revox a77 estado das cabeças & tratamento cosmetico

Boa tarde

O meu a77 apresenta uma faixa plana nas cabeças que a olho parece ter uns 4mm. Na vossa opinião, elas estão perto do fim de vida?

A caixa de madeira tem alguns riscos, não profundos. Para terem uma ideia, imaginem que alguém raspou o verniz com uma moeda. Eu não queria passar um verniz qualquer, para não alterar a cor... algumas ideias para disfarçar?

Ele chegou até mim faltando um dos pes de plástico compridos, e o outro partido. Usando esse como modelo eu fabrique 2 pes com umas ripas de madeira. Quatro buchas de 4mm substituem os pinos de encaixar na caixa.

Cumprimentos e boa Páscoa
Alexandre

O A77 tem muitos modelos, o teu é de 2 ou 4 pistas ?

Quanto ás madeiras aconselho desmontar lixar tudo e passar novo verniz.

Milton, o meu grava em estéreo, ou então 2xmono (mudando o lado da fita ou então 2 monos em simultâneo.) Por isso acho que e o modelo de 2 canais. Nao tenho o manual ou ficha técnica original...

saldali escreveu:

Milton, o meu grava em estéreo, ou então 2xmono (mudando o lado da fita ou então 2 monos em simultâneo.) Por isso acho que e o modelo de 2 canais. Nao tenho o manual ou ficha técnica original...

Vamos ver se percebi...
Grava estereo num sentido apenas, certo?
Isto é, quando chega ao fim da fita já nao podes voltar a fita e voltar a gravar, porque sobrepõe o som no que foi gravado, é isso ?

Podes ver aqui o modelo do teu :
http://www.reeltoreel.de/worldwide/A77.htm
E aqui
http://www.reeltoreel.de/worldwide/A77Special.htm

Pelo número de série é o mk1 referido no primeiro link. Letra S.

Ao gravar estéreo não posso voltar a fita e voltar a gravar, pois iria sobrepor. No entanto, se ao gravar tiver o seletor na posição ch1, posso voltar a fita e voltar a gravar. Só que fica mono. Por isso penso que se trata de um modelo de 2 canais.

saldali escreveu:

Boa tarde

O meu a77 apresenta uma faixa plana nas cabeças que a olho parece ter uns 4mm. Na vossa opinião, elas estão perto do fim de vida?

A caixa de madeira tem alguns riscos, não profundos. Para terem uma ideia, imaginem que alguém raspou o verniz com uma moeda. Eu não queria passar um verniz qualquer, para não alterar a cor... algumas ideias para disfarçar?

Ele chegou até mim faltando um dos pes de plástico compridos, e o outro partido. Usando esse como modelo eu fabrique 2 pes com umas ripas de madeira. Quatro buchas de 4mm substituem os pinos de encaixar na caixa.

Cumprimentos e boa Páscoa
Alexandre

Boas, bela máquina.

Em relação ao restauro, não sei pois nunca tive nenhum, mas a caso é madeira mesmo ou aglomerado com uma película a imitar a madeira? Pergunto isto pois se assim for é escusado lixar pois só irá piorar. Das duas uma, desmontas tudo o que seja de "madeira" e fazes como o Milton bem disse, lixas tudo e dás uma camada de verniz com uma tonalidade igual ou idêntica para uniformizar ou no caso de ser a tal película com aglomerado, comprar película igual e revestir novamente.
Mãos á obra ...

Dou-te aqui um exemplo, num dos meus Receivers .
Tal como disse anteriormente e neste caso é aglomerado com película.



No teu caso, tens de ver se é ou não é de facto madeira.

saldali escreveu:

Boa tarde

O meu a77 apresenta uma faixa plana nas cabeças que a olho parece ter uns 4mm. Na vossa opinião, elas estão perto do fim de vida?

A caixa de madeira tem alguns riscos, não profundos. Para terem uma ideia, imaginem que alguém raspou o verniz com uma moeda. Eu não queria passar um verniz qualquer, para não alterar a cor... algumas ideias para disfarçar?

Ele chegou até mim faltando um dos pes de plástico compridos, e o outro partido. Usando esse como modelo eu fabrique 2 pes com umas ripas de madeira. Quatro buchas de 4mm substituem os pinos de encaixar na caixa.

Cumprimentos e boa Páscoa
Alexandre

Pela expressão "...uma faixa plana nas cabeças que a olho parece ter uns 4mm." é difícil decidir se se trata de cabeças com imenso uso, como que "já gastas" (nestes casos a abrasão da fita criou um canal no seu percurso - quando isto acontece sente-se pelo tacto). O melhor teste será gravar e ouvir a qualidade da gravação.
Quanto a ser de 2 ou 4 pistas: A observação das cabeças permite, com toda a segurança, reconhecer uma cabeça de 2 pistas ou de 4 (numa forma simples: duas pistas apresentam dois segmentos adjacentes com sensivelmente metade da largura da fita, quatro pistas apresentam os mesmos dois, mas com um quarto da largura da fita e separados, extremo e 3/4).
Se for apenas de duas pistas: uma enorme vantagem na qualidade da gravação. Desvantagens: metade do tempo disponível numa bobina e incompatibilidade das gravações em gravadores de 4 pistas. Também a impossibilidade de ler correctamente bobinas pré-gravadas.
Será fácil substituir os pés de plástico, mas penso que o ideal será substituir os quatro por outros, eventualmente em borracha, mesmo que apenas colados ao chassis do gravador.

Quanto à recuperação da madeira, mesmo que folheada (aglomerado com uma fina capa de madeira): uma lixa muito fina (lixa d'água, por ex., usada em seco, claro), um trabalho muito suave sobre a madeira e posterior tratamento com cera. Pode acontecer que o revestimento do aglomerado não seja em folha de madeira mas sim em vinil. Neste caso apenas recomendo uma limpeza com pano húmido e detergente.

Tentativa de colocar uma foto das cabeças...
https://drive.google.com/file/d/1zU5MhER-f1_zMqNcItQtVEzAXXFEx_dbbw/view

Aparentam estar em razoável estado e, efectivamente, trata-se de 2 pistas mono, A e B ou stereo A+B.
Precisam de uma limpeza cuidadosa, uma cotonete (ou várias...) embebidas em álcool isopropílico. Também todos os pontos de contacto com a fita deverão sofrer esta limpeza.
Uma máquina que promete uma excelente qualidade de gravação e reprodução.

Isso pode-se tentar calcular com geometria, se souberes o arco da superfície à vista. Se forem cabeças mais modernas e de fabrico japonês torna-se bem mais danado porque geralmente são "secções" de hipérbole.
Eu não sei puto de matemática, mas como tudo tem uma razão de existir, gosto de bisbilhotar.




Como não tens o valor do raio que deu origem à secção do cilindro (arco), que é a  zona circular exposta da cabeça e só tens o comprimento da corda (+/-4mm), não se pode estimar o tipo de "pente" aplicado


Dividindo a corda ao meio, sabendo o seu comprimento e o raio, calculamos o lado que falta do triangulo retângulo resultante da divisão do triangulo composto pela corda e pelo raio(s) com o teorema de Pitágoras; depois é só subtrair o raio pelo valor obtido e temos o desgaste do entreferro da cabeça, ou seja, o tipo de "corte de cabelo".


Giro né?