e se tivessemos orelhas maiores?

Há uns 20 anos, numa noite de musica com um amigo, não sei como mas no meio da "Palhaçada" descobrimos que se puxássemos as orelhas com as mãos (colocar a mão em concha por trás das orelhas, aumentando a superfície do pavilhão auricular) o salto qualitativo da audição era enorme!

A brincar pensámos que um dispositivo que empurrasse as orelhas teria um grande êxito no meio audiófilo. Pensámos em por mãos à obra mas tudo ficou num estado embrionário e nunca posto em prática.

Há uns tempos atrás descobri um fabricante alemão, que pôs mãos à obra e de facto fabricou um dispositivo que no essencial reproduz essa experiência.

http://www.klarhoerer.de/mediapool/47/477599/resources/big_5380438_0_600-465.jpg

As alegações do fabricante que podem ser lidas em www.klarhoerer.de, afirmam que o beneficio de ouvir um som sem reflexões recorrendo ao seu dispositivo tem um efeito audível superior a qualquer upgrade de electrónica ou outros.

A afirmação parece ser arrojada, mas se fizerem a experiência de colocar as mãos em concha atrás das orelhas, puxando-as assim para uma posição de 90º em relação à cabeça facilmente podem constatar as afirmações que factualmente há uma maior percepção sonora ( quase como se o palco ficasse "vivo", com um aumento de ganho)

O fabricante disponibiliza-se para no mercado alemão fazer demonstração e devolução do dinheiro num prazo de 15 dias salvo erro, em caso de insatisfação. O dito "capacete" custa 389€ se bem me recordo, e estou muito curioso em saber se já houve algum feedback nos fóruns alemães.

Correndo o risco de ser alvo de gozo, fica aqui o desafio para fazerem a experiência, e quem sabe em conjunto encomendar um capacete para experimentar!

hehehehe é muito interessante sim, e claro já tinha reparado nisso... com as mãos nota-se bem. Não é nada prático claro... eu nunca usaria tal coisa (até porque era logo internado pela minha mulher hehehehehe). O preço parece um "bocadinho" exagerado...

Agora isto dá é algum pano para mangas numa discussão sobre quais as pessoas com formatos e tamanhos de orelhas ideais para ouvir bem

Que tal uma empresa de cirurgia plástica para tornar as orelhas mais audiófilas? hehehehe já estou a dar ideias

 
São orelhas de Mickey!

  sei que deve parecer no mínimo estranho, ver alguém com a geringonça na cabeça, mas nunca se sabe em audições mais sérias se não me aventurava. Concordo que o preço parece excessivo, senão não hesitava!

Quanto às orelhas audiófilas, concordo que devem haver umas pessoas a quem a natureza pregou uma partida! não sei é se realizaram que era uma benesse audiófila!

http://www.jokeroo.com/pictures/funny/1027429.html

Tens que prometer, que assim que comprares os orelhões, colocas aqui umas fotos para a malta ver.   

 se algum dia avançar ponho sim, mas ainda não estou convencido com o preço e ando a pensar se não conseguia fazê-lo de forma mais barata  

Já ouviste alusão a este artigo nos forums alemães?

Oh Grandmother! What big ears you have ! All the better to hear you with.


Charles Perrault - Capuchinho Vermelho

afonso escreveu:

Oh Grandmother! What big ears you have ! All the better to hear you with.


Charles Perrault - Capuchinho Vermelho

  


Estou admirado que ainda não apareceu alguém a responder à pergunta, "e se tivéssemos as orelhas maiores", que podíamos ser presidentes do Benfica.   

O conceito é interessante. Faz-nos pensar "Porque é que ninguém pensou nisto antes?" Poderá ser o início de uma nova tendência, mas para isso tem que "pegar".
Outros dispositivos outrora considerados estranhos, como os auscultadores que se enfiam dentro dos ouvidos, acabaram por conquistar o mercado.
Nesse caso, tiveram o empurrão de gigantes como a Sony e entraram no quotidiano embora nesse tempo as vantagens fossem claramente práticas e não relacionadas com o audio (a qualidade de reprodução desses dispositivos na altura era limitada quando comparados com os auscultadores normais).
Curiosamente, os consumidores (quem dita para onde vamos) parece reagir mais aos aspectos práticos do que aos aspectos audiófilos...   

