Naim vai deixar de produzir leitores de cd´s

Com o abandono de muitas marcas prestigiadas do fabrico de leitores de cd´s, o qeu irá se passar com este formato no futuro? Parece que as principais marcas estão a apostar no streaming, não compreendo esta"moda" de abandonar o formato cd, até porque este ainda tem muitas potencialidades!Será que algo me está a escapar?No futuro ficará apenas o ficheiro digital como principal formato?O vinyl e o cd tornar-se-ão um nicho?

Já há muito tempo que era anunciada a morte do Cd.
Desde a aparição do DVD e do Bluray que o Cd teima em não acabar.
A maior capacidade de armazenar dados foi o grande motivo para a sua morte.

O problema é que as principais marcas estão a deixar de produzir leitores de cd´s. De que vale a pena havêr o software(cd´s) se depois o hardware não está disponível no mercado?

nbaptista escreveu:

O problema é que as principais marcas estão a deixar de produzir leitores de cd´s. De que vale a pena havêr o software(cd´s) se depois o hardware não está disponível no mercado?

Compras vintage

Não é o primeiro fabricante a anunciar que deixa de produzir leitores de CD, já em 2009 a Linn fez o mesmo... mas continuou a fabricar o GD LP12

nbaptista escreveu:

Com o abandono de muitas marcas prestigiadas do fabrico de leitores de cd´s, o qeu irá se passar com este formato no futuro? Parece que as principais marcas estão a apostar no streaming, não compreendo esta"moda" de abandonar o formato cd, até porque este ainda  tem muitas potencialidades!Será que algo me está a escapar?No futuro ficará apenas o ficheiro digital como principal formato?O vinyl e o cd tornar-se-ão um nicho?

tornar-se-ão?

nbaptista escreveu:

O problema é que as principais marcas estão a deixar de produzir leitores de cd´s. De que vale a pena havêr o software(cd´s) se depois o hardware não está disponível no mercado?

Existem milhões de títulos editados em CD. Muitos podem ser adquiridos em 2ª mão por uma mão cheia de Euros, colocados numa drive de DVD e ripados ou extraídos para um sistema de armazenamento digital.
É aquilo que eu tenho feito, embora recentemente tenha começado a adquirir e descarregar algumas gravações em ficheiro quando estas podem ser adquiridas a um preço mais vantajoso. Normalmente compro Redbook mas já adquiri alguns ficheiros HD por estarem em promoção.

Além disso descarregar ficheiros é bom para o planeta porque elimina a poluição produzia pela cadeia de distribuição.

Para os jovens que se aplique os streamings, os downloads ou as ripagens.
Para mim que certamente não irei ouvir milhares de novas músicas, serve o leitor de cd,s, que já tem seu DAC e a practicidade de colocar o CD. Vinyl e CD, CD e Vinyl.

Os leitores da Naim (e também da Linn) não fazem cá falta nenhuma

Aliás, para ser mais exato a Naim vai continuar a produzir apenas o CD5si e vai descontinuar o CDX2 em Junho próximo.O CD continuará a existir, mas só para um certo segmento.Aqueles que gostam de usufruir um bom som e procuravam leitores de cd´s top, vão têr mais dificuldades no futuro.A indústria está-se a encaminhar no sentido do streaming, sem duvida.

nbaptista escreveu:

...não compreendo esta"moda" de abandonar o formato cd, até porque este ainda  tem muitas potencialidades!Será que algo me está a escapar?No futuro ficará apenas o ficheiro digital como principal formato?O vinyl e o cd tornar-se-ão um nicho?

A tecnologia evolui encontrando novos formatos ou soluções para formatos antigos. Vejam esta novidade já disponível: Link

Tal como aconteceu com o vinil há alguns anos, deixou de vender os números que vendia, depois voltou a ser apreciado por muitos. Mas a verdade é que para quem gosta e coleciona vai sempre existir quem fabrique, até as K7.

