Assunto: HiFi reportagens de outros tempos. Sex maio 17 2024, 09:39
Aqui na cidade invicta no anos 70 existiam uma série de lojas de grande dimensão especializadas em HIFI.
Última edição por ducar em Sex maio 17 2024, 17:59, editado 1 vez(es)
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ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sex maio 17 2024, 17:57
agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sex maio 17 2024, 18:51
ducar escreveu:
Aqui na cidade invicta no anos 70 existiam uma série de lojas de grande dimensão especializadas em HIFI.
Assim, e de repente: a JVC vendia-se na Rua do Bonjardim, esquina com a Rua Formosa (lembro-me bem de um JR S600 na montra, caíram-me os queixos!) . A Pioneer em Fernandes Tomás e a Scott em 31 de Janeiro. Ainda em 31 de Janeiro a Yamaha na Vadeca. Na Rua do Loureiro havia lojas especializadas em produtos japoneses, meio legais meio contrabando, com a Sanyo, a Marantz, a Sony e outras muito menos conceituadas como a Raising. A Quad era vendida numa loja do Largo do Padrão, ao lado de frigoríficos e fogões... isto para ficar apenas pelos anos 70 e 80. Ainda nos 80 lembro-me de um amigo comprar, numa estação de serviço de Gaia (na altura Mobil) uma aparelhagem Technics + Marantz. Era uma altura de muito e "bom contrabando"... havia um imposto para bens considerados de luxo que encareciam muito os produtos hifi e outra electrónica. Eram frequentes as excursões a Andorra para a aquisição deste tipo de equipamentos.
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sex maio 17 2024, 20:40
A Pioneer estava nas mãos da loja do Lemos até se instalar a Setron. Na rua do loureiro a casa com maior sucesso era o Japão eletrônico. Nos Poveiros existiam uma série de lojas que resistiram até ao milénio. Na rua 31 de janeiro tinha a Vadeca da VC com os revox, AR, Nakamichi, etc... Nessa mesma rua tinha uma loja com o mesmo nome da rua que era o representante da B&W e da scotch e vendia todo tipo de acessorios para audio, inclusive kits de altifalantes. Depois nos arredores da cidade tínhamos o Neves de Valongo, inicialmente era o uma loja pequena dimensão e mais tarde criou um grande espaço que era um colosso,tinha tudo e mais alguma coisa... Em Matosinhos tínhamos a Casa Perdigão, era muito forte em boombox´s, auto rádios, videos, tv e não só. Outra que recordo era O Carneiro Alves, situada numa quinta lindíssima transformada num espaço comercial, muita desorganização mas era boa gente, Em Gaia era Rádio Popular que penso nada tem a ver com a actual. Nessas lojas era um frenesim diário, alguns desses locais existia um sistema de senhas para guardar a vez de atendimento, um movimento louco, não faltava nada, era só escolher, foi assim desde a época de 70 até aos anos 90, O imposto era uma taxa de luxo de 80%, por isso muita gente comprava nessas lojas da cidade invicta, a Sony para dar um exemplo só existia nessas lojas. Também tínhamos em Espanha no corte inglês, ou em Andorra, o problema era passar na fronteira sem problemas com as suas filas intermináveis, eram autenticas romarias. Bons tempos.
Última edição por ducar em Sáb maio 18 2024, 09:26, editado 4 vez(es)
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sex maio 17 2024, 20:48
O porquê de existir o chamado contrabando? Simples, porque existiam os representantes "nacionalizados" a Philips/Radiola, a Grundig/Minerva, a Onkyo/Savana, a Thompson/Brandt, loewe Opta, entre outras que dominavam o mercado. Essas não pagavam imposto de luxo. A Pioneer quando se instalou em Portugal com as X series para fugir ao imposto eram montados cá, a gama era reduzida mas vendiam como pãezinhos quentes, a classe media adorava ter uma X serie na sala e no carro um auto-rádio modelo K-1000.
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ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sáb maio 18 2024, 09:32
Os Rising, eram modelos de baixo custo mas decentes, uma vez vi um que tinha setenta e tal luzes, hoje deve ser uma radidade, tinham também um sistema por elementos que era um espanto, mas pouco divulgado e com pouco sucesso, tinha que competir com as marcas do costume.