Este novo dispositivo pode ainda ajudar a que ouçamos todos de forma mais igual, dada a sua forma de concha orientada para o canal auditivo, mas creio ser necessário reprocessar o sinal porque nas breves experiências que fiz com as mãos, simulando as 'orelhas de abano' obtive uma elevação nas altas frequências e desequilíbrios tonais... embora reconheça que houve qualquer coisa que mudou para melhor. A sensação de estar lá?
No mínimo, o dispositivo deve ter ajustes como o ângulo em que fecham, ou mesmo umas aberturas reguláveis (uma espécie de ajuste de bass/treble)   

O simples facto de termos ouvidos diferentes introduz diferenças na forma de percepção da onda acústica. O ângulo do ouvido, por exemplo, mas especialmente a cavidade, que pode ser longa, curta, estreita, larga, e em muitos casos antecedida por uma câmara com variações de tamanho, forma da abertura, etc. Tenho um auditório ligado a um corredor largo. Se mover o microfone do início do corredor para o fim a resposta em altas frequências cai significativamente.
Participei em tempos numa brincadeira que consistia na audição de sinais com várias frequências para construção da "curva de leitura do ouvido" e os resultados foram surpreendentes, especialmente em termos de diferenças entre os participantes mas também em relação às curvas genéricas publicadas. Um dos participantes era surdo aos 15KHz. A causa pode ser o canal ou/e os microfones (tímpanos)...

(Excluindo o factor 'gosto') aqueles que mais se incomodam com os sons 'brilhantes e agressivos' possivelmente são os que ouvem melhor.
 

c_n_m escreveu:

Há uns 20 anos, numa noite de musica com um amigo, não sei como mas no meio da "Palhaçada" descobrimos que se puxássemos as orelhas com as mãos (colocar a mão em concha por trás das orelhas, aumentando a superfície do pavilhão auricular) o salto qualitativo da audição era enorme!

A brincar pensámos que um dispositivo que empurrasse as orelhas teria um grande êxito no meio audiófilo. Pensámos em por mãos à obra mas tudo ficou num estado embrionário e nunca posto em prática.

Há uns tempos atrás descobri um fabricante alemão, que pôs mãos à obra e de facto fabricou um dispositivo que no essencial reproduz essa experiência.

http://www.klarhoerer.de/mediapool/47/477599/resources/big_5380438_0_600-465.jpg

As alegações do fabricante que podem ser lidas em www.klarhoerer.de, afirmam que o beneficio de ouvir um som sem reflexões recorrendo ao seu dispositivo tem um efeito audível superior a qualquer upgrade de electrónica ou outros.

A afirmação parece ser arrojada, mas se fizerem a experiência de colocar as mãos em concha atrás das orelhas, puxando-as assim para uma posição de 90º em relação à cabeça facilmente podem constatar as afirmações que factualmente há uma maior percepção sonora ( quase como se o palco ficasse "vivo", com um aumento de ganho)

O fabricante disponibiliza-se para no mercado alemão fazer demonstração e devolução do dinheiro num prazo de 15 dias salvo erro, em caso de insatisfação. O dito "capacete" custa 389€ se bem me recordo, e estou muito curioso em saber se já houve algum feedback nos fóruns alemães.

Correndo o risco de ser alvo de gozo, fica aqui o desafio para fazerem a experiência, e quem sabe em conjunto encomendar um capacete para experimentar!

Podes começar com um mod destes!

http://www.kulfoto.com/interesting/145/great-inventions-to-make/3643/picture

E bem mais barato.   

Podes começar com um mod destes!

http://www.kulfoto.com/interesting/145/great-inventions-to-make/3643/picture[/quote]


descobrir imagens relacionadas com este tópico não é fácil, dou-te os parabéns Doug!
Infelizmente apesar do "preço de entrada", o conforto deve ser indescritível, já para não falar no ar que imagino que a minha cara metade faria    

Digital Man escreveu:

O conceito é interessante. Faz-nos pensar "Porque é que ninguém pensou nisto antes?" Poderá ser o início de uma nova tendência, mas para isso tem que "pegar".
Outros dispositivos outrora considerados estranhos, como os auscultadores que se enfiam dentro dos ouvidos, acabaram por conquistar o mercado.
Nesse caso, tiveram o empurrão de gigantes como a Sony e entraram no quotidiano embora nesse tempo as vantagens fossem claramente práticas e não relacionadas com o audio (a qualidade de reprodução desses dispositivos na altura era limitada quando comparados com os auscultadores normais).
Curiosamente, os consumidores (quem dita para onde vamos) parece reagir mais aos aspectos práticos do que aos aspectos audiófilos...   

Este novo dispositivo pode ainda ajudar a que ouçamos todos de forma mais igual, dada a sua forma de concha orientada para o canal auditivo, mas creio ser necessário reprocessar o sinal porque nas breves experiências que fiz com as mãos, simulando as 'orelhas de abano' obtive uma elevação nas altas frequências e desequilíbrios tonais... embora reconheça que houve qualquer coisa que mudou para melhor. A sensação de estar lá?
No mínimo, o dispositivo deve ter ajustes como o ângulo em que fecham, ou mesmo umas aberturas reguláveis (uma espécie de ajuste de bass/treble)   

O simples facto de termos ouvidos diferentes introduz diferenças na forma de percepção da onda acústica. O ângulo do ouvido, por exemplo, mas especialmente a cavidade, que pode ser longa, curta, estreita, larga, e em muitos casos antecedida por uma câmara com variações de tamanho, forma da abertura, etc. Tenho um auditório ligado a um corredor largo. Se mover o microfone do início do corredor para o fim a resposta em altas frequências cai significativamente.
Participei em tempos numa brincadeira que consistia na audição de sinais com várias frequências para construção da "curva de leitura do ouvido" e os resultados foram surpreendentes, especialmente em termos de diferenças entre os participantes mas também em relação às curvas genéricas publicadas. Um dos participantes era surdo aos 15KHz. A causa pode ser o canal ou/e os microfones (tímpanos)...