Talvez este Hi-Res CD, seja interessante, estou curioso.

Roquer escreveu:

nbaptista escreveu:

...não compreendo esta"moda" de abandonar o formato cd, até porque este ainda  tem muitas potencialidades!Será que algo me está a escapar?No futuro ficará apenas o ficheiro digital como principal formato?O vinyl e o cd tornar-se-ão um nicho?

A tecnologia evolui encontrando novos formatos ou soluções para formatos antigos. Vejam esta novidade já disponível: Link

Tal como aconteceu com o vinil há alguns anos, deixou de vender os números que vendia, depois voltou a ser apreciado por muitos. Mas a verdade é que para quem gosta e coleciona vai sempre existir quem fabrique, até as K7.

Talvez este Hi-Res CD, seja interessante, estou curioso.

Proponho a leitura de este tópico:

MQA: uma análise de controvérsias, preocupações e alertas

https://www.audioanalogicodeportugal.net/t12064-mqa-uma-analise-de-controversias-preocupacoes-e-alertas

jorge.henriques escreveu:

Os leitores da Naim (e também da Linn) não fazem cá falta nenhuma

Exatamente! Existem milhões de leitores de cds no mundo, e de cassetes, e muitos milhares de leitores de bobines, os formatos não acabam só porque dois fabricantes de nicho assim o decidem.

galvaorod escreveu:

jorge.henriques escreveu:

Os leitores da Naim (e também da Linn) não fazem cá falta nenhuma

Exatamente! Existem milhões de leitores de cds no mundo, e de cassetes, e muitos milhares de leitores de bobines, os formatos não acabam só porque dois fabricantes de nicho assim o decidem.  

Quem decide é o consumidor, os fabricantes de equipamentos limitam-se a acompanhar as tendências do mercado.
As novas edições em CD só se justificam enquanto houver mercado, idem para os leitores.

A tendência do mercado audiófilo tem sido a de seguir o suporte com a melhor qualidade.
E hoje temos uma oferta muito larga de formatos de média resolução (CD) e de alta resolução (SACD, DVD-A, HFPA Blu-ray, downloads).
Mas actualmente já existem serviços de streaming a fornecer qualidade Redbook 16/44,1, e quando as resoluções atingirem os 24/88,2 ou 24/96 isso poderá ditar o fim do suporte físico.

Mas existirá sempre um mercado de 2ª mão para CDs, tal como existe para o vinil...

Sinais dos tempos...mas lembro que o Super audio cd não substituiu o cd na altura.

Posso estar enganado...
Mas não houve uma altura em que a Linn anunciou terminar a produção de gira-discos?

nbaptista escreveu:

Sinais dos tempos...mas lembro que o Super audio cd não substituiu o cd na altura.

O SACD tem alguma expressão no mercado da música clássica (BIS, Channel Classics, Linn, Pentatone, etc.).
Mas trata-se de um formato proprietário, com DRM.
Mas o catálogo é muito limitado e 99% da população não se preocupa com a qualidade de som, nem o seus sistemas de hi-fi da maior permitem escutar as potenciais qualidades do SACD sobre o CD...
Acho que não foi criado para o mercado das massas, é um suporte de nicho.

Mas como no vinyl há pessoas que preferem o processo de arquivamento físico do CD em relação a estar a armazenar tudo digitalmente numa Nas.

nbaptista escreveu:

Mas como no vinyl há pessoas que preferem o processo de arquivamento físico do CD em relação a estar a armazenar tudo digitalmente numa Nas.

Sim, mas tal como no vinil são uma pequena minoria.
Penso mesmo que a compra de música vai passar a ser um nicho no espaço de uma geração, mesmo entre os audiófilos.

Aurora olhe-me as criaturas, agora somos um nicho um nicho é um oratório...

