Histórias do mundo do Jazz

Steve Cohen recebeu um telefonema da Luellen Abdoo,
ela disse-lhe que iriam tocar nessa mesma tarde num concerto ao ar livre,
e que iriam incluir 5 temas famosos em que ele tinha feito novos arranjos para eles.

Ele foi ao concerto e gostou tanto que ligou à mulher dele do telemóvel a contar,
ela queria saber quais tinham sido os temas e ele começou a dizer os temas :
"April in Paris", "Begin the Beguine", "Bethena", "Ragtime Nightingale" e…e...e...

Não se conseguia lembrar do 5º tema, desligou a chamada e continuou a andar...a matutar...a tentar lembrar-se...

Sabem como é ?
quando temos uma coisa na ponta da lingua, mas não nos conseguimos lembrar, é lixado não é ?

Então ele tentou, tentou... até que passado 10 minutos de tanto pensar ele lembrou-se finalmente do 5º tema :

"Unforgettable."


Abraços,
Jorge Ferreira

Quando Lloyd Wells chegou pela primeira vez a Nova Iorque,
Estava a precisar desesperadamente de trabalho.

Um amigo guitarrista que estava a tocar num espectáculo da Broadway deu-lhe a hipótese de o substituir.

Lloyd sentou-se no palco uma noite e viu bem a sua pauta, na noite seguinte foi então tocar.

A cadeira dele estava mesmo à frente do percussionista Johnny Perilli.

Quando o espectáculo estava quase a acabar, Perilli deu um palmadão nas costas de Lloyd com a mão direita aberta entre as omoplatas.

Chocado, Lloyd continuou a tocar a música final, enquanto a música estava no clímax.

Quando a orquestra terminou de tocar, ele virou-se para Perilli, indignado e gritou "Porque raio é que tu fizeste aquilo?”

John Perilli sorriu e disse-lhe "Porque tu tocas melhor do que o tipo que estás a substituir”

Esse foi o início de uma grande amizade que durou uma vida.


Abraços,
Jorge Ferreira

O Trombonista de Jazz Jimmy Knepper disse um dia :

"É melhor ser procurado pela polícia do que não ser procurado por ninguém."



Abraços,
Jorge Ferreira

Billy Exiner foi baterista de Claude Thornhill, durante a década de 1940.

Houve uma altura em que Billy Exiner não estava no seu melhor em termos de saúde,
era frequente deixar-se dormir em palco por breves instantes principalmente nas baladas mais lentas,
mas as suas mãos e pés continuavam a tocar bateria.

Uma vez, quando uma música terminou, Billy continuou a tocar bateria enquanto dormia.
Claude esperou alguns segundos, e depois começou outra balada com o mesmo ritmo,
mesmo assim Billy só acordou na outra música a seguir.



Abraços,
Jorge Ferreira

Jorge Ferreira escreveu:

Billy Exiner foi baterista de Claude Thornhill, durante a década de 1940.

Houve uma altura em que Billy Exiner não estava no seu melhor em termos de saúde,
era frequente deixar-se dormir em palco por breves instantes principalmente nas baladas mais lentas,
mas as suas mãos e pés continuavam a tocar bateria.

Uma vez, quando uma música terminou, Billy continuou a tocar bateria enquanto dormia.
Claude esperou alguns segundos, e depois começou outra balada com o mesmo ritmo,
mesmo assim Billy só acordou na outra música a seguir.



Abraços,
Jorge Ferreira

Uma verdadeira, Rhythm Machine.

António José da Silva escreveu:

Jorge Ferreira escreveu:

Billy Exiner foi baterista de Claude Thornhill, durante a década de 1940.

Houve uma altura em que Billy Exiner não estava no seu melhor em termos de saúde,
era frequente deixar-se dormir em palco por breves instantes principalmente nas baladas mais lentas,
mas as suas mãos e pés continuavam a tocar bateria.

Uma vez, quando uma música terminou, Billy continuou a tocar bateria enquanto dormia.
Claude esperou alguns segundos, e depois começou outra balada com o mesmo ritmo,
mesmo assim Billy só acordou na outra música a seguir.



Abraços,
Jorge Ferreira

Uma verdadeira, Rhythm Machine.

Já me escangalhei todo....

Milton escreveu:

Já me escangalhei todo....

Uma história verdadeira ao que parece, contada pelo baixista Bill Crow.

