Fórum para a preservação e divulgação do áudio analógico, e não só... |
Fórum para a preservação e divulgação do áudio analógico, e não só... |
|
| Características importantes num amplficador | |
|
+9Wolfgangvondi Ghost4u Ruben Pinto Rui B. Mário Franco miguelbarroso José Miguel galvaorod Alexandre Vieira 13 participantes | |
Autor | Mensagem |
---|
Ruben Pinto Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 21/11/2014
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 09:30 | |
| Deixo aqui a pergunta: A fidelidade enquanto fiel reprodução sonora é mensurável? Pode-se quantificar, Medir? Acho que não. O nosso ouvido é único e mede o que lhe chega de forma diferente de pessoa para pessoa. Estou completamente de acordo com o José Miguel quando diz que não ha criação sem assinatura. Partindo do principio que a fidelidade se possa medir, então em qualquer acto de criação que se proponha a chegar á Fiel reprodução o resultado final seria sempre igual tal como uma forma matemática ou conjunto de valores definidos i iguais em qualquer parte. Ora não é isso que se passa. Cada criador tem a sua precessão do que pretende e desenha e escolhe e afina a junção de todos os elementos que reuniu para que chegue ao resultado pretendido. Kef e B&W tem sonoridades bastante diferentes. Porque será? E dentro da Kef cada coluna, desde a mais económica até as topo de gama não soam diferente? Porquê? Isso é intencional, é assinatura do criador. AS grandes marcas tem equipas de criação que tem um cunho próprio e que mudará quando a equipa de criação mudar. Esta nova equipa trará uma assinatura nova. Por isso, a assinatura de tudo o que é criado existe e será sentido de forma mais intensa ou mais subtil dependendo de quem a percepciona. | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 11:53 | |
| - Ruben Pinto escreveu:
- Deixo aqui a pergunta:
A fidelidade enquanto fiel reprodução sonora é mensurável? Pode-se quantificar, Medir? Acho que não. O nosso ouvido é único e mede o que lhe chega de forma diferente de pessoa para pessoa. Estou completamente de acordo com o José Miguel quando diz que não ha criação sem assinatura. ... Ora não é isso que se passa. Cada criador tem a sua precessão do que pretende e desenha e escolhe e afina a junção de todos os elementos que reuniu para que chegue ao resultado pretendido. Kef e B&W tem sonoridades bastante diferentes. Porque será? ... Num mercado o construtor propõem e o consumidor dispõe, o mercado do audio segue este mesmo lema … no entanto isto pode pareçer por demasiado simplista visto os elementos em jogo! Se eu disser que os aparelhos de audio servem a ouvir musica ninguém vai me criticar … mas se eu disser que os aparelhos de audio servem a reproduzir a musica o mais fielmente possivel, jà alguns vão desacordar com a afirmação!!! Pegando num exemplo dado no topico ao lado vou escolher de proposito dois aparelhos (amplificadores) actuais que a unica coisa que téem em comum é de serem "pura e simplesmente" amplificadores: De um lado um aparelho actual a vàlvulas com uma estética vintage e um som a condizer, do outro um aparelho contemporâneo em classe D, igualmente com uma estética e sonoridade a condizer! O primeiro soa como um aparelho dos anos 60 e a sua sonoridade é caracterizada como orgânica, sensual (musical) … o segundo soa como um aparelho do séc XXI e a sua sonoridade vai apareçer dinamica, definida (analitica)! Estes dois aparelhos estão nos extremos opostos no que diz respeito à oferta comercial actual e entre eles dois existém muitos aparelhos intermediarios ao nivel sonoro e intelectual. No entanto entre estes dois aparelhos apenas um tém uma sonoridade manipulada, pois complétamente voluntaria e que é muito inspirada dos antigos Sansui/Luxman, trata-se do Leben. O Devialet tém a sonoridade da sua tecnologia e a dos aparelhos que são demasiado jovens para atingir um auge tecnico / subjectivo!... da mesma maneira que os primeiros Sansui/Luxman tinham um som mais quente e sedoso do que os modelos que foram criados depois, pois um aparelho de tecnologia moderna tém uma assinatura que é mais tecnologica do que o resultado de uma escolha subjectiva. A assinatura é então involuntària!... Por que razão então dar uma assinatura voluntària a um aparelho como faz a Leben ou a Sugden ?... simplesmente porque a nostalgia é um mercado que faz vender e que toca um grupo de pessoas … e porque o som dito "musical" ou à inglesa tornou-se num classico de bom gosto, então ninguém acha esse som feio ou mau, mesmo se não for fiel … Devemos ver o audio como um mundo binàrio aonde temos de um lado um passado atractivo, orgânico e autêntico e um futuro frio, analitico e mineral ??? estamos a falar de audio, da sociedade ou a misturar tudo ??? Deve a musica ser tratada com calor e sensualidade ou simplesmente com respeito e justeza ??? Qualquer que sejam as respostas existe um aparelho que corresponde é certo … infelismente para a musica talvez !!! | |
| | | Wolfgangvondi Membro AAP
Mensagens : 137 Data de inscrição : 17/10/2014 Idade : 44 Localização : Carcavelos
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 12:20 | |
| Pessoalmente acho que um dos problemas é que neste domínio há uma data de variáveis que são muito difíceis de perceber / dominar ...
Lá voltamos sempre ao mesmo... : ) Uns preferem certas características (sonoras e outras) uns preferem A, X... outros Z, Y... Mas depois mesmo nos factores mais concretos é complicado saber como determinado aparelho / colunas vão soar na minha sala. Mesmo que eu jà as tenha ouvido num loja, o set up e a acústica do espaço serão diferentes do meu.
E jà para não falar nas variais que são "cientificas" como os specs, mas depois são : manipuladas ( basta olhar para os ratings de potencia) são incompletas (o nível de ruído/distorção por exemplo, nem sempre vem acompanhado do resto, para se perceber se foi medido só numa frequência, numa largura de frequências, a que output). portanto, não querendo ser mauzinho, mas cada vez mais acho que o "jogo esta viciado" pelas marcas.
Acredito que é suposto (pretendidos pelas marcas e afins) a maioria de nós fazer as decisões tendo por base quase tudo em maior medida do que o real desempenho e valor deste do "objecto/equipamento" em sí. O preço, a estética, as reviews, as emoções que são capaz de nos evocar, nostalgia, e ou outras, a perceção de valor da marca/reputação... etc.
Muito raro deve ser o individuo capaz de se alienar disto e realmente analisar somente o objeto em sí . Também não estou a dizer necessariamente que o desejaríamos de fazer, mas muitas vezes se calhar o desequilibro, de todos estes factores que entram na avaliação é maior do que deveria. | |
| | | Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14347 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 12:47 | |
| - TD124 escreveu:
- (...) dois aparelhos (amplificadores) actuais que a unica coisa que téem em comum é de serem "pura e simplesmente" amplificadores:
De um lado um aparelho actual a vàlvulas com uma estética vintage e um som a condizer, do outro um aparelho contemporâneo em classe D, igualmente com uma estética e sonoridade a condizer! O primeiro soa como um aparelho dos anos 60 e a sua sonoridade é caracterizada como orgânica, sensual (musical) … o segundo soa como um aparelho do séc XXI e a sua sonoridade vai apareçer dinamica, definida (analitica)! (...) O Devialet tém a sonoridade da sua tecnologia e a dos aparelhos que são demasiado jovens para atingir um auge tecnico / subjectivo! (...) Presumo que quem adquirir o Devialet, caso se canse do carácter tipificado em quem tem pouca idade, se desejar que passe a disponibilizar de sonoridade mais parecida com o Leben ou Musical Fidelity A1, deverá guardá-lo para envelhecimento em barricas de carvalho francês durante alguns anos. | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 12:51 | |
| - Wolfgangvondi escreveu:
- … Muito raro deve ser o individuo capaz de se alienar disto e realmente analisar somente o objeto em sí . Também não estou a dizer necessariamente que o desejaríamos de fazer, mas muitas vezes se calhar o desequilibro, de todos estes factores que entram na avaliação é maior do que deveria.