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sáb maio 18 2024, 09:43
Caro Agorgal, não era preciso ir a um posto de combustível para adquirir um sistema de som,bastava comprar nas lojas, escolher e meter na mala do carro, não era crime, lol
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Dom maio 19 2024, 12:47
ducar escreveu:
Caro Agorgal, não era preciso ir a um posto de combustível para adquirir um sistema de som,bastava comprar nas lojas, escolher e meter na mala do carro, não era crime, lol
Caro "ducar"
Na altura foi com surpresa que encontrei, numa cave de um posto de abastecimento, uma autêntica loja de "hi-fi" clandestina, tudo média gama e a preços de arregalar os olhos. A minha primeira aparelhagem foi exactamente um Rising (integrado: k7, tuner e amplificador + colunas), tinha eu 18 anos. Custou 12 contos e teve a companhia de um gira-discos BSR com célula cerâmica, substituído pouco tempo depois por um Scott (tive, na altura, uma enorme "paixão" pela marca Scott, apenas consumada neste gira-discos) adquirido na discoteca Santo António por 30 contos, na que hoje é rua 31 de Janeiro. As colunas Rising (fraquinhas) substituídas por umas Marantz compradas na Mobil (o tal posto de abastecimento)... Bons tempos, o som não era tão bom quanto o que tenho hoje mas os meus ouvidos eram bem melhores!
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ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Dom maio 19 2024, 22:22
Vão me desculpar mas sendo eu nascido e criado na cidade invicta numa ouvi falar de tal loja, acredito que tenha existido, provavelmente era o verdadeiro contrabando, assim como o whisky de Sacavém, também não era o melhor whisky mas muita gente o bebia na falta de melhor. Actualmente não temos esse tipo de lojas de vão de escada mas temos o OLX e similares que cumprem a mesma função.
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agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Seg maio 20 2024, 21:30
ducar escreveu:
Vão me desculpar mas sendo eu nascido e criado na cidade invicta numa ouvi falar de tal loja, acredito que tenha existido, provavelmente era o verdadeiro contrabando, assim como o whisky de Sacavém, também não era o melhor whisky mas muita gente o bebia na falta de melhor. Actualmente não temos esse tipo de lojas de vão de escada mas temos o OLX e similares que cumprem a mesma função.
Aqui uma enorme convergência, sendo eu nascido, criado e vivido nesta mui bela cidade. Bem no coração dela, desde 58 até aos dias de hoje... que sou dos poucos que resta, apenas dois, na minha rua de sempre. E tirar-me-ão daqui apenas de pés para a frente porque posso, felizmente, resistir ao turismo que ocupa tudo!
Pois, não era no Porto, era em V. N. de Gaia
Penso que era apenas para "iniciados", contrabando oblige... que, decididamente, era tudo contrabandeado (e a metade do preço)! Ainda hoje conheço gira-discos, amplificadores e colunas a funcionar e que saíram dessa cave. Eram aparelhos genuínos, novos e embalados na origem, não eram falsificações baratas. O whisky de Sacavém nada tinha de whisky, era uma mistela absolutamente intragável, digo eu, apreciador do verdadeiro e velho whisky, de maduro tinto, de porto e de cerveja à temperatura ambiente...
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 07:06
Eu sou provavelmente mais perto da geração da coca cola, raramente bebo vinho ou cerveja, eu é mais bolos... O dito contrabando apesar de fazer parte da economia paralela é indiretamente boa para o consumo interno do país, que digam os grandes comerciantes do OLX que acabam por injectar esse dinheiro na economia local. Pois realmente em vila de Gaia conhecia bem nos anos 90 a on-off, preços de arromba e variadede a condizer. Quanto ao turismo se for proprietário de algum imóvel só tem que agradecer, mesmo que não seja investidor o imóvel está sempre a valorizar, quanto aos turistas dou mais preferência a esses não residentes que aos possíveis futuros "residentes".
agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 10:27
ducar escreveu:
Eu sou provavelmente mais perto da geração da coca cola, raramente bebo vinho ou cerveja, eu é mais bolos... O dito contrabando apesar de fazer parte da economia paralela é indiretamente boa para o consumo interno do país, que digam os grandes comerciantes do OLX que acabam por injectar esse dinheiro na economia local. Pois realmente em vila de Gaia conhecia bem nos anos 90 a on-off, preços de arromba e variadede a condizer. Quanto ao turismo se for proprietário de algum imóvel só tem que agradecer, mesmo que não seja investidor o imóvel está sempre a valorizar, quanto aos turistas dou mais preferência a esses não residentes que aos possíveis futuros "residentes".
