Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 17:10
ricardo onga-ku escreveu:
António José da Silva escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
A ideia é mesmo essa: a gravação de um concerto de música "clássica" deve ser "crua".
Já ouvi ao vivo, e não me soa a crua. Já o contrário se passa com muitas gravações.
Ouviste ao vivo como, no teu sistema? Estamos a falar de uma gravação, não existe ao vivo de uma gravação a anão se estivesses presente no evento original (Abbey Road).
Acho que deve ser um problema de significado: o que queres dizer com "cru"?
Ao vivo significa, ao vivo. Não és o único a assistir a concertos.
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 17:17
ViciAudio escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
Para pop ou rock a história é outra... O estúdio raramente tem a acústica adequada; isso obriga a que os microfones estejam perto das fontes sonoras e ao uso de reverberação artificial. Alguns instrumentos são ligados directamente à mesa de mistura. Os músicos nem sempre gravam em simultâneo, ou no mesmo estúdio. E são utilizados efeitos "especiais" de forma criativa para dar forma ao resultado final.
Então podemos depreender que para ti existe uma audiofilia da música erudita e uma audiófilia da música não erudita?
Numa há regras definidas, e na outra não há regras?
Que confusão hehehehe não me leves a mal, mas isso está tudo muito revirado e complicado, a realidade das coisas é muito mais simples. É capaz de estar na altura de começar a limpar conceitos e ordenar as coisas não pelos gostos pessoais mas sim pelo que é real e respeitando o carácter artístico das coisas.
Esse tipo de atitude cheia de dogmas e regimes específicos de como deve ser gravado ou captado e não-sei-quê-mais, quando aplicado à música e depois ao audio, não faz qualquer sentido. Isso só existe no mundo dos gostos pessoais, nada disso é universal ou padronizado por géneros ou por seja lá o que for...
hehehehe, não te levo a mal.
Conforme já referi, a música "clássica" é um caso à parte. E já expliquei porquê.
Vou dar-te um exemplo. Imagina que estás a passear por uma mostra de audio e queres captar o som de modo a que ele represente o som de um sistema. Onde é que colocas o microfone, a um palmo de uma das colunas ou no sweet spot?
Última edição por ricardo onga-ku em Qui Fev 26 2015, 22:02, editado 1 vez(es)
fredy Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 17:19
Olá
Citação :
O Audiófilo é um amante do som que gosta de ouvir música ao vivo e também reproduzida electronicamente. O Audiófilo tenta alcançar um nível de qualidade da música o mais próximo possível da gravação original usando aparelhos de alta fidelidade. Para tal, faz constantes adaptações, regulações e trocas dos seus aparelhos de som de alta fidelidade. Enfim, faz todo o possível para melhorar ainda mais o desempenho dos aparelhos, a fim de poder apreciar os instrumentos musicais e os cantores em toda sua plenitude, como se estivesse a assistir a um espectáculo ao vivo.
Para conseguir esse feito é fundamental a audição ao vivo, para captar todas as nuances dos timbres dos instrumentos musicais, para se ter referências de que estão sendo reproduzidos fielmente.
Fonte Wikipédia...
Fredie
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 17:21
António José da Silva escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
António José da Silva escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
A ideia é mesmo essa: a gravação de um concerto de música "clássica" deve ser "crua".
Já ouvi ao vivo, e não me soa a crua. Já o contrário se passa com muitas gravações.
Ouviste ao vivo como, no teu sistema? Estamos a falar de uma gravação, não existe ao vivo de uma gravação a anão se estivesses presente no evento original (Abbey Road).
Acho que deve ser um problema de significado: o que queres dizer com "cru"?
Ao vivo significa, ao vivo. Não és o único a assistir a concertos.
Mas estamos a falar de uma banda de rock(?) alternativo, o som ao vivo é amplificado para volumes elevadíssimos e reproduzido por sistemas de P.A. de reduzida fidelidade, nada tem a ver com o som da mesma música gravada. Se gravasses esse som ficavas assustado com o resultado; os álbuns ao vivo são misturados a partir dos feeds dos microfones e das ligações dos instrumentos à mesa, não do som que a audiência escuta. Daí eu falar sempre em concertos de música acústica não amplificada.
Para mim som "cru" significa que foi pouco ou quase nada processado; o som vai directamente do microfone para a fita ou o disco rígido.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 18:09
Deves de estar a ler na diagonal, só pode.
