Ficar espantado é uma condição humana, pessoal, onde cada um fica como, porque e quando quer. Há quem fique espantado por tudo e por nada, há quem, por ‘snobismo’ diga que nada o espanta e há ainda, quem, por variadíssimas vicissitudes da vida, são poucas já as circunstâncias de espanto. Eu faço parte destes últimos.
No fim-de-semana passado, um set de amplificação de circunstância, deixou-me espantado.
Já tinha antes ouvido falar (1 ou 2 vezes, não mais) da Adcom, mas nunca escutado algo desta marca, que por sinal tem PVPs na origem (USA) até muito simpáticos.
https://www.adcom.com/allproduct.php
Só tomando nota da marca, com mais acuidade, há poucas semanas pela voz de um Amigo, aqui do fórum, o Adcom GFP-555II (pré), foi ouvido primeiramente a conduzir sinal para um OTL JP e deixou-me logo muito entusiasmado pela abertura, clareza e coerência de timbres no ataque às notas dos instrumentos intervenientes no processo musical em curso, com um controlo de baixos admirável.
Claro, tinha de o trazer para casa para o ouvir com mais acuidade. A acompanhá-lo veio também o Rotel RB-971.
Já em casa, o conjunto, substituiu o amplificador residente, no meu segundo sistema – Denon PMA-2500ne – tarefa algo fácil, pois o Adcom traz, integrada, uma placa de fono MM / MC High Level, o que também facilitava a ligação do Confortable. Todavia, sobre este set de amplificação, pairava a dúvida de o mesmo conduzir um certo par de colunazinhas tramadas.
Notas mais relevantes:
Adcom:
Para além do que já referi, a entrada fono é tão só das melhores que já ouvi quer, em formato integrado no equipamento, quer em modelos construídos separadamente dos equipamentos;
O Palco sonoro e a holografia – termo tão em voga na boca dos audiófilos – é duma segurança e de uma presença bem assinaláveis.
Rotel:
Já algum tempo que não ouvia nada da Rotel (ainda estou à espera de um certo convite para ouvir um set, da outra banda, há muito prometido), mas logo nas primeiras impressões este deu continuidade ao suporte Adcom, com a característica habitual da Rotel em transparência e uma neutralidade avassaladora, que são tão ao meu gosto. Não confundir com ‘analiticidade’ exagerada que dispenso;
Presença e controlo das Concertino é uma constante e, uma constante, nada fácil de qualquer outro conseguir. Com 70 W/canal a 8Ohm, para mim está tudo dito! É obra.
Afinal são 2 aparelhos
vintage, mas, como sempre digo, há
vintage e
vintage. Este é bem actual e prova ainda, que uma placa fono integrada mesmo somente preparada para receber células MM ou MC de alto ganho, não é nada do outro mundo e não deveria servir de leitmotiv para o mercantilismo que prolifera com unidades separadas de pré-amplificação de fono. Disse!
Adorava apanhar o amplificador de potência correspondente, o Adcom GFA555, ainda é produzido hoje-em-dia, pela marca com o sufixo SE, uma unidade desenvolvida pelo Nelson Pass para a Adcom.