Gostei dessa frase … e longe de mim de criticar quem quer seja pelas escolhas em função do seu gosto/sensibilidade. Mas deixo uma ideia das coisas em modo suspendido para a reflexão individual: O sistema e a sala de escuta não é o unico vector de colorações ném de equilibrio tonal, pois o disco em si jà està marcado ou impregnado das colorações dos microfones, estudio e électronicas utilisadas, então: Uma gravação naturalmente quente e sedosa da Ella Fitzgerald … vai tornar-se mais quente com um aparelho (orgânico) e um pouco mais fria com um aparelho (analitico)! Uma gravação naturalmente analitica como o Grace do Jeff Buckley vai se tornar mais sedosa com um aparelho quente e mais definida com um aparelho analitico! Não serà o aparelho neutro (chamado insonso por alguns) aquele que mais respeita o sal da musica ??? | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 12:52 | |
| - Ruben Pinto escreveu:
- Deixo aqui a pergunta:
A fidelidade enquanto fiel reprodução sonora é mensurável? Pode-se quantificar, Medir? Claro que sim.Um velho documento da EMI descreve assim Alta-Fidelidade: Digamos, então, que a Alta Fidelidade implica a criação, no ambiente normal do ouvinte, da ILUSÃO do desempenho real, como teria sido ouvido nas condições mais favoráveis.Isto é parcialmente verdade para gravações de música clássica ao vivo em ambiente com reverberação natural, aquilo a que o Harry Pearson (TAS) chamou de Absolute Sound - o Som Real / Natural. Infelizmente quando a gravação se trata de uma produção multi-pista em estúdio a única fidelidade possível é ao sinal, à gravação que é a música. Fidelidade é a capacidade de um equipamento ou sistema reproduzir o sinal gravado (ou música) sem distorção. Existem várias medições que procuram quantificar o nível de fidelidade ou a distorção de um dado parâmetro. Uma única medição é manifestamente insuficiente para caracterizar o som de um equipamento, mas a resposta de frequências de uma coluna dá uma ideia bastante correcta da sua sonoridade. - Ruben Pinto escreveu:
- O nosso ouvido é único e mede o que lhe chega de forma diferente de pessoa para pessoa.
O nosso ouvido não mede, converte ondas sonoras em impulsos elécticos, um pouco como um microfone - ambos são transdutores. Esse sinal é transmitido ao nosso cérebro que também não mede, interpreta - escuta. De acordo com a nossa cultura, o nosso conhecimento, a nossa experiência e nosso gosto nós degustamos a experiência musical. É possível mas difícil (eu tento) avaliar o nível de fidelidade através da escuta mas isso implica conhecimento, treino, uma metodologia adequada e acima de tudo colocar de parte o gosto. A escuta analítica e a experiência musical são actividades distintas com objectivos diferentes.Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.Aquilo que nós gostamos pode ou não ser uma reprodução de maior fidelidade. E como cada um tem o seu gosto aquilo que é muito agradável ao palato para uns pode ser lixo para outros, independentemente de como mede ou do nível de fidelidade. Um bom equipamento é um equipamento que reproduz com fidelidade; que é o mesmo que dizer mede bem. Um equipamento pode medir mal e soar agradável, ou vice-versa. Mas certamente que não será agradável para todos. Enquanto não assumirmos este facto continuaremos a perpetuar os nossos diálogos de surdos... - Ruben Pinto escreveu:
- Estou completamente de acordo com o José Miguel quando diz que não ha criação sem assinatura.
Partindo do principio que a fidelidade se possa medir, então em qualquer acto de criação que se proponha a chegar á Fiel reprodução o resultado final seria sempre igual tal como uma forma matemática ou conjunto de valores definidos i iguais em qualquer parte. Ora não é isso que se passa. Cada criador tem a sua precessão do que pretende e desenha e escolhe e afina a junção de todos os elementos que reuniu para que chegue ao resultado pretendido. Kef e B&W tem sonoridades bastante diferentes. Porque será? E dentro da Kef cada coluna, desde a mais económica até as topo de gama não soam diferente? Porquê? Isso é intencional, é assinatura do criador. AS grandes marcas tem equipas de criação que tem um cunho próprio e que mudará quando a equipa de criação mudar. Esta nova equipa trará uma assinatura nova. Por isso, a assinatura de tudo o que é criado existe e será sentido de forma mais intensa ou mais subtil dependendo de quem a percepciona. Os fabricantes querem vender (ponto). E se as Kef soarem iguais às B&W não se destacarão na loja. As colunas não são o melhor exemplo pois trata-se do equipamento menos fiel, que introduz mais distorção, e é necessário aceitar alguns compromissos cada um deles com vantagens e limitações ao nível do desempenho. A parte mais importante de um sistema de reprodução doméstica está nas duas letras que antecedem produção. Re-produção significa produzir com exactidão aquilo que já foi produzido. No fundo trata-se uma cópia. É como pegar num negativo e efectuar uma ampliação. Os artistas produzem a música (arte), os sistemas reproduzem a gravação (ciência). Em tempos escrevi esta analogia entre reprodução de uma pintura e reprodução de um quadro: Tenho imensa dificuldade em "engolir" a analogia do vinho pois trata-se do original e não de uma reprodução; o vinho a meu ver apenas pode ser comparado ao evento musical original. O sistema é o copo. Prefiro esta analogia da reprodução fotografia de uma obra de arte, por exemplo de uma pintura, que escrevi em tempos num outro tópico: Comecemos então por estabelecer um paralelismo entre o registo e reprodução doméstica de uma peça musical e o registo e reprodução fotográfica de uma pintura. Em ambos os casos o objecto é uma obra de arte e a reprodução quer de um quer de outro será mais realista quanto mais fiel for a reprodução do seu registo (registo esse que nem sempre é muito fiel, mas isso é outra história). Claro que existem limitações óbvias: uma sonata para violoncelo e piano nunca soará nas nossas casas como soaria numa sala dedica por razões de acústica e de escala, mas também por limitações técnicas inerentes ao equipamento de captura e reprodução, o mesmo se passando com a impressão de uma pintura de um grande mestre num poster de papel acetinado. Vejamos o exemplo da fotografia. Em primeiro lugar, é necessário que a pintura esteja adequadamente iluminada e a sua superfície esteja paralela ao plano do sensor digital ou do filme, caso sejam amantes do analógico. "Blow-Up" - Michelangelo Antonioni, 1966 Em seguida importa que seja escolhida uma lente que produza contraste e saturação naturais, e que não introduza distorções geométricas ou aberrações cromáticas. Distorção geométrica tipo barril Aberração cromática Agora o fotógrafo responsável deverá colocar a máquina sobre um tripé e usar o temporizador ou um comando de obturador por forma a evitar vibrações e escolher uma abertura adequada que permita captar uma resolução uniforme sobre toda a superfície da fotografia. Nitidez no canto do enquadramento a diferentes aberturas f A exposição deverá ser determinada com o auxílio de um fotómetro de luz incidente e deverá ser utilizado o ISO mais baixo para evitar o aparecimento de ruído digital ou de grão. Ruído digital A partir deste momento a imagem pode ser registada em formato digital ou suporte analógico para posterior manuseamento e impressão. Em seguida a imagem é aberta no Photoshop onde são efectuadas algumas correcções e depois enviada para a impressora, ou o filme cuidadosamente revelado é levado para o ampliador onde são efectuadas impressões de teste e afinação da imagem final, recorrendo eventualmente a máscaras caso seja necessário. No caso do workflow digital é extremamente importante que a imagem tenha sido capturada no formato RAW, com o maior gamut de cores possível (p.ex. ProPhoto RGB) e com a máxima resolução (megapixels) e profundidade de cores (bits) e que o monitor e a impressora/papel estejam adequadamente calibrados. A lente do ampliador deverá ter as características anteriormente referidas e a abertura deverá ser a adequada, sendo ainda importante que os líquidos de revelação tenham sido misturados nas proporções exactas e estejam à temperatura ideal. Em ambos os casos deverá ser escolhido um papel neutro por forma a não alterar em nada a qualidade do registo. "Nighthawks" - Edward Hopper, 1942 Agora troquem a câmara e o sensor ou filme pelo microfone, o amplificador e o disco rígido ou o gravador de fita, a destreza do fotógrafo pela de um engenheiro de som. Também os microfones, que requerem um posicionamento adequado, deverão ter uma resposta de frequências plana e permitir o registo de uma gama dinâmica alargada e o amplificador deverá introduzir o menor nível de distorção e ruído, o mesmo se passando com o conversor A/D ou o gravador de fita. O responsável pela mistura deverá utilizar equipamento transparente, corrigindo erros e manipulando o sinal apenas o necessário para que este possa ser reproduzido por