Estou a falar, e foi na sequencia da conversa (se fores reler) de musica clássica. Já foi há uns bons anos (uns 13), mas lembro-me bem e foi uma experiência bonita. E o som era espetacular, nada tem a haver com a grande maioria das gravações que tenho ouvido, especialmente as gravações digitais e normalmente intragáveis. Passei umas horas não só a ver um concerto, mas tive o privilégio de assistir a um fantástico ensaio. O som era fabuloso. Não foi a primeira vez que assisti a musica clássica ao vivo, mas foi a melhor. By the way, foi na Gulbenkian.
Resta-me concluir o seguinte. Ou se gosta do evento ao vivo, ou se gosta das gravações cruas que apregoas e que nada têm a haver com o fabuloso som do concerto. Claro que existe a opção de "cozinhar" por meio de técnicas de gravação e masterização um som que se assemelhe ao que se viveu em direto, nas isso tu já não gostas.
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ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 18:58
António José da Silva escreveu:
Deves de estar a ler na diagonal, só pode.
Estou a falar, e foi na sequencia da conversa (se fores reler) de musica clássica. Já foi há uns bons anos (uns 13), mas lembro-me bem e foi uma experiência bonita. E o som era espetacular, nada tem a haver com a grande maioria das gravações que tenho ouvido, especialmente as gravações digitais e normalmente intragáveis. Passei umas horas não só a ver um concerto, mas tive o privilégio de assistir a um fantástico ensaio. O som era fabuloso. Não foi a primeira vez que assisti a musica clássica ao vivo, mas foi a melhor. By the way, foi na Gulbenkian.
Resta-me concluir o seguinte. Ou se gosta do evento ao vivo, ou se gosta das gravações cruas que apregoas e que nada têm a haver com o fabuloso som do concerto. Claro que existe a opção de "cozinhar" por meio de técnicas de gravação e masterização um som que se assemelhe ao que se viveu em direto, nas isso tu já não gostas.
Desculpa, eu falei nos Tindersticks e na resposta tu disseste que já tinhas ouvido ao vivo...pensei que te estavas a referir a eles.
O que mais se assemelha ao som que eu ouvi na sala resulta da captação com poucos microfones suspensos na boca de cena, gravada ou emitida sem grandes mexidas, como aliás fazem as emissoras de rádio. Nesta gravação de que eu tenho o CD (e assisti ao concerto que a antecedeu) podes ver os microfones suspensos sobre o maestro...infelizmente podes também ver o spot mic colado ao piano (min. 5:25) o que faz com que o piano pareça demasiado grande e o som deste demasiado forte em relação à orquestra.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 19:12
É um tema complexo e que (acho eu), não estamos totalmente à altura de avaliar por falta de experiência (ou nenhuma) do meio. O que podemos avaliar, e é isso que nos deveria de interessar, é o facto de terem feito um trabalho que se assemelhe em casa ao evento ao vivo. Mas mesmo assim, não entendo como é que se acha uma qualquer técnica melhor ou pior. As variáveis são demasiadas para que exista a uniformidade que apregoas. Essa tua maneira de ver (acho eu), poderá ser redutora de um final (gravações/suporte) feliz.
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Mister W Membro AAP
Mensagens : 4333 Data de inscrição : 07/03/2012 Idade : 57 Localização : Margem Sul... Margem Norte...
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 19:32
ricardo onga-ku escreveu:
O que mais se assemelha ao som que eu ouvi na sala resulta da captação com poucos microfones suspensos na boca de cena, gravada ou emitida sem grandes mexidas, como aliás fazem as emissoras de rádio. Nesta gravação de que eu tenho o CD (e assisti ao concerto que a antecedeu) podes ver os microfones suspensos sobre o maestro...
Uma curiosidade: Alguns discos de Jazz da década de 50 ou 60 referem qualquer coisa como: "individual microphone equalization is not permitted"
Creio que essa era uma regra imposta pelo sistema discográfico, possivelmente para que as gravações fossem mais fiéis...
fredy Membro AAP
Mensagens : 5130 Data de inscrição : 08/02/2011 Idade : 62 Localização : Casal do Marco - Seixal
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 20:38
Olá
Citação :
Melomania é o termo usado para descrever uma paixão exagerada pela música, por vezes atingindo foros de mania. Apesar deste significado, o termo é frequentemente usado de forma elogiosa para descrever um grande apego à música. Neste sentido, Melómano é considerado como sendo um indivíduo amante e conhecedor de música, intérpretes e estilos musicais.
Fonte Wikipédia...
Fredie
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 20:42
António José da Silva escreveu:
É um tema complexo e que (acho eu), não estamos totalmente à altura de avaliar por falta de experiência (ou nenhuma) do meio. O que podemos avaliar, e é isso que nos deveria de interessar, é o facto de terem feito um trabalho que se assemelhe em casa ao evento ao vivo. Mas mesmo assim, não entendo como é que se acha uma qualquer técnica melhor ou pior. As variáveis são demasiadas para que exista a uniformidade que apregoas. Essa tua maneira de ver (acho eu), poderá ser redutora de um final (gravações/suporte) feliz.
