Não há muito a dizer sobre Giant Steps, além de: sentem-se e deixem-se levar, para quem não conhece o caminho ainda será melhor, ...
Não sei se é uma reedição moderna ném o que vale ... mas ao menos tém a capa original
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 12:14
Quando um sabe bem, não vale a pena procurar muito longe o que tocar a seguir.
Este álbum é um exercício e tanto, o título fica-lhe bem.
Por falta de tempo não irei espreitar já essa partilha, mas logo não escapa.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 12:18
TD124 escreveu:
Não sei se é uma reedição moderna ném o que vale ... mas ao menos tém a capa original
Caro Paulo, esta é a reedição da Atlantic e para os meus/nossos ouvidos está bem - boa dinâmica e muito silenciosa.
A reedição do The Shape of Jazz to Come é da Jazz Images, a capa é diferente... Mas esta editora não trata mal o vinil, este está mesmo bem - apesar da capa ser engraçada, preferia a original... Manias.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 12:54
José Miguel escreveu:
... A reedição do The Shape of Jazz to Come é da Jazz Images, a capa é diferente... Mas esta editora não trata mal o vinil, este está mesmo bem - apesar da capa ser engraçada, preferia a original... Manias.
Olà José, efectivamente durante o virar dos anos 50 o Ornette deu titulos às suas obras muito bem sentidos como esse ... mas também o Tomorrow Is the Question!, Change of Century e Free Jazz, aliàs nessa época os titulos eram geralmente muito evocadores e cheios de malicia: Giant Steps é um bom exemplo
Não sei se é "manias" de querer que uma obra seja apresentada tal qual foi criada e pensada pelo autor e isto em todos os aspectos. Um Dark Side of the Moon sém o prisma, um Return of the Durutti Column sém a capa em lixa grossa e um Sticky Fingers sém o fecho-éclair ... falta(me) qualquer coisa . Jà um Velvet Underground sém a pele da banana ... mas com a banana na capa, é suficiente para que fique satisfeito
Manias também
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 16:28
Para uns este album é a obra-prima dos Dead Can Dance, para outros é um dos melhores ... e para outros é um album complicado e sobrestimado. Pouco importa pois todos estão de acordo que é uma obra potente que despoleta sentimentos obscuros. A mistura de musica étnica, electronica, medieval e rock impressiona o auditor e cria o sentimento de escutar uma obra que conjuga o primitivo com o intelectual. Sém nunca abandonar este concepto o album mergulha o auditor num caleidoscopio em movimento permanente aonde tudo é complexo. O titulo do album "Into the Labyrinth" é a perfeita sintese da viagem que esta obra procura ... labirintica, enigmatica e intensa. A capa é muito bela com uma foto estranha, algo hermética ... estragada aqui pela fita publicitaria do editor
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 17:01
Ora aí está um álbum que merece alguma dedicação.
A capa tem a "fita", mas neste caso deve ser coisa boa...
Por aqui, e depois de um início de tarde agitado pela maré de mudança, vai rodar um daqueles álbuns que me transporta para um lugar seguro e me faz bem. Young Flowers - Blomsterpistolen (1968)...
Também neste caso a capa diz bastante... Vivia-se o Psicadelismo e a Música serviu muito bem como forma de comunicar cada experiência.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 18:00
Continuando em paisagens nascidas do fundo remexido da Psychē... Affinity - Affinity (1970)...
Linda Hoyle fica muito bem no meio dos arranjos instrumentais que abrem um grande horizonte. A sua voz é pesada e as palavras são entregues com significado, vale a pena parar para a ouvir.
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 18:33
José Miguel escreveu:
Continuando em paisagens nascidas do fundo remexido da Psychē... Affinity - Affinity (1970)...
Linda Hoyle fica muito bem no meio dos arranjos instrumentais que abrem um grande horizonte. A sua voz é pesada e as palavras são entregues com significado, vale a pena parar para a ouvir.
Caro José Miguel, aqui no Porto, como sabe, psiché é masculino, rima com os cul!!!! porque os col!!!! é autre chose
Secundo a opinião sobre os Affinity vale mesmo a pena fazer qqer coisa mas ouvir
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 19:12
Genial este meu "novo" disco.
Edição francesa com um som muito competente!
Não entendo como é que certos administradores que vivem em certos países não recomendam coisas destas. Em alternativa a certas cenas musicais que são desjazzza.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 19:16
Ainda ontem andamos pelo Porto, a passear lentamente pelo centro da cidade e agora já nada rima com nada... Ou melhor, ainda se encontram lugares onde há rimas e risos, mas já é preciso procurar bem - a sorte é que ainda há uns resistentes.
Cara&$@das de lado, agora vai rodar um daqueles que me enche as medidas: Van der Graaf Generator - Still Life.
Por estes dias falou-se de edições e esta nem é má, mas o uso que teve antes de chegar até nós não foi o mais cuidado e ainda precisamos de uma melhorzita.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 19:20
Alexandre Vieira escreveu:
Genial este meu "novo" disco.
Essa Symphonie Fantastique já nos proporcionou um grande momento e depois disso fomos comprar... Em CD.