Enquanto houver tipos que, tais como eu, privilegiem o objeto, o ter "a coisa" nas mãos (nada de fazer piadas com isto), necessidade de posse... o suporte (cd, vinil e agora também k7) nunca irá desaparecer.
Acredito é que a tendência passará por um cuidado pela embalagem por parte das editoras. Digipacks, boxsets todas catitas, special editions, deluxe editions, etc etc etc....
Digo eu....
O que garanto é que jamais pegarei um centavo por um ficheiro áudio.

jorge.henriques escreveu:

O que garanto é que jamais pegarei um centavo por um ficheiro áudio.

Pagar por um ficheiro áudio é um ideia contranatura

Nunca levei a sério essa hipótese.

Só posso admitir nos casos em que seja edição de autor e o lucro reverta significativamente para o criador.

Muitos downloads 16/44,1 são mais baratos do que o CD novo, podem ser escutados imediatamente após a compra, podem ser descarregados quantas vezes quisermos enquanto a loja online existir.
Por vezes sinto falta do livrinho em papel, ainda que o possa descarregar em PDF, mas aquilo que importa mesmo para mim é a música.
Demorei a decidir mas hoje em dia não me faz qualquer confusão comprar um ficheiro.
Pelo menos é meu e posso escutar quando quiser, ao contrário do streaming que implica uma ligação à internet.

ricardo onga-ku escreveu:

Muitos downloads 16/44,1 são mais baratos do que o CD novo, podem ser escutados imediatamente após a compra, podem ser descarregados quantas vezes quisermos enquanto a loja online existir.
Por vezes sinto falta do livrinho em papel, ainda que o possa descarregar em PDF, mas aquilo que importa mesmo para mim é a música.
Demorei a decidir mas hoje em dia não me faz qualquer confusão comprar um ficheiro.
Pelo menos é meu e posso escutar quando quiser, ao contrário do streaming que implica uma ligação à internet.

Compreendo... Mas mete-me confusão, no ato de audição de um álbum, não o poder ir buscar e voltar a arrumar na estante.
Mete-me também confusão o não poder pegar nos inlays, analisá-los e desfolhá-los enquanto se ouve a música.
Mete-me ainda confusão, olhar para um disco duro e dizer "a minha coleção de música está ali".
Este sentimento de posse tem a ver como fui "educado", desde muito pequeno, a apreciar e consumir música

Os nichos também são negócios rentáveis. Há empresas que fabricam em larga escala para as massas, com baixos custos de produção para vendas a preços acessíveis. Mas há empresas que primam pela qualidade de fabrico para consumidores mais exigentes, com o consequente custo elevado e logo um PVP só para os nichos. É o que acontece com os equipamentos de alta-fidelidade high end, que nós tanto apreciamos.

Os formatos desenvolvidos ao longo dos tempos para suportes de audio têm sido sempre, de uma forma ou de outra polémicos. A qualidade vs portabilidade gera sempre alguma discordância. Mas a evolução tecnológica vai continuar e sabemos lá nós o que virá a seguir. Há 30 anos, quem imaginaria a música em ficheiro FLAC ou streaming? Suportes como o Mini-disc ou o DAT, não vingaram comercialmente para o grande público, mas foram muito usados para gravações em estúdio.

A mim também me faz alguma confusão os ficheiros de música. Apesar de "ainda" não comprar dessa forma, salvo raríssima exceção, penso ser saudável tanta variedade e opção de escolha. No entanto, esta diversidade promove flutuações de mercado ao longo do tempo, com os formatos a "lutarem" pela liderança.

Roquer escreveu:

Os nichos também são negócios rentáveis. Há empresas que fabricam em larga escala para as massas, com baixos custos de produção para vendas a preços acessíveis. Mas há empresas que primam pela qualidade de fabrico para consumidores mais exigentes, com o consequente custo elevado e logo um PVP só para os nichos. É o que acontece com os equipamentos de alta-fidelidade high end, que nós tanto apreciamos.