Eu critico as técnicas cujo resultado não me soa natural. Experimenta colocar o ouvido a dois palmos de um violino e pede ao violinista que toque se estivesse numa sala de concertos...vais ver que o som não é o mesmo do que se estivesses sentado na 5ª ou mesmo na 1ª fila da plateia. Além disso parece-me lógico que um par de microfones produza uma imagem estereofónica mais correcta do que um monte de spot mics espalhados pela sala.
Se tiveres paciência espreita esta entrevista:
https://youtu.be/8uCcFIyJJ-w?t=4m20s
Última edição por ricardo onga-ku em Qui Fev 26 2015, 20:42, editado 1 vez(es)
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 20:42
fredy escreveu:
Olá
Citação :
Melomania é o termo usado para descrever uma paixão exagerada pela música, por vezes atingindo foros de mania. Apesar deste significado, o termo é frequentemente usado de forma elogiosa para descrever um grande apego à música. Neste sentido, Melómano é considerado como sendo um indivíduo amante e conhecedor de música, intérpretes e estilos musicais.
Fonte Wikipédia...
Fredie
É um dos problemas da semântica das palavras. No caso dos melómanos é "elogiativa", no caso dos audiófilos é (neste momento, coisa de modas) algo depreciativo.
Vá alguém entender o ser humano.
Estivestes bem Fredy.
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ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 20:53
Mister W escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
O que mais se assemelha ao som que eu ouvi na sala resulta da captação com poucos microfones suspensos na boca de cena, gravada ou emitida sem grandes mexidas, como aliás fazem as emissoras de rádio. Nesta gravação de que eu tenho o CD (e assisti ao concerto que a antecedeu) podes ver os microfones suspensos sobre o maestro...
Uma curiosidade: Alguns discos de Jazz da década de 50 ou 60 referem qualquer coisa como: "individual microphone equalization is not permitted"
Creio que essa era uma regra imposta pelo sistema discográfico, possivelmente para que as gravações fossem mais fiéis...
Porque é que não equalizavam os microfones não sei dizer mas a maioria dos microfones dessa época exageravam os agudos e hoje, com pré-amplificadores mais transparentes, penso que seria indispensável fazê-lo:
ViciAudio Membro AAP
Mensagens : 494 Data de inscrição : 13/03/2012 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 22:36
hehehehe o tópico foi tomado de assalto pelos microfones
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 22:46
E depois a culpa e do audiófilo.
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Fernando Mota Membro AAP
Mensagens : 2085 Data de inscrição : 31/12/2012 Idade : 49 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 23:28
Eu por exemplo gosto de ouvir quase todo tipo de música, mas querendo sempre ouvir todo o som global o mais real possível, perante os instrumentos e vozes memorizados através de audições ao vivo. Isso faz de mim um Audiófilo? Um abraço
ViciAudio Membro AAP
Mensagens : 494 Data de inscrição : 13/03/2012 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 23:42
Isso quase... quaaaaase... faz de ti um microfone!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Qui Fev 26 2015, 23:51
ViciAudio escreveu:
Isso quase... quaaaaase... faz de ti um microfone!
Audiófilo.
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António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 01:34
Wiki.
An audiophile is a person enthusiastic about high-fidelity sound reproduction. Audiophile values may be applied at all stages of music reproduction: the initial audio recording, the production process, and the playback, which is usually in a home setting.
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Mister W Membro AAP
Mensagens : 4333 Data de inscrição : 07/03/2012 Idade : 57 Localização : Margem Sul... Margem Norte...
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 01:50
ricardo onga-ku escreveu:
Mister W escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
O que mais se assemelha ao som que eu ouvi na sala resulta da captação com poucos microfones suspensos na boca de cena, gravada ou emitida sem grandes mexidas, como aliás fazem as emissoras de rádio. Nesta gravação de que eu tenho o CD (e assisti ao concerto que a antecedeu) podes ver os microfones suspensos sobre o maestro...
Uma curiosidade: Alguns discos de Jazz da década de 50 ou 60 referem qualquer coisa como: "individual microphone equalization is not permitted"
Creio que essa era uma regra imposta pelo sistema discográfico, possivelmente para que as gravações fossem mais fiéis...
Porque é que não equalizavam os microfones não sei dizer mas a maioria dos microfones dessa época exageravam os agudos e hoje, com pré-amplificadores mais transparentes, penso que seria indispensável fazê-lo:
Mesmo nesta época os microfones eram equalizados. Só não eram equalizados individualmente...