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 19:30
''Ainda ontem andamos pelo Porto, a passear lentamente pelo centro da cidade e agora já nada rima com nada... Ou melhor, ainda se encontram lugares onde há rimas e risos, mas já é preciso procurar bem - a sorte é que ainda há uns resistentes. ''
Tem razão, parece que estamos noutra cidade, noutro país já nem há Bolhão nem Bom Sucesso...para ouvir aqueles palabrões bem do Puorto carago!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 19:35
José Miguel escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Genial este meu "novo" disco.
Essa Symphonie Fantastique já nos proporcionou um grande momento e depois disso fomos comprar... Em CD.
Eu também gosto dessas peugas!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 19:56
As chamadas aberturas Francesas de Bach
A Abertura francesa é uma forma musical que foi amplamente utilizada no barroco. É composta de três partes: a primeira é lenta, freqüentemente com rítmos de uma semínima com dois pontos, seguida por uma semicolcheia, a segunda é rápida na forma de uma fuga e a terceira parte retorna no final.
Quando escrita para orquestra, a abertura Francesa é frequentemente orquestrada com trompetes e tímpanos e soa grandiosa. A forma era bastante apropriada para um período em que todas as orquestras eram de propriedade da realeza ou de outros aristocratas.
Seu nome é um reconhecimento da importância de Jean-Baptiste Lully, o compositor francês do barroco que a utilizava nas aberturas de suas óperas (tragédies en musique). Exemplos posteriores podem ser encontrados nos movimentos de abertura de cada uma das suites para orquestra de Johann Sebastian Bach e nas abertura de muitos oratórios de George Frideric Handel (inclusive O Messias). A 16ª variação das Variações Goldberg de Bach é uma abertura francesa em miniatura.
A abertura francesa não deve ser confundida com a abertura italiana uma estrutura de três partes rápido-lento-rápido.
Sir John Eliot Gardiner, Kt, CBE, FKC (Fontmell Magna, 20 de abril de 1943) é um maestro inglês. Fundador do Coro Monteverdi (1966), do English Baroque Soloists (1978) e da Orchestre Révolutionnaire et Romantique (1990), Gardiner gravou mais de 250 álbuns com estes e outros grupos musicais, a maior parte dos quais foram lançados pela Deutsche Grammophon e Philips Classics.[1]
John Eliot Gardiner celebrizou-se por suas interpretações de música barroca em instrumentos de época, porém seu repertório e sua discografia não estão limitados à música antiga. Com a Orchestre Révolutionnaire et Romantique Gardiner executou muito da música do período clássico e romântica, incluindo diversas obras de Hector Berlioz e todas as sinfonias de Ludwig van Beethoven; devido às suas técnicas autênticas de execução, a gravação da terceira sinfonia de Beethoven foi utilizada numa dramatização feita pela BBC do episódio em que Beethoven compôs aquela sinfonia.[2] Gardiner é o principal condutor da Orquestra Sinfônica da Rádio Norte-Alemã, e aparece frequentemente como regente convidado com algumas das orquestras mais famosas do mundo, incluindo a Orquestra Philharmonia, a Orquestra Sinfônica de Boston, a Orquestra de Cleveland, a orquestra do Concertgebouw e a Filarmônica de Viena.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14320 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 22:43
José Miguel escreveu:
A reedição do The Shape of Jazz to Come é da Jazz Images, a capa é diferente... Mas esta editora não trata mal o vinil, este está mesmo bem (...)
Afianço que, as edições com selo Jazz Images, além de boas, têm em conta os direitos de autor. Quanto às capas diferenciáveis da edição original, tal facto é justificável, porquanto homenageiam dois dos fotógrafos que acompanharam as estrelas de jazz.
reirato Membro AAP
Mensagens : 3642 Data de inscrição : 08/11/2010 Idade : 80 Localização : Stª Maria de Belém, Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLV Ter Jan 14 2020, 23:17
Alexandre Vieira escreveu:
... ... ...
Alexandre Vieira escreveu:
... ... ... Sir John Eliot Gardiner, Kt, CBE, FKC (Fontmell Magna, 20 de abril de 1943) é um maestro inglês. ... ... ... ... ... ... John Eliot Gardiner celebrizou-se por ... ... ...
Curiosamente ou talvez não(?), Gardiner é um admirador fervoroso e grande estudioso da música de Berlioz e das suas (de Berlioz) explorações e inovações no jogo da orquestra, muito para a frente da época que lhe tocou viver!?...
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 09:24
Alexandre Vieira escreveu:
... Não entendo como é que certos administradores que vivem em certos países não recomendam coisas destas. Em alternativa a certas cenas musicais que são desjazzza.
As razões são multiplas e todas téem a ver com o meu (bom) gosto ... coisa da qual um determinado outro administrador não se pode gabar! Não escuto musica classica em vinil pois tal leitura destroi os silêncios ... fundamentais nessa musica. Não gosto dos compositores franceses fora os barrocos ... que admiro sém reservas. Não me interesso particularmente à cultura francesa ... pois vivo nela e o mundo é grande. Não recomendo coisas jà conhecidas de todos ... prefiro convidar a descobrir coisas novas ou inexploradas ! Voilà quelques raisons ...