No final dos oitenta, princípio dos noventa surgiram novas lojas, especializadas e disponibilizando novas marcas ao lado das antigas. Foi por essa época que, tendo decidido finalmente ter um pouco mais de fidelidade (e rendido à sonoridade britânica) recorri à Imacustica. Aconselharam-me a levar os discos que mais gostava de ouvir e, numa sala de escuta, foram construindo set-up's dentro do patamar financeiro que eu estava disposto a gastar. Passadas umas horas estava eu em minha casa a desempacotar e montar o que, na altura, considerei a minha primeira aparelhagem hi-fi séria...
Posso agradecer ao turismo o muito dinheiro que trás e que ajuda a equilibrar as finanças do país. Mas tem lados perversos: emprego precário, pouco ou nada qualificado, salários baixos. Especulação imobiliária. Se por um lado contribui decisivamente para a reabilitação do património construído (e abandonado graças a uma também perversa lei do congelamento das rendas que se arrastou durante cem anos) também contribui decisivamente para a destruição do tecido humano essencial (no fundo a alma) a uma cidade. Cidade esta transformada num imenso hotel (ou hostel ou AL), um cenário cinematográfico de fachadas bonitas e habitações grandes, vocacionadas para famílias numerosas, cujos interiores são esquartejados para a construção de micro-apartamentos onde não pode habitar um casal com um único filho e um cão ou gato... Também posso escrever sobre o comércio, com as lojas a preços de arrendamento impeditivos de qualquer outro tipo de negócio que não seja alimentar turistas ou embriagar noctívagos. Sobre o desaparecimento dos restaurantes de comida caseira, bem à Porto. Os que restam praticam preços de Madrid ou Paris, não admira, os clientes são todos, ou quase todos, espanhóis ou franceses. As ruas mais típicas da cidade, aquelas onde habitava o bom povo do Porto, agora condenadas a residentes de uma ou duas noites sem alma nem festa. Vivi muitos anos numa baixa do Porto deserta e abandonada, assustadora para muitos mas que nunca o foi para mim, baixa por onde vagueava, a qualquer hora do dia ou da noite, sem que o coração estremecesse. Agora posso fazer o mesmo, continuo sem receios, mas olho paras as habitações e, na vez do vazio e abandono e das poucas famílias que restavam, vejo turistas portando-se como se num jardim zoológico estivessem. Usufruindo das vistas, da luz e do ar que ao Portuense foram roubados.
Nasci no hospital da Trindade, ali, nas traseiras da Câmara e com os comboios a vapor como som ambiente. Cresci a frequentar as grandes livrarias desta zona, a Aviz, a Porto Editora, a Leitura, a Livros do Brasil, a Britânica, a Almedina, a Europa-América, a Nacional, a Modos de Ler, a Latina, a Lello. Também as discotecas, a Philcolândia, a Stº António e outras três ou quatro que não recordo o nome... Os alfarrabistas, o Candelabro, o Académica, o Chaminé da Mota, o Moreira da Costa... os bazares de brinquedos, o Três Vinténs, o Londres, o Paris, o Brochado... as mercearias (tantas que será fastidioso enumerar)... o Bolhão e o Bom Sucesso, as primeiras grandes superfícies comerciais - os shoping-centers dos 50, 60 e setenta... a feira da Ribeira e a da Rua Escura... e porque não a feira da Vandoma... Os cafés, o Aviz, o Ceuta, o Progresso, o Diplomata, o Luso, o Piolho, o Estrela d'Ouro... Quase tudo desapareceu (é certo que alguns por desistência do negócio, idade avançada dos negociantes ou má gestão e alterações brutais nos hábitos de consumo). Dos que restam muitos foram (ou serão) obrigados a afastarem-se da baixa assim os senhorios os possam expulsar.
Mas mesmo com este retrato um pouco negro da "minha" cidade continuo a acordar feliz por nela poder continuar a viver...
Última edição por agorgal em Ter maio 21 2024, 10:56, editado 1 vez(es)
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 10:51
Nesse último ponto estou completamente de acordo, é um privilégio viver na cidade do Porto. Nos restantes; existe uma insegurança crescente, principalmente na zona de Campanhã e no Marquês, não derivada ao turismo mas sim a uma imigração descontrolada, deixam as pessoas entrar de qualquer maneira e não lhes dão condições para viver condignamente, para isso basta ver uma série de apartamentos e lojas onde vivem dezenas de pessoas sem o mínimo de condições e com salários baixos. A culpa é de quem? Minha não é, é dos governantes, mas tenho ideia que alguma coisa vai mudar em breve, assim espero.
