode alimentar colunas electroestàticas ou isodinamicas reputadas dificeis, com uma certa facilidade. Apesar do factor de amortecimento de 12 apenas, o aparelho possui um controlo dinamico correcto dos altifalantes de grave. A definição e a rapidez são muito boas para um aparelho a vàlvulas desta potência. Os sistemas de segurança são altamente eficientes e asseguram uma segurança de utilisação total. As vàlvulas utilisadas são baratas e fàceis a encontrar sém necessidade de serem equilibradas. Nas zonas setentrionais o amplificador serve de aqueçedor com uma alta eficiência !!!...
Inconvenientes : A temperatura demasiado elevada de trabalho faz envelheçer prematuramente os componentes. O aparelho não deve ser ligado vàrias horas continuas afim de evitar avarias prematuras. O consumo energético durante o arranque necessita de uma boa (potente) instalação eléctrica pois no caso contràrio, o disjunctor do quadro sobrecarregado, vai desligar a rede. A fiabilidade é inferior à de um valvulado clàssico. A escolha das colunas deve ser ponderada em função do aparelho, pois a sonoridade varia consoante as especificações técnicas (curva de impedância) destas ultimas…
Escuta : O Graaf GM200 possui uma série de qualidades subjectivas que fizeram sonhar uma geração de audiofilos e que reconfortam os amadores dos OTL. O contorno sonoro é fino e definido como nos bons transistores mas a essência musical é materialisada como nas vàlvulas. Esta alternância subjuga e excita, dando à escuta um dualismo sedutor. O espaço sonoro é arejado e luminoso mas sém tendência analitica ou fria e isto devido ao contraponto de um equilibrio tonal elegante. Esta maneira quase liquida de reproduzir a musica aproxima-se das melhores qualidades dos SE, sém atingir o envolvimento sonoro destes ultimos. A justeza tonal é boa mas desvia para o claro o que é acentuado pela excelente rapidez da reprodução. O grave sém ser empolado ou do tipo OTL, não é do nivel dos registros médios e altos. Os ataques de contrabaixo são tensos, profundos e justos mas as espirais de musica electronica (extremo grave) pecam pela espessura demasiada. Este contraste entre a claridão dos médios e altos e o feltrado ligeiro do grave participa ao magnetismo do GM200. A potência pareçe infinita, mas a alto nivel e consoante as colunas o som pareçe projectado e agressivo, o que obriga a bem escolher tanto as colunas que o préamplificador associados. Finalmente o GM200 não soa exactamente como um OTL clàssico e desvia em direção de horizontes proximos dos solid state e de alguns hibridos. O claro/escuro destilado pelo Graaf exerce um fascinio duràvel que enfeitiça o auditor e torna-se num arquétipo da ‘musicalidade’ moderna. Um aparelho raro e cintilante que ainda não perdeu nada do seu brilho…
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Seg Nov 21 2016, 15:10
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If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Seg Nov 21 2016, 15:23
O texto é mais uma vez delicioso, parabéns Paulo!!!
O aparelho... dispenso. Ainda ontem se falava aqui em casa de válvulas e amplificadores com essa tipologia. Não escondemos o nosso apreço por esse tipo de amplificador, mas a qualidade do som teria que ser casada com algo essencial: fácil utilização.
Esse pode ser um amplificador fantástico, mas com tantos contras imagino que apenas "poucos" o possam ter e talvez isso faça sonhar uns quantos...
Que venha o próximo, mais amiguinho do utilizador!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Seg Nov 21 2016, 16:39
José Miguel escreveu:
... Ainda ontem se falava aqui em casa de válvulas e amplificadores com essa tipologia. Não escondemos o nosso apreço por esse tipo de amplificador, mas a qualidade do som teria que ser casada com algo essencial: fácil utilização.
Os amplificadores a vàlvulas são vistos muitas vezes (e não é complétamente falso...) como aparelhos complexos a utilisar e a cuidar. È verdade em certos casos mas não todos ... e existem muitos modelos com polarisação automatica, que fora mudar de vàlvulas todos os cinco ou seis anos não hà nada de outro a pensar. Mas, permito-me uma pequena intervenção visto que sou um "destruidor de sonhos" . Um aparelho a vàlvulas não é sinonimo de bom som, mas muitas vezes de "som" simplesmente (e estética é claro...) o que não é uma qualidade e ainda menos um elogio. Da mesma maneira que um bom "rodinhas" soa melhor que um mau "correia" e vice-versa ... o transistor e a vàlvula estão numa situação idêntica e pessoalmente conheço mais transistores a soar bem do que vàlvulas actualmente... então tome o tempo necessario à reflexão e às experiências !...
