A rodar XLI

A musica do Glass é paradoxal pelos sentimentos que despoleta ... extensivel a outros minimalistas. Efectivamente esta musica pareçe demasiado simples para ser séria e ao mesmo tempo é demasiado complexa para ser popular. As poucas notas precipitam o auditor numa ânsia de diversidade ora que a repetição das notas acordam a angustia das obcessões viscerais. As evoluções em claro/obscuro das melodias fascinam e apavoram numa perpétua espiral de alternâncias comprimidas. Trabalho sobre a frustação e a compulsão o Solo Piano é a essência do trabalho do Glass. Uma obra que obriga a açeitar a lentidão, o simples e o codigo imutàvel da existência. Pois existe nesta obra como em todas as grandes o começo e o fim ... mas nada no meio, e talvez resida nesta metáfora a fascinante força da musica minimalista!...