Não é uma história de jazz, é mais prog rock nacional, mas andava à procura de umas 'cenas' do Cid e encontrei esta bela história!

José Cid na 1ª pessoa:
"O meu primeiro disco a solo foi em 1971. Quando apareceram as máquinas de oito pistas eu comecei logo a utilizá-las e fiz um álbum sozinho. Mas mesmo sozinho. Toquei os instrumentos todos, fiz os coros, tudo. Quando já estava pronto, na Valentim de Carvalho, o Pedro Osório ouviu o trabalho e disse-me: quero meter uma orquestra nisso.Inclui poemas de Jorge Amado e Natália Correia e um tema de Gilberto Gil.

Estava nas arcadas do Estoril e encontrei o Gilberto Gil, o Caetano Veloso e a Maria Bethânia, mas ela era miúda, ainda nem sequer cantava. Falámos de música e convidei-os a irem à garagem onde o Quarteto 1111 gravava. Estivemos lá, depois fomos para uma jantarada e o Gilberto Gil ofereceu-me dois temas, o "Volkswagen Blue", que entrou mais tarde no meu disco a solo e "Porto de Galinhas", um tema que acabei por perder.

O ano passado ele veio cantar à Coimbra Capital da Cultura. Trouxe uma banda fabulosa. No final, ficou tudo para o beija-mão e eu deixei-me estar até ser o último. O Gilberto Gil perguntou-me se eu era músico. Respondi-lhe cantando o "Volkswagen Blue". Ele sorriu e abraçou-me. Lembrava-se do tema e do nosso encontro nas arcadas do Estoril."

Bem um tipo ausenta-se duas semanas e depois leva com estas fabulosas "histórias". Muito bom este tópico, aqui aprende-se

Vinil escreveu:

Bem um tipo ausenta-se duas semanas......

Toma que já almoçastes.

chicosta escreveu:

Não é uma história de jazz, é mais prog rock nacional, mas andava à procura de umas 'cenas' do Cid e encontrei esta bela história!

José Cid na 1ª pessoa:
"O meu primeiro disco a solo foi em 1971. Quando apareceram as máquinas de oito pistas eu comecei logo a utilizá-las e fiz um álbum sozinho. Mas mesmo sozinho. Toquei os instrumentos todos, fiz os coros, tudo. Quando já estava pronto, na Valentim de Carvalho, o Pedro Osório ouviu o trabalho e disse-me: quero meter uma orquestra nisso.Inclui poemas de Jorge Amado e Natália Correia e um tema de Gilberto Gil.

Estava nas arcadas do Estoril e encontrei o Gilberto Gil, o Caetano Veloso e a Maria Bethânia, mas ela era miúda, ainda nem sequer cantava. Falámos de música e convidei-os a irem à garagem onde o Quarteto 1111 gravava. Estivemos lá, depois fomos para uma jantarada e o Gilberto Gil ofereceu-me dois temas, o "Volkswagen Blue", que entrou mais tarde no meu disco a solo e "Porto de Galinhas", um tema que acabei por perder.

O ano passado ele veio cantar à Coimbra Capital da Cultura. Trouxe uma banda fabulosa. No final, ficou tudo para o beija-mão e eu deixei-me estar até ser o último. O Gilberto Gil perguntou-me se eu era músico. Respondi-lhe cantando o "Volkswagen Blue". Ele sorriu e abraçou-me. Lembrava-se do tema e do nosso encontro nas arcadas do Estoril."

Não é de Jazz mas é uma boa história

O trombonista Lloyd Ulyate :

"Quando era mais novo, conseguia ver as notas, mas não conseguia tocá-las. Agora consigo tocar as notas, mas não consigo vê-las."



Abraços,
Jorge Ferreira

Jorge Ferreira escreveu:

O trombonista Lloyd Ulyate :

"Quando era mais novo, conseguia ver as notas, mas não conseguia tocá-las. Agora eu consigo tocar as notas, mas não consigo vê-las."



Abraços,
Jorge Ferreira

É a vida.

António José da Silva escreveu:

Jorge Ferreira escreveu:

O trombonista Lloyd Ulyate :

"Quando era mais novo, conseguia ver as notas, mas não conseguia tocá-las. Agora eu consigo tocar as notas, mas não consigo vê-las."



Abraços,
Jorge Ferreira

É a vida.