Última edição por ducar em Ter maio 21 2024, 11:01, editado 2 vez(es)
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 10:59
No que toca às lojas de alta fidelidade, também fui cliente da iImacustica, luz & Som, Digimagem, comprei muita coisa nessas lojas ditas especializadas, mas o bom nessas coisas é saber quando se deve parar, os upgrades feitos sem critério dá asneira, se está bom, não mexe .
agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 12:00
ducar escreveu:
Nesse último ponto estou completamente de acordo, é um privilégio viver na cidade do Porto. Nos restantes; existe uma insegurança crescente, principalmente na zona de Campanhã e no Marquês, não derivada ao turismo mas sim a uma imigração descontrolada, deixam as pessoas entrar de qualquer maneira e não lhes dão condições para viver condignamente, para isso basta ver uma série de apartamentos e lojas onde vivem dezenas de pessoas sem o mínimo de condições e com salários baixos. A culpa é de quem? Minha não é, é dos governantes, mas tenho ideia que alguma coisa vai mudar em breve, assim espero.
Caro "ducar"
A questão da imigração/emigração é demasiado complexa para ser assumida de ânimo leve. Sobretudo por nós, portugueses, que passamos os últimos 500 anos a, de uma forma ou de outra, emigrar. Emigramos pela mesmíssima razão dos que para cá imigram: procurar uma vida melhor. A Europa é, para eles, o que foram para os europeus, nos séculos XV a XIX as Áfricas, as Américas e as Ásias: o "Eldorado". É intrínseco ao ser humano mudar de lugar na perspectiva de ir para um lugar melhor. E nestas mudanças de lugar sempre houve um choque cultural/religioso, enfim, civilizacional.
Não é necessário procurar exemplos de insegurança provocados por imigrantes para definir um ambiente de insegurança numa cidade. Temos o caso recente dos "Super Dragões"...
Com os nossos impostos pagamos forças policiais capazes de lidar com focos de insegurança e um sistema de justiça que os prende e, caso se justifique, os expulsa do país por não cumprirem as nossas regras. O que não podemos aceitar é que grupos de energúmenos decidam tomar a justiça nas suas mãos sem olhar a quem é inocente ou culpado.
Muitos destes imigrantes, sobretudo de África, do Médio Oriente e do sul da Ásia são trazidos para cá (e posso englobar toda a Europa neste cá) por redes de tráfico que nada ficam a dever aos traficantes de escravos do século XVIII. Pagam para vir importâncias, para as condições económicas deles, astronômicas, na esperança do tal "Eldorado". Cá são explorados não só por compatriotas já instalados mas também por portugueses sem escrúpulos, que os há.
Quanto olhamos para a imigração temos de considerar a demografia de um país. O país precisa de imigrantes? Portugal precisa. O crescimento demográfico de Portugal, sem imigrantes, é negativo e a sua população envelhecida. Daqui resulta uma enorme falta de mão de obra, sobretudo nos empregos menos especializados e mal remunerados. O problema não está no excesso de imigrantes nem numa eventual selectividade na escolha destes. O problema está na sua inserção social (que tem que resultar de um esforço de toda a sociedade e não de apenas eles) e económica, deixaram de serem vistos como "carne para canhão" mas como seres humanos úteis na construção de uma economia que se quer florescente.
A nossa realidade é: se, por qualquer decisão governamental (ou outra) todos os emigrantes, aqui e ali mal vistos, abandonassem o país, a nossa economia afundava, de nada valendo a indústria turística para a salvar.
Um pouco contra-corrente: que direito temos nós de exigir que nos perguntem se podem vir se nós, durante tantos séculos, fomos para as terras deles sem eles serem tidos nem achados?
Última edição por agorgal em Ter maio 21 2024, 12:11, editado 1 vez(es)
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 12:07
10.000 pessoas sem abrigo em Lisboa sem documentos, nada... Mais de metade dos sem abrigo estão na capital.
Sim à imigração mas não de portas escancaradas.
agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 12:22
ducar escreveu:
10.000 pessoas sem abrigo em Lisboa sem documentos, nada... Isto está bonito.
É um problema gravíssimo. Eles vieram para cá (pelo menos a grande maioria deles) com vontade de trabalhar, de serem produtivos e, objectivo final, de poderem enviar algum dinheiro para as suas famílias. Mas esse número (e o problema é comum noutros países da Europa e extraordinariamente evidente no Estados Unidos) também envolve aqueles que, sendo cidadãos de pleno direito, não aguentam ou não se encaixam num sistema económico que dá muito a alguns, que dá algum a poucos e nada a muitos. É o capitalismo selvagem a funcionar em pleno. Não sendo comunista penso que a nossa sociedade caminha num sentido muito distante daquilo que sonhei quando era jovem: uma sociedade com mais igualdade para todos, com mais direitos para todos. Também com mais deveres para todos coisa que raramente acontece.
agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 12:32
ducar escreveu:
10.000 pessoas sem abrigo em Lisboa sem documentos, nada... Mais de metade dos sem abrigo estão na capital.
