Discos famosos

THE BEATLES
»YESTERDAY AND TODAY«

Data de Lançamento: 20 de Junho de 1966
Editora: Capitol

»Yesterday and Today« é o nono lançamento por parte da Capitol do grupo The Beatles. O álbum foi lançado apenas nos mercados americano e canadiano.
Este LP atingiu notoriedade sobretudo pela controvérsia provocada pela sua capa.
Na capa, mostrava os quatro Beatles envergando batas de talhantes e cobertos com bonecas decapitadas e pedaços de carne. Daí o alcunha de »Butcher Cover«, capa dos homens do talho/talhantes.

»Yesterday and Today« é basicamente uma compilação que contém os seguintes títulos,

Do álbum »Help!«
»Act Naturally • »Yesterday«
Do album »Rubber Soul«
»Drive My Car« • »Nowhere Man • »What Goes On« • If I Needed Someone«
Os dois Lado A do single,
»Day Tripper« • »We Can Work It Out«
Do album »Revolver«,
»I’m Only Sleeping« • »Doctor Robert« • »I’m Only Sleeping« • »As Your Bird Can Sing»

A ordem que aqui descrevo é a ordem pela qual as músicas aparecem nos seus álbuns originais e não aquela em que figuram no »Yesdterday and Today«. Aliás esta discrepância e confusão com que a Capitol alinhava os álbuns dos Beatles provocava uma certa irritação no grupo dado que sentiam ter sido desrespeitado o trabalho tido na escolha do alinhamento das suas obras. »Yesterday and Today» foi o último álbum em que existiu essa diferença de sequência das músicas entre a edição britânica e a norte-americana.

A Capa »Butcher«


No início de 1996 durante uma sessão fotográfica, Robert Whitaker fez uma série de fotos com o grupo vestido com batas brancas e cobertos com pedaços de carne e partes de bonecos de plástico. Os Beatles »alinharam« nesta sessão já que começavam a ficar cansados das fotografias convencionais, e esta série enquadrava-se bastante bem no seu sentido de humor negro.
Embora à partida estas fotos não fossem destinadas a ser capa de álbum, os Beatles enviaram-nas para a editora, para uma possível inclusão nos materiais promocionais.

Na sequência da utilização da famosa fotografia em algum material promocional (»Paperback Writer«), a companhia norte-americana Capitol Records imprimiu cerca de 750.000 capas de »Yesterday and Today« com esta mesma foto. O disco foi então embalado em quatro fábricas da Capitol situadas em Los Angeles, Scranton, Winchester e Jacksonville. Os números identificativos das fábricas de proveniência das capas foram impressos junto ao logo RIAA na contracapa. Por exemplo, as cópias stereo de L.A. tinham o nr. 5 enquanto que as cópias mono de L.A. tinham o nr. 6. O número de exemplares mono prensados era, aproximadamente, dez vezes superior ao stereo.
Com fins promocionais uma pequena parte dos discos foi enviada para alguns DJs e gerentes de loja. A reacção não se fez esperar e a Capitol recebeu queixas de alguns vendedores. O disco foi imediatamente recolhido por ordem da Capitol e segundo instruções da companhia-mãe, a EMI. Isto deu origem a que o disco tivesse estado à venda durante um curtíssimo espaço de tempo e consequentemente ter-se tornado um objecto de colecção de valor inestimável.

Inicialmente a Capitol ordenou a destruição das capas. Entretanto, e face ao elevado número de capas impresso, decidiram os responsáveis que por cima da capa original, seria colada uma capa com uma foto muito mais convencional.
Esta nova capa mostrava os Beatles com um ar um pouco sisudo à volta de um baú de viagem. Entretanto, esta folha (slick) teve que ser aparada, pois no lado da abertura da capa, apresentava uma diferença de tamanho significativa já que a sua colagem na capa antiga não foi feita de modo aos dois quadrados serem coincidentes.



Logo que esta manobra da Capitol foi conhecida, os consumidores tentaram remover a capa colada ― de um modo geral, sem sucesso ― de modo a expor a capa com a foto original. Inclusivamente, o valor que as capas originais começaram a atingir, levaram ao aparecimento de técnicas especiais para remover a capa colada.
Os discos com as capas da fotografia original são conhecidas como »First State«.
As cópias com a capa colada por cima da original são »Second State«.
Os discos com a segunda capa removida são conhecidos como »Third State«.
O valor destas últimas varia, dependendo da forma como o »slick« foi removido.


