Depois da morte do cd....

Ulrich escreveu:

Thanks Jorge ,

mais uma achega:

Not really mentioned is that analog is digital at the fundamental physical level. So there is an underlying noise floor and distortion level that can never be overcome.

Also, producing the analog record is an inherently distortion producing process. Playback is even more distortion producing at multiple levels (ever seen the response curve of a turntable responding to a noise burst?). Playback also is a destructive process, degrading the record on each playback. Paradoxically, the optimum way to preserve and enjoy your precious vinyl is to play it back once, digitizing it, store it on a computer, and play back the digitized copy.

Concordo com quase tudo,
excepto com o facto de se gravar para digital um vinyl que tenha um som fabuloso e depois ouvir apenas a cópia digital, quando se tem esse vinyl fabuloso em casa...

Pois se tivermos os devidos cuidados o excelente vinyl pode ouvir-se muitas vezes e dura muito tempo sem degradação significativa no som.

Sem dúvida que o que mais me agrada no vinyl é a "distorção" controlada, tal como na guitarra do jimi hendrix.

E também o fluir mais natural e humanizado da música...As reverberações acústicas do próprio processo inerente ao vinyl.

Mas existem cada vez mais masters digitais e nos casos em que esse digital é bem produzido pode não valer a pena ir para o vinyl, o que não quer dizer que mesmo assim não possa soar melhor em vinyl mesmo sendo a master digital. Deve ser por causa da distorção

O nosso próprio processo de ouvir também começa por ser analógico e acaba por ser digital no nosso cérebro,
mas uma coisa é certa o vinyl regra geral soa-me muito melhor a mim nos meus ouvidos analógicos e no meu cérebro digital.

Mas isso deve ser por eu já estar habituado e viciado no fluir e na distorção da música em vinyl.

Jorge Ferreira escreveu:

Mas isso deve ser por eu já estar habituado e viciado no fluir e na distorção da música em vinyl.

A meu ver, o reconhecer da subjectividade de um gosto/vício, reforça a objectividade da tua explicação .

Para além das fabulosas características sonoras do vinil que, digam o que disserem, continuam por alcançar, há outra coisa que não consigo dissociar seja do que for na vida que é a paixão. Quando jogo à bola é com paixão, quando me sento para almoçar/jantar é com paixão, e quando oiço musica é com paixão. A paixão é que transforma qualquer "coisa" em situações que valem a pena serem vividas. Não se explicam, nem sempre são racionais mas são sempre fortes e é algo em que nos empenhamos de alma e coração e que transforma situações muitas vezes banais ou erradas aos olhos dos outros, em coisas que significam a vida para quem as vive.
E é apaixonadamente que compro, olho, oiço e vivo o vinil.


Ulrich, quando quiseres ouvir discos comprados por mim com 14 anos e rodados muitas centenas de vezes, é só dizer. Não acredites nessa da degradação do vinil após audição.

[quote="António José da Silva"]Para além das fabulosas características sonoras do vinil que, digam o que disserem, continuam por alcançar, há outra coisa que não consigo dissociar seja do que for na vida que é a paixão. Quando jogo à bola é com paixão, quando me sento para almoçar/jantar é com paixão, e quando oiço musica é com paixão. A paixão é que transforma qualquer "coisa" em situações que valem a pena serem vividas. Não se explicam, nem sempre são racionais mas são sempre fortes e é algo em que nos empenhamos de alma e coração e que transforma situações muitas vezes banais ou erradas aos olhos dos outros, em coisas que significam a vida para quem as vive.
E é apaixonadamente que compro, olho, oiço e vivo o vinil.



Quem fala assim não é gag..,não é surd..., e está completamente "perdido" de amores pelos discos de Vinil,
Ahhh! grande Sr. Adm. AAP.
Poderei não estar tão apaixonado(€), pudera eu,mas, partilho estes amores, devaneios o que lhe quiserem chamar.
Para mim, o cd morreu, está é mau enterrado!!, claro, que ainda ouço algum e também outros formatos,
mas, o vinil comanda a "vida", pelo menos a minha.
Boas e muitas audições, já agora analógicas, de preferência.
Bom fim de semana
Abçs

Claro AJS , também partilho dessa paixão e vivo-a da mesma forma.

António José da Silva escreveu:

Ulrich, quando quiseres ouvir discos comprados por mim com 14 anos e rodados muitas centenas de vezes, é só dizer. Não acredites nessa da degradação do vinil após audição.

