Edições Blue Note 45rpm

Caros,

Já tiveram oportunidade de ouvir alguma destas gravações?
Qual a diferença, para além do preço como é óbvio, das edições normais de 33rpm? Justifica a diferença de preço?
Segundo o que li as versões de 45rpm são feitas a partir das tapes originais. E as de 33rpm? A fonte não é a mesma?

Da minha parte já dei o meu contributo aqui em :

https://www.audioanalogicodeportugal.net/t3656-as-melhores-edicoes-reedicoes-de-blue-note-s-de-jazz

Se quiseres podes ler os vários posts que coloquei nesse thread, penso que ficarás com uma boa ideia acerca das várias edições e reedições, nomeadamente essas a 45rpm da Analogue Productions e da Music Matters.

Os discos baratos da Blue Note a 33rpm são feitos a partir de Masters digitais de certeza...

Os discos a 45rpm da Analogue Productions e também os da Music Matters foram feitos a partir das Masters Analógicas Originais de 1ª geração.

Eu não gostei muito da série a 45rpm da Analogue Productions (apesar de ter meia duzia de titulos dessa série na minha coleção), pois têm um som demasiado audiófilo que não é bem o som da Blue Note, além disso não têm capas gatefold apesar de serem duplos, a analogue productions fez 50 titulos diferentes.

As reedições a 45rpm da Music Matters que já vão em mais de 100 titulos diferentes (e ainda vão sair mais alguns) e são titulos diferentes dos que a Analogue Productions reeditou, os da Music Matters têm capas Gatefold como deve ser, além das fotos do Francis Wolff a preto e branco no interior (das sessões de gravação em causa), apesar de terem sido remisturados pelos mesmos engenheiros de som que os da Analogue Productions (Steve Hoffman e Kevin Gray), nos da Music Matters eles fizeram um som bem mais transparente e dinâmico que é bem mais fiel às masters e ao som da Blue Note original, o som não é agressivo mas também não é demasiado meloso nem demasiado audiófilo como no caso dos Analogue Productions.

Esta diferença na sonoridade deve-se às indicações dos patrões que estão por trás das duas editoras, no caso da Analogue Productions o Chad Kassem gosta do som mais meloso, enquanto que no caso da Music Matters os dois homens que estão por trás são dois verdadeiros apaixonados, conhecedores e colecionadores de Blue Notes (Joe Harley e Ron Rambach).

Se valem a pena ? depende de muita coisa, nomeadamente do seguinte :

- do dinheiro que estás disposto a gastar
- do quanto gostas de uma obra em particular
- do quanto revelador é o teu sistema de som

Para mim os da Music Matters são simplesmente dos melhores discos de vinyl que já se fizeram até hoje, mas têm o seu preço como tudo o que é bom!

A boa noticia é que os music matters têm grandes probabilidades de vir a valorizar muito no futuro no mercado de usados,
desde que bem estimados pelo dono, vão ser sempre um bom investimento e serão sempre dinheiro em caixa.

Quanto mais tu fores evoluindo no teu sistema de som, melhor os music matters vão tocar, vão dar sempre mais e mais...
Ao contrário dos baratos a 33rpm que nessa altura começam a mostrar as suas limitações...

Eu acho que os baratos da Blue Note a 33rpm são bons para o preço que custam, principalmente se a pessoa não quiser gastar muito dinheiro, nem gostar assim tanto da obra que justifique gastar muito dinheiro por um Music Matters.

No entanto o som e as capas dos Music Matters são do melhor... e nota-se a diferença no som em qualquer sistema, mas quanto melhor o sistema mais se nota.

Os Blue Notes da Analogue Productions é que acho que não valem a pena, apesar de gostar muito das últimas reedições da Analogue Productions que são muitas delas fabulosas, não gosto dessa série da Blue Note que eles fizeram, nem do som nem das capas...

Apesar dos Analogue Productions custarem o mesmo que os Music Matters nos estados unidos ($50).
Eu conseguia vender os Blue Note duplos a 45rpm da Analogue Productions a 59€ PVP se quisesse, pois arranjava-os mais baratos, mas não gosto desses e por isso não os quero vender, prefiro vender os Blue Note duplos a 45rpm da Music Matters por 69€ PVP, pois arranjo-os mais caros, mas gosto deles e acredito neles, penso que isto diz tudo!!!

