A CULTURA DA IMAGEM...

Como sabem, por cá dá-se muita importância à imagem. E a par disso, o imaginário alimenta também a cultura do jeitinho. Mas não vou desenvolver aqui esta problemática; apenas brincar um pouco com este tipo de coisa.

Um lucutora de tv, filha de um jornalista que também trabalha na tv (sabem certamente quem...), deve às tantas - na medida em que se vai apreciando frente ao espelho - ter pensado para consigo este corpo ainda há-de dar muitos frutos». E de facto deu.
Entre uma e outra oportunidade, surge a de entrar numa série de tv. Não me lembro o nome, pois eu também não sou capaz de a ver.
O curioso nisto é o seguinte: além de péssima atriz, há uma cena que serve de promoção à série, que é igualmente mostra de falta de profiocionalismo e de critica. Já devem ter visto. Na cena em causa, ela diz ao ladrão: «TIRA A MÁSCARA!!!», em vez de dizer para lagar a arma. Que raio de polícia é esta e ainda por cima a chefe... Mais parece uma crítica à nossa polícia.
Aquilo que me vem à cabêça é: a forma como diz «tira a máscara» é de meter medo e se calhar isso pareceu-lhe mais eficaz. Deve ter-lhe passado a ideia de que se quando ela está com a máscara da maquilhagem alguém lhe dissesse para tirar a máscara seria tramatizante para ela e quem sabe para quem assistisse.

A polícia e a «moda»

A mulher, quando começou a trabalhar na polícia usava uniforme feminino, mas como isso contribuía para uma contínua tendência para a discriminação, então começaram a usar farda como o homem. Assim, a ideia de igualdade passa mais facilmente.
Acontece que por muito que tentem ignorar, a natureza impõe-se e a mulher mesmo que não queira mostra a sua génese. A sua existência tende a mostrar a sua fragilidade e a sua necessidade de se fazer notar. Seja tentando passar à frente de um homem na rua, para se mostrar, seja no trabalho, para se destacar, ela sempre procura tirar partido de uma qualquer situação.
Há pouco passei por um «casal» de polícias. Digo casal, pois se fossem dois homens seria um par. Eles andavam de trotineta, o segway, coisa que está na moda. (Não sei porquê, mas isto faz-me um pouco de confusão, porque para mim não faz sentido andar na coisa em pé, mas enfim...) Era na Praça da Figueira, onde agora está uma pista de gelo, onde de repente pararam. Estavam lá uns miúdos a andar de skate e, pelos vistos, deveria ser por causa da «tenda» que não poderiam lá andar de skate, como de costume. Se não é também já não estranhava, pois agora os políticos fazem o que querem e nós apenas temos que nos aguentar. Não será exactamente como a moda, mas cada governo «cria a sua obra».
A senhora polícia vai direito aos rapazes e apita, enquanto naturalmente o polícia, como «cavalheiro», vai mais atrás. O apito, claro, não é apenas um apitar, é um apitar de senhora; é um apito para se fazer notar. Imaginem isto: o normal seria Brriii! Pois neste caso foi Bbrrrriiiiii!!!

Pois eu tambem tenho uma estória desse gènero.
À coisa de 2 anos, estava eu muito bem a dormir quando me toca o télélé, que me arrancou da cama às 4h da madrugada, para ir resolver uma avaria de umas antenas de operadores moveis que estavam "em baixo".
Sair do quentinho para ir para o gelo, até já estava habituado, inumeras vezes tinha que o fazer em situações idênticas, ou até nem ir à cama, e andar por vales e cabeços na 4x4, e ficar atolado, e ser abalroado por arvores a cair com o vendaval, ou ter que atravessar as cheias num bote dos bombeiros para safar as comunicações duma aldeola isolada, enfim, por tudo isso passei nos trinta e tal anos ao serviço da empresa.
Do que eu não estava à espera, era de chegado ao local e constatar que os cabos aereos tinham sido roubados, e que os meliantes ainda lá se encontravam, e fugiram para o arvoredo.
Chamo então a GNR e mais pessoal para tentar resolver a avaria com uns cabos provisorios, e prudentemente(cagunfa) espero a uma distancia segura.
Eis quando chega o carro da GNR com um "casal" de guardas, aos quais dou conhecimento do sucedido e manifesto a minha suspeita de os larápios ainda se encontrarem ali, escondidos pelo breu da noite.
Encetámos alguma converseta de treta, onde é notório o desprezo e arrogancia do guarda(mais velho) pela guarda(maçarica), e fomos até ao "local do crime", com holofotes potentes a vasculhar o sitio para tentar perceber qual a extensão dos danos (foram 3 cabos de 150x2x0,4 numa extensão de 300metros).
Estavamos nós(eu e outro colega) a passar cabos pelo chão provisoriamente, quando ouvimos 5 disparos na nossa direção...
A "maçarica" sacou de rompante da pistola e faz tiros de intimidação.
Ouvem-se mais disparos vindos do pinhal.
E ela sempre a ripostar !Mulher valente !
O guarda deixámos de o ver, mas quando a coisa parecia ter acalmado, vimo-lo a sair de dentro do carro de metralhadora em punho...."fui ali buscar a trambulhadeira" diz ele....
Julgo que a senhora guarda terá sentido um grande incomodo, provocado pelo odor a m*&da, na viagem de regresso à esquadra....

Essa também está boa!...

Entretanto fiquei cá a matutar... Quer dizer que os guardas depois do tiroteio, como aparentemente os bandidos fugiram, acabaram por simplesmente ir embora, abandonarem assim o local do crime? Sendo que, era demasiado urgente o homem mudar de calças... e apanhar os bandidos seria secundário...

Stereo escreveu:

Entretanto fiquei cá a matutar... Quer dizer que os guardas depois do tiroteio, como aparentemente os bandidos fugiram, acabaram por simplesmente ir embora, abandonarem assim o local do crime? Sendo que, era demasiado urgente o homem mudar de calças... e apanhar os bandidos seria secundário...

E matutas tu muito bem !
Era de noite , 5 da matina, escuro como breu, um frio do catano, e a malandragem já se tinha pôsto a milhas a encoberto da noite e da mata/pinhal, por isso pouco mais havia a fazer....