Sim à imigração mas não de portas escancaradas.
Não temos uma política de imigração de portas escancaradas, o que acontece é que existem canais de imigração ilegal capaz de contornar as portas de entrada num país, seja Portugal seja outro qualquer, por canais de elevadíssimo risco. E eles estão disponíveis para o correr, tal é o desespero. O número de mortos no Mediterrâneo, em tentativas clandestinas de travessia, é equivalente ao de uma qualquer guerra. Isso incomoda-me.
Mas lembro aqui todos os portugueses que foram "a salto" para as terras de França e Alemanha. Coragem e desespero!
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 13:08
Tenho muito respeito por si, mas fico por aqui.
Até rima Lol
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agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 13:15
ducar escreveu:
Tenho muito respeito por si, mas fico por aqui.
Até rima Lol
Compreendo, o respeito é mútuo!
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Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Ter maio 21 2024, 13:55
agorgal escreveu:
(...) Não sendo comunista penso que a nossa sociedade caminha num sentido muito distante daquilo que sonhei quando era jovem: uma sociedade com mais igualdade para todos, com mais direitos para todos. Também com mais deveres para todos coisa que raramente acontece.
Pois é, o idealismo alimenta o coração mas a realidade faz muita comichão
agorgal Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qua maio 22 2024, 10:49
Mário Franco escreveu:
agorgal escreveu:
(...) Não sendo comunista penso que a nossa sociedade caminha num sentido muito distante daquilo que sonhei quando era jovem: uma sociedade com mais igualdade para todos, com mais direitos para todos. Também com mais deveres para todos coisa que raramente acontece.
Pois é, o idealismo alimenta o coração mas a realidade faz muita comichão
Caro "Mário Franco"
Faltam-nos ideais. Faltam-nos políticos com ideais. Não é a realidade que faz comichão, é a luta pelos ideais que a faz. Sobretudo a quem nunca os teve ou já desistiu deles. A realidade constrói-se, não acontece por determinação divina!
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qua maio 22 2024, 17:31
agorgal escreveu:
Mário Franco escreveu:
agorgal escreveu:
(...) Não sendo comunista penso que a nossa sociedade caminha num sentido muito distante daquilo que sonhei quando era jovem: uma sociedade com mais igualdade para todos, com mais direitos para todos. Também com mais deveres para todos coisa que raramente acontece.
Pois é, o idealismo alimenta o coração mas a realidade faz muita comichão
Caro "Mário Franco"
Faltam-nos ideais. Faltam-nos políticos com ideais. Não é a realidade que faz comichão, é a luta pelos ideais que a faz. Sobretudo a quem nunca os teve ou já desistiu deles. A realidade constrói-se, não acontece por determinação divina!
Se me permite, a expressão "Caro Mário Franco" é pomposa e suponho que honrosa mas autorizo-o a dispensá-la porque sou uma pessoa simples sem pretensões.
Em tom de justificação digo ainda que em circunstâncias normais não abordaria neste forum questões de natureza ideológica ou moral mas nas minhas visitas cada vez menos frequentes esbarro sistematicamente com inflamados discursos sobre a guerra da "urcania" ou o drama dos refugiados ou outro drama qualquer, vejo-me tentado a morder este isco.
Passando ao assunto e pegando na apologia do idealismo digo que:
Discordo! Políticos com ideias e até mesmo com ideais não faltam por aí.
No Guerra e Paz Tolstoi fala do determinismo histórico, de como é errado atribuir a um lider ou a uma circunstância a causa e explicação dos acontecimentos históricos, aliás condena veementemente os historiadores que o fazem.
Neste perspectiva, com a qual o meu pensamento se identifica, é fantasioso esperar pelos messias, pelos tais políticos com ideias ou ideais, porque no porvir histórico vai aparecer de tudo e quando esporádicamente vier um bonzinho será simplesmente uma ocorrência fortuita, um Verão de São Martinho, um dia de sol perdido no inverno.
Acresce ainda a isto a problemática da chamada evolução moral do ser humano, subindo a escadaria para a beatífica bondade, fenómeno "evolutivo" muito desejado mas que a ciência chamada psicologia desmente em absoluto, o "Homem Moral" progride ou regride mais por força das suas circunstâncias intrinsecas ou extrinsecas, não por força das suas boas intenções.