um sistema de reprodução doméstica. Segue-se o referido sistema, que sendo o elo mais fraco deverá ainda assim ser o mais linear possível, introduzindo um mínimo de distorções ou colorações por forma a que a transdução do registo de sinal eléctrico para som na sala seja feita com a maior fidelidade possível. Na minha opinião, podemos ainda concluir que, ao contrário do que se passa com um instrumento musical cuja função é a de produzir sons (notas) com a maior e mais bela riqueza harmónica possível e ele próprio uma peça integrante e fabricante da obra de arte, um sistema de reprodução doméstica é um conjunto de instrumentos de precisão que fazem parte da cadeia que tem início no microfone e cuja função é captar, registar e reproduzir o registo dessa obra de arte (a beleza tímbrica de vozes e instrumentos, a acústica das grandes salas de concerto ) com a maior exactidão possível tendo em conta as limitações técnicas com que hoje (2010) nos deparamos e as limitações acústicas da nossa sala. "A ciência desenha a onda; a poesia enche-a de água." - Teixeira Pascoaes Penso, portanto, que não será polémico afirmar que o objectivo de um sistema de reprodução doméstica de alta fidelidade é o de reproduzir com exactidão o registo de uma peça musical no conforto das nossas casas. A ideia é registar um dado evento musical num suporte físico, que pode ser adquirido por qualquer pessoa, ou transmitido por radiodifusão de forma a que o referido evento possa ser reproduzido pelo conjunto de equipamentos que compõe o nosso sistema. Esta maravilhosa invenção, que evoluiu a passos largos durante todo o século passada graças aos avanços em diversos campos da física, permitiu a divulgação quase universal dessa enorme arte que é a música, possibilitando a audição repetida das obras que apreciamos e a escuta de grandes interpretações que se deram em outros tempos e lugares distantes. Para os interessados nessa história proponho a leitura de A Tiny History of High Fidelity
Última edição por ricardo onga-ku em Qui Abr 11 2019, 14:00, editado 9 vez(es) | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 12:55 | |
| - Ghost4u escreveu:
- TD124 escreveu:
- (...) dois aparelhos (amplificadores) actuais que a unica coisa que téem em comum é de serem "pura e simplesmente" amplificadores:
De um lado um aparelho actual a vàlvulas com uma estética vintage e um som a condizer, do outro um aparelho contemporâneo em classe D, igualmente com uma estética e sonoridade a condizer! O primeiro soa como um aparelho dos anos 60 e a sua sonoridade é caracterizada como orgânica, sensual (musical) … o segundo soa como um aparelho do séc XXI e a sua sonoridade vai apareçer dinamica, definida (analitica)! (...) O Devialet tém a sonoridade da sua tecnologia e a dos aparelhos que são demasiado jovens para atingir um auge tecnico / subjectivo! (...)
Presumo que quem adquirir o Devialet, caso se canse do carácter tipificado em quem tem pouca idade, se desejar que passe a disponibilizar de sonoridade mais parecida com o Leben ou Musical Fidelity A1, deverá guardá-lo para envelhecimento em barricas de carvalho francês durante alguns anos. Este soa maravilhosamente... | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 13:15 | |
| - Ghost4u escreveu:
- (…)
Presumo que quem adquirir o Devialet, caso se canse do carácter tipificado em quem tem pouca idade, se desejar que passe a disponibilizar de sonoridade mais parecida com o Leben ou Musical Fidelity A1, deverá guardá-lo para envelhecimento em barricas de carvalho francês durante alguns anos. È exactamente isso pois se a evolução "linear" do audio persistir … o Devialet saido da barrica daqui a vinte anos e comparado com um aparelho dessa época vai aparecer como tipado vintage (para essa época)… Da mesma maneira que um Wester Electric 91-A (1929) soa mais vintage do que um Quad II (1953)… Esse mesmo Quad II soa mais vintage do que um Radford STA25 … Que por sua vez é muito mais suave do que um McIntosh 275... Que soa valvulado em comparação com um integrado YBA … YBA que soa sedoso em comparação ao Devialet … And so on | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 14:01 | |
| - TD124 escreveu:
- Não serà o aparelho neutro (chamado insonso por alguns) aquele que mais respeita o sal da musica ???
Sim! | |
| | | Wolfgangvondi Membro AAP
Mensagens : 137 Data de inscrição : 17/10/2014 Idade : 44 Localização : Carcavelos
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 14:03 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo. Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ? É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"?? | |
| | | Pmoura43 Membro AAP
Mensagens : 532 Data de inscrição : 25/03/2012 Idade : 57 Localização : São Martinho do Porto
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 15:48 | |
| - Wolfgangvondi escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo.
Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ?
É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"?? Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, que creio que é ainda uma amplificação mal vista nesta nova geração (pelo menos é o que me parece, aqui raramente leio que alguém tenha aparelhos com essa topologia), é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state? Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 16:06 | |
| - Pmoura43 escreveu:
- Wolfgangvondi escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo.
Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ?
É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"??
Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, que creio que é ainda uma amplificação mal vista nesta nova geração (pelo menos é o que me parece, aqui raramente leio que alguém tenha aparelhos com essa topologia), é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Tratando-se de um fórum de audio analógico é natural que predomine o interesse por aparelhos vintage. Eu nunca dei especial atenção ao Devialet mas aparentemente é um híbrido transistores Classe A e comutação Classe D: https://www.devialet.com/en-gb/expert-pro-technologies/ Parece interessante. | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 16:29 | |
| - Pmoura43 escreveu:
- ... Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, ... é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Uma garrafa de vinho deve ser comparada a outra garrafa de vinho … e não ao conjunto de todos os vinhos existentes, incluso do passado !!! Mas, apesar de ser um exercico sém sentido, podemos fazê-lo pois estamos aqui para discutir e divertir … Os vintages soam "bonito", os transistorisados soam "magros" e o Devialet soa "analitico" !!! Resumindo muitissimo, a coisa é mais ou menos assim … mas hà vintages que soam "feio", transistorisados que soam "bonito" e muitas pessoas que acham um Devialet "natural" … também resumindo muito! E um conhecido meu que tém um acha-o bonito de caixa e de som, eu também !!!... Existém ouvidos e aparelhos para todos os gostos PS: As vantagens que vejo nos aparelhos do tipo "Devialet" é o contrôle das colunas e a transparência !!! | |
| | | Pmoura43 Membro AAP
Mensagens : 532 Data de inscrição : 25/03/2012 Idade : 57 Localização : São Martinho do Porto
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 16:47 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- Wolfgangvondi escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo.
Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ?
É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"??
Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, que creio que é ainda uma amplificação mal vista nesta nova geração (pelo menos é o que me parece, aqui raramente leio que alguém tenha aparelhos com essa topologia), é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Tratando-se de um fórum de audio analógico é natural que predomine o interesse por aparelhos vintage.
Eu nunca dei especial atenção ao Devialet mas aparentemente é um híbrido transistores Classe A e comutação Classe D:
https://www.devialet.com/en-gb/expert-pro-technologies/
Parece interessante. Entendo Ricardo, Mas o Devialet não reproduz som analógico, ou os que não são Vintage? O CD não é analógico, ou até mesmo os ficheiros? Estou confuso | |
| | | Pmoura43 Membro AAP
Mensagens : 532 Data de inscrição : 25/03/2012 Idade : 57 Localização : São Martinho do Porto
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 17:04 | |
| - TD124 escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- ... Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, ... é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Uma garrafa de vinho deve ser comparada a outra garrafa de vinho … e não ao conjunto de todos os vinhos existentes, incluso do passado !!! Mas, apesar de ser um exercico sém sentido, podemos fazê-lo pois estamos aqui para discutir e divertir …
Os vintages soam "bonito", os transistorisados soam "magros" e o Devialet soa "analitico" !!!