José Miguel escreveu:
Ainda ontem andamos pelo Porto, a passear lentamente pelo centro da cidade e agora já nada rima com nada... Ou melhor, ainda se encontram lugares onde há rimas e risos, mas já é preciso procurar bem ...
Principio da impermanência e ainda bem. Se nada muda, pouco a pouco as coisas vão se transformar em "Still Life" aka Natureza Morta ! Neste contexto o disco dos VDG foi bem escolhido
Alexandre Vieira escreveu:
... A Abertura francesa é uma forma musical que foi amplamente utilizada no barroco. ...
Sir John Eliot Gardiner, Kt, CBE, FKC (Fontmell Magna, 20 de abril de 1943) é um maestro inglês. Fundador do Coro Monteverdi (1966), ...
O Gardiner acho-o fantastico na direção de Purcell e com o Monteverdi choir ele fez coisas magnificas, com o Monteverdi também pois o Sir Eliot é um dos ultimos maestros românticos e enfaticos na musica barroca, ele busca sempre a harmonia e o belo. Jà com o Bach a porca torçe o rabo ... prefiro abertamente o Harnoncourt
Pareçe-me estranho que uma pessoa que escuta de Bach até à electronica primitiva dos Kraftwerk ... tenha feito o impasse sobre a musica mais importante do séc XX, o Jazz! Deve haver um problema (inexplicado e inexplicàvel) por esses lados
Ghost4u escreveu:
...
Afianço que, as edições com selo Jazz Images, além de boas, têm em conta os direitos de autor. Quanto às capas diferenciáveis da edição original, tal facto é justificável, porquanto homenageiam dois dos fotógrafos que acompanharam as estrelas de jazz.
As razões que levam uma editora a mudar a capa de um album, devem ser inumeras, mas não creio que nenhuma seja em abono da obra. Recentemente a 4AD reeditou o Into de Labyrinth dos DCD e bem, pois foram buscar o mastering da MoFi ... mas mudaram a capa e a ordem das faixas, ora que são eles que possuém os direitos . Fora proteger os preços indecentes da primeira edição e os da da MoFi, isto não tém outra justificação, ném economica ném artistica ao ponto que me leva a parafrasear a lei do Lavoisier : No comercio, nada se perde e nada se transforma ... tudo se ganha!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 09:40
Excepcionalmente e em resposta a um administrador desta praça escuto actualmente esta obra barroca em vinil ... mas os discos estão "mint". O Couperin mostra aqui a sua capacidade de analise da musica do seu tempo e que o rodeia, fazendo um integração virtuosa e pessoal desses elementos num todo mais grande. O titulo "As Nações" é pertinente e verdadeiramente bem sentido pois homenageia as influências espanholas, alemãs e italianas que alimentam a composição. Ao ponto que o auditor pode se questionar se parte da cultura francesa não é finalmente o resultado de uma sintese complexa das "grandes" culturas que a rodeiam ... uma obra de meditação e para meditar !
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 10:50
TD124 escreveu:
Excepcionalmente e em resposta a um administrador desta praça escuto actualmente esta obra barroca em vinil ... mas os discos estão "mint". O Couperin mostra aqui a sua capacidade de analise da musica do seu tempo e que o rodeia, fazendo um integração virtuosa e pessoal desses elementos num todo mais grande. O titulo "As Nações" é pertinente e verdadeiramente bem sentido pois homenageia as influências espanholas, alemãs e italianas que alimentam a composição. Ao ponto que o auditor pode se questionar se parte da cultura francesa não é finalmente o resultado de uma sintese complexa das "grandes" culturas que a rodeiam ... uma obra de meditação e para meditar !
Tenho que descobrir pois não conheço de todo.
Merci!!!!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 11:42
Alexandre Vieira escreveu:
... Tenho que descobrir pois não conheço de todo.
Merci!!!!
Por 15 euricos tens vàrios na Discogs ... e em bom estado como é regularmente o caso com os discos vinilos de clàssica. Faz-me pensar se os amadores de clàssica tinham melhores aparelhagens, tratavam melhor os discos ou simplesmente respeitavam a Musica ...
Fica um constato e uma duvida
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 11:52
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
Ainda ontem andamos pelo Porto, a passear lentamente pelo centro da cidade e agora já nada rima com nada... Ou melhor, ainda se encontram lugares onde há rimas e risos, mas já é preciso procurar bem ...
Principio da impermanência e ainda bem. Se nada muda, pouco a pouco as coisas vão se transformar em "Still Life" aka Natureza Morta ! Neste contexto o disco dos VDG foi bem escolhido
Ai, ai...
A forma como penso o Mundo, as Cidades, a Sociedade, não vai ao encontro do que vejo passar-se em frente aos meus olhos e com o Turismo como motor, ainda que entenda que não existe "receber" sem "dar".
No dia em que viajar para procurar a mesmidade... aí sim, aceitarei isto.