Podemos juntar ainda a pulsão atávica para a violência que lateja por baixo da capinha civilizacional das criaturas, tão patente no futebol, nos condutores ao volante do seu pópó, nas manifestações de rua, etc.
Depois não nos esqueçamos que toda a civilização se tem desenvolvido com base nos "interesses", a civilização resulta da equação dos interesses pessoais e/ou colectivos, a dinâmica por si gerada é amoral, podendo porém ser mais ou menos pacífica (amistosa) ao longo dos ciclos históricos.
Posto isto, que não esgota a problemática realidade pedregosa onde as auroras de paz e felicidade são raras e perecíveis, afirmo que uma sociedade utópica onde prevaleçam os tão propagandeados direitos humanos só poderia ser implantada criando um regime musculado.
Regime musculado que seria uma Ditadura, aqui fechava-se o circulo e voltávamos ao ponto de partida misérimo de onde tinhamos saído rumo à "Utopia do Bem".
A História está cheia destes exemplos, são muitos mas só para mecionar alguns pensemos na Revolução Puritana em Inglaterra que começou na erradicação dos não Puritanos e acabou com a execução dos indigentes ou a Revolução Francesa que começou por ser um matadouro público onde desfilaram primeiro os aristocratas, depois os burgueses e por fim os próprios revolucionários ou nos khmer vermelhos com as suas marchas da morte e campos de concentração. Podia e posso fazer uma extensa lista dos que antecederam e dos que os sucederam, seria uma disforia solidamente alicerçada na desgraçada realidade distópica.
Mas não é preciso ir tão longe porque no "Ocidente", nos nossos dias temos uma "Revolução" chamada o "Grande Recomeço" protagonizada pelo Forum Económico Mundial, para a qual felizmente não prevejo futuro porque a situação geopolítica tem vindo a minar as condições necessárias ao seu sucesso.
Não vejo que o idealismo tenha, no seu curriculo, a geração de bem estar, por outro lado vejo nele um bom veículo para galvanizar as massas e conduzi-las cegamente, (iludidas pelo sonho de uma vida melhor) à prossecução dos interesse das elites.
Concepção diferente desta só a aceito se for baseada em factos históricos, dos quais não tenho conhecimento.
agorgal Membro AAP
Mensagens : 1442 Data de inscrição : 19/12/2012 Localização : Porto
Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qua maio 22 2024, 19:20
@ "Mário Franco" (omito o "caro", talvez pomposo mas que tem sido, aqui, indicativo de quem se quer dirigir a alguém em particular, numa conversa escrita, amigável, que todos podem ler - na sua vez utilizo o "@" da linguagem digital e que aponta para, exactamente, o mesmo significado se bem que com a frieza que caracteriza as linguagens baseadas em números...)
Confesso que lamento a falta de outros temas para troca de ideias (sobre o áudio analógico, por exemplo) que vem esfriando o AAP. Mas não me parece que a razão deste vazio seja a abordagem de temas fracturantes (de que a Ucrânia e a imigração são apenas exemplos) mas sim outras razões que não vêm aqui ao caso. Para todos os efeitos a leitura dos tópicos que começam nesses temas ou que acabam por cair neles está à discrição de cada um. E a participação no diálogo também.
Não me quero alongar na contestação ou concordância no que escreve. Há pontos onde penso ter alguma razão e outros em que penso estar muito distante dela, estes últimos em maior número, se me permite. Portanto vou tentar resumir o meu pensamento.
Para mim uma coisa é evidente: continua-se a pensar como se pensava no século XIX, meados do século XX. A citação de Tolstoi é disso evidência. Mas a a realidade (a que existe hoje e a que poderia ter sido construída e/ou que poderá vir a ser construída para o futuro) nada tem a ver com esses tempos já remotos. Marx e todos os outros pensadores do comunismo, socialismo, nazismo, fascismo e todos os outros ismos... (incluindo Bakunine com o seu utópico anarquismo) estabeleceram as suas ideias (ou ideais - se bem que distingo entre ideias e ideais, a etimologia de cada palavra assim o obriga) ainda nos extertores da revolução industrial ou no dealbar do século XX. Pois bem, vivemos no século XXI. Se de revolução se pode falar é de Revolução Digital, de internet, de inteligência artificial, de comboios a 300 km por hora, de aviões que nos transportam de uma ponta à outra do mundo em 12 horas, não em 2 semanas como qualquer barco a vapor.