Esse pode ser um amplificador fantástico, mas com tantos contras imagino que apenas "poucos" o possam ter e talvez isso faça sonhar uns quantos...
Jà disse aqui ironicamente mas sincéramente que o audio "é um desporto de ricos". Nunca ouvi sistemas ou aparelhos "fantàsticos" baratos, e ainda menos a vàlvulas. Jà ouvi bons, muito bons e mesmo excelentes e às vezes mesmo de preço "moderado" ... mas fantastico e barato nunca*! Quanto ao prazer solitàrio de possuir um objecto bom e raro, isso faz parte da vida e é algo de importante para algumas pessoas pois valorisa a vida deles ... hà que respeitar pois como està escrito no Eclesiastes: ... tudo é vaidade.
Que venha o próximo, mais amiguinho do utilizador!
Se por amigo do utilisador pensa ao nivel ergonomico então serà possivel ... mas se pensa em "preço amiguinho", temo que estejamos muito longe disso ...
* Se tal existisse estariamos todos assim equipados ... pois gastar por gastar não é um objectivo !!!...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Seg Nov 21 2016, 20:27
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... Ainda ontem se falava aqui em casa de válvulas e amplificadores com essa tipologia. Não escondemos o nosso apreço por esse tipo de amplificador, mas a qualidade do som teria que ser casada com algo essencial: fácil utilização.
Os amplificadores a vàlvulas são vistos muitas vezes (e não é complétamente falso...) como aparelhos complexos a utilisar e a cuidar. È verdade em certos casos mas não todos ... e existem muitos modelos com polarisação automatica, que fora mudar de vàlvulas todos os cinco ou seis anos não hà nada de outro a pensar. Mas, permito-me uma pequena intervenção visto que sou um "destruidor de sonhos" . Um aparelho a vàlvulas não é sinonimo de bom som, mas muitas vezes de "som" simplesmente (e estética é claro...) o que não é uma qualidade e ainda menos um elogio. Da mesma maneira que um bom "rodinhas" soa melhor que um mau "correia" e vice-versa ... o transistor e a vàlvula estão numa situação idêntica e pessoalmente conheço mais transistores a soar bem do que vàlvulas actualmente... então tome o tempo necessario à reflexão e às experiências !...
Como pode verificar Paulo (sublinhados), nós não andamos por aqui só em passeio, vamos aprendendo e se gostamos de unir a estética à função (repare nas tais dez regras... e quem honestamente não o quer?!?), não pensamos que só por ser giro/catita está feito. Se hoje quiséssemos trocar o Mclaren A150 por um valvulado conseguíamos, mas isso traria o quê de bom? Queremos dar passos no sentido de ouvir melhor e não apenas ter algo que parece bem ou está na moda...
Esse pode ser um amplificador fantástico, mas com tantos contras imagino que apenas "poucos" o possam ter e talvez isso faça sonhar uns quantos...
Jà disse aqui ironicamente mas sincéramente que o audio "é um desporto de ricos". Nunca ouvi sistemas ou aparelhos "fantàsticos" baratos, e ainda menos a vàlvulas. Jà ouvi bons, muito bons e mesmo excelentes e às vezes mesmo de preço "moderado" ... mas fantastico e barato nunca*! Quanto ao prazer solitàrio de possuir um objecto bom e raro, isso faz parte da vida e é algo de importante para algumas pessoas pois valorisa a vida deles ... hà que respeitar pois como està escrito no Eclesiastes: ... tudo é vaidade.
Neste caso nem me referia propriamente ao preço, mas ao conjunto de condições para que esse amplificador possa revelar tudo o que tem de melhor. Depreendo das suas palavras que ele deve ter uma ESCUTA curta (imagino duas três horas para "aquele momento" e depois passa-se ao segundo sistema...), manutenção regular, extremo cuidado no casamento com colunas e pré, ... Ora, parece-me ser um amplificador para sistemas "exóticos" e esses não estão ao alcance de todos, mas fazem sonhar muitos! - digo isto sem qualquer tipo de segundo sentido.