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 09:38
ViciAudio escreveu:
hehehehe o tópico foi tomado de assalto pelos microfones
Estranho, não é? Afinal o microfone é só o primeiro elo da cadeia e os audiófilos não se interessam pela gravação, só pela reprodução (alguns também pela masterização).
nbunuel Membro AAP
Mensagens : 2485 Data de inscrição : 07/07/2010
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 10:07
ricardo onga-ku escreveu:
A ideia é mesmo essa: a gravação de um concerto de música "clássica" deve ser "crua". É a única forma de representar a realidade.
Para pop ou rock a história é outra... O estúdio raramente tem a acústica adequada; isso obriga a que os microfones estejam perto das fontes sonoras e ao uso de reverberação artificial. Alguns instrumentos são ligados directamente à mesa de mistura. Os músicos nem sempre gravam em simultâneo, ou no mesmo estúdio. E são utilizados efeitos "especiais" de forma criativa para dar forma ao resultado final. Devem contar-se pelos dedos (estou a exagerar um bocado) as gravações que resultaram de um evento musical. Experimenta a "Sleepy Song" dos Tinderstics para escutares uma versão "crua":
Neste caso temos o exemplo de um artista que em vez de cantar para o microfone decidiu enfia-lo no esfincter...inaugurou o termo cúaudiofília! Desculpa a provocação Ricardo, mas nunca tive muita pachorra para o Stuart Staples!
fredy Membro AAP
Mensagens : 5130 Data de inscrição : 08/02/2011 Idade : 62 Localização : Casal do Marco - Seixal
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 10:10
Olá
Resumindo os meus post's anteriores... acho que faço parte de um grupo de malucos... quero ouvir o melhor possível dentro do meu gosto...
Nunca me preocupei muito com a questão da gravação, da marca do aparelho que reproduz, enfim com uma série de coisas que para alguns faz toda a diferença... cada um é como cada qual... desde que eu goste... está tudo bem...
Fredie
Mister W Membro AAP
Mensagens : 4333 Data de inscrição : 07/03/2012 Idade : 57 Localização : Margem Sul... Margem Norte...
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 10:40
fredy escreveu:
... quero ouvir o melhor possível dentro do meu gosto... ... desde que eu goste... está tudo bem... ...
Se assim não fosse diria que eras masoquista...
mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 11:07
A music listener has 0 - zero - no - nada influence on the recording. At best there is a choice between different masterings and/or formats. So if I want to listen to Brad Mehldau or Horovitz I have to take the recording which are available.
nicodemes Membro AAP
Mensagens : 56 Data de inscrição : 08/10/2014 Idade : 75
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 11:16
A musica clássica tem outros critérios de gravação, mas continua ser verdade que cada editora utiliza técnicas diferentes e as opções dos técnicos são também diferentes ,no que resulta diferentes experiencias de audição. Particularmente ,tenho preferência pela Decca,em musica clássica,mas dai a dizer que representa o som ao vivo vai uma enorme distancia. Quem tem o som ao vivo ,em casa? Algum surdo... A experiência auditiva é muito pessoal . Em musica clássica prefiro o bons registo em CD,sem duvida! A dinâmica é melhor reproduzida .A compressão no vinil é notória .Mas lá está, para ouvir musica pela musica, até na grafonola, oiço...
ViciAudio Membro AAP
Mensagens : 494 Data de inscrição : 13/03/2012 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 15:12
Não é nada notória a compressão no vinil... notória é a falta de capacidade dos formatos digitais para reproduzir um "decay" natural minimamente realista, especialmente com orquestra e gravações acústicas das boas
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 15:17
ViciAudio escreveu:
Não é nada notória a compressão no vinil... notória é a falta de capacidade dos formatos digitais para reproduzir um "decay" natural minimamente realista, especialmente com orquestra e gravações acústicas das boas
Ora nem mais. E mesmo na dinâmica real (não a dos números), não há comparação possível.
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ViciAudio Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 16:14
Agora os CD's até erros de arbitragem têm.... caramba, quero ver qual é o DAC que vai resolver esse problema! heaheahaeheaheah
"Sp. Braga pode dar um CD por mês com erros de arbitragem"
Já só faltava esta. E é capaz de sair comunicado.
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nicodemes Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 17:34
Não concordo que o vinil tenha mais dinâmica que cd.Porque não tem! É perfeitamente audível .O decay está relacionado com a diferença entre o nível alto e baixo do som em questão O melhor que ouvi de dinâmica no vinil ,foram discos gravados com DBX ,mas foi coisa rara que pouca gente ouvi-o Tenho muito vinil de musica clássica Tenho gravações da Erato e da Decca ,tanto analógicas como das primeiras registadas em digital .Entre elas não encontro diferenças substanciais .