O meu ideal é, e apenas é, pensar fora da caixinha cerebral. Fora dos conceitos (e preconceitos) estabelecidos ainda eu não era nascido e a iluminação de nossas casas eram velas ou candeeiros de azeite. É, bem lá no fundo, recuar mais um pouco no tempo e ir ter com Rousseau e avançar depois ao encontro de Lévi-Strauss, trazer para a contemporaneidade o bom selvagem. Pegar nas ideias deles e, com elas, construir um ideal adaptado aos tempos do facebook, twitter e aviões à velocidade do som. Que bem lá no fundo todos somos boas pessoas e, com o desenvolvimento tecnológico que atingimos, poderemos ser bem melhores. Isto pode parecer uma contradição, renegamos Marx porque do século XIX e recuamos a Rousseau do século XVIII? Trata-se apenas de aproveitar o melhor do pensamento humano e adaptá-lo aos nossos tempos...
Resumindo: insistimos, nós, os velhos (perdoe-me mas deduzo que tem, pelo menos, a minha idade) em condicionar uma sociedade futura, sustentada em valores históricos ultrapassados (e que já lá vão) que, se levados a sério, nos manterão (e sobretudo aos nossos descendentes que nós não andaremos por cá muitos mais anos) numa obscuridade quase medieval. Deixo a pergunta: temos o direito de fazer isso?
Mário Franco escreveu:
[ Posto isto, que não esgota a problemática realidade pedregosa onde as auroras de paz e felicidade são raras e perecíveis, afirmo que uma sociedade utópica onde prevaleçam os tão propagandeados direitos humanos só poderia ser implantada criando um regime musculado.
Regime musculado que seria uma Ditadura, aqui fechava-se o circulo e voltávamos ao ponto de partida misérimo de onde tinhamos saído rumo à "Utopia do Bem".
Não posso deixar de destacar esta parte do seu escrito... regime musculado para impor os direitos humanos? Isso faz-me lembrar Orwell e o seu Grande Irmão. De um outro texto (England, your England) cito: "In England such concepts as justice, liberty and objective truth are still believed in. They may be illusions, but they are very powerful illusions." Muito errado está o ser humano, muito tumultuoso o caminho que pretende seguir se os direitos humanos, a justiça, a liberdade, o direito de se ser quem se quer ser, apenas poderão ser impostos por uma ditadura. É apanágio das ditaduras cercearem tudo isto, sobretudo o direito de se ser quem se quer ser... que os outros direitos são considerados apenas uma mera ilusão.
Regressando ao meu primeiro parágrafo, confesso que não vejo óbice em que, dentro da mais absoluta cordialidade e num espírito prevalecente de cavalheiros educados e civilizados (felizmente que "PedroH" deixou de comparecer nas nossas conversas), aqui não se possa trocar pontos de vista sobre assuntos da actualidade e da nossa vivência em sociedade. Numa boa alternativa, escreva-se mais sobre hi-fi, sobre áudio analógico e talvez a vontade de escrever falte para outros assuntos.
Cordialmente agorgal
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui maio 23 2024, 12:42
Bom dia agorgal
Tentando não me alongar em polémica para não transformar o local em tribuna e prometendo não alimentar eternamente o assunto passo a comentar as duas ideias principais, contidas na sua anterior resposta.
1 - Distinção entre ideias novas e ideias velhas, considerou que a velhas são anacrónicas e portanto têm menor valia do que as modernas.
A minha perspectiva difere, considero que a validade das ideias é determinada pela sua qualidade,não pela sua idade.
Se preferir manter a sua perspectiva é obviamente livre de fazê-lo e daí retirará concerteza tanto os custos quanto os benefícios.
2 - É aqui que a porca torce o rabo, diz o agorgal (desculpe por não usar o seu nome mas de si só conheço o acrónimo com que publicamente se apresenta) e passo a citar: o meu ideal é, apenas pensar fora da caixinha cerebral (...) E, bem lá no fundo recuar mais um poucono tempo e ir ter com Rousseau e avançar depois depois ao encontro de Lévi-Strauss, trazer para a contemporaniedade o bom selvagem "
Logo aqui há uma contradição porque considerou Tolstoi antiquado e, suponho eu, considera Rousseau moderno, ora Rousseau não é nada moderno porque o seu conceito de "bom selvagem" foi bebido na tradição cátara medieval, assim como também é proposto na "Utopia" de Thomas More e na "Nova Atlantida" de Bacon (sem nos alongarmos noutras filiações de diversas outras épocas).