O Porto ainda tem zonas que me fazem experimentar a cidade que guardo com muita estima, aquela sobre a qual falo de forma apaixonada, que me faz querer voltar lá a cada momento - creio que algumas pessoas ainda viajam para ver essa cidade, outras claro que o fazem para ver as fachadas limpas e negócios de cara bonita.
Porque isto é o A Rodar, aqui deixo um álbum acabado de sair e que tem um título sugestivo:
Ele pode ser escutado aqui: https://fieldmusic.bandcamp.com/album/making-a-new-world
Nascido de um projecto conjunto com o Museu da Guerra e actuação em Londres, este álbum retrata o Pós Primeira Guerra Mundial, sem ser um álbum sobre a Guerra... talvez um dia se escreva sobre os efeitos do Turismo ou como não o soubemos pensar de forma eficiente.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 13:04
José Miguel escreveu:
... creio que algumas pessoas ainda viajam para ver essa cidade, outras claro que o fazem para ver as fachadas limpas e negócios de cara bonita. ...
Quando viajo numa cidade que possui o seu centro classificado na Unesco ... não é para ver as fachadas decrépitas que vi hà três anos atràs no Porto, mas os negocios que sejam bonitos ou feios estou me barimbando
O Porto é a tua cidade e gostas dela, como eu de Lisboa mas ... as fachadas sujas e decrépitas, os passeios com buracos e a sujidade global não são bons indicios sociais, ném em Marselha, ném em Nàpoles ném no Porto ou Lisboa. O turismo vai destruir coisas e amelhorar outras, mas cria uma riqueza que bem utilisada pode beneficiar a muitos ... pergunta aos espanhois
Apòs a musica barroca e este parêntese socio-economico com o Miguel, estava com vontade de escutar este AIA. A Grouper realisa neste disco o que é certamente a sua obra mais abstrata. Tudo é sugerido nesta torrente plàcida de linhas melodicas que não apresentam uma direção determinada, ném objectivo. Deixar-se ir num movimento lento ao prazer da contemplação e da introspeção é em si um belo momento de hedonismo ...
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14320 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 15:39
TD124 escreveu:
As razões que levam uma editora a mudar a capa de um album, devem ser inumeras, mas não creio que nenhuma seja em abono da obra.
Prezado TD124,
Tendo conhecimento da "criatividade" da 4AD na edição indicada por si (Dead Can Dance - «Into the Labyrinth»), limitei-me a referir a Jazz Images, cujas edições tolero e em nada me causa repulsa no capítulo de alteração da capa, pois as fotos publicadas na frente e no verso, foram obtidas quer por Jean-Pierre Leloir, William Claxton, ou Francis Wolff, no contexto das sessões de gravação dos álbuns publicados. Saliento que na contra-capa, além de visível uma pequena foto da capa original, também inclui o apontamento original aquando a publicação do disco. Agora, vou ouvir música.
Grato pela compreensão,
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 16:22
Ghost4u escreveu:
... limitei-me a referir a Jazz Images, cujas edições tolero e em nada me causa repulsa no capítulo de alteração da capa, pois as fotos publicadas na frente e no verso, foram obtidas quer por Jean-Pierre Leloir, William Claxton, ou Francis Wolff, no contexto das sessões de gravação dos álbuns publicados. ...
Sob pretexto que o novo boneco da capa, pertençe à mesma sessão de gravação que o antigo ... então pode ser permutado. Para mim, é como dizer que a foto feita pelo Will Oldham na capa do Siderland dos Slint, pode ser permutada por outra foto dele feita nesse dia de bebedeira ao bordo do lago ... pessoalmente fico-me pela original ! Admito que tal não lhe cause repulsão e que tolere isso ... eu não, pois considero a capa original de um album como fazendo parte integrante deste! Mas, se tivesse sido o Ornette Coleman que tivesse decidido de mudar a capa da reedição do The Shape of the Jazz to come, então
O prisma do Dark Side of the Moon ou as pulsações do quasar CP1919 no Unknown Pleasures são iconos ... mudà-los impacta a globalidade da obra tal qual foi criada, não
Existém albuns com duas, ou vàrias capas como o "f♯ a♯ ∞" dos GY!BE que possui vàrias fotos diferentes coladas na capa na versão da editora Costellation ... e ainda uma capa diferente na versão da editora Kranky! Mas é assim desde 1997 e de origem então tudo bem comigo!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Qua Jan 15 2020, 18:55
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... creio que algumas pessoas ainda viajam para ver essa cidade, outras claro que o fazem para ver as fachadas limpas e negócios de cara bonita. ...
Quando viajo numa cidade que possui o seu centro classificado na Unesco ... não é para ver as fachadas decrépitas que vi hà três anos atràs no Porto, mas os negocios que sejam bonitos ou feios estou me barimbando (...)
O Paulo sabe que eu trabalhava no sector do Turismo e em Espinho será o mesmo sector (mudando de empresa e trabalho) a "alimentar-me", ora eu não cuspo no prato onde trato de comer, mas também não deixo de pensar... As cidades não se querem em ruinas, também não se querem como parques de diversões onde só entra quem tem muito para gastar.