Os formatos desenvolvidos ao longo dos tempos para suportes de audio têm sido sempre, de uma forma ou de outra polémicos. A qualidade vs portabilidade gera sempre alguma discordância. Mas a evolução tecnológica vai continuar e sabemos lá nós o que virá a seguir. Há 30 anos, quem imaginaria a música em ficheiro FLAC ou streaming? Suportes como o Mini-disc ou o DAT, não vingaram comercialmente para o grande público, mas foram muito usados para gravações em estúdio.

A mim também me faz alguma confusão os ficheiros de música. Apesar de "ainda" não comprar dessa forma, salvo raríssima exceção, penso ser saudável tanta variedade e opção de escolha. No entanto, esta diversidade promove flutuações de mercado ao longo do tempo, com os formatos a "lutarem" pela liderança.

Durante muitos anos coexistiram dois formatos distintos, um portátil para uso pessoal e no carro (a cassete) e outro para uso doméstico (o vinil) de melhor qualidade.
O CD tentou e de certo modo conseguiu resolver esse problema, o que explica a razão pela qual o DAT, o Mini-Disc e o DCC nunca vingaram.
Os ficheiros são a solução ideal pois não ocupam espaço físico, têm potencialmente a melhor qualidade até hoje disponível e podem ser escutados numa variedade de equipamentos muito abrangente que vai desde o smartphone ao computador pessoal. São o formato verdadeiramente universal.
O streaming leva a tecnologia mais longe pois permite, mediante uma assinatura de pagamento mensal, o acesso à maior parte das gravações alguma vez editadas em formato digital, incluindo muitas que se encontram esgotadas em CD.

Aquilo que me interessa primeiramente num formato de audio é a qualidade de som, o preço e a disponibilidade de títulos.
Prefiro comprar a escutar em streaming e sou averso a formatos proprietários que requerem equipamentos de descodificação especiais.
Se o formato for indestrutível, não requerir manutenção e não ocupar espaço melhor.

Neste momento a minha filosofia de compra é a seguinte:
- só compro ficheiros High Res se o preço for inferior ou equivalente à edição em CD, de música clássica, e de gravações digitais também em High Res
- só compro ficheiros Redbook 16/44,1 se o preço for inferior ao do CD equivalente usado
- como não tenho leitor de SACD ou forma de extrair/rippar este formato opto geralmente pelo ficheiro versão Redbook 16/44,1 se este for mais barato
Como os preços dos CD usados são muitíssimo baixos acabo por comprar quase sempre neste suporte.

ricardo onga-ku escreveu:

nbaptista escreveu:

Mas como no vinyl há pessoas que preferem o processo de arquivamento físico do CD em relação a estar a armazenar tudo digitalmente numa Nas.

Sim, mas tal como no vinil são uma pequena minoria.
Penso mesmo que a compra de música vai passar a ser um nicho no espaço de uma geração, mesmo entre os audiófilos.

Mas não fomos sempre uma pequena minoria? 99,9% das pessoas não ligam à qualidade sonora, só mesmo nós é q nos importamos com isso, seja ele em CD, Vinil ou ficheiros e assim vai continuar a ser. A música em streaming é fracamente tentadora uma vez q me permite ter uma enormidade de títulos à disposição para ouvir. Como o digital para mim é para ouvir no carro/Tlm o streaming serve perfeitamente e acredito q para os tais 99,9% seja igual e por isso é q este formato é o q mais cresce e brevemente se vai tornar o dominante em termos de aderentes não de qualidade pq não é disso q estou a falar.