Resumindo muitissimo, a coisa é mais ou menos assim … mas hà vintages que soam "feio", transistorisados que soam "bonito" e muitas pessoas que acham um Devialet "natural" … também resumindo muito!
E um conhecido meu que tém um acha-o bonito de caixa e de som, eu também !!!...
Existém ouvidos e aparelhos para todos os gostos
PS: As vantagens que vejo nos aparelhos do tipo "Devialet" é o contrôle das colunas e a transparência !!! Agora Paulo, é que deste cartas e baralhaste, Ora bem, a ver se percebo... Quando dizes que o Devialet soa analitico, significa que não oferece coloração, ou por outra, que oferece menos coloração que os Vintages & transistorisados? Assim, de repente, até dá a sensação que tal é uma vantagem... Além do baixíssimo consumo...é o que dizem... Tu achaste só bonito ou também gostaste do som? Quando mencionas controle e transparência, assim de repente, também não me parece nada negativo... Seria possível explicares um pouco melhor? Honestamente tenho alguma curiosidade Muito obrigado | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 17:16 | |
| - Pmoura43 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- Wolfgangvondi escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo.
Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ?
É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"??
Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, que creio que é ainda uma amplificação mal vista nesta nova geração (pelo menos é o que me parece, aqui raramente leio que alguém tenha aparelhos com essa topologia), é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Tratando-se de um fórum de audio analógico é natural que predomine o interesse por aparelhos vintage.
Eu nunca dei especial atenção ao Devialet mas aparentemente é um híbrido transistores Classe A e comutação Classe D:
https://www.devialet.com/en-gb/expert-pro-technologies/
Parece interessante. Entendo Ricardo,
Mas o Devialet não reproduz som analógico, ou os que não são Vintage?
O CD não é analógico, ou até mesmo os ficheiros?
Estou confuso
O CD e os ficheiros são suportes digitais. Recentemente houve um tópico em que se discutiu se o audio tem evoluído para melhor ou para pior. Parece-me incontestável que de um modo geral hoje é possível gravar e reproduzir música com maior fidelidade do que há 20 ou 30 anos atrás e com um orçamento semelhante se obtém melhor qualidade (se isso não acontece é devido às más práticas na cpatação e aos alfaiates do som). Num fórum onde predominam os apreciadores de equipamentos vintage é natural que a maioria prefira o som de ontem. Trata-se de uma questão de gosto. Mas se analisarmos as opiniões dos frequentadores do fórum Computer Audiophile a situação inverte-se. Na prática a moda dita que as colunas devem ser pequenas, esguias, com pórtico e o grande altifalante de graves foi substituído por fiadas de pequenos woofers de longa excursão; esta topologia não tem o mesmo potencial de desempenho, é castradora. Ou veja-se a loudness war que assassina regularmente gravações que de outro modo nos soariam maravilhosas. | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 17:20 | |
| - Pmoura43 escreveu:
- TD124 escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- ... Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, ... é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Uma garrafa de vinho deve ser comparada a outra garrafa de vinho … e não ao conjunto de todos os vinhos existentes, incluso do passado !!! Mas, apesar de ser um exercico sém sentido, podemos fazê-lo pois estamos aqui para discutir e divertir …
Os vintages soam "bonito", os transistorisados soam "magros" e o Devialet soa "analitico" !!!
Resumindo muitissimo, a coisa é mais ou menos assim … mas hà vintages que soam "feio", transistorisados que soam "bonito" e muitas pessoas que acham um Devialet "natural" … também resumindo muito!
E um conhecido meu que tém um acha-o bonito de caixa e de som, eu também !!!...
Existém ouvidos e aparelhos para todos os gostos
PS: As vantagens que vejo nos aparelhos do tipo "Devialet" é o contrôle das colunas e a transparência !!!
Agora Paulo, é que deste cartas e baralhaste,
Ora bem, a ver se percebo...
Quando dizes que o Devialet soa analitico, significa que não oferece coloração, ou por outra, que oferece menos coloração que os Vintages & transistorisados?
Assim, de repente, até dá a sensação que tal é uma vantagem...
Além do baixíssimo consumo...é o que dizem...
Tu achaste só bonito ou também gostaste do som?
Quando mencionas controle e transparência, assim de repente, também não me parece nada negativo...
Seria possível explicares um pouco melhor?
Honestamente tenho alguma curiosidade
Muito obrigado Não oferecer coloração (maior transparência) é uma vantagem, tal como o é o contolo. Mas isso pode não soar bem a algumas pessoas (muitas mesmo). Como tal, se o Paulo gostou ou não do som apenas é relevante para ele próprio (porque uns irão concordar e outros não). | |
| | | Pmoura43 Membro AAP
Mensagens : 532 Data de inscrição : 25/03/2012 Idade : 57 Localização : São Martinho do Porto
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 17:31 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- Wolfgangvondi escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo.
Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ?
É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"??
Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, que creio que é ainda uma amplificação mal vista nesta nova geração (pelo menos é o que me parece, aqui raramente leio que alguém tenha aparelhos com essa topologia), é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Tratando-se de um fórum de audio analógico é natural que predomine o interesse por aparelhos vintage.
Eu nunca dei especial atenção ao Devialet mas aparentemente é um híbrido transistores Classe A e comutação Classe D:
https://www.devialet.com/en-gb/expert-pro-technologies/
Parece interessante. Entendo Ricardo,
Mas o Devialet não reproduz som analógico, ou os que não são Vintage?
O CD não é analógico, ou até mesmo os ficheiros?
Estou confuso
O CD e os ficheiros são suportes digitais.
Recentemente houve um tópico em que se discutiu se o audio tem evoluído para melhor ou para pior. Parece-me incontestável que de um modo geral hoje é possível gravar e reproduzir música com maior fidelidade do que há 20 ou 30 anos atrás e com um orçamento semelhante se obtém melhor qualidade (se isso não acontece é devido às más práticas na cpatação e aos alfaiates do som).
Num fórum onde predominam os apreciadores de equipamentos vintage é natural que a maioria prefira o som de ontem. Trata-se de uma questão de gosto. Mas se analisarmos as opiniões dos frequentadores do fórum Computer Audiophile a situação inverte-se.
Na prática a moda dita que as colunas devem ser pequenas, esguias, com pórtico e o grande altifalante de graves foi substituído por fiadas de pequenos woofers de longa excursão; esta topologia não tem o mesmo potencial de desempenho, é castradora.
Ou veja-se a loudness war que assassina regularmente gravações que de outro modo nos soariam maravilhosas. Ricardo, É óbvio que sei que o suporte CD e ficheiros são suportes digitais, mas, não deixam de ser reproduzidos em analógico. Entendo que o gosto pessoal supere a razão, eu próprio tenho o meu gosto pessoal, no entanto, não deixo de ignorar, caso seja esse o caso, se determinado aparelho ou topologia tens vantagens relativamente ao que possuo. Daí a curiosidade | |
| | | Pmoura43 Membro AAP
Mensagens : 532 Data de inscrição : 25/03/2012 Idade : 57 Localização : São Martinho do Porto
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 17:36 | |
|
Não oferecer coloração (maior transparência) é uma vantagem, tal como o é o contolo. Mas isso pode não soar bem a algumas pessoas (muitas mesmo).
Como tal, se o Paulo gostou ou não do som apenas é relevante para ele próprio (porque uns irão concordar e outros não).[/quote]
Ricardo,
É relevante para ele próprio, claro, mas por curiosidade e pela experiência que ele tem, suscita-me curiosidade saber se gostou, não acho de todo a pergunta impertinente.
Creio que é a partir de partilha de opiniões que vamos também sabendo algo, sabendo à partida que os ouvidos dele, não são os meus e vice-versa.
Mas não deixa de ser curioso saber o que pensa sobre esta nova forma de amplificação e em concreto do projecto Devialet.