Espanha já foi melhor exemplo a seguir, hoje continua a ser pela força do seu turismo interno (algo que deve ser pensado), mas muitas das cidades deixaram de ser para os seus habitantes e passaram a ser para turistas - ao ponto de serem propostas leis de contenção.
Por ter a memória fresca, lembro Nantes como um bom exemplo: a cidade pensou um projecto de médio prazo e está a apoiar-se nele para se reabilitar. Os locais não foram esquecidos (pelo que vi) e os negócios não são mais do mesmo (para comprar um postal tivemos que ir ao posto de turismo).
Espero que essa realidade não se altere e que sigam o plano, as pessoas com quem falamos pareciam satisfeitas.
Aqui (para falar daqui) falta um plano e como conhece melhor Lisboa, tente apontar algo que nesta onda de turismo está a beneficiar os Lisboetas? Nem nos transportes públicos investem de forma eficiente...
Para acompanhar esta boa conversa, porque foi referido e porque é um daqueles que fica muito bem quando se quer fazer uma descarga de energia:
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 08:23
José Miguel escreveu:
... O Paulo sabe que eu trabalhava no sector do Turismo e em Espinho será o mesmo sector (mudando de empresa e trabalho) a "alimentar-me", ora eu não cuspo no prato onde trato de comer, mas também não deixo de pensar...
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 18:06
Não vamos andar às voltas ... este é o melhor album dos U2!... e de longe. Cheio de criatividade musical, de consciência social e de paixão, isto é uma verdadeira ode à velha europa. O titulo que mistura a lingua inglesa e alemã anuncia que os velhos demonios estão esquecidos, estamos juntos, somos irmãos de novo ... o que nunca deveriamos deixar de ter sido. A irreverência intelectual leva o grupo a misturar a electronica o rock e a mensagem social (sempre religiosa ) de uma maneira descomplexada, assumida! Da primeira até à ultima faixa é uma torrente de musica empolgada e inspirada que leva o grupo até um auge que nunca mais serà atingido ... que importa, a vitoria sobre si mesmo basta uma vez e chega !!!...
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 18:43
Boa sugestão, eu também gosto muito do Joshua Tree...e a famosa Where The Streets Have No Names lembra Espinho
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 18:54
antpaubarcar escreveu:
...e a famosa Where The Streets Have No Names lembra Espinho
Se eles tivessem passado por esta cidade teriam escrito "Where the Streets Have Numbers as Names"...
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 19:16
José Miguel escreveu:
antpaubarcar escreveu:
...e a famosa Where The Streets Have No Names lembra Espinho
Se eles tivessem passado por esta cidade teriam escrito "Where the Streets Have Numbers as Names"...
A minha ''boca'' foi para o provocar (no bom sentido), valeu a pena, a sua afirmação está muito bem vista
Última edição por antpaubarcar em Qui Jan 16 2020, 19:33, editado 1 vez(es)
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 19:29
Para mim ainda é novidade e quando me dizem "isso é na 33", como se eu soubesse, ainda sorrio.
Eu sou natural de Santo Tirso, deve conhecer, adulto fui parar ao Porto.
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 19:44
José Miguel escreveu:
Para mim ainda é novidade e quando me dizem "isso é na 33", como se eu soubesse, ainda sorrio.
Eu sou natural de Santo Tirso, deve conhecer, adulto fui parar ao Porto.
Eu sou nascido na Sé e criado na zona do Bonfim, o meu pai era natural de S. Martinho do Bougado e os meus avós fixaram- se na Esprela, ainda não havia a saída da A3 mas havia a Carpélio...e ficava no meio da Trofa e Santo Tirso, tenho muita família espalhada por Pevidém, Santo Tirso e Trofa. Ainda sou do tempo que a Moura só fazia jesuítas em alguns dias e nos outros tínhamos que chupar os limonetes...o meu tio explorava uma tabacaria no prédio do hotel Sidnay...velhos tempos
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 20:33
Isso é muito engraçado, é quase meu conterrâneo!
A cidade de Santo Tirso está bonita e animada, independentemente de tudo, ela melhorou nos últimos anos.
Conheço muito bem a Moura e gosto dos Jesuítas, mas não os acompanho com "chá frio"!
Faz algum tempo que por aqui andamos, gostei de saber disto.
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 21:03
É verdade, quase, quanto a Santo Tirso está realmente bonita e muito mais cuidada, eu deixei Há muito de os comer na confeitaria, alguém mos compra e comemos em casa, gosto de chá mas só do preto e de preferência Darjeeling, tive oportunidade de provar em Londres o Lipton ice tea quando do seu lançamento há umas décadas, não me convenceu!, para os jesuítas vai bem um bruto...uma vez em Santo Tirso foram acompanhados por espadal caseiro, bem fresquinho! Por este andar temos que abrir outro tópico ou migrar para o recém aberto pelo TD124!!!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 21:20
O "chá frio" é mesmo isso, espumante servido como chá.
Ir a Santo Tirso é turismo e do bom - dormida no Sidnay, almoço no Ferro Velho, jantar na Taberna A Clínica e ternimar a noite no Carpe Diem (do Zé Costa, baterista dos Ecos da Cave).