Para mim, quantas mais opções existitem no mercado, melhor. Não tenho nada contra o streaming, pagar uma subscrição no Tidal ou Spotify é uma forma barata de se consumir música. Aliás a compra de ficheiros digitais também é uma opção, visto que até tenho o Dac da Rega ligado ao computador. No entanto não tenciono abandonar o formato físico, é uma forma segura de ficar sempre com um backup.

nbaptista escreveu:

Para mim, quantas mais opções existitem no mercado, melhor. Não tenho nada contra o streaming, pagar uma subscrição no Tidal ou Spotify é uma forma barata de se consumir música. Aliás a compra de ficheiros digitais também é uma opção, visto que até tenho o Dac da Rega ligado ao computador. No entanto não tenciono abandonar o formato físico, é uma forma segura de ficar sempre com um backup.

Eu também usei esse argumento mas a verdade é que as lojas online têm as nossas compras disponíveis para download enquanto estiverem operacionais (podem sempre falir ou fechar).

Como a lei não permite efectuar cópias digitais de CDs que vendemos eu também guardo os discos como backup, e tenho cópias da minha biblioteca de música em dois discos rígidos.
De futuro tenciono substituir a minha velha NAS "simples" por uma "mirror", e irei guardar um HDD de back up extra no meu local de trabalho como precaução contra assaltos ou incêndio.
Há quem opte por um back up na cloud mas trata-se de uma opção que ainda é bastante cara:

https://www.pcloud.com/cloud-storage-pricing-plans.html

anibalpmm escreveu:

Mas não fomos sempre uma pequena minoria? 99,9% das pessoas não ligam à qualidade sonora, só mesmo nós é q nos importamos com isso, seja ele em CD, Vinil ou ficheiros e assim vai continuar a ser.

Aí não concordo muito que sejamos uma pequena minoria. Se fosse assim, como sobreviveriam todas essas lojas de Hi Fi que existem em Lisboa e Porto?Desde que haja uma classe média em ascensão e com poder de compra penso que são a base para o comércio da alta fidelidade. Está bem que todos esses que compram sistemas stereos não são audiófilos, mas ainda há algumas pessoas que gostam de têr um bom sistema stereo em casa.

nbaptista escreveu:

anibalpmm escreveu:

Mas não fomos sempre uma pequena minoria? 99,9% das pessoas não ligam à qualidade sonora, só mesmo nós é q nos importamos com isso, seja ele em CD, Vinil ou ficheiros e assim vai continuar a ser.

Aí não concordo muito que sejamos uma pequena minoria. Se fosse assim, como sobreviveriam todas essas lojas de Hi Fi que existem em Lisboa e Porto?Desde que haja uma classe média em ascensão e com poder de compra penso que são a base para o comércio da alta fidelidade. Está bem que todos esses que compram sistemas stereos  não são audiófilos, mas ainda há algumas pessoas que gostam de têr um bom sistema stereo em casa.

Não sei, há uns tempos numa loja cá em Lisboa alguém, com bastantes anos a trabalhar na área. disse-me que se não houvesse um grupo de pessoas que estivesse constantemente a fazer "upgrades" provalmente as lojas de hifi em Portugal estariam todas falidadas.

Isto não serve de estatística, mas só conheço uma pessoa com um bom sistema de som em casa. Todos os outros meus amigos e conhecidos ou têm aparelhagens micro horríveis, barras de som ou colunas do tipo Sonos...

Os jovens então nem se fala.

Pedro T. escreveu:

nbaptista escreveu:

anibalpmm escreveu:

Mas não fomos sempre uma pequena minoria? 99,9% das pessoas não ligam à qualidade sonora, só mesmo nós é q nos importamos com isso, seja ele em CD, Vinil ou ficheiros e assim vai continuar a ser.

Aí não concordo muito que sejamos uma pequena minoria. Se fosse assim, como sobreviveriam todas essas lojas de Hi Fi que existem em Lisboa e Porto?Desde que haja uma classe média em ascensão e com poder de compra penso que são a base para o comércio da alta fidelidade. Está bem que todos esses que compram sistemas stereos  não são audiófilos, mas ainda há algumas pessoas que gostam de têr um bom sistema stereo em casa.

