O meu inicio de colecção

Bons dias camaradas analogicos

Embora ainda não tenha o meu gira no seu devido estado, pois ainda tenho cabeça e agulha para mudar para além de uma aquisição de colunas (mas isso ficará para quando me mudar para a minha próxima residência, o que não falta muito) vou deixar aqui neste tópico as minhas mais recentes aquisições (vinilicamente falando)

Portanto aqui vai.


Á umas duas semanas atrás proveitando as promos da fnac adquiri estes dois exemplares:
Louis Armstrong meets Oscar Peterson
e
Sinatra's Swingin' Session!!!




E hoje chegou este, vindo directamente da letónia que me foi vendido como edição russa
Queen - Bohemian Rhapsody


Sabem alguma coisa sobre este LP dos Queen?

É assim mesmo.

Mas não deve de ser fácil estar a olhar para eles sem os por a rodar.

sim lá isso é verdade. não está a ser fácil olhar para eles, por isso é que assim que chegam a casa os escondo para não ficar triste a olhar para eles

Já não falta muito (espero eu)... até lá vou acumulando para depois ter uma biblioteca razoavel

valve escreveu:

... até lá vou acumulando para depois ter uma biblioteca razoavel

E podes aproveitar o tempo para os ir lavando.

agora fiquei intrigado...
porque os devo ir lavando?

valve escreveu:

agora fiquei intrigado...
porque os devo ir lavando?

Porque os discos têm que ser lavados para estarem no seu melhor. Para ficarem realmente lavados e anti-estáticos.

Boas,

Saudações audiofilas,

É isso mesmo valve , dar um banhinho para que o 1º encontro com agulha/célula cause boa impressão

Vai pensando em adquirir umas capinhas antistatica para a bolacha e umas capinhas exteriores para as capas (isso sai-te baratucho)

Força nisso

Cumprimentos
Bruno Ribeiro

Muito agradecido pelas dicas, vou tomar atenção a isso tudo.

Já agora já alguém viu ou ouviu "falar" naquela edição do LP dos Queen?
É uma edição russa mas na capa não tem grandes informações.

A unica coisa que consegui encontrar é que era uma edição que foi feita só para a Russia Letónia e mais um ou dois países...

aqui vai mais um para se juntar aos amigos.

Michael Jackson plus The Jackson 5 - 18 Greatest Hits

Para alguns desses discos, ainda bem que o gira ainda não está operacional, tocam melhor assim fechadinhos dentro das capas... Wax Time?

ViciAudio escreveu:

Para alguns desses discos, ainda bem que o gira ainda não está operacional, tocam melhor assim fechadinhos dentro das capas... Wax Time?

Eu também tenho meia dúzia dessa editora e até se ouvem bem, mas não são edições audiófilas pretensiosas e caras a condizer....
Esta editora faz o que outras também fazem, que é alavancarem-se no saudosismo e revivalismo dos incautos que despreocupadamente escolhem um suporte de que gostam para ouvirem Musica nos seus aparelhos de media gama que não distinguem as edições normais das audiófilas....e fazem muito bem !

Cada um tem a liberdade de fazer o que bem entende, mas eu tento sempre contribuir para que o façam de forma informada. Infelizmente há muitas pessoas que compram "daquilo" pensando que estão a comprar vinil de boa ou mesmo de excelente qualidade... quando o que realmente acontece é o oposto

É por isso que, sempre que posso, não deixo de avisar as pessoas, porque o dinheiro não cai do céu, a gastá-lo que seja feito com plena consciência do que está a comprar. Eu pessoalmente sempre acreditei que vale mais a pena gastar o mesmo num disco bom, do que em 3 ou 4 discos maus. É que o disco bom, tem valor, e vai sempre ser bom... os discos maus não valem nada e nunca serão mais do que discos maus. Qual é o dinheiro bem gasto?

Não é preciso comprar vinil audiófilo ou especial de corrida para se ter uma boa experiência com este formato, há muito vinil "banal" que vale o que custa e tem qualidade fantástica. Mas estas editoras como a Wax Time, Vinyl Lovers, Vinyl Passion, Vinyl 180, Wax não-sei-quê, DOL, e outros nomes amorosos e cheios de Wax hehehehhe não se enquadram nem sequer na categoria do vinil normal, nem do vinil banal... isto é mesmo o refugo, o mau do mau, o que obedece a padrões técnicos e até éticos (em termos do regime profissional e comercial em que operam) que são do mais rasteirinho que existe.