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 18:17
nicodemes escreveu:
Não concordo que o vinil tenha mais dinâmica que cd.Porque não tem! É perfeitamente audível .O decay está relacionado com a diferença entre o nível alto e baixo do som em questão O melhor que ouvi de dinâmica no vinil ,foram discos gravados com DBX ,mas foi coisa rara que pouca gente ouvi-o Tenho muito vinil de musica clássica Tenho gravações da Erato e da Decca ,tanto analógicas como das primeiras registadas em digital .Entre elas não encontro diferenças substanciais .
É tudo muito complexo e os números nem sempre espelham a realidade.
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ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:04
nicodemes escreveu:
Não concordo que o vinil tenha mais dinâmica que cd.Porque não tem! É perfeitamente audível .O decay está relacionado com a diferença entre o nível alto e baixo do som em questão O melhor que ouvi de dinâmica no vinil ,foram discos gravados com DBX ,mas foi coisa rara que pouca gente ouvi-o Tenho muito vinil de musica clássica Tenho gravações da Erato e da Decca ,tanto analógicas como das primeiras registadas em digital .Entre elas não encontro diferenças substanciais .
Em música "clássica" o CD tem clara vantagem sobre o vinil, não só porque as masterizações são quase sempre muito boas...
• nível mais baixo de ruído de fundo (que permite uma maior gama dinâmica e um decaimento das notas de maior duração) • maior resolução nas baixas frequência (o ruído de fundo do vinil aumenta com o baixar da frequência) • ausência de clicks e pops (que são uma distração em gravações com grande dinâmica) • não necessita de limpeza • estabilidade rotacional (pouco incómoda em música predominantemente sincopada mas muito desagradável no legato) • não sofre de descentramento (que produz distorções várias) • não sofre de empenamento (que produz distorções várias) • não produz ressonâncias de baixa frequência • não produz ressonâncias de alta frequência (que podem afectar a electrónica associada, tal como aliás se verifica com o SACD) • maior separação de canais (efeito estereofónico mais acentuado) • a separação de canais mantém-se inalterada em todo o disco (o vinil não permite que as frequências mais graves sejam cortadas em estereo) • menor distorção harmónica • a resposta de frequências mantém-se inalterada em todo o disco (no vinil varia do bordo para o centro do disco) • suporta praticamente 80 minutos de música (permite reproduzir quase todas as sinfonias existentes sem ser necessário mudar de lado) • a qualidade da prensagem sofre menos variação de unidade para unidade (as mothers que irão estampar o vinil gastam-se com cada prensagem, a partir do primeiro LP impresso todos os outros terão progressivamente menor qualidade/fidelidade)
O defeito do CD está na distorção produzida pelo filtro passa-baixo mas vinil requer a utilização do filtro RIAA também afecta negativamente o sinal. E para algumas pessoas falta-lhe o "calor analógico" (distorções eufónicas produzidas pelos equipamentos analógicos).
Outro defeito da gravação digital é o jitter, que pode ser ou ter sido produzido na fase de conversão Analógico/Digital e nesse caso torna-se difícil de "disfarçar"; na fase de leitura (conversão D/A) está resolvido nos equipamentos competentes.
A vantagem do vinil: a dimensão das capas.
Última edição por ricardo onga-ku em Sex Fev 27 2015, 19:23, editado 1 vez(es)
ViciAudio Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:23
heheehehe tinha de vir a lista de defeitos.... pois é, já me esquecia, os outros formatos não têm defeitos nenhuns, são perfeitos. Obrigado por me relembrares
O que eu tenho pena é que as pessoas passem atestados de ignorância e de mau gosto aos outros com essa ligeireza toda... é uma falta de respeito desnecessária
Eu compreendo e aceito que se goste do digital pelas coisas boas que o digital tem (eu próprio faço parte desse grupo de pessoas)... não ando constantemente com a lista de defeitos do digital às costas para chamar a quem gosta de ignorante ou de gostar de mau som!
No entanto, raramente ou mesmo nunca, vejo essa abordagem respeitosa e de abertura de espírito relativamente aos que gostam de ouvir formatos analógicos pelas coisas boas que o analógico tem, invariavelmente só se fala da famosa lista de problemas (quase todos mecânicos e não analógicos) como que dando a entender que quem gosta de vinil fá-lo porque aprecia as coisas más e não porque aprecia as coisas boas...
Basicamente, é uma espécie de insulto... é dizer que: "caro, você gosta de mau som e de defeitos mecânicos audíveis". É um disparate completo... alguém gosta de vinil por causa das coisas más do vinil? Vocês gostam de formatos digitais por causa das coisas más do digital? Não, pois não? Então porque raio adoptam essa postura relativamente a quem gosta de ouvir vinil?