(Excluindo o factor 'gosto') aqueles que mais se incomodam com os sons 'brilhantes e agressivos' possivelmente são os que ouvem melhor.
 

Ainda deixo outra pergunta: se tivéssemos orelhas maiores iamos sempre ouvir melhor, ou o nosso ouvido + cérebro ficavam preguiçosos e passado um tempo voltávamos quase a ouvir igual? É como aquela ideia que alguns oftalmologistas defendem: podia-lhe colocar umas lentes mais fortes nos seus óculos, mas depois os olhos iam ficar preguiçosos e você acabaria por aumentar as dioptrias muito rapidamente...

cabb escreveu:

Digital Man escreveu:

O conceito é interessante. Faz-nos pensar "Porque é que ninguém pensou nisto antes?" Poderá ser o início de uma nova tendência, mas para isso tem que "pegar".
Outros dispositivos outrora considerados estranhos, como os auscultadores que se enfiam dentro dos ouvidos, acabaram por conquistar o mercado.
Nesse caso, tiveram o empurrão de gigantes como a Sony e entraram no quotidiano embora nesse tempo as vantagens fossem claramente práticas e não relacionadas com o audio (a qualidade de reprodução desses dispositivos na altura era limitada quando comparados com os auscultadores normais).
Curiosamente, os consumidores (quem dita para onde vamos) parece reagir mais aos aspectos práticos do que aos aspectos audiófilos...   

Este novo dispositivo pode ainda ajudar a que ouçamos todos de forma mais igual, dada a sua forma de concha orientada para o canal auditivo, mas creio ser necessário reprocessar o sinal porque nas breves experiências que fiz com as mãos, simulando as 'orelhas de abano' obtive uma elevação nas altas frequências e desequilíbrios tonais... embora reconheça que houve qualquer coisa que mudou para melhor. A sensação de estar lá?
No mínimo, o dispositivo deve ter ajustes como o ângulo em que fecham, ou mesmo umas aberturas reguláveis (uma espécie de ajuste de bass/treble)   

O simples facto de termos ouvidos diferentes introduz diferenças na forma de percepção da onda acústica. O ângulo do ouvido, por exemplo, mas especialmente a cavidade, que pode ser longa, curta, estreita, larga, e em muitos casos antecedida por uma câmara com variações de tamanho, forma da abertura, etc. Tenho um auditório ligado a um corredor largo. Se mover o microfone do início do corredor para o fim a resposta em altas frequências cai significativamente.
Participei em tempos numa brincadeira que consistia na audição de sinais com várias frequências para construção da "curva de leitura do ouvido" e os resultados foram surpreendentes, especialmente em termos de diferenças entre os participantes mas também em relação às curvas genéricas publicadas. Um dos participantes era surdo aos 15KHz. A causa pode ser o canal ou/e os microfones (tímpanos)...

(Excluindo o factor 'gosto') aqueles que mais se incomodam com os sons 'brilhantes e agressivos' possivelmente são os que ouvem melhor.
 

Ainda deixo outra pergunta: se tivéssemos orelhas maiores iamos sempre ouvir melhor, ou o nosso ouvido + cérebro ficavam preguiçosos e passado um tempo voltávamos quase a ouvir igual? É como aquela ideia que alguns oftalmologistas defendem: podia-lhe colocar umas lentes mais fortes nos seus óculos, mas depois os olhos iam ficar preguiçosos e você acabaria por aumentar as dioptrias muito rapidamente...

Provavelmente iríamos ouvir melhor mas ao mesmo tempo ouvir provavelmente demais. Não sei se me consigo fazer entender, mas ao aumentarmos a capacidade e ângulo de escuta, podemos depois ouvir certas ondas que em vez de ajudarem, só prejudicam.

António José da Silva escreveu:

afonso escreveu:

Oh Grandmother! What big ears you have ! All the better to hear you with.


Charles Perrault - Capuchinho Vermelho

  


Estou admirado que ainda não apareceu alguém a responder  à pergunta, "e se tivéssemos as orelhas maiores", que podíamos ser presidentes do Benfica.    

Naaaahaaaaa...., não me parece! Que o diga o JJ.
O homem pede-lhe mais e melhor. Ele entende vender mais e ficar com o pior