Ecos da Cave - Desejo:
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 21:31
Bem dito ''e mai nada '' Ps.: Não conhecia a expressão, do chá frio, claro
reirato Membro AAP
Mensagens : 3642 Data de inscrição : 08/11/2010 Idade : 80 Localização : Stª Maria de Belém, Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 21:54
Isto vai por bom caminho!?...
Começamos com "chá frio", logo saltamos ao "bruto" da Bairrada, concerteza, fazendo uma pausa no "Espadeiro caseiro"!?... Assim não há música nem sistema que defraude...
antpaubarcar Membro AAP
Mensagens : 1001 Data de inscrição : 20/12/2013
Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jan 16 2020, 23:48
Agora, depois do bruto, do espadal e terminado o Vat 69, já nem sei o que é um sistema e muito menos onde é que se desliga!!!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jan 17 2020, 08:49
antpaubarcar escreveu:
Agora, depois do bruto, do espadal e terminado o Vat 69, já nem sei o que é um sistema e muito menos onde é que se desliga!!!
Alguém anda a gozar os frutos da flor da idade!!!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jan 17 2020, 10:26
Esta manhã cinzenta tém sido passada em companhia do Inni que é o Live dos Sigur Rós na sua terra natal ... jà vou no terçeiro e ultimo disco. Se a evolução, por demasiado umbilical nmho, deste grupo afastou-me dos recentes albums reconheço que o "fundo musical" é muito interessante. A stratocaster tocada com arco e a voz de "falsetto" do Jónsi são elementos reconheciveis que distilam uma potência suave e melancolica. O que poderia ser épico torna-se em catarse devido aos tempos lentos, uma constante neste concerto que sugere a atmosfera do album (). As brumosas terras nordicas são o epicentro de novas musicas e formas de expressão artistica. Faz bem ser embalado de vez em quando por coisas assim ...
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14320 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jan 17 2020, 11:49
antpaubarcar escreveu:
Agora, depois do bruto, do espadal e terminado o Vat 69, já nem sei o que é um sistema e muito menos onde é que se desliga!!!
Se o companheiro Ferpina ler a sua referência ao Vat 69, tentará saber qual o ano e a sua opinião sobre esse uísque que ele tanto aprecia...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jan 17 2020, 17:51
Para a hora de sentar e relaxar, acabei a escolher um álbum que é mais pesadote, capaz de nos transportar para paisagens como a que a capa ilustra.
Os Godspeed You Black Emperor apresentarem esta obra ao público em 1997, mas mesmo estes anos todos depois ela mantém-se pertinente e capaz de comduzir a um bom momento de reflexão.
A capa desta reedição mantém os elementos originais e o postal é colado... Este lado "artesanal" fica-lhe mesmo bem.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jan 17 2020, 19:47
José Miguel escreveu:
... Os Godspeed You Black Emperor apresentarem esta obra ao público em 1997, mas mesmo estes anos todos depois ela mantém-se pertinente e capaz de comduzir a um bom momento de reflexão.
A capa desta reedição mantém os elementos originais e o postal é colado... Este lado "artesanal" fica-lhe mesmo bem.
Olà José, não sei porque dizes reedição pois no meu conhecimento a Constellation nunca deixou de vender o vinilo dessa obra. Não é a primeira prensagem que era limitada a 500ex e com a capa preta, mas não me pareçe ser o caso para falar de reedição, para mim é como falar de reedição do Köln Concert ... ora que a ECM nunca deixou de o prensar. O termo prensagem recente pareçe-me mais adequado ... mas são manias minhas
Saiu-te na rifa a mesma foto que no meu pois existém três ou quatro diferentes e que de maneira aleatoria são coladas na capa ... eu gostaria de ter tido a versão com a foto que està na versão do f#a# em CD da Kranky, mas saiu-me esta . Qualquer que seja a foto, isto não impede este album de ser um icono do Post-Rock
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 11:20
Tem toda a razão Paulo, esse álbum tem visto a luz do dia em vinil desde que saiu.
No autocolante que vê no canto superior direito da imagem (colado na capa de plástico), diz isso mesmo, mas também diz "now pressed on audiophile heavyweight vinyl from a remastered cut."
Foi isto que me levou a dizer "reedição", mas seria interessante perceber o que fizeram nesta nova masterização.
Hoje deu-me para os sons mais pesadotes e elaborados, a título de exemplo fica este:
Não pegava nestas coisas faz muito tempo (antes tocou Iron Maiden, primeiro álbum), mas ainda faz sentido colocar a rodar estes álbuns.
Dream Theater terá sempre um lugar especial e quase me consigo transportar no tempo ao ouvir as letras, a bateria a metralhar-nos com pormenores vindos do gigante "set", as ricas linhas de baixo, a comunicação incrível entre guitarra e as teclas...