Enfim... os fundamentalismos normalmente dá nisso...
De resto, há por aí demasiada informação dada como facto que de facto nada tem, mas não podemos dar aulinhas de física nem de matemática, e muito menos educar ouvidos, todos os dias pela internet. Desculpem lá o desabafo de quem já está um bocado farto da atitude anti-vinil de gente que se preocupa mais com guerrilhas do que em perceber o que motiva as pessoas a afzerem as suas opções.
Acho que vou começar a entrar pelo mesmo registo... faço (outra vez) a imensa lista de defeitos do digital (que ao contrário do analógico nem depende dos formatos físicos para ter os defeitos), e depois começo a declarar "à bruta" que o pessoal que gosta de ouvir formatos digitais é burro e otário porque só gosta de ouvir aqueles defeitos todos... assim ao menos fica tudo equilibrado em termos de insultos
ViciAudio Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:31
nicodemes escreveu:
Não concordo que o vinil tenha mais dinâmica que cd.Porque não tem! É perfeitamente audível .O decay está relacionado com a diferença entre o nível alto e baixo do som em questão O melhor que ouvi de dinâmica no vinil ,foram discos gravados com DBX ,mas foi coisa rara que pouca gente ouvi-o Tenho muito vinil de musica clássica Tenho gravações da Erato e da Decca ,tanto analógicas como das primeiras registadas em digital .Entre elas não encontro diferenças substanciais .
Eu não disse que o vinil tem mais ou menos dinâmica.
Disse que "não é nada notória a compressão no vinil", que é algo bem diferente.
As enormes dificuldades do digital com a conversão e reprodução dos decays não tem absolutamente nada a ver com as diferenças de volume nem com a dinâmica... tem mais a ver com a forma como o bit depth varia com o "ganho", independentemente da frequência de amostragem.
Tirando exemplos extremos e olhando aos valores reais em média, a esmagadora maioria das gravações existentes não excedem, nem se aproximam, das capacidades dinâmicas plenas do formato CD ou vinil.
Quanto a notar diferenças... somos todos diferentes, o que para uns é igual, para outros será diferente, etc...
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:34
ricardo onga-ku escreveu:
nicodemes escreveu:
Não concordo que o vinil tenha mais dinâmica que cd.Porque não tem! É perfeitamente audível .O decay está relacionado com a diferença entre o nível alto e baixo do som em questão O melhor que ouvi de dinâmica no vinil ,foram discos gravados com DBX ,mas foi coisa rara que pouca gente ouvi-o Tenho muito vinil de musica clássica Tenho gravações da Erato e da Decca ,tanto analógicas como das primeiras registadas em digital .Entre elas não encontro diferenças substanciais .
Em música "clássica" o CD tem clara vantagem sobre o vinil, não só porque as masterizações são quase sempre muito boas...
• nível mais baixo de ruído de fundo (que permite uma maior gama dinâmica e um decaimento das notas de maior duração) • maior resolução nas baixas frequência (o ruído de fundo do vinil aumenta com o baixar da frequência) • ausência de clicks e pops (que são uma distração em gravações com grande dinâmica) • não necessita de limpeza • estabilidade rotacional (pouco incómoda em música predominantemente sincopada mas muito desagradável no legato) • não sofre de descentramento (que produz distorções várias) • não sofre de empenamento (que produz distorções várias) • não produz ressonâncias de baixa frequência • não produz ressonâncias de alta frequência (que podem afectar a electrónica associada, tal como aliás se verifica com o SACD) • maior separação de canais (efeito estereofónico mais acentuado) • a separação de canais mantém-se inalterada em todo o disco (o vinil não permite que as frequências mais graves sejam cortadas em estereo) • menor distorção harmónica • a resposta de frequências mantém-se inalterada em todo o disco (no vinil varia do bordo para o centro do disco) • suporta praticamente 80 minutos de música (permite reproduzir quase todas as sinfonias existentes sem ser necessário mudar de lado) • a qualidade da prensagem sofre menos variação de unidade para unidade (as mothers que irão estampar o vinil gastam-se com cada prensagem, a partir do primeiro LP impresso todos os outros terão progressivamente menor qualidade/fidelidade)
O defeito do CD está na distorção produzida pelo filtro passa-baixo mas vinil requer a utilização do filtro RIAA também afecta negativamente o sinal. E para algumas pessoas falta-lhe o "calor analógico" (distorções eufónicas produzidas pelos equipamentos analógicos).