Nada representa melhor a "moda do vinil" desinformada e sem sentido do que estes pseudo-discos destas pseudo-editoras (que funcionam como uma espécie de empresas de fotocópias de pinturas falsas), e quem gosta de vinil devia sempre contribuir para elevar os standards de qualidade e eliminar as pedras que tanto têm feito abrandar e por vezes até parar a engrenagem desta espectacular evolução que o vinil tem feito nos últimos 10 anos.

Estas editoras não se limitam a navegar as ondas do vinyl revival... muitas delas começaram a sua actividade a fazer exactamente o mesmo nos CD's, lançando material que escapa à malha dos direitos de autor na Europa, usurpando o trabalho de outros, desrespeitando artistas ou seus descendentes/fundações ignorando os seus direitos, e desrespeitando os consumidores por trazerem a público produções que não se enquadram nos standards de qualidade mínimos e generalizados da indústria.

Por todos os motivos e mais alguns, comprar isto é alimentar um movimento que não respeita nada, que não tem valor, e que em última análise vai contribuir para nivelar por baixo os standards gerais e legítimos. Principalmente... é deitar dinheiro ao lixo! Stop the madness

Até tens razão Sérgio. Não ta tiro, de todo...

Mas dou-te um exemplo, e já adquiro vinil há mais tempo que tu (só porque sou mais velho), mas sem querer dizer que o adquiro com a máxima qualidade. Os €€€ contam para boa e muita gente, eu incluído!
Já é a 3ª vez que refiro este disco...

Que achas de comprar este vinil, digamos... near mint ou very goog e original ao valor pedido e estratósférico inerente e comprá-lo só para o ouvir uma ou duas ou mesmo três vezes, ou só para o ter, por cerca de EUR 25.00 já com portes incluídos. Eu preferi sem hesitar a 2ª hipótese, ouvi-o, arrumei-o, e estou contente por também ter os 10000 anos. Se calhar, se não houver mais tarde uma reedição dita audiófila de 456 gramas, remasterizada pelo xpto, ainda ficarei mais contente!

Ferpina escreveu:

Já há tanto tempo que não fazia uma comprinha...  

Encomendei sexta-feira passada e chegou hoje...  



Quem não pode/quer ter a edição original (€€€€€), tem a tirada do CD, que até traz uma faixa bónus

Ok, são casos muito especiais em que as alternativas são demasiado caras e em que existe uma ligação afectiva profunda com a música e com a capa da edição original etc etc... eu compreendo isso, e acima de tudo compreendo quando quem compra sabe exactamente o que está a comprar, como é o caso.

Para mim o mais importante é isso, é que as pessoas menos informadas e que andam nisto há menos tempo, conheçam mais sobre o vinil e sobre o mundo do audio em geral

Depois, estando bem informados, as escolhas de cada um são obviamente de respeitar.

Digo sempre que não me meto mais nestas "discussões" do que é melhor e pior no mundo do vinil, porque gostos não se discutem. No entanto, na minha opinião, todas as missivas são válidas e com fundamento, mas deixo várias questões no ar:

Qual foi o momento das nossas vidas em que a música teve mais impacto?

Provavelmente foi quando éramos miúdos sedentos de descoberta e em que tudo era novidade, em que tínhamos tempo e poucos discos para apreciar realmente cada segundo de música absorvida.

Nessa altura quais eram os equipamentos utilizados?

Decerto o mais básico da altura a não ser que os nossos pais também tivessem um gosto pela audiofilia.

Será que é assim tão importante na actualidade uma prensagem xpto de 40 e 50 euros ou um arsenal de reprodução para ouvir esses discos de algumas dezenas de euros?

No meu caso como me considero um melómano, não faz qualquer sentido gastar esse dinheiro, pois o que me motiva é a descoberta de novas bandas e sons dentro de todos os géneros musicais existentes, tirando destes a minha opinião pessoal do que é bom e mau.

