ERIC CLAPTON Bootleg tapes

Boas,
O Eric Clapton fez anos onte-ontem parece-me uma boa altura para falar nisto.

Eu já tive uma panca muito grande pelo Eric Clapton, foi o músico que mais colecionei.

Cheguei a ter práticamente todos os discos oficiais dele a solo e com os grandes grupos onde ele entrou.
Vários livros sobre ele e muitas bootlegs (gravações pirata).

Agora vamos recuar até ao início dos anos 90 quando a internet estava no início e usava-se muito os Newsgroups, lembram-se ?

Existiam muitos grupos de interesse em que a pessoa se registava para receber e colocar mensagens de texto no seu Newsgroup preferido.

Pois eu registei-me num do Eric Clapton nessa altura e trocava mensagens com os tarados pelo Eric Clapton do mundo inteiro.

Foi então que organizámos um esquema de cópia de cassettes piratas (Bootlegs) do Eric Clapton, em que existiam alguns responsáveis pelo mundo inteiro em centralizar, copiar e enviar para os outros da sua área geográfica.

Eu na altura estava bem artilhado pois tinha como deck principal o Nakamichi 700ZXE e como segundo deck um DENON DRM-710, então fui um dos escolhidos para copiar e enviar as cassettes para uma parte da Europa.

As pessoas naquela altura confiavam na Internet, e tudo funcionava bem,
as pessoas enviavam as cassettes virgens para mim e eu gravava e voltava a enviar para as pessoas.

Claro que também gravava para mim e outros também gravavam para mim.

Tudo funcionava lindamente e sem chatices.

Gravávamos alguns CD's piratas, mas também gravações em cassette que nunca chegaram a ser editadas nem sequer como Bootlegs.

No final dos anos 90 eu desisti disto e deixei-me desta panca.

Mas ainda tenho todas as cassettes dessa altura e hoje deu-me para as procurar.
As cassettes são todas boas cassettes type II, são cerca de 80 :




E agora vamos dar uma olhada por todas elas mais em pormenor:

















Como podem ver esse progama que voçês descobriram agora para fazer as capas já nós usavamos há 15 ou 20 anos atrás, eu não tive foi pachorra para fazer as capas para todas as cassettes...

Claro que algumas nem se conseguem ouvir (a não ser o Claptomaniaco mais ferrenho), no entanto outras têm uma qualidade surpreendente.

Por vezes eram gravadas na mesa de mistura, mas outras com DAT's portáteis no meio da audiência, enfim, há de tudo...


Também já tive a mania das cassettes mas agora não tenho deck nenhum,
mas esta coleção de bootlegs do Eric Clapton ainda cá mora.


Abraços,
Jorge Ferreira

pirata reconvertido!!!

Magnifica partilha amigo Jorge. nesse caso são maus do que simples cassetes, são também memórias.
Sou da opinião de que deverias de voltar a ter um Deck para usufruíres do teu legado, e quem sabe, voltares a ter a paixão por este maravilhoso formato.

Obrigado pelo trabalho a que te destes.

Sei de quem tem um Nakamich DR3 á venda....

vlopes escreveu:

Sei de quem tem um Nakamich DR3 á venda....

O homem estava acostumado a algo mais upmarket. Mas com esse ou com outro, eu gostava que ele voltasse aos prazeres da maravilhosa cassete.

Sim também já fui um grande pirata mas agora já tenho um vizinho que me substituiu à altura...

)__((:

Jorge Ferreira escreveu:

Sim também já fui um grande pirata mas agora já tenho um vizinho que me substituiu à altura...

)__((:

O som do 700ZXE era qualquer coisa de muito especial, o problema é que estragou-se e não tem arranjo, finito...acabou para sempre...

Custava $2500 há 30 anos atrás, o mesmo que o Dragon que só apareceu 10 anos depois (que para ser tão bom tinha de custar bem mais passado 10 anos e não o mesmo).

Também já tive um Nakamichi RX-202 que até era giro a virar as cassettes sozinho, mas só tinha duas cabeças e o som não tinha mesmo nada a ver...mesmo nada...

