Monitores...

Pronto, cá vai o tópico sobre Colunas monitoras.

Vou entrar a matar!... Existem muitos monitores que merecem ser destacados e alguns irão ter aqui o seu lugar, mas para já vou começar mesmo por cima... Como devem saber, as Fonus Faber Guarneri tem um lugar no topo e bem merecido. Eu tive o prazer de ouvir umas das últimas, neste caso eram Edição Limitada. Já antes comentei, as colunas mesmo a sair da caixa soaram tão bem!...

Agora, para mim, não há como as minhas, feitas em casa. Apenas poderá perder pelo Tweter, que mesmo assim é muito bom - o Vifa XT25. Ainda assim, não as troco por nenhuma das que já ouvi até hoje.

Uma das coisas que costuma ser tema de discução e ponderação, aqui é o grave. No caso destes, normalmente nem sequer é considerado. No caso das minhas, estou bem muito obrigado!

Força carago!...

Se é para abordar este assunto, penso que seria bom falar primeiro que tudo sobre o que são Monitoras e o que são colunas de stand. É que a meu ver há uma diferença entre as duas. As Monitoras de estúdio do tipo near field que são uma ferramenta de trabalho, e as colunas de stand que temos em casa e que têm uma função bem diferente. (o que não quer dizer que as de estúdio não possam ser usadas em casa)

Mas venha daí o debate de ideias.

Vodoo escreveu:

Em vez de estares aí a coçar o queixo, diz mas é qualquer coisa.

António mas eu destas tretas de estúdios não percebo nada

Vodoo escreveu:

António mas eu destas tretas de estúdios não percebo nada

Nem eu. Mas entre uns e outros....

Lembro-me apenas de ir a Lisboa vislumbrar as Altec Lansing e adorava ouvir aquilo a tocar.

Mas porque é que lhes chamam monitoras e não colunas de prateleira, que é o como se chamam noutras paragens ?
É que há colunas usadas em monitorização que são bem grandes....como as do Ganho do Som...

Milton escreveu:

Mas porque é que lhes chamam monitoras e não colunas de prateleira, que é o como se chamam noutras paragens ?
É que há colunas usadas em monitorização que são bem grandes....como as do Ganho do Som...

Quando esclarecerem esta pertinente pergunta, eu adoraria entrar no debate. Penso que a ideia era trocarmos ideias sobre monitores de estúdio. Estarei enganado?

Cumprimentos,

MJC

Milton escreveu:

Mas porque é que lhes chamam monitoras e não colunas de prateleira, que é o como se chamam noutras paragens ?
É que há colunas usadas em monitorização que são bem grandes....como as do Ganho do Som...

Noutras paragens também lhe chamam monitoras, quando se tratam de colunas que são usadas nos estúdios de gravação, (e não só) o que não tem a ver com o tamanho, mas sim com a função. Penso que, como a maioria das monitores são pequenas, (Yamaha NS-10, Rogers etc) começou-se a usar a palavra para a aplicar a tudo o que era coluna de estante, mesmo que não fosse para a função de monitorização. Mas que as há, disso não á duvida.

António José da Silva escreveu:

Milton escreveu:

Mas porque é que lhes chamam monitoras e não colunas de prateleira, que é o como se chamam noutras paragens ?
É que há colunas usadas em monitorização que são bem grandes....como as do Ganho do Som...

Noutras paragens também lhe chamam monitoras, quando se tratam de colunas que são usadas nos estúdios de gravação, (e não só) o que não tem a ver com o tamanho, mas sim com a função. Penso que, como a maioria das monitores são pequenas, (Yamaha NS-10, Rogers etc) começou-se a usar a palavra para a aplicar a tudo o que era coluna de estante, mesmo que não fosse para a função de monitorização. Mas que as há, disso não á duvida.

Pois , também penso que terá sido mais um dos muitos anglicismos, ou vicios de linguagem, que por cá proliferam.
A Tannoy teve várias séries que designou "monitor", com tamanhos que iam desde o pequeno ao enorme.
E essas séries foram desenhadas para utilização em estudio, mas rápidamente se viram á venda também nas lojas de HiFi.

Mas há uma duvida que me assola:
Sendo algumas dessas colunas de monitorizaçao, conhecidas por não serem adequadas para uma utilização num sistema doméstico, nomeadamente por terem limitações ao nivel das frequências baixas (caso das Rogers), e outras por terem os agudos demasiado evidentes(caso das Yamaha), como é que aquelas alminhas conseguiam fazer e editar um Master em condições de nós ouvirmos ?