Lista de faixas

Lado 1

1. »Drive My Car«
2. »I’m Only Sleeping«
3. »Nowhere Man«
4. »Doctor Robert«
5. »Yesterday«
6. »Act Naturally«

Lado 2

7. »And Your Bird Can Sing«
8. »If I Needed Someone«
9. »We Can Work It Out«
10. »What Goes On«
11. »Day Tripper«


M Fernandes
Compilado através de texto da Wiki.
Na segunda parte deste texto analisaremos algumas curiosidades áudio deste disco.

Sempre a aprender. Obrigado Mário.

Maravilha.

Venha então a próxima análise.

Concordo plenamente com o 1º lp que coloca uma escolha por demais obvia.

A minha pergunta prende-se com o critério o qual o Mário define para discos famosos, vendas, qualidade, relevância no mundo da musica etc ?

*©uℓto do Ʋıƞıℓ ® escreveu:

Concordo plenamente com o 1º lp que coloca uma escolha por demais obvia.

A minha pergunta prende-se com o critério o qual o Mário define para discos famosos, vendas, qualidade, relevância no mundo da musica etc ?

À parte deste tópico, podemos criar outros com finalidades diversas. Um para reedições a evitar, (a nível do som) outro para discos que achamos bastante aconselháveis. O mesmo se pode fazer para edições originais. Podemos pensar em algo do género.

O que acham?

*©uℓto do Ʋıƞıℓ ® escreveu:

Concordo plenamente com o 1º lp que coloca uma escolha por demais obvia.

A minha pergunta prende-se com o critério o qual o Mário define para discos famosos, vendas, qualidade, relevância no mundo da musica etc ?

Boa tarde Culto,

Não tenciono utilizar o meu critério. Limitar-me-ei a usar o critério da história e dos foristas do AAP.
Aceito sugestões por mensagem privada (para manter o suspense no tópico).
Custo das mensagens privadas com sugestões: café no Starbucks do FA, ou café em qualquer sítio da Caparica.
Para outras localizações tenho uma lista de cafés aderentes que posso fornecer.

Um abraço,

Mário

M Fernandes escreveu:

*©uℓto do Ʋıƞıℓ ® escreveu:

Concordo plenamente com o 1º lp que coloca uma escolha por demais obvia.

A minha pergunta prende-se com o critério o qual o Mário define para discos famosos, vendas, qualidade, relevância no mundo da musica etc ?

Boa tarde Culto,

Não tenciono utilizar o meu critério. Limitar-me-ei a usar o critério da história e dos foristas do AAP.
Aceito sugestões por mensagem privada (para manter o suspense no tópico).
Custo das mensagens privadas com sugestões: café no Starbucks do FA, ou café em qualquer sítio da Caparica.
Para outras localizações tenho uma lista de cafés aderentes que posso fornecer.

Um abraço,

Mário

O Mário também aceita cataplanas na Caparica.

Assim sendo e como não vou muito à bola com aqueles fulanos que fazem sinais ao estacionarmos o carro num qualquer lugar, e vejo aqui semelhanças, ainda por cima mais caras (STAR€) reservo-me ao direito de não enviar Pm´s ao amigo Mário, não vá correr o risco de me chegar alguma conta aqui a casa.

Cantigas do Maio
Orfeu STAT 009 | 1971 | LP-33 rpm | Gravado no Strawberry Studio, Herouville (França), de 11 de Outubro a 4 de Novembro de 1971 | Edição Arnaldo Trindade & Cª. Lda, Porto | Capa: José Santa-Bárbara | Fotografia: Patrick Ulmann | Som e mistura: Gill Sallé e Christian Gence

Músicos: Carlos Correia (Bóris), Michel Delaporte, Christian Padovan, Tony Branis, Jacques Granier, Francisco Fanhais e José Mário Branco

