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| Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas | |
| | Autor | Mensagem |
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MJC Membro AAP
Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
| Assunto: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Seg Jul 12 2010, 08:43 | |
| Contráriamente a certas pessoas que não acreditam na bondade nem na independência dos jornalistas deste meio, normalmente parto para a leitura de um teste a um qualquer equipamento, sem prejuíizo para com o jornalista e/ou o equipamento.
Não desconfio imediatamente que quem escreveu o artigo foi subornado, corrompido, ou adocicado pelo fabricante em questão, e tento tirar o máxino proveito do que está escrito, para depois interpretar à minha maneira.
Artigos existem, que independentemente de puxar para um lado ou outro, padecem de uma falta de consistência verdadeiramente inacreditável. Continuo a achar que estas revistas têm uma função também didática, mas ultimamente, o que se torna mais evidente é que o fenómeno do disparate tem alastrado para o jornalismo de alta-fidelidade. A função didática tem sido, portanto, ensinar-nos que lá fora, os ditos especialistas também fazem #*&%$.
Esta introdução vem a propósito de um comparativo de uma reputada revista de alta-fidelidade (a qual apesar de tudo continuo a assinar, já lá vão 35 anos...).
O comparativo (com caixa na capa da revista) involve umas quantas colunas com altifalantes full-range.
Começam por dizer que afinal, nem todas as colunas testadas tem só um transdutor; depois que apenas dois dos altifalantes sâo verdadeiramente full-range. E acabam, afirmando que as duas colunas que »vencem» o comparativo, são aquelas cuja tipologia inclui um tweeter além do suposto full-range.
E pronto, um comparativo dos sempre em moda full-range, acaba com uma conclusão brilhante: ― Os full-range são fantásticos. São o futuro. A solução está encontrada. mas pelo sim, pelo não, metam lá um tweeterzito. E que tal um wooferzeco? E se em vez da não existência de XOver, espetassem lá um filtraço de 3ª ordem? E se fossem todos para um sítio que eu cá sei?
É só o tempo de traduzir esta cena para Inglês, e lá vai o e-mail da ordem para a dita revistinha.
Isto é ou não é pior de que um gajo receber massa para dizer bem dum equipamento?
Cumprimentos,
Mário | |
| | | Vodoo Membro AAP
Mensagens : 7002 Data de inscrição : 05/07/2010 Localização : Usuário BANIDO
| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Seg Jul 12 2010, 08:50 | |
| Realmente é mesmo uma ofensa á inteligência do Leitor, hehehe !!! | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Seg Jul 12 2010, 14:01 | |
| Leio várias revistas estrangeiras da especialidade, fui inclusivamente assinante de uma revista americana que gosto bastante, (alguns temas) mas leio todos os comparativos da mesma maneira que oiço amigos a falar de equipamento de áudio. É óbvio que no caso das revistas é bem pior do que no caso de um amigo que não tem o equipamento de medição, a sala de audição, nem toda uma panóplia de material áudio à sua disposição para avaliar equipamentos. Nem tem a obrigação de informar bem. Acredito que nem sempre a intenção seja a pior, ou que estejam sempre comprometidos, mas também é verdade que esse deverá ser muitas vezes uma condicionante. Ficamos à espera desse comparativo das colunas que afinal não são. | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 06/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Seg Jul 12 2010, 16:38 | |
| Política à parte, mas foi isto que me fez lembrar. | |
| | | MJC Membro AAP
Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Sex Ago 20 2010, 02:29 | |
| Cá venho eu com os meus lamentos e dúvidas. E creio que todos os meses aqui virei regularmente pois eu não vou para novo e a minha cabeça já não digere tão bem certos alimentos.
Hoje o tema é o teste de um GD de bom estábulo, com um P.V.P. no Reino Unido de aproximadamente 14.600,00 Euros. Preço aparte, porque isso são contas de outro rosário, o que me faz ficar um pouco desconcertado ― eufemismo para não perceber a ponta de um corno ― é o facto do teste do GD ser feito com um braço e uma célula, ambos de elevadíssima qualidade e portanto não termos forma de saber o que é que estamos realmente a testar. E depois lá vêm frases como ― o remoinho dos teclados electrónicos, os permonores de percussão, os coros etéreos, foram claramente delineados dentro duma caverna repleta de misteriosa escuridão ―. Fiquei tão borrado de medo que jurei a mim próprio nunca comprar este GD.
Mas qual será o elemento mais responsável pelo delineado na misteriosa escuridão? O GD? O braço? A célula? A combinação de dois destes componentes? Os três? A moca com que o jornalista já estaria?
Quem me garante que com um charuto antigo mais o braço e a célula utilizados no teste eu não ouviria o peidejar dos morcegos ansiosos dentro da caverna? Ou aproveitando o recato e a escuridão da caverna, o sussurar da namorada para o marmanjo ― limpa-te depressa que os meus pais já devem estar desconfiados ―?
Este é mais um teste que vai direitinho para o grupo dos »Testes de Lascar«.
Mário | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 06/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Sex Ago 20 2010, 17:18 | |
| É verdade Mário, Apesar de também gostar de ler estas coisas - quando era consumidor destas - sempre mantive a cabêça fira, para evitar, de alguma maneira, ser levado a lado algum que não seria desejado. Isto faz-me lembrar uma série de coisas: é que a sociedade em que vivemos apenas se preocupa em vender - nem que seja a mãe!... | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Sex Ago 20 2010, 17:31 | |
| Quanto à questão de "qual" o componente que possa influenciar mais a performance do conjunto, será sempre algo difícil de dizer. A minha opinião pessoal vai para pré de phono, célula, braço e gira, por esta sequência. É lógico que a qualidade e equilíbrio de todo o conjunto, são importantes. Também será um lugar comum afirmar que o total do conjunto irá ser tão bom quanto o mais fraco dos elementos. Mas genericamente falando, e pela minha parca experiência, eu enquadro a importância das componentes pela hierarquia acima descrita. | |
| | | MJC Membro AAP
Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas Sáb Ago 21 2010, 04:04 | |
| - Stereo escreveu:
- É verdade Mário,
Apesar de também gostar de ler estas coisas - quando era consumidor destas - sempre mantive a cabêça fira, para evitar, de alguma maneira, ser levado a lado algum que não seria desejado. Isto faz-me lembrar uma série de coisas: é que a sociedade em que vivemos apenas se preocupa em vender - nem que seja a mãe!... Concordo Stereo. Mas creio que com a alguma experiência que vamos adquirindo deveremos saber navegar sem receio estas águas. Confesso que com o evoluir dos tempos, cada vez mais fico perplexo, com certos textos e artigos. Mas apesar de tudo ainda consigo aprender muita coisa. Felizmente. Um abraço, Mário | |
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| Assunto: Re: Alta-fidelidade e as idiossincrasias dos seus jornalistas | |
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