Mas mais grave do que a contradição é o conceito do bom selvagem e o pensamento de Rosseau e mais grave ainda a sua intenção de adoptar o conceito do bom selvagem como um modelo a seguir.
Agora pôe-se a questão de explicar a, minha contundente e quiçá ofensiva, afirmação anterior.
Saltando a explicação do mencionado conceito que Rousseau pariu na sua obra "Discours sur les sciences et les Arts" na qual equacionou natureza e civilização, extraindo daí a apologia do "Bom Selvagem", quero realçar uma partícula nuclear do seu pensamento.
Saltando das boas intenções apresentadas nos "Discours" para a sua outra obra denominada "Contrato Social" Rousseau expicou que, no caminho para atingir o paradisíaco mundo natural, a sociedade tem à vezes que "forçar o homem a ser livre" ou seja que às vezes a lei tem de corrigir um indivíduo para que ele volte ao estado natural e que um homem ao ser coagido pela sociedade está sendo conduzido à consciência dos seus próprios interesses.
Ora, digo eu, isto é grave, pior é desastroso é apocaliptico. Temos aqui um projecto para regimes totalitários que policiam não só o comportamento como também o pensamento, em nome de uma ideia que invoca boas intenções mas simultaneamente justifica a repressão e o condicionamento de tudo o que a contrarie.
A aplicação deste ideário pode emparceirar com o nazismo ou o estalinismo sem qualquer esforço.
Não posso tolerar a defesa desta ideia monstruosa e muito menos aceitá-la para mim.
Espero que não leve isto a peito porque o que eu disse refere-se a Rousseau e não a si, possivelmente depois de aprofundar mais o assunto talvez venha a reconsiderá-lo, é para isso que servem as conversas, por mim falo porque quando aprofundo qualquer tema descubro sempre novos dados e assim sou compelido a rever conclusões e conceitos que anteriormente me pareciam consolidados.
Cordialmente
Mário Franco
agorgal Membro AAP
Mensagens : 1442 Data de inscrição : 19/12/2012 Localização : Porto
Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui maio 23 2024, 13:18
"Mário Franco", boa tarde
Pelo que escreve deduzo que, afinal, gosta de uma boa conversa, de debater ideias e que está disposto a fazê-lo num ambiente saudável e de companheirismo. Responder-lhe-ei. Mas na secção "off Topic". Confesso que me sinto um pouco culpado por ter "canibalizado" este "HIFI, reportagens de outros tempos" pondo de lado o verdadeiro assunto da conversa e trazendo outros que, sendo dos tempos actuais e de outros mais antigos, nada têm a ver com antigas lojas hifi na cidade do Porto. Não responderei hoje, estou re-encantado a re-ouvir "Summertime" nas suas muitas versões e que pretendo partilhar com quem visita o AAP.
Chamo-me António Gorgal e "agorgal" é a minha assinatura, digamos que electrónica.
Cordiais cumprimentos
Mário Franco Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui maio 23 2024, 14:10
agorgal escreveu:
"Mário Franco", boa tarde
Pelo que escreve deduzo que, afinal, gosta de uma boa conversa, de debater ideias e que está disposto a fazê-lo num ambiente saudável e de companheirismo. Responder-lhe-ei. Mas na secção "off Topic". Confesso que me sinto um pouco culpado por ter "canibalizado" este "HIFI, reportagens de outros tempos" pondo de lado o verdadeiro assunto da conversa e trazendo outros que, sendo dos tempos actuais e de outros mais antigos, nada têm a ver com antigas lojas hifi na cidade do Porto. Não responderei hoje, estou re-encantado a re-ouvir "Summertime" nas suas muitas versões e que pretendo partilhar com quem visita o AAP.
Chamo-me António Gorgal e "agorgal" é a minha assinatura, digamos que electrónica.
Cordiais cumprimentos
De acordo António Gorgal
Fez-se uma ponte e isso é positivo, fico à disposição para troca de informação (tópicos, autores, livros, linhas de leitura, etc).
Boa fruição desse megnífico Summertime.
Cordiais cumprimentos
De Mário Franco
ducar Membro AAP
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui maio 30 2024, 18:19
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sex maio 31 2024, 08:54
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sáb Jun 01 2024, 08:30
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Sáb Jun 01 2024, 08:34
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Dom Jun 02 2024, 09:59
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 09:48
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 09:50
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 09:53
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 09:56
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 09:58
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 09:59
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 18:52
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 19:02
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Assunto: Re: HiFi reportagens de outros tempos. Qui Jun 06 2024, 19:05