Reeditado em:
1974 | LP Hispavox | Espanha
1974 | LP Vedette Zodiaco VPA 8219 | Itália
1974 | LP Chante du monde LDX 74558 (Agora Harmonia Mundi) | França
1975 | LP "Grândola Vila Morena" |Pläne S88 115| Edição alemã | 1975
1987 | LP + CD Movieplay "Série Ouro" SO 3002
1987 | LP + CD Riso e Ritmo Discos RR LP 2181
1996 | CD Movieplay JA 8004 (com caixa e sem caixa de cartão)
1996 | CD Círculo de Leitores Orlador 2049
2000 | CD Westpark 842282
(Cantigas do Maio + Com as minhas tamanquinhas)

O mais histórico e o mais referencial de todos os discos da música popular portuguesa. Gravado no Strawberry Studio, de Michel Magne, em Herouville (França), entre 11 de Outubro e 4 de Novembro de 1971, com arranjos e direcção musical a cargo de José Mário Branco, este disco assinala a primeira viragem de fundo na revolução musical iniciada por Zeca uma dúzia de anos antes. O tratamento instrumental de cada tema, a beleza poética e a subversão temática atingem, aqui um nível nunca anteriormente possível. E, uma vez mais, Zeca recusa a facilidade, incluindo canções onde o surreal é já assumido na sua totalidade (para desespero da direita e de uma certa esquerda, que insistia na necessidade de uma 'definição clara' de Zeca, à luz do 'socialismo científico') como Ronda das mafarricas ou Senhor arcanjo, a par de belíssimos temas de inspiração popular, como Maio, maduro Maio, A mulher da erva ou Cantigas do Maio e de óbvios cantos de resistência, como o Cantar alentejano, dedicado a Cataria Eufémia, camponesa assassinada pela GNR, ou Coro da Primavera. Gravado num tempo recorde e contando apenas com as participações de meia dúzia de músicos (Carios Correia, Michel Delaporte, Christian Padovan, Tony Branis, Jacques Granier e Francisco Fanhais, além de, naturalmente, José Mário Branco e Zeca), este disco seria considerado, em 1978, como o melhor de sempre da música popular portuguesa, numa votação organizada pelo Sete que contou com a participação de 25 críticos e jornalistas. Um tema, no entanto, bastaria para fazer de Cantigas do Maio um marco da história portuguesa: Grândola vila morena, escolhida em 1974 como senha para o arranque do Movimento dos Capitães, que em 25 de Abril derrubou a ditadura fascista. Viriato Teles

1 - Senhor Arcanjo (José Afonso)
2 - Cantigas do Maio (Quadra popular/José Afonso)
3 - Milho Verde (popular/arr. José Mário Branco)
4 - Cantar Alentejano (José Afonso)
5 - Grândola, Vila Morena (José Afonso)
6 - Maio Maduro Maio (José Afonso)
7 - Mulher da Erva (José Afonso)
8 - Ronda das Mafarricas (António Quadros/José Afonso)
9 - Coro da Primavera (José Afonso)

(textos e informação retirados do site oficial da fundação José Afonso)

Nota pessoal:
Escolhi este por apesar de ter sido lançado 2 anos antes desta figura cósmica ter nascido, foi um álbum que sempre me acompanhou desde que me lembro de ouvir musica.
O meu pai adepto da canção e dos grandes autores de intervenção (ex. Zeca,Fanhais,Adriano,Fausto,J.Mário Branco etc) lançou-me as bases na descoberta deste autores, mas este era um álbum especial.

Em qualquer das vezes que o ouvia havia algo que sobressaia, os sentimentos que ecoavam e qualidade na voz do Zeca.

Para mim o mais importante registo do século, o melhor, e abusando, inigualável álbum e cantor de sempre da MPP

»YESTERDAY AND TODAY«

Data de Lançamento: 20 de Junho de 1966
Editora: Capitol

Além da »Butcher Cover« o album »Yesterday and Today« tem outra particularidade que desperta o interesse dos coleccionadores.
Devido à urgência com que a Capitol Records procedeu ao lançamento do disco, três músicas foram incluídas com misturas duofónicas ― falso stereo ―, »Doctor Robert«, »And Your Bird Can Sing« e »I’m Only Sleeping«. Estas misturas foram obtidas a partir das misturas originais mono, tendo sido tratadas com um grau de reverberação e compressão diferente de todas as outras.
Na mistura stereo de »Day Tripper«, a introdução de guitarra aparece no canal esquerdo e, subitamente, salta para o canal direito ― com um »yeah« extra de Lennon no primeiro refrão ―.
No LP stereo, o harmónio de »We Can Work It Out« tem a sua panorâmica centrada no refrão e na ponte.