Que venha o próximo, mais amiguinho do utilizador!
Se por amigo do utilisador pensa ao nivel ergonomico então serà possivel ... mas se pensa em "preço amiguinho", temo que estejamos muito longe disso ...
* Se tal existisse estariamos todos assim equipados ... pois gastar por gastar não é um objectivo !!!...
É mesmo ao nível da utilização que me refiro. Por exemplo, um amplificador bem construído em torno das 300b parece-me (peço perdão, mas aqui só posso falar em crença, nada de conhecimento...) de uso simples, ligar e horas de boa amplificação são possíveis. Claro que um bom transistorado nos dá isso por menor custo e é por isso que ainda ontem se falava aqui em casa: válvulas!?!? talvez, daqui a muitos anos.
Depois do diálogo só mais umas palavras sobre uma frase que considero fundamental e que sublinhei...
Eu não sei construir, a Luciana também não tem inclinação para a construção deste tipo de peças (amplificadores por exemplo), então procuramos com muita calma que passos dar. Quando alguém novo entra neste espaço à procura de se iniciar é sempre isso que digo: pesquisar, procurar, ouvir... creio que a prática é o caminho, mas também sei quão difícil é poder aceder às experiências. Já disse que não entro numa loja se não tiver a intenção de comprar, por isso não vou para lá chatear as pessoas para coleccionar experiências - não faz parte de mim. Sobra o aproveitar das poucas oportunidades que vão aparecendo e as experiências que fomos tendo ao longo destes anos.
As válvulas têm de facto um fascínio que não passa apenas pela amplificação de um sinal (não vou entrar na corrida pelo melhor - em teoria os transístores até seriam melhores, mas depois há qualquer coisa...), mas de facto já aprendemos que o conjunto é melhor do que as partes e a prova disso é o que temos hoje - peças menos "famosas", mas que nos tocaram mais pelo conjunto que formam e pelo resultado que possibilitam.
O próximo passo!?! As oportunidades ditarão... com tempo e muita paciência.
reirato Membro AAP
Mensagens : 3642 Data de inscrição : 08/11/2010 Idade : 80 Localização : Stª Maria de Belém, Lisboa
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Seg Nov 21 2016, 22:00
José Miguel escreveu:
... ... ... O próximo passo!?! As oportunidades ditarão... com tempo e muita paciência.
É preciso é abertura de espirito (para poder considerar opções menos óbvias ou convencionais mas que podem, sendo menos onerosas, proporcionar uma saída airosa dentro duma qualidade terrenal...) e a procura, com empenho, de componentes aqui e alí, os eBay alemão e inglês têm sido para mim a minha grande perdição... ahimè!
Olhe o que arranjei há tempos direccionado na procura dum amp para can's mas que resultou ser também um razoávell amplificador final sempre que se considere uma sala à volta de 20m2 e umas colunas com bastante sensibilidade...
ICON AUDIO, Hp 8, Mk1 - amp a válvulas,, 2 x 6N30P-DR / 6Н30П-ДР + 1 x ECC81 / 12AT7
Drivers CORAL, Beta 8 com 101dB implantados numas caixas da DYNAUDIO, Msp 100 tudo bem antigo e repescado do esquecimento...
Estrago, no amp 250,0€, nos drivers 300,0€, nas caixas 100,0€, adaptação às caixas custo 0 e o resultado bastante agradável, mesmo bastante aceitável para nivéis sonoros comedidos em volumes não muito grandes...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Seg Nov 21 2016, 22:12
Boa noite caro Reirato!
Abertura de espírito (Mente) é o que temos tido, daí termos seguido pelas compras que seguimos - fora das referências mais comuns.
Estamos muito contentes com as nossas compras, acredite, ainda por cima os preços foram mesmo à medida dos nossos pequenos bolsos.
Esse amplificado de auscultadores tem muito bom aspecto, já o tinha visto e pesquisado depois de o ter mostrado em outro lugar.
As nossas colunas são pesadotas (88db), precisam de mais alimento...
masa Membro AAP
Mensagens : 411 Data de inscrição : 29/01/2013 Idade : 79 Localização : Vale de Milhaços
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Seg Nov 21 2016, 23:20
Olhe o que arranjei há tempos direccionado na procura dum amp para can's mas que resultou ser também um razoávell amplificador final sempre que se considere uma sala à volta de 20m2 e umas colunas com bastante sensibilidade...