Não sei, há uns tempos numa loja cá em Lisboa alguém, com bastantes anos a trabalhar na área. disse-me que se não houvesse um grupo de pessoas que estivesse constantemente a fazer "upgrades" provalmente as lojas de hifi em Portugal estariam todas falidadas.

Isto não serve de estatística, mas só conheço uma pessoa com um bom sistema de som em casa. Todos os outros meus amigos e conhecidos ou têm aparelhagens micro horríveis, barras de som ou colunas do tipo Sonos...

Os jovens então nem se fala.

Essa também é a minha experiência.
E tenho a impressão de que quando me inicei nestas lides existiam mais lojas em Lisboa do que há hoje.
Que me lembre no início dos anos 90 havia duas no Chiado, uma na Rua da Madalena, duas perto de Santo Antão, uma nos Restauradores, uma na Conde Redondo, uma na Duque de Loulé, uma na Almirante Reis, duas na Estefânia, uma na Av. de Roma, uma em Belém...e provavelmente outras que nunca visitei.

Pedro T. escreveu:

nbaptista escreveu:

anibalpmm escreveu:

Mas não fomos sempre uma pequena minoria? 99,9% das pessoas não ligam à qualidade sonora, só mesmo nós é q nos importamos com isso, seja ele em CD, Vinil ou ficheiros e assim vai continuar a ser.

Aí não concordo muito que sejamos uma pequena minoria. Se fosse assim, como sobreviveriam todas essas lojas de Hi Fi que existem em Lisboa e Porto?Desde que haja uma classe média em ascensão e com poder de compra penso que são a base para o comércio da alta fidelidade. Está bem que todos esses que compram sistemas stereos  não são audiófilos, mas ainda há algumas pessoas que gostam de têr um bom sistema stereo em casa.

Não sei, há uns tempos numa loja cá em Lisboa alguém, com bastantes anos a trabalhar na área. disse-me que se não houvesse um grupo de pessoas que estivesse constantemente a fazer "upgrades" provalmente as lojas de hifi em Portugal estariam todas falidadas.

Isto não serve de estatística, mas só conheço uma pessoa com um bom sistema de som em casa. Todos os outros meus amigos e conhecidos ou têm aparelhagens micro horríveis, barras de som ou colunas do tipo Sonos...

Os jovens então nem se fala.

Há uma necessidade de atrair novos consumidores para a alta-fidelidade. Tenho um amigo que é importador e que tem loja aberta ao público. Constatei que o mercado é limitado a uns quantos audiófilos, que fazem upgrades e vão comprando uns cabos para além de uns poucos curiosos.

Apesar de "poucas", há boas lojas e alguns importadores de excelentes equipamentos. Há que ampliar o mercado, mas para isso tem de haver iniciativas de promoção deste mundo da alta-fidelidade. Atualmente em Portugal, a divulgação é para nichos e não para o grande público, há que inverter essa tendência e alargar o espectro de potenciais consumidores. Eu diria que (mas posso estar errado) que programas de TV como o "1986" na RTP1 podem contribuir, ainda que ligeiramente, para despertar curiosidade sobre a música em vinil, junto de jovens que consomem só música via telemóvel.

Como tudo na vida funciona por ciclos, modas, pode ser que um dia a alta-fidelidade venha a estar num pico de onde crescente. Mas parece-me que não é o streaming que vai criar audiófilos. No entanto, o regresso do vinil está a fazer um pouco esse papel, trazendo mais gira-discos para as prateleiras e uma crescente curiosidade junto de camadas mais jovens.

Na FNAC de Coimbra vêjo desde jovens a pessoas mais velhas a comprar vinil. Agora se possuem bons gira-discos ou não, desconheço.

nbaptista escreveu:

Na FNAC de Coimbra vêjo desde jovens a pessoas mais velhas a comprar vinil. Agora se possuem bons gira-discos ou não, desconheço.