Aquele comentário foi apenas um pormenor que, em termos de física-teórica, faz todo o sentido:o atrito provoca desgaste na superfície de contacto.

Era mais uma achega, que não pode ser levada ao extremo.

Esta discução entre formatos implica sempre argumentos subjectivos como a paixão e o gosto pessoal, deve ser assumido como tal.
Foi assim que vi o comentário do Jorge, e por isso , para mim, a opinião dele tem mais valor.
Agora que quiser afirmar uma posição e dizer que é completamente objectiva, a meu ver não pega.

Esqueci-me de referir que essa paixão desapareceu por completo quando há muitos anos atrás fiz aquilo que quase todos fizemos e enverguei pelo CD. Sónicamente nunca me convenceu e como disse, a nível de paixão é totalmente insípido. Essa "insípides" só é batida pelo mundo dos ficheiros que consegue ser a total ausência de qualquer coisa palpável e humana.

Ulrich escreveu:

Aquele comentário foi apenas um pormenor que, em termos de física-teórica, faz todo o sentido:o atrito provoca desgaste na superfície de contacto.

Pode fazer sentido, mas no "terreno" não corresponde a uma verdade audível.

Acho que devo ainda «insistir?» no sentido de tentar esclarecer... pois penso que aquilo que disse não chegou ao ponto de bom esclarecimento. Coisas que neste mundo por muito que se tente nem sempre é possível...

Dizia eu que o CD, como outros (MD...), são bons em certas circunstâncias. Não há qualquer intenção de substituir o vinilo nem a fita...

Naturalmente que compreendo que as pessoas tentem defender, seja as suas crenças ou interesses, como por exemplo, tentar sustentar a ideia de que o dinheiro que gastou foi bem gasto... mas a realidade pede algo mais. Por isso, lembro que, a par da questão «gosto» ou ouvido, que é puramente pessoal, não serve para tratar o assunto, pelo menos devidamente.
O António, por exemplo, tem repetidamente dito que «não ouve cabos». Claro que os cabos não reproduzem som, mas servem de caminho para ele. Pois para muito boa gente os cabos são e muito relevantes!
Como disse, eu estive muito tempo sem «ai-fai» por causa do CD. Também já disse por várias vezes que diversas alturas experimentei e em vários sistemas, a mudança de escuta de CD para vinilo deixando-me uma sensação de alívio... Esta era e é felizmente uma experiência que tenho o privilégio de ter.

MJC escreveu:

Quantos às LS3/5a, elas podem perfeitamente viajar até tua casa para a audição. Se fossem as 801 ou as Beveridge é que a porca torcia o rabo...

Parece-me boa ideia, temos de combinar (mas já não tenho cá suportes para monitoras).
Essas grandes Beveridge (admito que tive de procurar) deixaram-me curioso, qual é o modelo?

Um abraço,
Ricardo

ricardo onga-ku escreveu:

Mas essas Beveridge (admito que tive de procurar) deixaram-me curioso.

Um abraço,
Ricardo

E quem não fica, especialmente depois de ler umas coisas por essa net fora.

umas desconhecidas!

Nunca tinha ouvido falar.

ricardo onga-ku escreveu:

Essas grandes Beveridge (admito que tive de procurar) deixaram-me curioso, qual é o modelo?

Um abraço,
Ricardo

Lembram-se do cartoon clássico da Merrie Melodies denominado »Wagon Heels«?

Pois bem quanto ao modelo das Beveridge, eu repito a fala do »Sloppy Moe«,
»I know something I won't tell, I won't tell, I won't tell!«

Terão V. Exas, os »cuscas« profissionais, que vir cá a casa e bisbilhotar. E não vale o Ferpina cantar.

Saudações Analógicas com um tiro no barco de quatro canos porque acabei de ouvir um CD da Dave Matthews Band,

MJC

Não sei cantar.
Mas o senhor Harold Beveridge e filhos, talvez...

É disto que estão a falar?


Se é e se marcarem uma audição também gostava de estar presente

Goansipife escreveu:

É disto que estão a falar?


Se é e se marcarem uma audição também gostava de estar presente

António José da Silva escreveu:

Que luxo ...

...size does matter...

gostaria de ouvir essas meninas

Boa tarde meninos e meninas.

Isto está lindo! E depois não querem que eu seja radicalmente contra os off topics...