Viva compadre,esse ampli de phones,passado umas horitas , não fica cansado de carregar com essas colunas ás costas? Cpts Masa
reirato Membro AAP
Mensagens : 3642 Data de inscrição : 08/11/2010 Idade : 80 Localização : Stª Maria de Belém, Lisboa
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 00:38
Olá compadre!
Não, não se queixa, aquilo tem muita alma com aquelas duas válvulas russas, iguais a estas, por alcunha as "super tubos",
6N30P-DR
E, as colunas têm o tweeter isolado e os drivers são Full Range com 101 dB.
Mas normalmente aquelas colunas estão dedicadas ao nossoAudioanalyse A9 que está por baixo dele, sendo o ICON usado para os phones.
Abço,
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: O Audio Note Ongaku Ter Nov 22 2016, 15:38
Introdução : Não seria possivel ném honesto, de abordar dez aparelhos historicos sém falar dos amplificadores Single-ended (SE). Estes aparelhos, que são alvo de um verdadeiro culto para muitos mélomanos são técnicamente um paradoxo, então vamos là compreender porquê. Os amplificadores mono-vàlvula ou “Single-ended”, nasceram no fim dos anos vinte para amplificar os teatros e para o cinema, quando este se tornou falado. Visto assim, estes aparelhos são então os primeiros amplificadores e consequentemente pertençem à pré-historia do audio eléctronico. O apogeu desta tecnologia foi nos EUA à volta dos anos trinta, com marcas como a Western Electric, que era uma empresa especialisada no cinema. Desde os anos quarenta os tétrodos começaram a tomar o lugar dos triodos e o Push-Pull (mais potente) eclipsou definitivamente o Single-ended. Mas a historia dà muitas voltas e é um eterno recomeço, então desde o começo dos anos sessenta são os japoneses que vão exumar esta tecnologia do tumulo aonde jazia em paz. Em comparação directa com os amplificadores Push-Pull da época, os amadores reconhecem que os Single-ended soam de uma maneira mais natural. È o postulado inicial da escola audiofila japonesa, que vai duvidar da evolução musical do audio. Eles começam com método a fabricar amplificadores com todos os antigos triodos disponiveis, e a utilisar componentes modernos na fabricação. O resultado é espectacular, e as demonstrações publicas são eloquentes. Os Single-ended são verdadeiramente muito mais musicais que as outras tecnologias e um culto começa a nascer. Certos artesãos japoneses vão mesmo se especialisar nesta tecnologia e na fabricação dos componentes associados, aos quais serà dado muito mais tarde, o nome pomposo de “componentes audiofilos”. Uma hierarquia de qualidade dos triodos, apareçe rapidamente e unanimamente os japoneses constatam que o melhor triodo à escuta é o 300B, eles vão baptizar a vàlvula de “Rainha dos triodos”. Este triodo criado pela Western Electric em 1928, teve uma longevidade extraordinaria, pois foi fabricado até fim dos anos oitenta, sem interrupção. È uma vàlvula muito dificil a copiar (e uma das mais copiadas...), pois a Western Electric possedia um know-how unico, e os segredos escondidos neste triodo, são até hoje quase (ou ainda) impenetràveis. A linearidade da 300B é fantastica (ultrapassa quase todas as outras valvulas), e a robusteza é unica (mais de 10000 horas de funcionamento). Esta fiabilidade explica que a partir dos anos sessenta a 300B é utilisada nas alimentações de radar !!!... Efectivamente o radar militar vai utilisar, e utilisa ainda alguns triodos conhecidos. Porquê utilisar valvulas na era do microprocessador ???... Simplesmente porque com a ajuda de um piloto russo de MIG-25, todos os paises compreenderam desde os anos oitenta que em caso de guerra nuclear, sò as vàlvulas é que funcionam durante a tempestade electromagnetica que acompanha a explosão nuclear. Mas a 300B não é a unica vàlvula triodo de grande linearidade e desde os anos setenta os japoneses começam a fazer aparelhos com os grandes triodos de emissão como os DA100, 845, 211. Estas vàlvulas que exigem altas-tensões de funcionamento (de 800 até 1250 V), são mais potentes que as 300B e pràticamente tão lineares. È a vàlvula de emissão 211 que serà a eleita para utilisação no aparelho que vamos analisar hoje … que é simplesmente o icônico e controvertido Ongaku da Audio Note !!!...