Também tens as Rogers BBC LS 5/8 que eram uns enormes calhamaços.

http://www.mhennessy3.f9.co.uk/rogers/ls58.htm

Mas o tópico é sobre monitores de estúdio ou sobre colunas que por moda alguns chamam de »monitoras«?

Se o debate for sobre monitores de estúdio tenho uma ou duas coisas a dizer. Se for sobre colunas de prateleira/estante não tenho nada a dizer porque não percebo a ponta de um chavelho do assunto. Mas tenho pena.

Cumprimentos,
MJC

MJC escreveu:

Mas o tópico é sobre monitores de estúdio ou sobre colunas que por moda alguns chamam de »monitoras«?

Se o debate for sobre monitores de estúdio tenho uma ou duas coisas a dizer. Se for sobre colunas de prateleira/estante não tenho nada a dizer porque não percebo a ponta de um chavelho do assunto. Mas tenho pena.

Cumprimentos,
MJC

E eu igualmente mas ao contrário.
De qualquer forma Caro Milton, as Yamaha NS-10 necessitam do seu amplificador expecífico para tocarem correctamente.

Vodoo escreveu:

De qualquer forma Caro Milton, as Yamaha NS-10 necessitam do seu amplificador expecífico para tocarem correctamente.

Eu tive as Yamaha NS-10 Studio e tocavam bastante bem.

Mas António as primeiras e originais eram dométicas e salvo erro eram as NS10M, e depoís foram redesenhadas a nível de crossover, tweeter e etc e as primeiras de estúdio eram as NS10M Studio e mais uma série de denominações.
De qualquer forma acerca da afirmação do Amigo Milton o fenómeno de popularidade das NS-10 foi estudado e por acaso encontrei algo curioso sobre esse assunto e depoís disto o Mestre Mário faça o favor de se expressar á vontade porque penso eu que este tópico era mesmo sobre monitoras de estúdio !!!

Further Reading: The paper, The Yamaha NS10. Twenty Years A Reference Monitor. Why? is no longer available from the Institute of Acoustics but some of it is included in Philip Newell and Keith Holland's book, Loudspeakers For Music Recording And Reproduction. Anyone who gets to the end of this article without losing the will to live could do much worse than get hold of a copy. [Ed — Since this SOS article was first published, the authors have kindly given us permission to host the research paper PDF on our web site: www.soundonsound.com/pdfs/ns10m.pdf ]

Having said that the Newells/Holland paper was the first analysis of the NS10, Andy Munro presented a paper to the Audio Engineering Society in the early '90s, in which he examined in passing the acoustic effects on the NS10 of placing it on the meter bridge of a big desk. The paper showed that the NS10's frequency response flattens in such circumstances — reflection from the desk reinforces output in the upper bass and low-mid region.

MJC escreveu:

Mas o tópico é sobre monitores de estúdio ou sobre colunas que por moda alguns chamam de »monitoras«?

Se o debate for sobre monitores de estúdio tenho uma ou duas coisas a dizer. Se for sobre colunas de prateleira/estante não tenho nada a dizer porque não percebo a ponta de um chavelho do assunto. Mas tenho pena.

Cumprimentos,
MJC

Já tentei passar-te a bola...agarra-a e conduz o jogo, bolas...

Milton escreveu:

MJC escreveu:

Mas o tópico é sobre monitores de estúdio ou sobre colunas que por moda alguns chamam de »monitoras«?

Se o debate for sobre monitores de estúdio tenho uma ou duas coisas a dizer. Se for sobre colunas de prateleira/estante não tenho nada a dizer porque não percebo a ponta de um chavelho do assunto. Mas tenho pena.

Cumprimentos,
MJC

Já tentei passar-te a bola...agarra-a e conduz o jogo, bolas...

E os meus passes milímetricos, todos para a boca da baliza e.....nada.

Então deixem-se de passes e bolas porque a época já acabou e abram um tópico denominado »Monitores de Estúdio«.

Este dirá respeito apenas às colunas que ficam na prateleira.

Fico a monitorizar a situação...

Cumprimentos,

MJC

BTW: Já agora apaguem os comentários extra porque apesar de não perceber népia de colunas de estante/prateleira/suportes acho que estas merecem ser tratadas com a mesma dignidade dos outros caixotes.

MJC escreveu:

Então deixem-se de passes e bolas porque a época já acabou .....

Amigo Mário. Como todos sabemos, a época do AAP dura o ano todo sem paragem de inverno nem férias de verão. Contrariamente a outros fóruns, aqui fomentamos a boa convivência e alegria típica de malta bem disposta. Não é por acaso que apesar de pequeníssimos, somos o fórum mais animado de todos.