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 13:39
Duplo vinil fabuloso, a intensidade/sobriedade na interpretação são tão constantes que após quase 30 de convivência ainda não consigo definir esta obra e interpretação. Mas que é magnifica lá isso é.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 14:05
Scheherazade (ou Sheherazade; em russo: Шехерезада), op. 35, é uma suíte sinfônica composta por Nikolai Rimsky-Korsakov em 1888. Baseado no livro das Mil e Uma Noites, este trabalho orquestral combina duas características comuns seja à música russa seja à de Rimsky-Korsakov: o colorido da orquestração e um interesse pelo Oriente, sempre muito presente na história da Rússia imperial. É considerada a obra mais popular de Rimsky-Korsakov. Em 1910, Michel Fokine utilizou a música para um balé, no qual participaram Vaslav Nijinski, em um dos papéis principais, e Leon Bakst, na preparação do figurino e cenário.
In wiki
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 14:07
José Miguel escreveu:
... No autocolante que vê no canto superior direito da imagem (colado na capa de plástico), diz isso mesmo, mas também diz "now pressed on audiophile heavyweight vinyl from a remastered cut."
Foi isto que me levou a dizer "reedição", mas seria interessante perceber o que fizeram nesta nova masterização. ... Não pegava nestas coisas faz muito tempo (antes tocou Iron Maiden, primeiro álbum), mas ainda faz sentido colocar a rodar estes álbuns. ...
Nesse caso és tu que tens razão
O meu é muito velhote e ainda tém os numeros escritos à mão por detràs da capa. Aliàs a capa é feita numa cartolina finissima ... ném sei como durante a viagem o disco não rasgou a capa. O vinilo não é uma versão 150 ou 180g, então o teu é verdadeiramente uma nova edição e se foi remasterisado pode-se dizer que é uma reedição
Talvez eles se tenham inspirado da remasterisação feita para o CD da Kranky ... mas a musica do f#a# em CD e em vinilo não é exactamente a mesma ... então não sei exactamente o que fizeram, talvez lixar as arestas pois a gravação de base sem ser mà, também não é estupenda
Um dos meus primeiros discos comprados com o meu dinheiro foi o Led Zeppelin II e o The Number of the Beast dos Iron Maiden. Jà não o tenho em vinilo hà muito mas de vez em quando escuto-o em ficheiro ... e continua a me dar uma bela acelaração
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 14:17
Alexandre Vieira escreveu:
Duplo vinil fabuloso, a intensidade/sobriedade na interpretação são tão constantes que após quase 30 de convivência ainda não consigo definir esta obra e interpretação. Mas que é magnifica lá isso é.
A sobriedade não é um adjectivo que utilisaria para a condução do Gardiner ... mas vou dar uma espreitadela nisso pois fiquei curioso. Que não consigas definir essa obra passados trinta anos não é de admirar ... mesmo apòs três vidas continuaria a ser dificil de definir a musica de Bach, tal como a do Monk, pois é a musica de Deus
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 14:21
Um verdadeiro achado, uma interpretação magnífica especialmente de Gigli.
Beniamino Gigli nasceu em Recanati, uma província de Macerata. Gigli mostrou desde cedo uma grande facilidade para o canto, sendo aceito para o Coro Pueri Cantores, da Catedral da província.
Começou a estudar canto com o maestro Quirino Lazzarini, que era organista e diretor do Coro da Santa Casa de Loreto. Depois disso, em 1911 venceu um concurso concorrendo a uma bolsa, conseguindo, assim, entrar no Santa Cecília, em Roma, sob os ensinamentos de Enrico Rosati.
Gigli fez sua estreia com o personagem Enzo, de Gioconda, uma ópera de Amilcare Ponchielli no Teatro Social de Rovigo em 15 de outubro de 1914, depois de vencer outro concurso em Parma.
Em novembro de 1918 cantou no La Scala de Milão, na ópera Mefistofele de Arrigo Boito, com a direção de Arturo Toscanini.
Em 26 de novembro de 1920 estreou no Metropolitan Opera de Nova Iorque, novamente com a obra Mefistofele; seguiu com Andrea Chérnier de Umberto Giordano, que cantou durante doze temporadas consecutivas, La Bohème de Puccini, L'elisir D'amore de Gaetano Donizetti e outros sucessos. Foi o principal tenor do Metropolitan Opera por doze anos seguidos, sucedendo ao mito italiano, Enrico Caruso.
Sua voz foi celebrada com "Nova" e, decisivamente, a mais famosa e representativa do período fascista.
Em 1932 retornou à Roma. Depois da guerra voltou à atividade, apenas parando em 1955.
Encenou 16 filmes, com Alida Valli, Isa Miranda, Maria Cebotari entre outras intérpretes famosas.
Foi um dos mais famosos cantores de música napolitana, grande intérprete de músicas de Ernesto de Curtis. Participou do filme Carosello Napoletano, de Ettore Giannini em 1953, onde cantou O Sole Mio, Funiculì Funiculà, Voce è Notte e Marechiare.
Em 1955 ele fez a turnê de adeus aos Estados Unidos, com três concertos, em abril no Carnegie Hall, que está publicada em LP. O último concerto de sua vida foi em 25 de Maio de 1955 no Constitution Hall de Washington.
