Ghost4u Membro AAP
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| Assunto: Se o Euro acabasse... O que fazer? Seg Abr 09 2012, 19:55 | |
| Fim do euro, recomendações práticasInformação de Pedro Braz TeixeiraA saída do euro pode ocorrer de forma muito caótica, podendo levar ao colapso temporário do sistema de pagamentos e de distribuição.
O risco de saída de Portugal do euro tem associados múltiplos riscos, dos quais gostaria de salientar três: o risco do colapso temporário do sistema de pagamentos, o risco do colapso temporário do sistema de distribuição de produtos e o risco de perda – definitiva – de valor de inúmeros ativos (depósitos à ordem e a prazo, obrigações, ações e imobiliário, entre outros).
Considero que todos os portugueses devem “subscrever” seguros contra estes riscos, tal como fazem um seguro contra o incêndio da sua própria casa. Quando se compra este seguro, o que nos move não é a expectativa de que a nossa casa sofra um incêndio nos meses seguintes, um acontecimento com uma probabilidade muito baixa, mas sim a perda gigantesca que sofreríamos se a nossa habitação ardesse.
Quais são as consequências imediatas de Portugal sair do euro? A nova moeda portuguesa (o luso?) sofreria uma desvalorização face ao euro de, pelo menos, 20%. Todos os depósitos bancários seriam imediatamente transformados em lusos, perdendo, pelo menos, 20% em valor. Todos os depósitos ficariam imediatamente indisponíveis durante algum tempo (dias? semanas?) e não haveria notas e moedas de lusos, porque o nosso governo e o Banco de Portugal não consideram necessário estarmos preparados para essa eventualidade.
O mais provável é que a saída do euro fosse anunciada numa sexta-feira à tarde, havendo apenas o fim de semana para tratar da mudança de moeda. Logo, na sexta-feira os bancos retirariam todas as notas de euros das máquinas de Multibanco e quem não tivesse euros em casa ou na carteira ficaria sem qualquer meio de pagamento.
Durante algumas semanas (ou mais tempo) teríamos um colapso do sistema de pagamentos e, provavelmente, também um corte nos fornecimentos. As mercearias e os supermercados ficariam incapazes de se reabastecer, devido às dificuldades associadas à troca de moeda.
Estes “seguros” de que falo, contra este cenário catastrófico, não podem ser comprados em nenhuma companhia de seguros, mas podem ser construídos por todos os portugueses, estando ao alcance de todos, adaptados à sua realidade pessoal.
O que recomendo é algo muito simples que – todos – podem fazer. Ter em casa dinheiro vivo num montante da ordem de um mês de rendimento e a despensa cheia para um mês. Esta ideia de um mês de prevenção é indicativa e pode ser adaptada à realidade de cada família.
Não recomendo que façam isso de forma abrupta, mas lentamente e também em função das notícias que forem saindo. De cada vez que levantarem dinheiro, levantem um pouco mais que de costume e guardem a diferença. De cada vez que fizerem compras tragam mais alguns produtos para a despensa de reserva. Aconselho que procurem produtos com fim de validade em 2013 ou posterior, mas, nos casos em que isso não seja possível, vão gastando os produtos de reserva e trocando-os por outros com validade mais tardia. Desta forma, sem qualquer rutura, vão construindo calmamente os vossos seguros contra o fim do euro.
Quanto custará este seguro? Pouquíssimo. Em relação ao dinheiro de reserva, o custo é deixarem de receber os juros de depósito à ordem, que ou são nulos ou são baixíssimos. Em relação aos produtos na despensa de reserva, é dinheiro empatado, que também deixa de render juros insignificantes.
Quais são os benefícios deste seguro? Se o euro acabar em 2012, como prevejo, o dinheiro em casa não se desvaloriza, mas o dinheiro no banco perderá, no mínimo, 20% do seu valor. Além disso terá o benefício de poder fazer pagamentos no período de transição, que se prevê extremamente caótico. A despensa também pode prevenir contra qualquer provável rutura de fornecimentos, garantindo a alimentação essencial no período terrível de transição entre moedas. Parece-me que o benefício de não passar fome é significativo.
E se, por um inverosímil acaso, a crise do euro se resolver em 2012 e chegarmos a 2013 com o euro mais seguro do que nunca? Nesse caso – altamente improvável – a resposta não podia ser mais simples: basta depositar no banco o dinheiro que tem em casa e ir gastando os produtos na despensa à medida das suas necessidades. Investigador do NECEP da Universidade Católica | |
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Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Se o Euro acabasse... O que fazer? Seg Abr 09 2012, 21:24 | |
| O trabalho que este homem teve, para deixar mais alguém deprimido e com medo que o «céu lhe caia em cima»!... Tenho «pena», mas tenho que dizer que as coisas não são bem assim!... A única verdade nisto é a «desvalorização» da moeda... mas esta é uma desvalorização relativa, pois não seria senão um enquadramento da realidade. O problema maior relativamente à desvalorização seria aquilo que já é agora com o preço e o acesso ao dinheiro, que está à mercê de uma especulação e aqui, o conselho é, antes de mais, cautela com aquilo que se diz e se faz. Isto não é só válido para o sr. Coelho nem para o sr. Cavaco, mas para todos, pois o medo é como a inconsequência, é sempre desaconselhado. Mais digo que, este problema que é a crise, não deve ser apenas uma preocupação nossa. E pensar que estamos entregues a nós mesmos é o princípio de uma má política e precisamente o princípio que está por detrás da crise. Lembrem-se que o que está em causa são interesses e isto é algo que ninguém parece querer considerar; é algo que não tem fronteiras a não ser para o oportunismo, porque é exactamente aqui que está o problema. Como se costuma dizer «a ocasião faz o ladrão» e isto diz tudo, pois não é por acaso que existem paraísos fiscais e muitas formas de assegurar o saque; não é por acaso que estamos s sustentar inúmeros chulos, como empresas a sugar o estado (o nosso dinheiro), negócios escuros... Enfim, esta é que devia ser a preocupação desta pessoa, «penso eu de que». | |
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