Outro defeito da gravação digital é o jitter, que pode ser ou ter sido produzido na fase de conversão Analógico/Digital e nesse caso torna-se difícil de "disfarçar"; na fase de leitura (conversão D/A) está resolvido nos equipamentos competentes.
A vantagem do vinil: a dimensão das capas.
O que mais impressiona, e é demonstrativo da abismal mentira, é que com tanta virtude, consiga ser um formato tão insípido.
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ViciAudio Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:36
Ah, e esqueci-me... que gosta de ouvir esse defeito do bit-depth variável com o ganho do programa e que resulta em decays obviamente defeituosos, é ignorante, burro e tem mau gosto porque gosta de ouvir esse problema do digital!
eaheaheahheahaeheah soube mesmo bem!
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:38
Não é necessário fazeres-te de vítima. Além disso isto é um fórum, não um blog, e as regras ditam que os teus pontos de vista podem ser contestados.
Eu escrevi que para algumas pessoas falta "calor analógico" (distorções eufónicas produzidas pelos equipamentos analógicos) ao CD, algo que está muito bem descrito neste artigo da SOS:
Eu próprio prefiro escutar as gravações dos anos 60 dos Beatles ou do Bob Dylan em vinil, soa-me melhor. E tenho plena consciência do potêncial que tem o "calor analógico" como instrumento criativo na gravação e produção de pop e rock.
Mas para clássica prefiro uma captação purista, de cariz documental, e um suporte que me ofereça maior fidelidade ao sinal.
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:41
António José da Silva escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
nicodemes escreveu:
Não concordo que o vinil tenha mais dinâmica que cd.Porque não tem! É perfeitamente audível .O decay está relacionado com a diferença entre o nível alto e baixo do som em questão O melhor que ouvi de dinâmica no vinil ,foram discos gravados com DBX ,mas foi coisa rara que pouca gente ouvi-o Tenho muito vinil de musica clássica Tenho gravações da Erato e da Decca ,tanto analógicas como das primeiras registadas em digital .Entre elas não encontro diferenças substanciais .
Em música "clássica" o CD tem clara vantagem sobre o vinil, não só porque as masterizações são quase sempre muito boas...
• nível mais baixo de ruído de fundo (que permite uma maior gama dinâmica e um decaimento das notas de maior duração) • maior resolução nas baixas frequência (o ruído de fundo do vinil aumenta com o baixar da frequência) • ausência de clicks e pops (que são uma distração em gravações com grande dinâmica) • não necessita de limpeza • estabilidade rotacional (pouco incómoda em música predominantemente sincopada mas muito desagradável no legato) • não sofre de descentramento (que produz distorções várias) • não sofre de empenamento (que produz distorções várias) • não produz ressonâncias de baixa frequência • não produz ressonâncias de alta frequência (que podem afectar a electrónica associada, tal como aliás se verifica com o SACD) • maior separação de canais (efeito estereofónico mais acentuado) • a separação de canais mantém-se inalterada em todo o disco (o vinil não permite que as frequências mais graves sejam cortadas em estereo) • menor distorção harmónica • a resposta de frequências mantém-se inalterada em todo o disco (no vinil varia do bordo para o centro do disco) • suporta praticamente 80 minutos de música (permite reproduzir quase todas as sinfonias existentes sem ser necessário mudar de lado) • a qualidade da prensagem sofre menos variação de unidade para unidade (as mothers que irão estampar o vinil gastam-se com cada prensagem, a partir do primeiro LP impresso todos os outros terão progressivamente menor qualidade/fidelidade)
O defeito do CD está na distorção produzida pelo filtro passa-baixo mas vinil requer a utilização do filtro RIAA também afecta negativamente o sinal. E para algumas pessoas falta-lhe o "calor analógico" (distorções eufónicas produzidas pelos equipamentos analógicos).
Outro defeito da gravação digital é o jitter, que pode ser ou ter sido produzido na fase de conversão Analógico/Digital e nesse caso torna-se difícil de "disfarçar"; na fase de leitura (conversão D/A) está resolvido nos equipamentos competentes.
A vantagem do vinil: a dimensão das capas.
O que mais impressiona, e é demonstrativo da abismal mentira, é que com tanta virtude, consiga ser um formato tão insípido.
É uma questão de gosto; aquilo que para ti é insípido a mim sabe-me a natural. A minha avó põe sempre açúcar nos morangos e nas laranjas; para ela essas frutas sabem melhor assim, e eu não digo o contrário mas para mim perdem o sabor natural. Tu gostas do som do vinil, eu prefiro o CD porque praticamente não tem som.
ViciAudio Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:43
ricardo onga-ku escreveu:
Não é necessário fazeres-te de vítima. Além disso isto é um fórum, não um blog, e as regras ditam que os teus pontos de vista podem ser contestados.