Mas atenção que a Analogue Productions tem coisas fabulosas, nomeadamente a série de duplos a 45rpm da VERVE que eles estão a fazer (entre muitos outros), mas nesses casos o som está de acordo com a alma da obra.

Na minha opinião em relação a Blue Notes é Music Matters ou então os Japoneses da TOSHIBA-EMI ou da KING em segunda mão ou então os baratos da Blue Note a 33rpm, dependendo das bolsas de cada um...

Agora quem já teve experiência com estes discos que fale, da minha parte acho que já disse tudo.

Obrigado pela informação.

A meu único receio é que, como tenho um sistema muito humilde, o investimento pode não se justificar... mas se o som for bom, é uma investimento a longo prazo.
Embora seja admirador da fase pós Love Supreme, considero o Blue Train um disco de referência, e para esse, era homem para desembolsar uns euros a mais.

Vou estudar o mercado de usados Japoneses e as edições de 45rmp.

Carlos Dias escreveu:

Obrigado pela informação.

A meu único receio é que, como tenho um sistema muito humilde, o investimento pode não se justificar... mas se o som for bom, é uma investimento a longo prazo.
Embora seja admirador da fase pós Love Supreme, considero o Blue Train um disco de referência, e para esse, era homem para desembolsar uns euros a mais.

Vou estudar o mercado de usados Japoneses e as edições de 45rmp.

Se a tua agulha estiver em bom estado, nessa altura não estragas os discos e vais sempre ouvi-los melhor, à medida que o teu sistema for melhorando.

Em relação ao Blue Train foi um dos que foi feito a 45rpm pela Analogue Productions, que eu acho que não vale muito a pena, mas isso é a minha opinião pessoal.

Como já tens alguns da Blue note normais baratos a 33rpm, podes explorar os TOSHIBA-EMI japoneses usados a 33rpm para veres a diferença (que para mim são melhores que os da KING também Japoneses), depois quem sabe um dia experimentares um Music Matters e aqui não pode ser o Blue Train do Coltrane porque não vai ser reeditado por eles, mas pode ser um do Wayne Shorter ou um do Herbie Hancock por exemplo que deves gostar também...

É preciso é calma...

Abraço,
Jorge

Maravilhoso. Grande som, desta edição Mono. Para quem pensa que só o estéreo é que soa bem....
E também serve para os que podem pensar que em 1955 não se faziam boas gravações. É que esta está ao nível do melhor.


Thelonious Monk & Gigi Gryce - Nica's Tempo (CBS/Realm, 1955)

Participam neste disco para além dos dois mencionados, Horace Silver, Art Framer, Art Blakey, Jimmy Cleveland, Cecil Payne, Kenny Clark, Oscar Pettiford, Percy Heath.

Jorge Ferreira escreveu:

Carlos Dias escreveu:

Obrigado pela informação.

A meu único receio é que, como tenho um sistema muito humilde, o investimento pode não se justificar... mas se o som for bom, é uma investimento a longo prazo.
Embora seja admirador da fase pós Love Supreme, considero o Blue Train um disco de referência, e para esse, era homem para desembolsar uns euros a mais.

Vou estudar o mercado de usados Japoneses e as edições de 45rmp.

Se a tua agulha estiver em bom estado, nessa altura não estragas os discos e vais sempre ouvi-los melhor, à medida que o teu sistema for melhorando.

Em relação ao Blue Train foi um dos que foi feito a 45rpm pela Analogue Productions, que eu acho que não vale muito a pena, mas isso é a minha opinião pessoal.

Como já tens alguns da Blue note normais baratos a 33rpm, podes explorar os TOSHIBA-EMI japoneses usados a 33rpm para veres a diferença (que para mim são melhores que os da KING também Japoneses), depois quem sabe um dia experimentares um Music Matters e aqui não pode ser o Blue Train do Coltrane porque não vai ser reeditado por eles, mas pode ser um do Wayne Shorter ou um do Herbie Hancock por exemplo que deves gostar também...

É preciso é calma...

Abraço,
Jorge

Sendo assim as alternativas para o Blue Train passam por:
1º Analogue Production
2º Toshiba EMI (anos 70, ou mais recentes)
3º King Recordings

Qual a que consideras melhor?

Carlos Dias escreveu:

Sendo assim as alternativas para o Blue Train passam por:
1º Analogue Production
2º Toshiba EMI (anos 70, ou mais recentes)
3º King Recordings

Qual a que consideras melhor?