Siga o campeonato.

Mas que grande confusão, ein?! Colunas de prateleira? Eu não digo que não se possam colocar numa prateleira, mas principalmente quando se fala de hi-fi, então a prateleira será boa mas é para as arrumar. Colunas de estúdio? Eu não vejo como falar de estudio e hi-fi da mesma forma. Eu não tenho um estúdio, tenho uma sala e neste momento as minhas colunas são de duas vias, como se costuma usar nos estúdios, ou seja, monitoras.

Se me permitem gostaria de contribuir para o debate Os estudios de gravação ( pelo menos os que têm alguma dimensão ) estão equipados com mais do que um par de monitoras.
As primeiras são as do tipo nearfield que tal como o nome indica se destinam a serem usadas para escuta "próxima". São normalmente colocadas por cima das consolas de mistura. Ao contrário do que é senso comum, não devem estar deitadas devido a uma deslocação de fase que pode ser provocada quando o técnico se movimenta na mesa ( não esquecer que as tais mesas, podem ter 48 vias de entrada ( ou mais ) e portanto uma superficie de trabalho de mais de metro e meio de largura ).
Por norma são do tipo activo e recebem directamente o sinal. Alguns modelos de algumas marca, possuem dip switches que permitem configurar a resposta de frequência através de cortes no treble tilt e bass roll-off, por forma a adaptar a coluna à acustica e colocação no estúdio. A filosofia desejável para um monitor de estúdio é o da linearidade. Procura-se assim uma resposta de frequência com uma curva que idealmente não sofra variações superiores a +-3dB ao longo do espectro.

Depois, os estúdios devem ter outro par de colunas, normalmente "embutidas" na parede frontal, que por norma são de maior dimensão ( os main Monitors ) São colunas também elas do tipo activo ( auto-amplificadas ) e que podem ser de 2 ou 3 vias. Este tipo de colunas pode ter níveis de pressão acústica máxima verdadeiramente brutais ( » 126dB ) e destinam-se também a fazer a apresentação do trabalho final ao cliente. O preço de um bom par pode atingir os 20.000€, e tal como as outras podem ser configuráveis através dos tais dip-switches que se encontram nos módulos de amplificação. Nalguns casos ( falo da marca com a qual trabalho ) pode ser feita uma análise de comportamento através de software dedicado e microfones calibrados em fábrica para "afinação final do som".

Por fim, os estúdios começam a ter setups para fazerem monição surround. O exemplo do estúdio mais conhecido no nosso mercado usa as Nautilus 800 ou 801 salvo erro, mas também conheço pelo menos 1 estúdio em Sintra com um setup de 5 Nautilus 802D. A série NAutilus como sabem é bem conhecida do mundo audiófilo e afirmar que são monitores de estúdio não é consensual ( até porque ao contrário da grande maioria dos monitores de estúdio, são passivas )
Estes setups 5.1 podem também utilizar colunas de embutir ( as tais que anteriormente referia ) que devem ser certificadas pela Dolby. Tanto quanto sei, após a conclusão da instalação, e para o estúdio ser certificado, deverá ser submetido a uma avaliação criteriosa por um técnico dos estudios Dolby.

Cumprimentos cordiais
cnm

c_n_m escreveu:

Se me permitem gostraia de contribuir para o debate

E em boa hora o fizeste.
Vai daqui o meu aplauso, por tão eloquente e esclarecedor texto !

Obrigado pela explicação. Só com o intercâmbio de conhecimentos e experiências, é que se aprende.

obrigado a ambos! quanto à colocação horizontal versus vertical ( e se repararem é moda colocá-las horizontalmente ) encontrei um "paper" técnico que poderei colocar aqui, e que explica o porquê de não o dever fazer, quando ou se o debate aquecer em resposta a essa afirmação.

c_n_m escreveu:

....quando ou se o debate aquecer em resposta a essa afirmação.

E aquecem sempre. Felizmente, e ate hoje, os aquecimentos tem-se mantido dentro do aceitável.

Ok, para mim é-me indiferente o nome que se lhes dá. Podia-se até chamar e por vezes chamam-se, colunas de suporte. Mas adiante.

Outra coisa nestas é aquestão da variante em termos de volume da caixa. Ainda, se é caixa selada ou com porte. Aqui, se é frontal, traseiro ou outro. Também, maior ou menosr abertura. Não esquecendo as que não têm caixa.
No caso do prote, a sua localização e direcção faz bastante diferença. Em termos de abertura, esta pode ser alterada.

Venham dai mais comentários!