Só isso, parece-me importante
| |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 17:59 | |
| - Pmoura43 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- Wolfgangvondi escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo.
Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ?
É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"??
Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, que creio que é ainda uma amplificação mal vista nesta nova geração (pelo menos é o que me parece, aqui raramente leio que alguém tenha aparelhos com essa topologia), é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Tratando-se de um fórum de audio analógico é natural que predomine o interesse por aparelhos vintage.
Eu nunca dei especial atenção ao Devialet mas aparentemente é um híbrido transistores Classe A e comutação Classe D:
https://www.devialet.com/en-gb/expert-pro-technologies/
Parece interessante. Entendo Ricardo,
Mas o Devialet não reproduz som analógico, ou os que não são Vintage?
O CD não é analógico, ou até mesmo os ficheiros?
Estou confuso
O CD e os ficheiros são suportes digitais.
Recentemente houve um tópico em que se discutiu se o audio tem evoluído para melhor ou para pior. Parece-me incontestável que de um modo geral hoje é possível gravar e reproduzir música com maior fidelidade do que há 20 ou 30 anos atrás e com um orçamento semelhante se obtém melhor qualidade (se isso não acontece é devido às más práticas na cpatação e aos alfaiates do som).
Num fórum onde predominam os apreciadores de equipamentos vintage é natural que a maioria prefira o som de ontem. Trata-se de uma questão de gosto. Mas se analisarmos as opiniões dos frequentadores do fórum Computer Audiophile a situação inverte-se.
Na prática a moda dita que as colunas devem ser pequenas, esguias, com pórtico e o grande altifalante de graves foi substituído por fiadas de pequenos woofers de longa excursão; esta topologia não tem o mesmo potencial de desempenho, é castradora.
Ou veja-se a loudness war que assassina regularmente gravações que de outro modo nos soariam maravilhosas. Ricardo,
É óbvio que sei que o suporte CD e ficheiros são suportes digitais, mas, não deixam de ser reproduzidos em analógico.
Entendo que o gosto pessoal supere a razão, eu próprio tenho o meu gosto pessoal, no entanto, não deixo de ignorar, caso seja esse o caso, se determinado aparelho ou topologia tens vantagens relativamente ao que possuo.
Daí a curiosidade
Faz todo o sentido. Só podemos melhorar o que temos se identificarmos as deficiências e procurarmos as causas. Durante anos as fontes de alimentação comutadas eram um factor limitativo mas o amplificador da Benchmark veio demonstrar que o potencial da tecnologia madura é muito elevado. O mesmo se passa com os equipamentos da Chord que utilizam reguladores switch-mode com bons resultados. Ou veja-se como a Dutch & Dutch ou a Kii conseguiram conceber colunas de desempenho superlativo recorrendo a processamento digital e amplificação Classe-D. Eu tardei a adoptar o computador como fonte, aliás foi devido a ter imigrado que substitui o CD; e só recentemente obti resultados comparáveis, em parte devido à maturação da tecnologia. Mas tal como referi, não tenho uma opinião formada sobre o Devialet. | |
| | | Pmoura43 Membro AAP
Mensagens : 532 Data de inscrição : 25/03/2012 Idade : 57 Localização : São Martinho do Porto
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 18:35 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- Wolfgangvondi escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- Muitas destas nossas discussões resultam do grande equívoco que é confundir degustar com avaliar.
Acho que é isso mesmo.
Mas já agora, outra questão que me assalta às vezes, e a muitos outros com certeza... Estamos ou não de forma geral a ter acesso a melhor equipamento? Reparem, que a questão não é se há mais progressos... É algo mais pratico, nós consumidores, estamos a ter acesso a melhor equipamento por preços "comparáveis" ?
É que as vezes parece-me que se anda um passo para à frente e dois para trás... ou é só impressão? Ainda agora fiquei com essa ideia ao andar a pesquisar os av's, tem "muitas" funcionalidades que antes eram só do domínio da informática, há uns 15-20 anos atrás. Mas depois parece-me que se pode estar a perder naquilo que é mais " o seu núcleo"??
Pegando mo exemplo dado pelo Devialet, que é um aparelho moderno Hibrido ou Classe D, ou lá o que é, que creio que é ainda uma amplificação mal vista nesta nova geração (pelo menos é o que me parece, aqui raramente leio que alguém tenha aparelhos com essa topologia), é ou não melhor em termos de reprodução que os vintages ou que os solid-state?
Quais então as vantagens do Devialet por comparação com os outros, ou desvantagens... Tratando-se de um fórum de audio analógico é natural que predomine o interesse por aparelhos vintage.
Eu nunca dei especial atenção ao Devialet mas aparentemente é um híbrido transistores Classe A e comutação Classe D:
https://www.devialet.com/en-gb/expert-pro-technologies/
Parece interessante. Entendo Ricardo,
Mas o Devialet não reproduz som analógico, ou os que não são Vintage?
O CD não é analógico, ou até mesmo os ficheiros?
Estou confuso
O CD e os ficheiros são suportes digitais.
Recentemente houve um tópico em que se discutiu se o audio tem evoluído para melhor ou para pior. Parece-me incontestável que de um modo geral hoje é possível gravar e reproduzir música com maior fidelidade do que há 20 ou 30 anos atrás e com um orçamento semelhante se obtém melhor qualidade (se isso não acontece é devido às más práticas na cpatação e aos alfaiates do som).
Num fórum onde predominam os apreciadores de equipamentos vintage é natural que a maioria prefira o som de ontem. Trata-se de uma questão de gosto. Mas se analisarmos as opiniões dos frequentadores do fórum Computer Audiophile a situação inverte-se.
Na prática a moda dita que as colunas devem ser pequenas, esguias, com pórtico e o grande altifalante de graves foi substituído por fiadas de pequenos woofers de longa excursão; esta topologia não tem o mesmo potencial de desempenho, é castradora.
Ou veja-se a loudness war que assassina regularmente gravações que de outro modo nos soariam maravilhosas. Ricardo,
É óbvio que sei que o suporte CD e ficheiros são suportes digitais, mas, não deixam de ser reproduzidos em analógico.
Entendo que o gosto pessoal supere a razão, eu próprio tenho o meu gosto pessoal, no entanto, não deixo de ignorar, caso seja esse o caso, se determinado aparelho ou topologia tens vantagens relativamente ao que possuo.
Daí a curiosidade
Faz todo o sentido. Só podemos melhorar o que temos se identificarmos as deficiências e procurarmos as causas.
Durante anos as fontes de alimentação comutadas eram um factor limitativo mas o amplificador da Benchmark veio demonstrar que o potencial da tecnologia madura é muito elevado. O mesmo se passa com os equipamentos da Chord que utilizam reguladores switch-mode com bons resultados. Ou veja-se como a Dutch & Dutch ou a Kii conseguiram conceber colunas de desempenho superlativo recorrendo a processamento digital e amplificação Classe-D.
Eu tardei a adoptar o computador como fonte, aliás foi devido a ter imigrado que substitui o CD; e só recentemente obti resultados comparáveis, em parte devido à maturação da tecnologia.
Mas tal como referi, não tenho uma opinião formada sobre o Devialet. tenho enorme curiosidade sobre a Benchmark quer a nível da amplificação quer a nível do DAC, estão quase sempre esgotados. E os valores não são de empenhar a casa... | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Qui Abr 11 2019, 22:19 | |
| - Pmoura43 escreveu:
- ... Quando dizes que o Devialet soa analitico, significa que não oferece coloração, ou por outra, que oferece menos coloração que os Vintages & transistorisados?...
Por "analitico" quiz dizer que ele possui uma boa definição, bom recorte e que é limpido na restituição, isto quer simplesmente dizer que ele me pareçe ter ao nivel tecnico uma restituição deveras "limpa" !!!
PS: Os vintage não oferecem coloração ... eles são pura coloração, mas involuntaria muitas vezes !!!
Tu achaste só bonito ou também gostaste do som?
Gosto muito do design, pois diferente de tudo (actual ?) ... e gosto do som também !!!