Se conseguires arranjar um da Toshiba, é qualidade garantida, mas os da Analogue Production costumam de ser uma maravilha.

Entretanto encontrei este link interessante sobre as diversas edições da Blue Note made in Japan: http://londonjazzcollector.wordpress.com/record-labels-guide/japanese-pressings/

Carlos Dias escreveu:

Entretanto encontrei este link interessante sobre as diversas edições da Blue Note made in Japan: http://londonjazzcollector.wordpress.com/record-labels-guide/japanese-pressings/

Também tinha colocado aqui no forum estes links à uns tempos:
http://microgroove.jp/bluenote-jpn/1968-1977.html
http://microgroove.jp/bluenote-jpn/1977-1983.html
http://microgroove.jp/bluenote-jpn/1983-1988.html
http://microgroove.jp/bluenote-jpn/1989-now.html

Eu pessoalmente prefiro o som dos TOSHIBA-EMI em relação aos da KING, pois já tive alguns titulos iguais das duas editoras e comparei na altura, tendo preferido sempre o som dos TOSHIBA-EMI.

Nessas comparações achei sempre o som dos KING mais baço e menos definido, e o som dos TOSHIBA-EMI mais transparente, mais correcto e mais definido.

Tendo em conta isto que acabei de dizer, a TOSHIBA-EMI reeditou o Blue Train em :
single a 45rpm com apenas parte do album
- 1968 (NP-2014)

LP's a 33rpm
- 1976/77 (LNJ-80067)
- 1984 (BLP-1577)
- 1994 (BN-1577)
- 1998 e 2008 (TOJJ-6505)

Os mais antigos são os que valem mais a pena tentar arranjar, pois os que foram feitos a partir dos anos 90 já devem ter sido feitos a partir de masters digitais (pelo menos o TOJJ-6505 tenho a certeza que foi).

Eu tentava arranjar primeiro que tudo o de 1976/77 (LNJ-80067) e em último caso o de 1984 (BLP-1577), pois estes dois devem ter sido feitos a partir das masters analógicas (pelo menos o LNJ-80067 tenho a certeza que foi).

Se conseguires arranjar um TOSHIBA-EMI com o OBI (tira de papel em volta da capa que é tipica dos LP's Japoneses) e o insert (folha de papel com caracteres japoneses) é mais valioso com estas duas coisas, pois sem essa tira (OBI) ou sem o insert, perde valor no mercado de usados.

No Ebay está um desses de 1976/77 (LNJ-80067) cujo disco está em excelente estado (segundo o vendedor), apesar de a capa ter alguns danos, tem o insert mas não tem o OBI :

http://www.ebay.co.uk/itm/John-Coltrane-Blue-Train-Japan-Blue-Note-LP-Toshiba-LNJ-80067-Insert-/330809207704?pt=UK_Records&hash=item4d05c3eb98#ht_2274wt_1188


A Classic Records também fez o Blue Train em LP a 33rpm (fez uma reedição mono e outra stereo).

Também reeditou em 4 LP's em vinyl preto prensados só de um lado a 45rpm.

Mais tarde fez mais duas reedições em caixas vermelhas com 4 LP's prensados só de um lado a 45rpm em clarity vinyl (uma caixa mono BNC 1577-45 e outra stereo BST 1577-45).

Em relação a estes Classic Records aconselho os stereo, pois os mono que a classic records fez precisam mesmo de uma célula mono para dar o seu melhor.

Destes a caixa vermelha Stereo a 45rpm é o melhor (para quem tem células stereo), foram feitos a partir das master tapes analógicas e remisturados pelo bernie grundman, é um dos melhores Blue Train feitos até hoje, possivelmente melhor que o melhor da TOSHIBA-EMI, mas a caixa é mesmo muito cara, e a caixa stereo não se arranja fácilmente, normalmente as que se arranja são as caixas mono.