Como não compro discos a pensar no seu valor comercial no futuro (mas sim pelo seu conteúdo e o gozo que me irão dar) e como tenho um sistema que me deixa quase satisfeito, essas edições da wax, dol etc... têm sido (e vão continuar a ser) um excelente veículo para desvendar o mundo do Jazz.

Se têm um mau som? Não acho que a diferença seja assim abismal comparadas com outras edições e sobretudo com os originais dos quais adquiri alguns e são uma sorte estarem minimamente audíveis depois de tantos anos.

Este foi dos últimos que adquiri e quanto a mim o som é fantástico.
http://www.discogs.com/Ben-Webster-Oscar-Peterson-Ben-Webster-Meets-Oscar-Peterson/release/2683225

Sobre os direitos de autor... quantas edições da Verve, Blue Note, etc... é que pagam os direitos aos familiares dos artistas que entretanto faleceram?

Talvez seja por isso que casos como a família Hendrix ou a mulher do Ronnie James Dio tenham optado por eles próprios "inundar" o mercado de edições dos artistas referidos, para assim protegerem as suas obras.

Resumindo, é um assunto complexo que depende da consciência de cada um e sobretudo das prioridades orçamentais.

Concordo em tudo com o amigo Rui (Vinil),
ou quase...

Acho que se começam a misturar vários assuntos...

O equivalente de hoje ao cenário de descoberta de quando éramos miúdos, ou o alimento eficaz da melomania sem preocupações técnicas, não é comprar discos de vinil de má qualidade... estamos na era digital, partir à descoberta da música está à distância de um clique e na maioria das vezes até de borla. Nesse contexto comprar LP's de péssima qualidade da Wax Time ou da DOL até é um exagero financeiro e contradiz a premissa

A minha sugestão para quem anda a descobrir a música é que use e abuse das tecnologias digitais baratas (ou gratuitas) que existem, vai ter música para descobrir durante 200 anos e com melhor qualidade audio do que os LP's de má qualidade aqui referidos. Fazer isso através da compra de discos de vinil "martelados" à pressão... é uma péssima escolha técnica e financeira.

Não está aqui em causa o carácter audiófilo de discos e sistemas, vocês continuam a insistir nos discos de 40 ou 50 euros hehehehe, não é nada disso, não por serem baratos que os discos dessas editoras são maus e devem ser evitados. Os motivos são outros, são técnicos (quase sempre esses discos representam a pior representação possível das respectivas obras, mesmo quando o som não é muito mau, não deixa de ser pior do que o das alternativas), e são éticos porque são editoras "flash" que descobriram o seu amor pela música com o buraco legislativo dos direitos de autor nulos na Europa e agora aparecem como cogumelos selvagens, essa atitude de desrespeito e prática comercial marginal na indústria fonográfica não deve ser incentivada.

Não tenha dúvidas, as grandes editoras legítimas pagam todos os direitos a quem de direito, e sobre isso obviamente cada caso é um caso e depende dos contratos e dos artistas etc etc, mas quem tenha direitos não fica sem eles! Estas editoras cheias de "love" e de "wax" não pagam nada a ninguém.

E atenção que isto não tem a ver exclusivamente com o vinil. Passa-se o mesmo com os CD's (em alguns casos das mesmas editoras), que também inundaram o mercado com o material de +50 anos, masterizações péssimas e muitas vezes com origens ao nível do MP3

O que é bom neste nosso mundo plural, é que somos livres de escolher e a escolha é abrangente. E nada é linear. Existem prensagens xpto que não justificam, e existem prensagens da qual não se espera muito e que são soberbas (apesar de a norma ser o contrário). Existem edições da Wax Time a dar para o fraco, como já apanhei algumas que são mais do que satisfatórias, enfim complexo como diz o vinil.

Eu então sou um verdadeiro prostituto das prensagens e vou com todas. Adoro primeiras prensagens, prensagens boas da altura em que saiu um álbum, mesmo sem ser a primeira, reedições mais em conta e satisfatórias quando os "aerios" são poucos, e volta não volta, um álbum mais audiófilo para satisfazer o sistema de som e a alma. Como podem ver, e no caso de quererem oferecer um (ou mais) disco cá ao rapaz, não sou esquisito por ai alem.