Quando mencionas controle e transparência, assim de repente, também não me parece nada negativo...
Seria possível explicares um pouco melhor?
Controlar as colunas e ser transparente são efectivamente grandes qualidades ... mas insuficientes para determinar um aparelho. Resta a saber se o palco, a rapidez, a coerência, a linearidade, os timbres, a dinamica, o relevo e etc ... são do mesmo nivel, mas quém se interessa ao conjunto dos elementos que fazem um "grande" som ... pois é o gosto que predomina e não a fidelidade ???...
Resumindo, é um belo aparelho muito bem conseguido que serà ainda melhor nas versões futuras nmho !!!
| |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 07:30 | |
| - TD124 escreveu:
- Pmoura43 escreveu:
- ... Quando dizes que o Devialet soa analitico, significa que não oferece coloração, ou por outra, que oferece menos coloração que os Vintages & transistorisados?...
Por "analitico" quiz dizer que ele possui uma boa definição, bom recorte e que é limpido na restituição, isto quer simplesmente dizer que ele me pareçe ter ao nivel tecnico uma restituição deveras "limpa" !!!
PS: Os vintage não oferecem coloração ... eles são pura coloração, mas involuntaria muitas vezes !!!
Tu achaste só bonito ou também gostaste do som?
Gosto muito do design, pois diferente de tudo (actual ?) ... e gosto do som também !!!
Quando mencionas controle e transparência, assim de repente, também não me parece nada negativo...
Seria possível explicares um pouco melhor?
Controlar as colunas e ser transparente são efectivamente grandes qualidades ... mas insuficientes para determinar um aparelho. Resta a saber se o palco, a rapidez, a coerência, a linearidade, os timbres, a dinamica, o relevo e etc ... são do mesmo nivel, mas quém se interessa ao conjunto dos elementos que fazem um "grande" som ... pois é o gosto que predomina e não a fidelidade ???...
Resumindo, é um belo aparelho muito bem conseguido que serà ainda melhor nas versões futuras nmho !!!
Por uma qualquer razão " analítico" tem uma conotação negativa entre os audiófilos, talvez porque muitos confundam um som "brilhante" com a capacidade de resolver os mais ínfimos detalhes. Aqui na ilha usa-se "resolving" que soa mais benéfico... O palco, a rapidez, a coerência são qualidades puramente subjectivas enquanto que a linearidade, os timbres e a dinamica são características tendencialmente mais objectivas. Curiosamente a palavra " relevo" só se utiliza nos países francófonos. O que é que significa realmente? | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 08:56 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
- ... Por uma qualquer razão "analítico" tem uma conotação negativa entre os audiófilos, talvez porque muitos confundam um som "brilhante" com a capacidade de resolver os mais ínfimos detalhes.
Aqui na ilha usa-se "resolving" que soa mais benéfico... Pareçe-me ser a vertente subjectivista dos audiofilos que fez do termo "analitico" um defeito. Uma pessoa que goste do som do Quad II ou do Marantz 8B, vai achar um aparelho analitico como frio ou desencarnado. No entanto num mundo ideal todos os detalhes do disco deveriam ser reproduzidos, e isto não deveria ser considerado como um defeito. Mas muitos aparelhos modernos apesar de uma boa definição, não possuém o conjunto das qualidades exigidas ao mesmo nivel, então o equilibrio tonal torna-se por demasiado "analitico", sém a componente harmonica que lhe dà espessura e materia. O som torna-se definido por demasia o que lhe dà sonoridades electronicas, frias ... - ricardo onga-ku escreveu:
- ... O palco, a rapidez, a coerência são qualidades puramente subjectivas enquanto que a linearidade, os timbres e a dinamica são características tendencialmente mais objectivas.
Curiosamente a palavra "relevo" só se utiliza nos países francófonos. O que é que significa realmente? A noção de relevo (relief) é utilisada para avaliar a componente material da musica reproduzida. Os termos como leve, pesado, espesso, fino, grosseiro, elegante, aspero, liso ... são utilisados geralmente para definir o ressentimento do auditor. Se fizer-mos a avaliação do Quad II e Devialet consoante o "relevo" seria por exemplo: Quad II: Espesso, cheio, (gordo, pesado), materialisado, denso, consistente ... Devialet: Fino, leve, (diafano, magro), ligeiro, elegante, aéreo, vaporoso ... Deduzimos no estrito plano do "relevo" que um Quad II teria como colunas parceiras ideais (na busca do equilibrio) aquelas que sejam leves, agéis, ligeiras, finas (Apertura, Klipsh) ... ora que o Devialet se casaria teoricamente bem com colunas mais espessas, materialisadas, consistentes (Kef, Chario, Harbeth)! Isto é apenas um exemplo... Voilà rapidamente o que posso dizer | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 09:26 | |
| - TD124 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- ... Por uma qualquer razão "analítico" tem uma conotação negativa entre os audiófilos, talvez porque muitos confundam um som "brilhante" com a capacidade de resolver os mais ínfimos detalhes.
Aqui na ilha usa-se "resolving" que soa mais benéfico... Pareçe-me ser a vertente subjectivista dos audiofilos que fez do termo "analitico" um defeito. Uma pessoa que goste do som do Quad II ou do Marantz 8B, vai achar um aparelho analitico como frio ou desencarnado. No entanto num mundo ideal todos os detalhes do disco deveriam ser reproduzidos, e isto não deveria ser considerado como um defeito. Mas muitos aparelhos modernos apesar de uma boa definição, não possuém o conjunto das qualidades exigidas ao mesmo nivel, então o equilibrio tonal torna-se por demasiado "analitico", sém a componente harmonica que lhe dà espessura e materia. O som torna-se definido por demasia o que lhe dà sonoridades electronicas, frias ...
- ricardo onga-ku escreveu:
- ... O palco, a rapidez, a coerência são qualidades puramente subjectivas enquanto que a linearidade, os timbres e a dinamica são características tendencialmente mais objectivas.
Curiosamente a palavra "relevo" só se utiliza nos países francófonos. O que é que significa realmente? A noção de relevo (relief) é utilisada para avaliar a componente material da musica reproduzida. Os termos como leve, pesado, espesso, fino, grosseiro, elegante, aspero, liso ... são utilisados geralmente para definir o ressentimento do auditor. Se fizer-mos a avaliação do Quad II e Devialet consoante o "relevo" seria por exemplo:
Quad II: Espesso, cheio, (gordo, pesado), materialisado, denso, consistente ...
Devialet: Fino, leve, (diafano, magro), ligeiro, elegante, aéreo, vaporoso ...
Deduzimos no estrito plano do "relevo" que um Quad II teria como colunas parceiras ideais (na busca do equilibrio) aquelas que sejam leves, agéis, ligeiras, finas (Apertura, Klipsh) ... ora que o Devialet se casaria teoricamente bem com colunas mais espessas, materialisadas, consistentes (Kef, Chario, Harbeth)! Isto é apenas um exemplo...
Voilà rapidamente o que posso dizer No que refere a essas parcerias, acho-as um pouco simplistas: fazem sentido numa perspectiva unicamente dirigida ao re-equilíbrio tonal (resposta de frequências) mas ignoram outras deficiências dos monoblocos Quad em comparação com o Devialet ou das Klipsch em comparação com as Kef ou Harbeth. Ou seja, a soma das partes Q-K, embora equilibrada do ponto de vista tonal, nunca vai estar ao nível de uma parceria D-K ou D-H em muitos outros aspectos igualmente importantes do desempenho. Ou como se diz por aqui Two wrongs don't make a right. | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 10:18 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
- ... No que refere a essas parcerias, acho-as um pouco simplistas: fazem sentido numa perspectiva unicamente dirigida ao re-equilíbrio tonal (resposta de frequências) mas ignoram outras deficiências dos monoblocos Quad em comparação com o Devialet ou das Klipsch em comparação com as Kef ou Harbeth.