A acousticsounds, que foi quem comprou a classic records e ainda tem alguns discos selados de fábrica da classic records em stock, vende a caixa mono por $150 (se ainda tivessem a caixa stereo essa seria ainda ligeiramente mais cara hoje em dia):

http://store.acousticsounds.com/d/54625/John_Coltrane-Blue_Train-45_RPM_Vinyl_Record

Por acaso está à venda no Ebay uma caixa dessas vermelhas em que não há dúvidas que é a stereo (como se pode ver na foto da lombada com a referência BST 1577-45) :

http://www.ebay.co.uk/itm/L-K-John-Coltrane-Blue-Train-45-RPM-Box-Set-/370665142172?pt=Music_on_Vinyl&hash=item564d5d379c#ht_916wt_1188


Em relação à reedição em duplo a 45rpm da Analogue Productions, embora os discos da Analogue Productions sejam quase todos fabulosos (principalmente os últimos que eles estão a fazer), mas eu não gosto muito do som dos Blue Notes que eles fizeram, é um som demasiado meloso e demasiado audiófilo para Blue Notes, retira-lhes a alma e a essência das obras...


Quem quer mesmo o Blue Train com o melhor som de todos e sem olhar a custos, aconselho a caixa vermelha Stereo BST 1577-45 da Classic Records.

Mas para quem, além da qualidade de som, também se tem de preocupar sériamente com os Euros que não abundam, aconselho um TOSHIBA-EMI dos mais antigos que já referi (LNJ-80067) que já é fabuloso e se consegue por uma fração do preço da caixa.

E depois também é preciso ter paciência para trocar 4 discos para ouvir apenas um Album, e existem pessoas que não têm, nesse caso os LP's simples a 33rpm da TOSHIBA-EMI ou mesmo o LP simples a 33rpm Stereo da Classic records são uma opção mais cómoda que implicam menos séries de levantamentos do rabo do sofá...


Abraço,
Jorge Ferreira

No seguimento das minha pesquisa pelas edições Blue Note encontrei esta, para a qual não encontro qualquer informação:

http://www.ebay.co.uk/itm/350560814230?ssPageName=STRK:MEWAX:IT&_trksid=p3984.m1423.l2649

Já agora o que é "Direct Metal Mastered"?

Carlos Dias escreveu:

Já agora o que é "Direct Metal Mastered"?

The cutting lathe for DMM engraves the audio signal directly onto a copper-plated master disc, instead of engraving the groove into a lacquer-coated aluminum disc

en.wikipedia.org/wiki/Direct_Metal_Mastering

http://totalsonicmastering.com/dmm.htm

Obrigado pela dica.
Pelo que li a tecnologia DMM não é grande coisa. Alguém tem LPs deste tipo? Qual a vossa opinião?

Carlos Dias escreveu:

Obrigado pela dica.
Pelo que li a tecnologia DMM não é grande coisa. Alguém tem LPs deste tipo? Qual a vossa opinião?

Tenho bastantes e muitos são excelentes. Para além disso, duas gravações da mesma obra, uma em DMM e outra com o corte no lacquer, o .DMM ocupa muito menos espaço no disco, Para além disso, existe muito menos cross-talk.

António José da Silva escreveu:

Carlos Dias escreveu:

Obrigado pela dica.
Pelo que li a tecnologia DMM não é grande coisa. Alguém tem LPs deste tipo? Qual a vossa opinião?

Tenho bastantes e muitos são excelentes. Para além disso, duas gravações da mesma obra, uma em DMM e outra com o corte no lacquer, o .DMM ocupa muito menos espaço no disco, Para além disso, existe muito menos cross-talk.

Eu também já tive alguns mas já me consegui ver livre de todos

O facto de as espiras serem menos largas deve explicar o porquê de terem poucos graves, um som "fininho" sem corpo e uma certa preponderância para os agudos.

Há quem goste desse tipo de som e até pode funcionar bem em algumas obras e em alguns sistemas de som, e depois também depende da qualidade da editora que os faz.

O melhor DMM que já ouvi até hoje era do António, um disco da Stockfisch Records que sem dúvida nota-se que tem qualidade, no entanto não gostei do som, pois sinto que padece dos mesmos males que referi anteriormente embora de forma muito menos acentuada.

Mas isto é apenas a minha opinião e gosto pessoal.

Esta gente sabe disto que é um abuso...

Voltando ao Blue Train.
No Discogs fazem referência a seguinte edição (LP+CD): http://www.discogs.com/John-Coltrane-Blue-Train/release/1863008

Segundo o que está lá tratasse de uma edição "Mastered from the analog masters", pelo Ron McMaster. Confirmam?

Carlos Dias escreveu:

Voltando ao Blue Train.
No Discogs fazem referência a seguinte edição (LP+CD): http://www.discogs.com/John-Coltrane-Blue-Train/release/1863008
Segundo o que está lá tratasse de uma edição "Mastered from the analog masters", pelo Ron McMaster. Confirmam?