Um post onde se debatia alegremente o estado actual do CD, descamba numa romaria à zona oriental de Lisboa.

Francamente!

Saudações Analógicas (de hoje em diante, apenas SA porque a tinta está cara)

MJC

Jorge Ferreira escreveu:

Ulrich escreveu:

Thanks Jorge ,

mais uma achega:

Not really mentioned is that analog is digital at the fundamental physical level. So there is an underlying noise floor and distortion level that can never be overcome.

Also, producing the analog record is an inherently distortion producing process. Playback is even more distortion producing at multiple levels (ever seen the response curve of a turntable responding to a noise burst?). Playback also is a destructive process, degrading the record on each playback. Paradoxically, the optimum way to preserve and enjoy your precious vinyl is to play it back once, digitizing it, store it on a computer, and play back the digitized copy.

Concordo com quase tudo,
excepto com o facto de se gravar para digital um vinyl que tenha um som fabuloso e depois ouvir apenas a cópia digital, quando se tem esse vinyl fabuloso em casa...

Pois se tivermos os devidos cuidados o excelente vinyl pode ouvir-se muitas vezes e dura muito tempo sem degradação significativa no som.

Sem dúvida que o que mais me agrada no vinyl é a "distorção" controlada, tal como na guitarra do jimi hendrix.

E também o fluir mais natural e humanizado da música...As reverberações acústicas do próprio processo inerente ao vinyl.

Mas existem cada vez mais masters digitais e nos casos em que esse digital é bem produzido pode não valer a pena ir para o vinyl, o que não quer dizer que mesmo assim não possa soar melhor em vinyl mesmo sendo a master digital. Deve ser por causa da distorção

O nosso próprio processo de ouvir também começa por ser analógico e acaba por ser digital no nosso cérebro,
mas uma coisa é certa o vinyl regra geral soa-me muito melhor a mim nos meus ouvidos analógicos e no meu cérebro digital.

Mas isso deve ser por eu já estar habituado e viciado no fluir e na distorção da música em vinyl.

Exactamente !!!

http://www.musiconline.no/booklets/404811.pdf
Basta conhecer a história deste LP da 2L e perceber a dificuldade que os homens tiveram em arranjar alguêm que lhes pudesse gravar este album em vínil decentemente e com bastante rigor até pelo menos aos 300Hz do master original em DXD 352.8kHz/24-bit.
E apenas uma empresa na Alemanha o consegui fazer minímamente, o que demonstra bêm o actual estado de arte do digital !

Ulrich escreveu:

Claro AJS , também partilho dessa paixão e vivo-a da mesma forma.

António José da Silva escreveu:

Ulrich, quando quiseres ouvir discos comprados por mim com 14 anos e rodados muitas centenas de vezes, é só dizer. Não acredites nessa da degradação do vinil após audição.

Aquele comentário foi apenas um pormenor que, em termos de física-teórica, faz todo o sentido:o atrito provoca desgaste na superfície de contacto.

Era mais uma achega, que não pode ser levada ao extremo.

Só para chamar a atenção de uma facto!

Uma das mais afamadasMarcas e reconhecida pelos seguidores do analogico puro e duro. GDs, valvulas e cornetas ou fullRange drivers.

As ortofon SPU trabalham em cargas sobre o disco de 4 gm !!!!!!!!
A maioria anda entre os 1,8 e 2,3 gm.

nenhum desses fanaticos com sistemas de dezenas ou milhares de € iria por em risco colecções de milhares de discos com cargas destas!!!!

A questão põem-se é no alinhamento

VTA e AZIMUTE-
Estes sim, quando mal alinhados provocam da-nos irreparaveis nos sulcos dos discos.
Estamos a falar de Ton/m2 de força e aqui sim , a fricção provoca desgaste, mas antes disso aquecimento, que provoca deformação das paredes dos sulcos.

Toca a alinhar agulhas

Numa curta nota contributiva, se hoje ouço música com alguma qualidade posso agradecê-lo ao vinil, não por ser um formato melhor ou pior que outros mas porque efectivamente me permitiu perceber, com um baixo investimento, que ouvir música com o mínimo de qualidade é algo que está ao alcance do comum dos mortais. No meu caso comecei pelo vinil mas lá acabei por chegar ao CD com alguma decência após comprar um Marantz, e a verdade é que ambos formatos vivem felizes lado a lado sem se atropelarem.