Ou seja, a soma das partes Q-K, embora equilibrada do ponto de vista tonal, nunca vai estar ao nível de uma parceria D-K ou D-H em muitos outros aspectos igualmente importantes do desempenho. ... Fazes bem de precisar que o simples equilibrio tonal é insuficiente para determinar a qualidade de reprodução de um sistema ... foi por isso que na minha demonstração utilisei os termos " Deduzimos no estrito plano do "relevo" e " Isto é apenas um exemplo..." afim que as minhas palavras não sejam tomadas como uma reçeita garantida !... No entanto e como se diz aqui " Il ne faut pas être plus royaliste que le roi !" o que significa na intenção, não devemos exagerar nos nossos pontos de vista !!! Se todos os sistemas que escuto regularmente fossém equilibrados ao menos no nivel tonal, pessoalmente jà estaria muito contente. Pareçe-me ser a base a partir da qual a noção de equilibrio se torna num objectivo necessario e mesmo imprescindivel ... compativel com a noção de bom gosto, ou "gosto classico" como o Màrio exprimiu à pouco tempo. E apesar do que venho de dizer, e apesar do equilibrio global ou formal ser possivel (mesmo se é complicado a obter) pergunto-me às vezes se ele é necessario, ou desejàvel. Uma parte de gosto deve existir na construção do sistema, esse "cheirinho" é o que torna o nosso sistema pessoal e unico, fazendo dele uma continuação da nossa personalidade, ou sensibilidade. Penso então que um ligeiro desiquilibrio é a pitada de sal que pode fazer a diferença ... São pensamentos, ideias avulso !!! | |
| | | Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 10:41 | |
| - TD124 escreveu:
- ricardo onga-ku escreveu:
- ... Por uma qualquer razão "analítico" tem uma conotação negativa entre os audiófilos, talvez porque muitos confundam um som "brilhante" com a capacidade de resolver os mais ínfimos detalhes.
Aqui na ilha usa-se "resolving" que soa mais benéfico... Pareçe-me ser a vertente subjectivista dos audiofilos que fez do termo "analitico" um defeito. Uma pessoa que goste do som do Quad II ou do Marantz 8B, vai achar um aparelho analitico como frio ou desencarnado. No entanto num mundo ideal todos os detalhes do disco deveriam ser reproduzidos, e isto não deveria ser considerado como um defeito. Mas muitos aparelhos modernos apesar de uma boa definição, não possuém o conjunto das qualidades exigidas ao mesmo nivel, então o equilibrio tonal torna-se por demasiado "analitico", sém a componente harmonica que lhe dà espessura e materia. O som torna-se definido por demasia o que lhe dà sonoridades electronicas, frias ...
- ricardo onga-ku escreveu:
- ... O palco, a rapidez, a coerência são qualidades puramente subjectivas enquanto que a linearidade, os timbres e a dinamica são características tendencialmente mais objectivas.
Curiosamente a palavra "relevo" só se utiliza nos países francófonos. O que é que significa realmente? A noção de relevo (relief) é utilisada para avaliar a componente material da musica reproduzida. Os termos como leve, pesado, espesso, fino, grosseiro, elegante, aspero, liso ... são utilisados geralmente para definir o ressentimento do auditor. Se fizer-mos a avaliação do Quad II e Devialet consoante o "relevo" seria por exemplo:
Quad II: Espesso, cheio, (gordo, pesado), materialisado, denso, consistente ...
Devialet: Fino, leve, (diafano, magro), ligeiro, elegante, aéreo, vaporoso ...
Deduzimos no estrito plano do "relevo" que um Quad II teria como colunas parceiras ideais (na busca do equilibrio) aquelas que sejam leves, agéis, ligeiras, finas (Apertura, Klipsh) ... ora que o Devialet se casaria teoricamente bem com colunas mais espessas, materialisadas, consistentes (Kef, Chario, Harbeth)! Isto é apenas um exemplo...
Voilà rapidamente o que posso dizer Ora aqui começa a discussão... Mesmo corroborando em pleno com a tua análise, vem sempre, por arrasto, o nosso gosto pessoal, onde entram muitos factores, entre eles o estético da componente física. Então que que é que eu quero significar com isso: - Quad II, considerando, eu hoje-em-dia, já um pouco démodé, o Quad não deixa de ter ainda um não sei que de atractivo aos olhos, principalmente aos olhos do amante do Áudio. Os actuais continuam com o mesmo desenho e atraem ainda muita gente, para além de se terem tornado num símbolo de uma determinada época (hoje tão em voga - Retrô / Vintage - e uma característica sónica a que muitos classificam como o modelo do som inglês. Provavelmente, poderia eu lembrar-me de adquirir um Quad II (se tivesse nessa onda), quando da formação de um set- O Devialet, é tudo aquilo que tu dizes, com um desenho moderno, arrojado, tecno, prático e por aí fora, mas deitado sobre uma mesa de apoio é insípido, insignificante e pendurado numa parede, pode parecer um cangalho, uma aberração pendurada. Provável e dificilmente me lembrarei dele, nos dia de hoje, para formar um set. Perguntar-me-às o que é que isto tem a ver com a forma / qualidade percebida como tocam, ou nos expõem a musica que "injectamos" neles, fidelidade? Verdadeiramente nada!! Mas, tal como um bom prato, os olhos também comem e saboreiam, primeiro ainda que o paladar, aqui o aspecto também, no sub-consciente, nos conduzem mais facilmente para os percebermos mais para um lado do que para o outro, em termos de escuta / apreciação do som. Ora o Leben tem todo aquele ar cativante retrô, fashion, para os gostos actuais, poderá portanto conduzir-nos a uma percepção de escuta para algo mais cativante, pese embora eu o perceba como um aparelho que não soa tão 60's, como tu o percebes, mas realmente longe de soar avantgarde. Em conclusão, também estou de acordo que no final " quem se interessa ao conjunto dos elementos que fazem um "grande" som ... pois é o gosto que predomina e não a fidelidade ???... | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 11:14 | |
| - Goansipife escreveu:
- Ora o Leben tem todo aquele ar cativante retrô, fashion, para os gostos actuais, poderá portanto conduzir-nos a uma percepção de escuta para algo mais cativante, pese embora eu o perceba como um aparelho que não soa tão 60's, como tu o percebes, mas realmente longe de soar avantgarde.
Se compararmos as medições efectuadas ao CS300 e ao monobloco Quad II pudemos observar que o Leben tem mais "som próprio", ou seja, até soa mais a 40s do que a 60s, enquanto que o Quad está ao nível daquilo que hoje de melhor se faz com válvulas (se exceptuarmos a distorção por intermodulação nos agudos). https://www.stereophile.com/content/leben-cs300-integrated-amplifier-measurements https://www.stereophile.com/content/quad-ii-classic-integrated-amplifier-measurements Na minha opinião o Leben requer colunas com uma sensibilidade na ordem dos 100dB de modo a evitar a distorção que dispara fulminante acima de 1 Watt e cuja carga seja relativamente benigna para minimizar os efeitos negativos da elevada impedância de saída, por exemplo um par de Avantgardes com woofer activo. | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 13:21 | |
| - Goansipife escreveu:
- (...) Ora aqui começa a discussão...