Essa é a reedição barata a 33rpm que a própria Blue Note faz hoje em dia e que traz o CD,
não acredito que seja remisturada a partir das masters analógicas, mas isso sou eu que já não acredito no Pai Natal...

Se quer o barato, consegue ainda arranjar a reedição americana anterior a essa também da blue note a 33rpm, que não traz o CD, e por isso é ainda mais barata e o som deve ser mais ou menos a mesma coisa...pelo menos é uma reedição honesta e sem falsas pretenções, feita a partir de masters digitais de qualidade profissional, o som não sendo o supra sumo da barbatana, também não é mau...

Quanto a mim, o que é mesmo de evitar são as reedições baratas desse titulo que se fazem hoje em dia na Europa pela Waxtime, Not Now, DOL e Amazing Jazz, pois ao que tudo indica são todas feitas a partir de CD's (por muitos autocolantes que metam nas capas a dizer que são 180g e DMM).

Se quiser o bom, então arranje uma reedição japonesa usada em bom estado a 33rpm da KING Records ou da TOSHIBA.

E se quiser ainda melhor (mas também mais caro) tente arranjar uma reedição audiófila da Classic Records a 33rpm ou as que eles fizeram a 45rpm, ambas remisturadas pelo Bernie Grundman, ou então a da Analogue Productions a 45rpm remisturada pelo Kevin Gray e Steve Hoffman.

Depois de tudo o que eu escrevi aqui em 13 de Outubro acerca das melhores reedições do Blue Train, parece que desse meu esforço continua a não surtir qualquer efeito


Abraço,
Jorge Ferreira

Jorge Ferreira escreveu:

Depois de tudo o que eu escrevi aqui em 13 de Outubro acerca das melhores reedições do Blue Train, parece que desse meu esforço continua a não surtir qualquer efeito


Abraço,
Jorge Ferreira

Como se costuma de dizer, "trabalha malandro".

Agradeço toda a ajuda dada e já tenho uma noção clara sobre as edições Blue Note existentes. Não pretendo ser maçador, nem abusar da boa vontade dos elementos do forum.
Apenas voltei à carga porque vi esta edição, que segundo o site, tem como base as masters originais e gostaria de confirmar se era mesmo assim, ou se alguém tinha uma cópia.

Tenho algumas discos da Blue Note com as tais edições baratas e confirmo que o som não é mau, mas comparando com esta existe uma diferença. A label no disco inclui o (R), debaixo do "Note", enquanto que as mais recentes não. Bom, vale o que vale, mas pelo menos parecem ser edições oficiais: http://www.discogs.com/viewimages?release=1863008

Carlos Dias escreveu:

Agradeço toda a ajuda dada e já tenho uma noção clara sobre as edições Blue Note existentes. Não pretendo ser maçador, nem abusar da boa vontade dos elementos do forum.
Apenas voltei à carga porque vi esta edição, que segundo o site, tem como base as masters originais e gostaria de confirmar se era mesmo assim, ou se alguém tinha uma cópia.

Tenho alguns discos da Blue Note com as tais edições baratas e confirmo que o som não é mau, mas comparando com esta existe uma diferença. A label no disco inclui o (R), debaixo do "Note", enquanto que as mais recentes não. Bom, vale o que vale, mas pelo menos parecem ser edições oficiais: http://www.discogs.com/viewimages?release=1863008

Sim, pelo menos é uma reedição oficial da própria Blue Note.

Mas aposto que não usaram as masters analógicas para fazer directamente essa reedição,
podem é ter usado as masters analógicas anteriormente para transferir para cópias digitais de qualidade profissional,
que usaram agora para fazer essa reedição, nisso sim eu já acredito...

A Blue Note agora pertence ao grupo da Universal e estes grupos multinacionais enormes o que querem é o lucro, eles querem lá saber da qualidade de som e de usar os masters analógicos... a única garantia que nos dão é mesmo a de terem o máximo de lucro e um som simplesmente razoável, mas não mais do que isso.

Sinceramente eu acho que para quem quer o mais barato (menos de 20€), as reedições Americanas anteriores a essa (que não trazem o CD) são as que valem mais a pena pois são bastante mais baratas e o som não é mau...