Maria Caniglia (Nápoles, 5 de maio de 1905 – Roma, 16 de abril de 1979) foi uma das principais sopranos italianas das décadas de 1930 e de 1940. Caniglia estudou no Conservatório de Música de Nápoles com Agostino Roche. Fez sua estreia profissional em Turim como Chrysothemis na ópera Elektra em 1930. No mesmo ano fez Magda em La campana sommersa, de Ottorino Respighi em Gênova e Lohengrin em Roma. Sua estreia no teatro La Scala de Milão foi como Maria, em Lo straniero, de Ildebrando Pizzetti. Ela cantou com regularidade no La Scala até 1951 nos papéis principais de soprano na época, tais como Un ballo in maschera, La forza del destino, Aida, Andrea Chénier, Tosca, [Adriana Lecouvreur, etc. Ela teve especial sucesso com papéis da parte final do Verismo.
Na cena internacional, Maria Caniglia apresentou-se em lugares como a Ópera de Paris, Covent Garden e o Teatro Colón. Sua estreia no Metropolitan Opera of New York foi em 21 de novembro de 1938, como Desdêmona em Otello.
Caniglia participou da "exumação" de ópera há muito esquecidas, tais como Poliuto, de Donizetti e Oberto, de Verdi. Ela também participou da criação de muitos trabalhos contemporâneos: Manuela em La notte di Zoraima, de Italo Montemezzi's (Milão, 1931), Rosanna em Cyrano di Bergerac, de Franco Alfano (Roma, 1936), e o papel principal em Lucrezia, de Respighi (Roma, 1937).
Caniglia trabalhou com regularidade com os maiores maestros e cantores, deixando gravações de suas atuações principais, notavelmente Un ballo in maschera e Aida (regidas por Tullio Serafin), Andrea Chénier e Tosca (regidas por Oliviero De Fabritiis), todas com o tenor Beniamino Gigli; La forza del destino (regente Gino Marinuzzi), Don Carlo, Fedora e Francesca da Rimini, de Zandonai, esta última regida por Antonio Guarnieri.
Caniglia casou-se em 1939 com o compositor italiano Pino Donati (1907-1975), que foi diretor musical da Arena de Verona, do Teatro Comunal de Bolonha e da Ópera Lírica de Chicago.
Un ballo in maschera (Um baile de máscaras) é uma ópera em três atos de Giuseppe Verdi, com texto de Antonio Somma. É uma das óperas mais conhecidas em todo o mundo. Sua primeira produção foi no Teatro Apollo, em Roma, em 17 de fevereiro de 1859.
A ópera baseia-se no assassinato do rei Gustavo III da Suécia, mas não é historicamente exata. Durante a composição, Verdi foi convidado a fazer muitas mudanças na ópera, devido ao tema politicamente sensível.
Apesar de sua dramática conclusão, Un ballo in maschera tem muitos momentos de brilhantismo e ironia associada a comédia - uma mistura, que levou os críticos a rotulá-la "Shakespeariano".
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 14:23
TD124 escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Duplo vinil fabuloso, a intensidade/sobriedade na interpretação são tão constantes que após quase 30 de convivência ainda não consigo definir esta obra e interpretação. Mas que é magnifica lá isso é.
A sobriedade não é um adjectivo que utilisaria para a condução do Gardiner ... mas vou dar uma espreitadela nisso pois fiquei curioso. Que não consigas definir essa obra passados trinta anos não é de admirar ... mesmo apòs três vidas continuaria a ser dificil de definir a musica de Bach, tal como a do Monk, pois é a musica de Deus
É uma mistura de sensações, passa-se da paz à emoção da intensidade num abrir e fechar de olhos!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jan 18 2020, 14:36
La Vestale (La virgen vestal) es una ópera compuesta por el italiano Gaspare Spontini con un libreto en francés de Etienne de Jouy. Fue estrenada en la Ópera de París el 15 de diciembre de 1807, y está considerada como la obra maestra de Spontini.1 Luego se presentó en Viena en 1810 en versión alemana, y en versión italiana en Nápoles el 8 de septiembre de 1811. A España llegó en 1817, representándose en Madrid, traducida al español. Luego no se volvió a representar hasta 1910, en el Gran Teatro del Liceo de Barcelona, en italiano. Se estrenó en el Teatro Colón de Buenos Aires en 1910 con Esther Mazzoleni.
El estilo musical muestra la influencia de Gluck e influyó en la obra de Berlioz, Wagner y la Grand Opera francesa.2
Aunque fue muy celebrada en su época, actualmente es poco representada. Dos de sus arias, «Tu che invoco» y «O Nume tutelar», son mucho más conocidas que la ópera íntegra, y se cantan habitualmente en italiano.
En 1954, Maria Callas abrió la temporada de La Scala con esta ópera dirigida por Antonino Votto, acompañada de Franco Corelli y Ebe Stignani, marcando la primera colaboración de la soprano con el director de cine Luchino Visconti. La ópera fue repuesta en 1969 en Palermo con Leyla Gencer dirigida por Fernando Previtali. De ambas representaciones existen registros completos tomados en vivo.
Vai com o Wiki em Castelhano para desenjoar.
Conheço esta obra fruto de uma boa caçada nas feiras de usados. O elenco é magnifico e Maria Vitale não fica nada atrás da Callas.