Historia e filosofia : O Sr Hiroyasu Kondo criou em 1976 a Audio Note no Japão. Chamado o “Ferreiro da prata” pela utilisação massiva deste metal, as suas criações foram sempre embebidas de mistica asiàtica e da cultura do segredo. Este esoterismo é o nucleo central da escola japonesa que criou uma série de mitos e lendas que ainda hoje animam os adeptos das tecnologias ditas audiofilas. Assim, estes aparelhos são vistos como uma extensão espiritual do seu criador e cristalisam a busca da energia vital universal Tchi (Ki em japonês). O aparelho (objecto inanimado) vai ser então insuflado de uma força emotiva que o transmuta em obra de arte. Nesta visão alquimista os processos de fabricação são codificados e obedeçem a regras empiricas que conduzem à beleza e ao equilibrio universal. Esta crença ainda hoje guia os amadores de « single-ended », que enalteçem os transformadores, condensadores, resistências, soldadura fio a fio, vàlvulas NOS, etc… como sendo condições necessarias à obtenção de uma escuta màgica. O Ongaku (Musica em japonês) foi criado em 1989 e é a mais célebre das criações do Sr Kondo. Este aparelho cristalisa a sua filosofia e é um concentrado de « mitologia audiofila » que faz sonhar os aficionados desta disciplina. De uma certa maneira, este aparelho é o responsàvel pela moda dos SE’s no ocidente e é o mais conhecido dos amplificadores mono-vàlvula à moda antiga, o que explica que seja o eleito afim de representar esta tecnologia…
Apresentação : O Ongaku é um amplificador integrado estreito e longo, relativamente bem acabado. De uma certa maneira é a vitrina da Audio Note então é fabricado com os melhores componentes da firma. Os transformadores de saida são bobinados à mão com fio de prata e altamente sectorisados. As bobinagens são isoladas com papel de arroz imbibido de cera de abelha e mergulhados num alcatrão natural para evitar as vibrações. Os condensadores são feitos com filme de polipropileno metalisado com prata exclusivos à Audio Note. As resistências ao tântalo são especificas à marca e consideradas como as melhores nesta aplicação. Evidentemente todos os componentes são luxuosos e reputados o que é normal num amplificador que custa quase 100K€ !!! Os componentes são ligados fio a fio (de prata é claro) e as vàlvulas são todas NOS. O circuito é clàssico e muito simples como é habitual nestes aparelhos e reputado pela musicalidade final. As fichas de entrada estão de lado afim de minimisar o trajecto do sinal. A rectificação da alimentação é feita com vàlvulas diodos à maneira antiga. O aparelho é montado à mão com preçeito pelos melhores cabladores da firma. O chassis é feito de cobre com o intuito de eliminar as distorsões magnéticas assim que as correntes de Foucault. O aparelho extrai 27Watts de cada 211 o que é excecional com cerca de 5% de distorsão … um valor elevado mas que é louvàvel visto a ausência de realimentação negativa. Actualmente existe uma variante deste aparelho designado pelo nome mas feito pela AN do Reino Unido que nunca escutei, mas este artigo é consagrado à versão original japonesa e chamada hoje Kondo Ongaku …
Avantagens : O aparelho é suficientemente potente para atacar colunas de sensibilidade média o que é uma avantagem com esta tecnologia. È um integrado e isto que permite de minimisar os elementos do sistema. Os triodos utilisados são robustos o que assegura teoricamente uma boa fiabilidade. O circuito simples e a alta qualidade dos componentes favoreçe a transparência musical. A raridade e o prestigio do aparelho valorisa o possuidor…
Incovenientes : Como todos os SE tradicionais, as colunas devem ser escolhidas afim de criar uma sinergia musical, de mesmo que a fonte … depois fora o preço e a filosofia tecnologica controvertida, não vejo grande coisa a criticar !!!