Depois dentro do mais barato no mercado de usados os Blue Note Franceses com OBI (tira de papel na capa) da série Rouge, são também bastante razoáveis e frequentemente baratos.

Um pouco mais acima no preço (20 e poucos euros), ou seja, para o mesmo nível de preço das reedições da própria Blue Note que trazem o CD (com ou sem marca registada por debaixo do "Note" ), existe uma editora que faz Blue Notes bem melhores do que esses.

Trata-se da editora Francesa "Heavenly Sweetness" criada em 2007 por Franck Descollonges um ex-empregado da Virgin Music Francesa e por Antoine Rajon que foi director artistico da Editora Isma.

Mas infelizmente a Heavenly Sweetness ainda não fez o "Blue Train", mas já fizeram uma duzia de titulos diferentes. Os discos deles penso serem feitos na Holanda mas têm muito bom som, eles devem usar cópias digitais de qualidade profissional da própria Blue Note para fazer o remastering para vinyl (apesar de também dizerem que usam as masters analógicas, mas isso está completamente fora de questão, não acreditem nisso neste nivel de preços), mas o que é facto é que o som é muito bom, as capas também e o vinyl de 180g também parece ter bastante qualidade.

Eles fazem reedições mais ou menos limitadas que estão disponíveis apenas por algum tempo.

Há cerca de quase um ano atrás foi o AJS é que me apresentou um disco fabuloso feito por esta editora, disco que infelizmente já não se consegue arranjar neste momento, era o "Katanga" do Curtis Amy.

Os nossos foristas Ulrich e MisterW também podem aferir da qualidade desta editora, pois penso que têm ambos o Blue Note feito por esta editora "Evolution" do Gracham Moncur III, que infelizmente também já não se consegue arranjar.

Estas reedições da Heavenly Sweetness são as que eu aconselho para quem quer titulos da Blue Note feitos hoje em dia novos que tenham já um som muito bom, sem gastarem muito dinheiro, desde que eles tenham feito esse título que se pretende...

Ligeiramente acima destes preços mas no mercado de usados temos os tais Blue Note's da KING e TOSHIBA Japoneses.

Depois os melhores Blue Notes, mas também muito mais caros, da Classic Records, Analogue Productions e Music Matters.


Um Abraço Amigo Carlos,

Jorge Ferreira

Obrigado pela dica da "Heavenly Sweetness", realmente desconhecia. Fiz umas pesquisas e vim parar aqui: http://robertmusic.blogspot.pt/2011/02/heavenly-sweetness-blue-note-vinyl-sam.html

Um dos comentário refere:

Código:

Heavenly Sweetness Blue Note LP's are analog sourced. Now...today, analog sourced does not necessarily mean all the way through to the cutting head - there is often a last digital step there. And...being analog sourced does not necessarily mean that the lacquers were cut ditectly from the analog tape, often, a 24 bit copy of the analog master is sent for vinyl mastering

Carlos Dias escreveu:

Obrigado pela dica da "Heavenly Sweetness", realmente desconhecia. Fiz umas pesquisas e vim parar aqui: http://robertmusic.blogspot.pt/2011/02/heavenly-sweetness-blue-note-vinyl-sam.html

Um dos comentário refere:

Código:

Heavenly Sweetness Blue Note LP's are analog sourced. Now...today, analog sourced does not necessarily mean all the way through to the cutting head - there is often a last digital step there. And...being analog sourced does not necessarily mean that the lacquers were cut ditectly from the analog tape, often, a 24 bit copy of the analog master is sent for vinyl mastering

Pois exactamente,
a Blue Note fornece cópias digitais de alta qualidade profissional e depois é feito um bom trabalho de remastering a partir disso.

Milagres não há, ou acham que uma editora diferente da própria Blue Note ia usar Masters Analógicas Originais da Blue Note e vender os discos apenas a 20 e poucos euros cada um ?

Então e quem é que pagava o aluguer das tapes e o seguro das tapes ?

Eu também já ouvi mais alguns destes Blue Notes que sairam agora à poucos dias também da Heavenly Sweetness, o Grant Green "The Matador", o Herbie Hancock "Takin' Off" e o Lee Morgan "Search For The New Land", e são todos muito bons para o preço sem dúvida.

Mas os melhores Blue Notes são os Music Matters sem dúvida,
seguidos dos Analogue Productions e Classic Records, o problema é o preço...


Abraço,
Jorge