Mas na sua essência, para mim o grande mal do CD é o mesmo do vinil: más gravações, (re)masterizações sofríveis, etc. O problema não está no formato mas sim na qualidade (ou falta dela) dos trabalhos que lhe gravam em cima.
Eu tenho aqui alguns álbuns em CD com um som fantástico e que nada ficam a dever ao vinil, da mesma forma que tenho álbuns em vinil que só servem para envergonhar o formato. E o inverso é igualmente válido.

Como bom amante de música pela música, não consigo ver-me a viver só de vinis, sob risco de ver os meus horizontes musicais bastante limitados.
Da mesma forma, também não consigo ver-me a viver sem o vinil, mais não seja pela grandiosidade e génio de alguns trabalhos cuja audição só faz sentido no formato para o qual foram produzidos.

Há diferenças sonoras entre os formatos? Sem dúvida! Mas se pegarmos em bons exemplares de cada formato, creio que as vantagens e desvantages de cada um acabam por se equilibrar entre si.

Acima de tudo, longa vida à música!

Para mim a continuação da frase, "Depois da morte do cd...." é fácil, pois continua tudo igual. Sempre o considerei um formato sem vida e morto à nascença.

[/quote]
Aqui onde trabalho, a totalidade dos jovens tem ficheiros em i-pods e foi necessário eu lhes mostra que com um pequeno investimento em headphones um pouco melhor que os de origem e até parecia que eles tinham um leitor novo e muito melhor. Quase todos foram no dia seguinte comprar headphos e jogaram os de origem fora.[/quote]

Épá, desculpem lá mais um meio off...

Que auscultadores parecem adequados (in-ear)? sem gastar muito.

enxuto escreveu:

Que auscultadores parecem adequados (in-ear)? sem gastar muito.

Os Sennheiser mesmo os mais em conta já dão uma grande tareia aos de origem.

Ok...

Os CX-300 custam mais de 30€ + portes.

Queria gastar perto de 20 ou menos.

enxuto escreveu:

Ok...

Os CX-300 custam mais de 30€ + portes.

Queria gastar perto de 20 ou menos.

Eu tenho os CX-200 e são uma maravilha e bastante baratos.

Pedido aceite, porrada para a frente.


https://www.audioanalogicodeportugal.net/t3046-topico-da-porrada-a-pedido

Os Sennheiser são então uma aposta segura.

No entanto uma loja de cá deixa-me experimentar uns Stagg e vou aproveitar. São baratuxos e são mais da linha "profissional" pelo menos devem ser robustos.

Lá para o final da semana devo saber.

Nem de propósito. O Fredy postou hoje no tópico "A Rodar" um dos mais magníficos álbuns de greatest hits. este


a que junto este

Muitas das vezes este tipo de edições são uma xaropada, mas não é o caso aqui. Só que:
Este último, que possuo a versão original em mono, apesar disso tem um som fantástico e é um produto final excelente
O primeiro grgrrrrrrrrr. em vinil. É um mau produto final (claro que não na música), mas em CD é fantástico e valoriza o conteúdo

E esta Hein!

Goansipife escreveu:

O primeiro grgrrrrrrrrr. em vinil. É um mau produto final (claro que não na música), mas em CD é fantástico e valoriza o conteúdo

E esta Hein!

Vais ver que quando comprares um bom gira/braço/célula, mudas logo de opinião.


PS: Entretanto fugi para parte incerta.

Goansipife escreveu:

Nem de propósito. O Fredy postou hoje no tópico "A Rodar" um dos mais magníficos álbuns de greatest hits. este


a que junto este

Muitas das vezes este tipo de edições são uma xaropada, mas não é o caso aqui. Só que:
Este último, que possuo a versão original em mono, apesar disso tem um som fantástico e é um produto final excelente
O primeiro grgrrrrrrrrr. em vinil. É um mau produto final (claro que não na música), mas em CD é fantástico e valoriza o conteúdo

E esta Hein!

Boa Goansipife,
esse é de facto o contributo mais valioso que,os mais experientes na lide, podem dar

uma opinião sincera, fundamentada e não formatada ou seja : Informação

Thanks

António José da Silva escreveu:

Vais ver que quando comprares um bom gira/braço/célula, mudas logo de opinião.


PS: Entretanto fugi para parte incerta.

Onde está o gajo onde... Ai se o apanho

A prova de que o vinil soa melhor que tudo o resto

Mais uma prova irrefutável.