1- O namoro
Viva pessoal.
Ainda no tempo em que os animais não falavam;
apareceu na cadeia de lojas Worten um equipamento da Pioneer, o DV-LX50 pelo simpático valor de € 150,00. Por o que sei, foi possivelmente o valor mais baixo a que este aparelho foi comercializado. Como tive acesso ao manual de serviço da máquina, pude informar-me de como a fonte de alimentação e o setor de áudio eram populados.
A opinião da imprensa especializada não o gabava pelo som mas sim pela imagem; o seu ponto forte, com upscalling a 1080p para DVD na saída HDMI. No entanto o que me cativou na máquina foi a sua versatilidade pela compatibilidade com os vários formatos de áudio digital: DVD-Audio/Video, SACD, CD, MP3, WMA, m4a e compatibilidade com os discos ópticos R/RW.
Para aligeirar a decisão o "belo do rapaz" tem 3 conversores (DAC) PCM1796 assistidos por 3 "ampops" OPA2134 nos canais frontais (L/R-Stereo) e 6 "ampops" NE5532 da JRC nos canais traseiros, central e subwoofer.
Apreciando a entourage no estágio de áudio, não hesitei em ir resgatar uma unidade.
O facto é que em reprodução SACD não era muito encorajador; em DVD-Áudio é muito frontal e explicito e um pouco para o "brilhante" na banda média alta. Eu suspeitei da "deficiência" na apresentação e como tinha alguma informação do DAC (Sony SCD-XA5400ES) e conheço bem os OPA-2134, deixei a marinar até perder a garantia e poder atacar o "infiel".
2 - A chance!
Há cerca de 2 anos, apareceram na Internet uma série de "firmwares" que permitem a alguns equipamentos reproduzirem uns DVD+/-R/RW cozinhados no computador, com ficheiros no formato DSD. O DV-LX50 foi premiado com uma ultima versão de firmware que contempla essa possibilidade junto com várias correções e melhoramentos feitos em diversas áreas, nas versões de software anteriores.
Confrontado com esta possibilidade, resolvi "acariciar-lhe" a fonte de alimentação com uns componentes passivos (condensadores) Elna da série Silmic II, nas linhas dos +/-12V Audio e do +5V Analogico. Também adulterei alguns condensadores da placa de áudio, junto ao DAC dos canais frontais e do ampop de saída.
Os resultados foram satisfatórios, ao ponto de se sentir em casa com o Sony SCD-XA3000ES, na altura já com um OPA2134 no estágio de saída nos canais frontais L/R (Stereo).
Mui bueno, estavam em aberto dois possíveis "upgrades": Os restantes passivos (condensadores) na placa de áudio e respectivos ampops dos canais frontais L/R (Stereo)!
E foi o que aconteceu entre o dia 22 e 23 de Maio do ano do Senhor de 2013, que está no Céu!
A placa de áudio sem os condensadores das linhas de +/-12V analógico e +5V Audio para o DAC "frontal". Já se encontram parcialmente "soldados" os novos ampops; e agora posso divulgar os premiados:
OPA1612.
Aqui vai uma vista geral da placa antes de repovoada...
... e após a instalação completa dos elementos activos e repovoamento com os Elna Silmic II.
Por fim, o DV-LX50 a bolir!
O resultado é positivo; logo no arranque, o som é "effortless" comparado ao que era apresentado. O grave tem mais detalhe e integração, a banda média é bastante mais calma e natural, com menos confusão, os detalhes apresentam-se de forma mais clara. Tem mais destrinça na distancia de palco e a sua largura não apresenta acréscimo ao que existia. Os agudos são suaves com extensão típica de uma fonte digital e boa informação espacial; o grão só se for com bacalhau e batatas. É óbvio que o resultado final deve-se ao toque "tonal" dos Elna Silmic II, que ainda não tem a rodagem feita, mas os OPA1612 eu já os conheço a rodar há um ano por outras bandas e acho que valem o esforço e risco neste projecto.
Um bom upgrade a uma máquina que sempre mereceu uma fonte de alimentação e estágios de áudio um pouco mais cuidados, especialmente quando era comercializada a € 600,00!
Até à próxima pessoal!