Escuta : O Ongaku não é o melhor SE existente é certo, mas é um aparelho perturbante e algo adictivo. Desde as primeiras notas a noção de espaço e de fineza são evidentes e ebriantes. A essência musical é animada por uma luz interior, sém que o auditor sinta uma falta de honestidade. O discurso musical é isolado no espaço sonoro e de uma grande lisibilidade. A escuta é marcada por um sentido afectivo ou emotivo mais do que intelectual ao ponto de baralhar os sentidos. È uma escuta estética evidente que suborna os parâmetros técnicos ao nivel de detalhe sém interesse. A mensagem musical torna-se mais bela do que é (ou foi) na realidade e o auditor surpreendido afoga-se num clima feito de beldade em suspensão. Nada é perfeito desde o grave até aos agudos, mas a envolvência criada pelo aparelho subjuga, seduz e hipnotisa. Os critérios de analise tornam-se pessoais e desnaturados da essência original … pois o aparelho destila sonoridades orgânicas no lugar de electronicas. A musica torna-se mais bela do que a realidade o que é evidentemente falso, mas os sentidos apreciam. O grave é tenso e ritmado mas com uma dinamica média, subtil e feltrada que faz ressentir mais do que sentir fisicamente os ataques. Os médios são brancos e encarnados pois a alternância de precisão e de materialidade cria sonoridades diafanas e encorpadas … em igual simbiose. Os agudos, demasiado ciselados criam uma diagonal de fuga entre a materialidade do grave e a espiritualidade dos cimos. Evidentemente, este aparelho fala aos sentidos mais do que ao intelecto. A nobreza emotiva não pode esconder as altas deficiências técnicas e mesmo de justeza tonal. È um som algo manipulado e estéta … mas que faz duvidar e que deleita os sentidos. O Ongaku é então parcialmente fiel à sua reputação … magico mas, esteril na sua missão fundamental. Um aparelho sublime que transmuta a musica em beleza, ora que esta não é feita que de matéria estética…
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 16:15
Mais uma vez, e como sempre....excelente.
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António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 17:28
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 18:07
António José da Silva escreveu:
...Nòs acreditamos que os aparelhos de audio devem funcionar como os instrumentos de musica... (2"40)
TD124 escreveu:
... Nesta visão alquimista os processos de fabricação são codificados e obedeçem a regras empiricas que conduzem à beleza e ao equilibrio universal...
pois é ...
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 18:10
TD124 escreveu:
pois é ...
Por 100 mil até eu me tornava um poeta.
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 18:18
António José da Silva escreveu:
TD124 escreveu:
pois é ...
Por 100 mil até eu me tornava um poeta.
Jà somos dois !!! ... mesmo pela metade ou menos ainda !
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 18:24
TD124 escreveu:
Jà somos dois !!! ... mesmo pela metade ou menos ainda !
Vendia-me bem mais em conta.
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Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 19:08
Subscrevo totalmente a opinião do Paulo sobre este Ongaku. Ouvi-o por três ocasiões com mais atenção e só na última ele mostrou tudo o que valia, alimentando umas colunas com base nas Avantgard, com 107 db/W/m.
Da segunda vez a coisa não correu nada bem, pois há, entre alguns audiófilos, a mania que as Sonus Faber vão bem com válvulas, e apostaram em pô-lo a alimentar umas Stradivari , que apesar dos 92 db/W/m a 4 ohm - 2,8 V, desciam com toda a facilidade aos 2 ohm
Para tocar 1 instrumento, até que eu papo. Mas e uma orquestra ? https://www.youtube.com/watch?v=4H8sv2hiVqM&t=23s
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 20:03
Goansipife escreveu:
... pois há, entre alguns audiófilos, a mania que as Sonus Faber vão bem com válvulas, ...
Tenho pouca experiência das Sonus Faber fora as Guarnieri, no entanto a melhor escuta que fiz delas foi com um SE ... mas era o Lamm ML2.1, o que evidentemente é outra loiça !
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 20:12
TD124 escreveu:
Goansipife escreveu:
... pois há, entre alguns audiófilos, a mania que as Sonus Faber vão bem com válvulas, ...
Tenho pouca experiência das Sonus Faber fora as Guarnieri, no entanto a melhor escuta que fiz delas foi com um SE ... mas era o Lamm ML2.1, o que evidentemente é outra loiça !
Pois..., assim não vale Esse eu não conheço Não digo que não haja um valvulado qualquer que venha a encantar-me com Sonus Faber, mas até hoje ainda não tive essa sorte
unidade Membro AAP
Mensagens : 201 Data de inscrição : 08/03/2012 Idade : 61 Localização : Almada
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 21:00
este tópico é..... "altamente"
e desculpem lá....ignorando eventual tentativa... de almejar equilíbrio emocional/racional, sobre a sua aquisição/posse/gozo.... do AN Ongaku
com vários 100mil disponíveis..., talvez perdesse o "bom senso"
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Ter Nov 22 2016, 22:41
unidade escreveu:
.....com vários 100mil disponíveis..., talvez perdesse o "bom senso"
E partindo do principio que os homens já venderam uma quantidade razoável deles, não serias o único.
