Fórum para a preservação e divulgação do áudio analógico, e não só... |
Fórum para a preservação e divulgação do áudio analógico, e não só... |
|
| Patricia Barber (2/XII/2017) | |
| | Autor | Mensagem |
---|
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14282 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
| Assunto: Patricia Barber (2/XII/2017) Qua Dez 06 2017, 23:13 | |
| 6º - 18º Segundo dia de Dezembro. Vinte horas e quarenta e cinco minutos. 6º içados pela ausência de precipitação. Vento em marcha lenta a 10 km/hora. Passo pela Rua de Belém, pobre em iluminação e enfeites de Natal, que não emergem à vista. Dirijo-me para o Centro Cultural de Belém, na Praça do Império. No Grande Auditório, povoado com metade da lotação, Patricia Barber em formato trio, inicia a actuação às 21h05, com o clássico «In your own sweet way», de Dave Brubeck. À semelhança desse pianista, também ela envereda por súbitas mudanças de tempo contrárias à estética da matemática. Tentar efectuar prognose do que Patricia interpretará é malograr, visto ter habituado o público a diversificações constantes nas actuações, juntando alguns temas de sua autoria e outros de sua memória que tão bem sabe reanimá-los. Do reportório do pouco ortodoxo John Birks Gillespie (dito Dizzy Gillespie), surge com vigor no domínio harmónico e rítmico, «Groovin´ high», condimentado pelo ritmo solto resultante das prestações impregnantes de Patrick Mulcahy (contrabaixo) e Jon Deitmyer (bateria). Dos treze temas interpretados, no sétimo sentiu-se aquecimento na atmosfera, com o sereno «Pygmalion», do álbum «Mythologies» (2006), retribuído com efusivos aplausos. Gradualmente, a temperatura aumentava na noite de luar cilíndrico, gordo e cheio, não faltando «The Moon», tema que primeiramente surgiu no álbum «Verse» (2002). Em «Company», a pianista e compositora chicagoense cantava gesticulando e ao exercer pressão sobre as cordas do piano, obteve uma sonoridade como se fosse outro instrumento, fazendo lembrar uma guitarra eléctrica - instrumento, cuja falta foi notada na roupagem dada a «Light my fire» dos Doors, com o qual preencheu o encore - terminando a actuação, que sem ser fogosa, foi amena, rondando os 18º de temperatura.Tiro ao boneco e blá-blá-blá com a antiga grafia: Ghost4u | |
| | | José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: Patricia Barber (2/XII/2017) Qua Dez 06 2017, 23:52 | |
| Agora que tenho os pés em "continente" firme, ir a um bom concerto já está na agenda. O próximo será já no Sábado, Mão Morta... creio não vir a ser capaz de o retratar como aqui vejo retratado o de Patricia Barber. O belo relato e retratos merecem , é assim que se aguça a curiosidade alheia! | |
| | | Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
| | | | vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
| Assunto: Re: Patricia Barber (2/XII/2017) Qui Dez 07 2017, 18:35 | |
| - Ghost4u escreveu:
6º - 18º
Segundo dia de Dezembro. Vinte horas e quarenta e cinco minutos. 6º içados pela ausência de precipitação. Vento em marcha lenta a 10 km/hora. Passo pela Rua de Belém, pobre em iluminação e enfeites de Natal, que não emergem à vista. Dirijo-me para o Centro Cultural de Belém, na Praça do Império. No Grande Auditório, povoado com metade da lotação, Patricia Barber em formato trio, inicia a actuação às 21h05, com o clássico «In your own sweet way», de Dave Brubeck. À semelhança desse pianista, também ela envereda por súbitas mudanças de tempo contrárias à estética da matemática.
Tentar efectuar prognose do que Patricia interpretará é malograr, visto ter habituado o público a diversificações constantes nas actuações, juntando alguns temas de sua autoria e outros de sua memória que tão bem sabe reanimá-los. Do reportório do pouco ortodoxo John Birks Gillespie (dito Dizzy Gillespie), surge com vigor no domínio harmónico e rítmico, «Groovin´ high», condimentado pelo ritmo solto resultante das prestações impregnantes de Patrick Mulcahy (contrabaixo) e Jon Deitmyer (bateria).
Dos treze temas interpretados, no sétimo sentiu-se aquecimento na atmosfera, com o sereno «Pygmalion», do álbum «Mythologies» (2006), retribuído com efusivos aplausos. Gradualmente, a temperatura aumentava na noite de luar cilíndrico, gordo e cheio, não faltando «The Moon», tema que primeiramente surgiu no álbum «Verse» (2002). Em «Company», a pianista e compositora chicagoense cantava gesticulando e ao exercer pressão sobre as cordas do piano, obteve uma sonoridade como se fosse outro instrumento, fazendo lembrar uma guitarra eléctrica - instrumento, cuja falta foi notada na roupagem dada a «Light my fire» dos Doors, com o qual preencheu o encore - terminando a actuação, que sem ser fogosa, foi amena, rondando os 18º de temperatura.
Tiro ao boneco e blá-blá-blá com a antiga grafia: Ghost4u Nice review! | |
| | | vandergraaf
Mensagens : 5 Data de inscrição : 28/07/2012
| Assunto: Re: Patricia Barber (2/XII/2017) Qui Fev 08 2018, 20:32 | |
| estive lá, grande Patricia Barber Boa reportagem | |
| | | Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: Patricia Barber (2/XII/2017) | |
| |
| | | | Patricia Barber (2/XII/2017) | |
|
Tópicos semelhantes | |
|
| Permissões neste sub-fórum | Não podes responder a tópicos
| |
| |
| |
|