António José da Silva escreveu:

O que é bom neste nosso mundo plural, é que somos livres de escolher e a escolha é abrangente. E nada é linear. Existem prensagens xpto que não justificam, e existem prensagens da qual não se espera muito e que são soberbas (apesar de a norma ser o contrário). Existem edições da Wax Time a dar para o fraco, como já apanhei algumas que são mais do que satisfatórias, enfim complexo como diz o vinil.

Eu então sou um verdadeiro prostituto das prensagens e vou com todas. Adoro primeiras prensagens, prensagens boas da altura em que saiu um álbum, mesmo sem ser a primeira, reedições mais em conta e satisfatórias quando os "aerios" são poucos, e volta não volta, um álbum mais audiófilo para satisfazer o sistema de som e a alma. Como podem ver, e no caso de quererem oferecer um (ou mais) disco cá ao rapaz, não sou esquisito por ai alem.  

ena pá! o que para aqui já vai!

Ora então vamos lá ver.

Desde já obrigado pela discussão aqui gerada, pois foram levantadas questões muito pertinentes (mas eu não vou falar nelas, nomeadamente direitos de autores e etc).

Eu tenho plena consciência que esses dois vinis da WAX não serão grande espingarda, sinceramente não conhecia a editora, mas pelo preço de venda, e na superfície em questão, não podia esperar muito.

Então porque os comprei?
Principalmente, pela musica que eles contém.
Ok podia ter ido pesquisar pelas internetes e arranjava todas essas musicas em flac, e que ia tirar mais partido (audiofilo) da musica. Tudo isso é verdade, mas isso hoje em dia não me dá prazer nenhum.

A minha geração está a "perder-se" no digital, mas eu desde à uns tempos para cá, caí em mim, e vi que só retirava o verdadeiro prazer de um conteúdo, quer seja musica, filme ou mesmo um jogo, quando tenho o formato fisico à minha frente.
Se isto faz algum sentido nos dias de hoje? talvez não, mas enfim, são pancas.

Resumindo, eu neste momento, prefiro encontrar artistas/musicas com quem me identifico, do que encontrar edições de artistas/musicas de excelente qualidade, mas com a qual não tenho qualquer tipo de relação.
Por exemplo, vejo que muitos utilizadores neste forum, têm versões "maravilhasticas" de um certo vinil do senhor José Cid... Agora não me levem a mal, mas se eu encontra-se esse vinil em estado mint a 5 euros, eu não o comprava... porque simplesmente não me identifico com a musica do homem!

Vou perder na qualidade? Vou!
Vou ganhar visto que vou ouvir musica que gosto, num formato no qual nunca tive muita oportunidade de experiênciar? Com toda a certeza!

Mais uma vez, muito obrigado a todos pelas vossas opiniões

e voltando ao tema inicial aqui vai as duas ultimas aquisições (mercado de usados):

Pink Floyd - A collection of great dance songs



Guns N' Roses - Use Your Illusion I

e só mais um, porque estava lá sozinho e baratinho a olhar para mim.

Nu Soul Family - Never too Late do Dance

valve escreveu:

Bons dias camaradas analogicos

Embora ainda não tenha o meu gira no seu devido estado, pois ainda tenho cabeça e agulha para mudar para além de uma aquisição de colunas (mas isso ficará para quando me mudar para a minha próxima residência, o que não falta muito) vou deixar aqui neste tópico as minhas mais recentes aquisições (vinilicamente falando)

Portanto aqui vai.


Á umas duas semanas atrás proveitando as promos da fnac adquiri estes dois exemplares:
Louis Armstrong meets Oscar Peterson
e
Sinatra's Swingin' Session!!!




E hoje chegou este, vindo directamente da letónia que me foi vendido como edição russa
Queen - Bohemian Rhapsody


Sabem alguma coisa sobre este LP dos Queen?

Nunca tinha visto essa edição dos Queen, provavelmente algum bootleg.

e aqui vai mais um:

Iron Maiden - From Fear To Eternity, The Best of 1990-2010