Penso que nesta categoria selecta de discos pertence, sem sombra de dúvida, o mais famoso e o mais vendido disco de Jazz de todos os tempos. Ele são teorias da conspiração, ele são rotações erradas, ele são nomes mal escritos, enfim o álbum que mais polémica tem gerado ao longo da história e ao qual mais livros têm sido dedicados.

Claro que estou a falar de Kind of Blue de Miles Davis.

Este tema pode ficar aberto ao saber e imaginação de todos. Merece ser comentado por todos e dá assunto para longos debates.

António José da Silva escreveu:

Penso que nesta categoria selecta de discos pertence, sem sombra de dúvida, o mais famoso e o mais vendido disco de Jazz de todos os tempos. Ele são teorias da conspiração, ele são rotações erradas, ele são nomes mal escritos, enfim o álbum que mais polémica tem gerado ao longo da história e ao qual mais livros têm sido dedicados.

Claro que estou a falar de Kind of Blue de Miles Davis.

Este tema pode ficar aberto ao saber e imaginação de todos. Merece ser comentado por todos e dá assunto para longos debates.

existem 2 lps que me enchem as medidas no que ao jazz diz respeito falo deste KIND OF BLUE e o LOVE SUPREME.

Excelentes discos

Já que alguns Exmos. foristas resolveram publicitar as suas escolhas quanto a álbuns famosos susceptíveis de serem incluídos neste tópico, contrariando um pedido meu para que as sugestões fossem feitas por MP de modo a criar uma certa »ansiedade» e dúvida quanto ao álbum que se seguiria, fico à espera que os mesmos dêem seguimento ao tópico, nomeadamente, escrevendo sobre essas obras.

Respeitosamente,

Mário

M Fernandes escreveu:

Já que alguns Exmos. foristas resolveram publicitar as suas escolhas quanto a álbuns famosos susceptíveis de serem incluídos neste tópico, contrariando um pedido meu para que as sugestões fossem feitas por MP de modo a criar uma certa »ansiedade» e dúvida quanto ao álbum que se seguiria, fico à espera que os mesmos dêem seguimento ao tópico, nomeadamente, escrevendo sobre essas obras.

Respeitosamente,

Mário

Mas a tua preciosa ajuda é imprescindível.

SR. MF

caso pretenda terei todo o gosto em retirar o melhor Lp da musica nacional do seu tópico, claro que tenciono ser ressarcido com o pagamento de um belo peixe assado no zé bolas (pragal almada).

*©uℓto do Ʋıƞıℓ ® escreveu:

SR. MF

caso pretenda terei todo o gosto em retirar o melhor Lp da musica nacional do seu tópico, claro que tenciono ser ressarcido com o pagamento de um belo peixe assado no zé bolas (pragal almada).

O meu, como é um caso mundial e não nacional, terei que ser indemnizado com uma cataplana.

Caro Sr. Culto,

Creio ter interpretado de forma incorrecta as linhas que escrevi.

1- O tópico não é meu. É do AAP
2- Qualquer forista pode e deve colaborar postando informação sobre o(s) disco(s) que considera serem de um nível superior.
3- O que eu não queria que tivesse acontecido, e por isso pedi que as sugestões fossem por MP, é que começassem a aparecer nomes avulso. Assim, mais tarde ou mais cedo esses nomes tornar-se-iam óbvios e o tópico perderia a magia do »qual é que virá a seguir«, bem como »eu sabia que este disco ia ser escolhido«, ou....

Cumprimentos,

Mário

Assim sendo fico a aguardar pela sua segunda escolha.

Bolas! Vim hoje dar um saltinho à civilização, leia-se Lisboa, e só consigo ler conversa mole, da treta!!! Excepção ao NOSSO M.Fernandes em 2 posts.