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Última edição por António José da Silva em Qua Nov 23 2016, 11:19, editado 1 vez(es)
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qua Nov 23 2016, 11:10
António José da Silva escreveu:
unidade escreveu:
...com vários 100mil disponíveis..., talvez perdesse o "bom senso"
E partindo do principio que os homens já venderam uma quantidade razoável deles, não serias o único.
Agora, entendo o motivo da existência da canção «Não sou o único», escrita por José Pedro e interpretada pela Resistência.
jpaguas
Mensagens : 26 Data de inscrição : 21/12/2014 Idade : 60
Assunto: Quad II Qua Nov 23 2016, 17:55
Já tive um par que restaurei esteticamente, mas infelizmente tive de vender, um dia destes deixei-o ligado muito tempo e começou a derreter e entornar o alcatrão do isolamento do transformador... Tinham muito pouca potência, mas bons médios... Pelo sim e pelo não arranjei-lhe um dono novo, que tratou de o restaurar Cumps,
Aspra escreveu:
TD124 escreveu:
Na base do que foi feito para os giras... vamos là ver dez valvulados que fizeram a historia !!!...
Espero que vos agrade tanto quanto os giras
Bom dia
Só valvulados?? Os outros também merecem umas crónicas espetaculares, não??
Ou como diz o brasileiro: fico no aguardo !!!!
Abraço e venham elas.
Aspra
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qua Nov 23 2016, 17:57
jpaguas escreveu:
Já tive um par que restaurei esteticamente, mas infelizmente tive de vender, um dia destes deixei-o ligado muito tempo e começou a derreter e entornar o alcatrão do isolamento do transformador... Tinham muito pouca potência, mas bons médios... Pelo sim e pelo não arranjei-lhe um dono novo, que tratou de o restaurar Cumps,
Já é algo do qual não me posso gabar, infelizmente.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qua Nov 23 2016, 18:14
Somos dois e muito gostava de os ter em casa a alimentar as colunas...
Por outro lado, António o Benfica está a dar dois - dois grandes golos!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qua Nov 23 2016, 18:15
José Miguel escreveu:
Somos dois e muito gostava de os ter em casa a alimentar as colunas...
Por outro lado, António o Benfica está a dar dois - dois grandes golos!
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qua Nov 23 2016, 18:17
Este terceiro até aqui no meio de Portistas fez levantar as mãos!!!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Nov 24 2016, 08:12
jpaguas escreveu:
Já tive um par que restaurei esteticamente...
Um par ???... um sò jà é raro então dois Ongaku's !!!
José Miguel escreveu:
Somos dois e muito gostava de os ter em casa a alimentar as colunas... ...
È preciso mudar de trabalho ... ou ganhar o Loto !!!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Nov 24 2016, 11:11
Calma Paulo!!! O homem estava a referir-se aos (dois/par) Quad II...
Mesmo para os Quad II já teria (tenho mesmo de qualquer forma) que mudar de trabalho, porque desde logo teriamos que mudar de colunas. Não seriam estas o melhor casamento...
Como não percebo tudo o que é "técnica" posso estar a ver mal as coisas, mas a evolução das colunas revela perda de eficiência/sensibilidade, obrigando ao uso de amplificadores (transistorados!?!?!) mais potentes. É uma dúvida que tenho faz muito tempo.
Eu já tinha questionado pelos Single-ended, mas como nunca ouvi nenhum desenvolvi a minha curiosidade em volta de outros bem mais simples e baratos, que andam em volta da 300b e aparecem no Japão por valores bem mais simpáticos.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Nov 24 2016, 11:18
José Miguel escreveu:
Calma Paulo!!! O homem estava a referir-se aos (dois/par) Quad II...
Também fui enganado.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Dez amps para a historia... Qui Nov 24 2016, 11:52
António José da Silva escreveu:
José Miguel escreveu:
Calma Paulo!!! O homem estava a referir-se aos (dois/par) Quad II...
Também fui enganado.
Para os senhores Administradores é tudo em grande...
Fala-se de um velhinho e logo partem para admiráveis novos mundos!