Não, tu é que te estás a armar em esperto, não sou eu a fazer-me de vítima... estou mais do que habituado a ser insultado e ofendido por quem não sabe respeitar as minhas opções, isso não me incomoda nada.
Tu não estás a contestar nada. O que estás a fazer é apresentar uma lista de problemas e dizer: quem gosta disto, gosta destes problemas.
Isso é chamar as pessoas de burras, ou pior.
Se queres contestar, podes fazer assim:
Ok, estas pessoas gostam disto porque tem estas qualidades, mas atenção, que o formato alternativo XYZ, tem também estas qualidades todas, portanto é possível fazer uma escolha por este ou por aquele.
Depois disso, que é realmente contestar e não mandar a baixo nem insultar, podemos debater porque motivo uns escolheram as qualidades de um e não de outro formato, ou porque uns toleram melhor os defeitos de um e não de outro formato, respeitando essas opções.
Mas isso não é o que tens feito...
ViciAudio Membro AAP
Mensagens : 494 Data de inscrição : 13/03/2012 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:47
Essa história do calor analógico é outro insulto escamoteado... é dizer que as pessoas que apreciam certas qualidades do vinil (que gostam muito de chamar calor ou castanhas quentes ou seja o que for) têm mau gosto e não procuram a fidelidade sonora.
É um insulto, é desrespeitoso, e é falso!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:48
Mas também há os verdadeiramente entendidos, e não são assim tantos.
Para os que querem ver, um verdadeiro abre olhos, que no fundo só explica o que se ouve, nada mais.
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António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 19:54
ricardo onga-ku escreveu:
...eu prefiro o CD porque praticamente não tem som.
Pois...resume a coisa.
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ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:03
ViciAudio escreveu:
Ah, e esqueci-me... que gosta de ouvir esse defeito do bit-depth variável com o ganho do programa e que resulta em decays obviamente defeituosos, é ignorante, burro e tem mau gosto porque gosta de ouvir esse problema do digital!
Desculpa mas quem chamou nomes foste tu.
No que se refere ao bit-depth variável, se o sinal de maior intensidade for de 0dBFs a resolução a -48dB é de 8-bit. Experimenta ouvir o que são -48dBFs no teu sistema e depois diz-me se achas que vais ouvir a menor resolução dos 8-bit:
A -48dBFs o nível de distorção (THD+N) do vinil já anda nos 10%.
Última edição por ricardo onga-ku em Sex Fev 27 2015, 20:07, editado 2 vez(es)
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:04
António José da Silva escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
...eu prefiro o CD porque praticamente não tem som.
Pois...resume a coisa.
Sim, a coisa resume-se à música (ou ao sinal gravado), não há aditivos.
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:10
ricardo onga-ku escreveu:
António José da Silva escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
...eu prefiro o CD porque praticamente não tem som.
Pois...resume a coisa.
Sim, a coisa resume-se à música (ou ao sinal gravado), não há aditivos.
Ricardo, desculpa mas toda a tua ilusão de perfeição não se manifesta na realidade. E esta constatação não é só dos que gostam de "distorção" como gostas de apregoar. É um facto. Vives agarrado a dogmas que se baseiam (na sua maioria) em belos contos de fadas mal explicados que nos são impingidos.
Mas a realidade é bem audível.
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:11
Vindo de quem não sabe ouvir um decay e é completamente ignorante sobre qualidade de som porque gosta de ouvir formatos digitais... não tem grande valor.
(hehehehe e continua a saber bem, estou a gostar disto pah, oh Ricardo obrigado pela inspiração)
ricardo onga-ku Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:15
THD+N do vinil: http://www.hometheaterhifi.com/technical-articles/technical-articles-and-editorials/a-secrets-technical-article64/part-7-thd-n-test-results.html
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:16
ricardo onga-ku escreveu:
THD+N do vinil: http://www.hometheaterhifi.com/technical-articles/technical-articles-and-editorials/a-secrets-technical-article64/part-7-thd-n-test-results.html
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:19
É assim Ricardo, nós gostamos de ouvir vinil porque somos burros e gostamos de distorção, tu gostas de ouvir digital porque és burro e gostas de jitter e pre-ringing etc... tudo ok, está resolvido, é espalhar burrice e atestados de masoquismo a toda a gente hehehehehe
António José da Silva Membro AAP
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Assunto: Re: Eu, audiófilo (em inglês) Sex Fev 27 2015, 20:23
Mas não deixa de ser fascinante que algo com graves problemas soe real, e algo tão perfeito soe tão limitado.
Será falta do açúcar analógico ou do adoçante digital?
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