Primeiro surge o gosto pela música. O suporte ou o formato em que é ouvida é apenas o início. O que interessa é começar a tomar o gosto pelo vinil ou outro formato, mas com qualidade. O despertar do interesse por equipamentos mais hi-fi vem depois, mas é necessário que existam "gatilhos" que despoletem esse interesse.

O primeiro equipamento que comprei para ouvir música era um compacto horizontal com gira-discos+leitor de cassetes+rádio, que já não me lembro a marca. Só há cerca de 2 anos e meio é que me desfiz dele e se fosse hoje tinha-o guardado. Mas eu tirava partido dele e tinha muito prazer em ouvir os meus primeiros discos em vinil. Foi a adolescência.

Depois comecei a explorar a Pioneer e passados 30 anos... enfim sabem como é!

Roquer escreveu:

Pedro T. escreveu:

nbaptista escreveu:

anibalpmm escreveu:

Mas não fomos sempre uma pequena minoria? 99,9% das pessoas não ligam à qualidade sonora, só mesmo nós é q nos importamos com isso, seja ele em CD, Vinil ou ficheiros e assim vai continuar a ser.

Aí não concordo muito que sejamos uma pequena minoria. Se fosse assim, como sobreviveriam todas essas lojas de Hi Fi que existem em Lisboa e Porto?Desde que haja uma classe média em ascensão e com poder de compra penso que são a base para o comércio da alta fidelidade. Está bem que todos esses que compram sistemas stereos  não são audiófilos, mas ainda há algumas pessoas que gostam de têr um bom sistema stereo em casa.

Não sei, há uns tempos numa loja cá em Lisboa alguém, com bastantes anos a trabalhar na área. disse-me que se não houvesse um grupo de pessoas que estivesse constantemente a fazer "upgrades" provalmente as lojas de hifi em Portugal estariam todas falidadas.

Isto não serve de estatística, mas só conheço uma pessoa com um bom sistema de som em casa. Todos os outros meus amigos e conhecidos ou têm aparelhagens micro horríveis, barras de som ou colunas do tipo Sonos...

Os jovens então nem se fala.

Há uma necessidade de atrair novos consumidores para a alta-fidelidade. Tenho um amigo que é importador e que tem loja aberta ao público. Constatei que o mercado é limitado a uns quantos audiófilos, que fazem upgrades e vão comprando uns cabos para além de uns poucos curiosos.

Apesar de "poucas", há boas lojas e alguns importadores de excelentes equipamentos. Há que ampliar o mercado, mas para isso tem de haver iniciativas de promoção deste mundo da alta-fidelidade. Atualmente em Portugal, a divulgação é para nichos e não para o grande público, há que inverter essa tendência e alargar o espectro de potenciais consumidores. Eu diria que (mas posso estar errado) que programas de TV como o "1986" na RTP1 podem contribuir, ainda que ligeiramente, para despertar curiosidade sobre a música em vinil, junto de jovens que consomem só música via telemóvel.

Como tudo na vida funciona por ciclos, modas, pode ser que um dia a alta-fidelidade venha a estar num pico de onde crescente. Mas parece-me que não é o streaming que vai criar audiófilos. No entanto, o regresso do vinil está a fazer um pouco esse papel, trazendo mais gira-discos para as prateleiras e uma crescente curiosidade junto de camadas mais jovens.

nbaptista escreveu:

Na FNAC de Coimbra vêjo desde jovens a pessoas mais velhas a comprar vinil. Agora se possuem bons gira-discos ou não, desconheço.

A realidade é a que se vê nestes gráficos...o streaming já é o presente.

Tal como a cópia de cassetes nos anos 80 era norma para ouvir mais e mais música, o streaming é hoje o veiculo utilizado para esse fim. Provavelmente alguns audiofilos de hoje, começaram pela cópia de cassetes. Pode ser que alguns dos consumidores de streaming venham a ter interesse pela alta-fidelidade amanhã.