(Exmo.?...) Sr. Presidente da república portuguesa,
Venho, em nome de muitos portugueses (quase a generalidade, pelo menos estando minimamente esclarecidos), fazer alguns reparos, apenas a título de exemplo, pois de outra forma esta estender-se-ia demasiado.
Devo começar pela justiça. Como cidadão devo lembrar que isto não deveria passar de uma espécie de promessa, que nunca chega a ser cumprida. Sim, cumprir a igualdade de condição é ser fiel ao que representa a própria cidadania. No entanto, aquilo que se passa é que ser cidadão é algo que não passa de uma teoria que se consta na constituição, não acontece na realidade. A grande maioria apenas paga a factura, enquanto alguns poucos usufruem deste sistema a que chamam justiça. É apenas uma questão de poder económico, para «jogar este jogo», pois de outra forma, não passa de uma miragem, mas que de qualquer maneira, é aquele que não tem acesso a este sistema que o sustenta.
A economia, área que é da formação do Sr. Presidente, também representa uma aberração e um insulto no que toca à inteligência humana e que não vislumbra qualquer atenção séria. Isto acontece independentemente dos ideais políticos e não encontro nenhuma preocupação nem de especialidade, pelo menos que seja séria.
Daí que, para falar de ética aqui seria mesmo uma perda de tempo, pois não encontro ninguém capaz de o entender.
É no entanto aqui que começa a grande questão. O Sr. E tal como diz, é representante de todos os portugueses, mas apenas os interesses de alguns.
Assim, penso que o Sr. Mesmo poderia sugerir a uma empresa produtora de papel higiénico que esta imprimisse a constituição portuguesa no papel higiénico, pois desta forma prestava um bom serviço ao povo, porque enquanto estivesse a fazer as necessidades fisiológicas, poderia ler a constituição, para então perceber melhor que não precisa de se iludir, passando então a perceber para que pode servir a constituição.
Espero ter ajudado.
PS: se achar que o que ganha não é suficiente para lhe impedir o ter vergonha e como seria demais um aumento, principalmente por estarmos em crise, faça o favor de se demitir. Os portugueses não querem o seu mal.