... - Quad II, considerando, eu hoje-em-dia, já um pouco démodé, o Quad não deixa de ter ainda um não sei que de atractivo aos olhos, principalmente aos olhos do amante do Áudio. Os actuais continuam com o mesmo desenho e atraem ainda muita gente, para além de se terem tornado num símbolo de uma determinada época (hoje tão em voga - Retrô / Vintage - e uma característica sónica a que muitos classificam como o modelo do som inglês. ... Compreendo a noção de estética, assim que o magnetismo que um velho design possa produzir, independentemente da sua função. Venho mesmo de tomar uma foto de coisas que andam por aqui: Temos duas tupias electricas, uma suiça dos anos setenta e uma actual, uma torradeira moderna mas com look vintage e duas maquinas a bica, uma manual italiana dos anos sessenta e uma actual com capsulas. Efectivamente, os mais surpreendentes visualmente (não digo atraentes pois é pessoal) são os antigos e a replica moderna da torradeira antiga. No entanto e porque não são simples objectos mas téem uma função especifica, fora a torradeira que é tecnicamente moderna, os outros dois objectos antigos estão "funcionalmente" ultrapassados ... apesar de bonitos e fantasticamente construidos. A tupia suiça é pesadissima, faz demasiado barulho, roda mais lentamente e não tém a mesma precisão de corte ... de mesmo a maquina a café de capsulas faz um melhor café (para o meu gosto que bebo chà ), é mais pratica, mais ergonomica, convivial e consome menos. Tudo isto me pareçe normal, pois quando fazemos evoluir um produto honestamente, é no objectivo de o tornar melhor em todos os pontos possivéis ... Pessoalmente, enquanto vivi com o Anti-Lenco não me incomodava em nada de ter o Rek o Kut Rondine, o TD124 e o Garrard 301 pelo chão ... até os escutava de vez em quando, o tempo de um disco alternadamente e com grande prazer. Era diferente, são objectos giros nmho e dava a sensação de "audiofilo classioso", de anti-mainstream !!!... Mas no dia em que deixei de ter o Anti-lenco, voltei brevemente para o TD124 e a coisa não durou ... e no dia em que o vendi e encontrei-me com o Rek o Kut e o Garrard, o pesadelo começou! O Rek o Kut é lindissimo mas soa como um corno e o Garrard é bonito, mas o seu som é como a estética, bonito! Começei a ouvir de menos em menos até deixar de "escutar vinilos" ... e apesar de ter tentado pelos braços, células e afinagens dar uma sonoridade menos marcada ao Garrard, o resultado é que não funcionou pois ele é o que é e assim deve ficar ... Para mim então a estética é sém interesse se o resultado não for o que espero de um aparelho de audio ... mas compreendo perfeitamente aqueles para os quais é fundamental. Eles gostam "sobretudo" do objecto, ou do som, ou mesmo dos dois e é o direito deles ... - Goansipife escreveu:
- ... Ora o Leben tem todo aquele ar cativante retrô, fashion, para os gostos actuais, poderá portanto conduzir-nos a uma percepção de escuta para algo mais cativante, pese embora eu o perceba como um aparelho que não soa tão 60's, como tu o percebes, mas realmente longe de soar avantgarde. ...
Dar um toque (ou mais) de estética retro ou vintage a um aparelho, carro ou qualquer outro objecto é uma coisa, fazer voluntàriamente do antigo hoje (como uma réplica) é outra. Aqui em cima estão dois aparelhos actuais (como o Leben) aos quais foram dadas estéticas retro, mas que a tecnologia embarcada é actual, mesmo na utilisação das vàlvulas no Fio. O resultado é que estes aparelhos téem o "look" cativante que tu falas, mas sém o som Vintage. Não creio que seja a estética do Leben que conduz a sentir o seu som como descreves, é verdadeiramente as escolhas de tipologia técnica e fabricação que conduzém a isso. Se uma marca hoje copiar um Garrard 301 complétamente, mesmo com botões diferentes, com outra cor e outro prato ... o novo vai soar "praticamente" como um Garrard !!!... Nesse caso, visto que o som é comparàvel, pareçe-me mais interessante de possuir o original ... do que uma copia !!! Mas isto sou eu ... e cada um é como cada qual e como o Màrio, reservo-me o direito de me contradizer. Mas não o farei neste caso | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| | | | Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 14:14 | |
| - TD124 escreveu:
- [
Compreendo a noção de estética, assim que o magnetismo que um velho design possa produzir, independentemente da sua função. Venho mesmo de tomar uma foto de coisas que andam por aqui:
Temos duas tupias electricas, uma suiça dos anos setenta e uma actual, uma torradeira moderna mas com look vintage e duas maquinas a bica, uma manual italiana dos anos sessenta e uma actual com capsulas. Efectivamente, os mais surpreendentes visualmente (não digo atraentes pois é pessoal) são os antigos e a replica moderna da torradeira antiga. No entanto e porque não são simples objectos mas téem uma função especifica, fora a torradeira que é tecnicamente moderna, os outros dois objectos antigos estão "funcionalmente" ultrapassados ... apesar de bonitos e fantasticamente construidos. A tupia suiça é pesadissima, faz demasiado barulho, roda mais lentamente e não tém a mesma precisão de corte ... de mesmo a maquina a café de capsulas faz um melhor café (para o meu gosto que bebo chà ), é mais pratica, mais ergonomica, convivial e consome menos. Tudo isto me pareçe normal, pois quando fazemos evoluir um produto honestamente, é no objectivo de o tornar melhor em todos os pontos possivéis ...
Pessoalmente, enquanto vivi com o Anti-Lenco não me incomodava em nada de ter o Rek o Kut Rondine, o TD124 e o Garrard 301 pelo chão ... até os escutava de vez em quando, o tempo de um disco alternadamente e com grande prazer. Era diferente, são objectos giros nmho e dava a sensação de "audiofilo classioso", de anti-mainstream !!!...
Mas no dia em que deixei de ter o Anti-lenco, voltei brevemente para o TD124 e a coisa não durou ... e no dia em que o vendi e encontrei-me com o Rek o Kut e o Garrard, o pesadelo começou! O Rek o Kut é lindissimo mas soa como um corno e o Garrard é bonito, mas o seu som é como a estética, bonito! Começei a ouvir de menos em menos até deixar de "escutar vinilos" ... e apesar de ter tentado pelos braços, células e afinagens dar uma sonoridade menos marcada ao Garrard, o resultado é que não funcionou pois ele é o que é e assim deve ficar ...
Para mim então a estética é sém interesse se o resultado não for o que espero de um aparelho de audio ... mas compreendo perfeitamente aqueles para os quais é fundamental. Eles gostam "sobretudo" do objecto, ou do som, ou mesmo dos dois e é o direito deles ...
Dar um toque (ou mais) de estética retro ou vintage a um aparelho, carro ou qualquer outro objecto é uma coisa, fazer voluntàriamente do antigo hoje (como uma réplica) é outra. Aqui em cima estão dois aparelhos actuais (como o Leben) aos quais foram dadas estéticas retro, mas que a tecnologia embarcada é actual, mesmo na utilisação das vàlvulas no Fio. O resultado é que estes aparelhos téem o "look" cativante que tu falas, mas sém o som Vintage. Não creio que seja a estética do Leben que conduz a sentir o seu som como descreves, é verdadeiramente as escolhas de tipologia técnica e fabricação que conduzém a isso. Se uma marca hoje copiar um Garrard 301 complétamente, mesmo com botões diferentes, com outra cor e outro prato ... o novo vai soar "praticamente" como um Garrard !!!...
Nesse caso, visto que o som é comparàvel, pareçe-me mais interessante de possuir o original ... do que uma copia !!!
Mas isto sou eu ... e cada um é como cada qual e como o Màrio, reservo-me o direito de me contradizer. Mas não o farei neste caso
Et voilá... monsieur! Absolument d'accord! Todavia, como eu pretendi dar a entender, é que há qualquer coisa (que não sei explicar) que nos impele a criarmos mais "água na boca", também por causa da estética. É claro que se eu tivesse com absoluta vontade de comprar (que não estou) algum dos equipamentos aqui falados, no final seria sempre algo mais para o lado da "qualidade" do som e mais valia crescente deste, que me levaria a investir. Até porque: - Por um lado, me julgo já ter atingido um estágio, do meu set, que me obriga a ter muito cuidado e muita atenção com os investimentos que faço, ou posso vir a fazer; - Por outro que, tais cuidados e cautelas, me levam a ponderar (por vezes exageradamente) quais as "linhas" de som, qualidade e estética, pretendo seguir e a tendência de entrarmos em falsas reflexões e facilitismos, é enorme; Pas de toute, Monsieur. Pas de toute! | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador Sex Abr 12 2019, 15:37 | |
| - Goansipife escreveu:
- Todavia, como eu pretendi dar a entender, é que há qualquer coisa (que não sei explicar) que nos impele a criarmos mais "água na boca", também por causa da estética.
Isso passa, é uma fase. | |
| | | Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: Características importantes num amplficador | |
| |
| | | | Características importantes num amplficador | |
|
Tópicos semelhantes | |
|
| Permissões neste sub-fórum | Não podes responder a tópicos
| |
| |
| |
|