O 700ZXL ainda era ligeiramente superior ao meu ZXE e rivalizava com o 1000ZXL que foi o melhor de todos.

O Dragon não tem tão bom som como os 700 e 1000, teve importantes melhoramentos no transporte principalmente para permitir auto-reverse playback, mas o som não é a mesma magia...

Hoje em dia já não há peças nem para o 700 nem para o 1000 (nem mesmo na Bowers & Wilkins que os arranjava), por isso não quero mais nenhum deck.

Hoje em dia só se fosse para um topo de gama da Revox (muito fiáveis) ou um Tandberg (som fabuloso),
desde que houvesse peças e assistência.

Mas para mim já não faz mais sentido os decks, já não quero mais nenhum para mim.


Abraços,
Jorge Ferreira

Jorge Ferreira escreveu:

O som do 700ZXE era qualquer coisa de muito especial, o problema é que estragou-se e não tem arranjo, finito...acabou para sempre...

Custava $2500 há 30 anos atrás, o mesmo que o Dragon que só apareceu 10 anos depois (que para ser tão bom tinha de custar bem mais passado 10 anos e não o mesmo).

Também já tive um Nakamichi RX-202 que até era giro a virar as cassettes sozinho, mas só tinha duas cabeças e o som não tinha mesmo nada a ver...mesmo nada...

O 700ZXL ainda era ligeiramente superior ao meu ZXE e rivalizava com o 1000ZXL que foi o melhor de todos.

O Dragon não tem tão bom som como os 700 e 1000, teve importantes melhoramentos no transporte principalmente para permitir auto-reverse playback, mas o som não é a mesma magia...

Hoje em dia já não há peças nem para o 700 nem para o 1000 (nem mesmo na Bowers & Wilkins que os arranjava), por isso não quero mais nenhum deck.

Hoje em dia só se fosse para um Revox ou um Tandberg (com peças e assistência), mas para mim já não faz muito sentido os decks, já não quero mais nenhum.


Abraços,
Jorge Ferreira

Tirando os que mencionares, há por ai coisas muito boas mesmo e bem mais fiáveis do que os Naks e em nada se ficam atrás sonoramente e brevemente irei-to provar. Vais arregalar os olhos e as orelhas.

Boas,
Realmente é preciso ter uma gand'a pancada, para seguir assim um musico, mas na verdade, até os há e aos molhos, e bem "piores".

Jorge Ferreira escreveu:

... Por vezes eram gravadas na mesa de mistura, mas outras com DAT's portáteis no meio da audiência, enfim, há de tudo...

O chamado "soundboard" (gravação sacada da mesa de mistura), por vezes tem qualidades excepcionais, e até tenho alguns sacados naquele formato numérico ... quanto aos DAT's portáteis no meio da audiência, ainda está para nascer o primeiro que seja audível (eu pelo menos, não conheço).


Meus parabéns pelo teu envolvimento na boa causa de partilha de musica, ainda que a mesma tenha sido no século passado.

Fran escreveu:

... quanto aos DAT's portáteis no meio da audiência, ainda está para nascer o primeiro que seja audível (eu pelo menos, não conheço).

o que me lembraram...

eu cheguei a gravar o concerto de Megadeth no Dramático, Youthanasia.

Foi um filme para passar pela revista, estavam lá dois caixotes cheios de gravadores... ... eu tremia dos pés à cabeça ...quando passei... ...só me lembro de correr...desde a zona da revista até à porta do pavilhão.

O gravador era com aquelas cassetes pequenas, de um amigo nosso (oferta da propaganda médica ).

Resultado:péssimo... , tudo abafado, só se ouviam algumas coisas em determinadas alturas, ou quando o som não estava tão alto...só se ouvia pessoal a berrar no moche...

A única parte que ficou mais ou menos, foi o encore do Dave Mustaine a cantar, sozinho, o Anarchy for the UK.

Aqui fica uma estória...que terminou no saudoso Johnny Guitar