A rodar XLVII

Não somos dados a comprar compilações, mas quando os originais não aparecem... faz tempo que esta compilação anda cá por casa e toca muito bem:


John Martyn - So Far So Good...

Quem não conhece John Martyn, permita-se a escutar algumas faixas com atenção. Existem algumas semelhanças com Nick Drake, eles tiveram a sua relação com altos e baixos, mas as suas obras merecem o espaço que ocupam e ficam bem próximas.

Um dia estava a escutar Ballaké Sissoko / Vincent Segal - Musique de Nuit e no final cruzei-me com uma outra referência... ouvi e ficou na memória. Por coincidência, muito tempo depois, enquanto procurava uma outra coisa bem diferente, vi este:


Seckou Keita - 22 Strings/Cordes...

É um álbum onde a Kora é rainha, a tradição ligada a este instrumento não é esquecida, mas são dados passos que aproximam culturas - pelos dedos de Keita (Senegal) podemos sentir que este é cada vez mais um pequeno mundo.

Recomendo fortemente que escutem Musique de Nuit e depois este álbum, permitam-se a uma bela viagem por outras paragens sem a necessidade de esquecerem de onde são - somos todos do mesmo planeta.

É português e é muito bom!

José Miguel escreveu:

Um dia estava a escutar Ballaké Sissoko / Vincent Segal... Recomendo fortemente que escutem Musique de Nuit (...)

Enquanto que o registo é aprazível, ao vivo a dupla interpretativa é magnífica! Testemunhei essa sensação num concerto que conservo na minha caixa idiota instruída (mente).

Apaixonar-me outra vez pode ser duro nesta fase da vida, mas corro o risco.



Anna von Hausswolff, Dead Magic

ricardo.canelas escreveu:

Apaixonar-me outra vez pode ser duro nesta fase da vida, mas corro o risco.



Anna von Hausswolff, Dead Magic

Andas numa Gothic-trip

TD124 escreveu:

ricardo.canelas escreveu:

Apaixonar-me outra vez pode ser duro nesta fase da vida, mas corro o risco.

(...)

Anna von Hausswolff, Dead Magic

Andas numa Gothic-trip

Tive de espreitar o álbum, não conhecia... estava a preparar-me para dizer que o Ricardo é um jovem que ainda viverá muitas paixões...
"After the fall
After the fall
After the fall
I'll find you"

José Miguel escreveu:

TD124 escreveu:

ricardo.canelas escreveu:

Apaixonar-me outra vez pode ser duro nesta fase da vida, mas corro o risco.

(...)

Anna von Hausswolff, Dead Magic

Andas numa Gothic-trip

Tive de espreitar o álbum, não conhecia... estava a preparar-me para dizer que o Ricardo é um jovem que ainda viverá muitas paixões...
"After the fall
After the fall
After the fall
I'll find you"

ouvi este duas vezes de seguida com a casa toda a vibrar, vou no mais recente e é simplemente espantoso. Como afficionado do órgão (de tubos, o verdadeiro ) nunca tinha ouvido nada assim!


Theatre of Nature




Theatre of Nature

Ghost4u escreveu:

José Miguel escreveu:

Um dia estava a escutar Ballaké Sissoko / Vincent Segal... Recomendo fortemente que escutem Musique de Nuit (...)

Enquanto que o registo é aprazível, ao vivo a dupla interpretativa é magnífica! Testemunhei essa sensação num concerto que conservo na minha caixa idiota instruída (mente).

Nunca tive a oportunidade de ver a dupla ao vivo, mas esse álbum é um daqueles que marca um ano da minha vida (Açores) e um que ainda hoje tenho como um muito belo exemplo de Música "East Meets West" ou encontro de culturas.

ricardo.canelas escreveu:

ouvi este duas vezes de seguida com a casa toda a vibrar, vou no mais recente e é simplemente espantoso. Como afficionado do órgão (de tubos, o verdadeiro ) nunca tinha ouvido nada assim!

(...)

O órgão de tubos tem marcado presença lá em casa, mas em registos Ambient/Drone... Dead Magic tem momentos Dark Ambient, mas com explosões que nos levam para um território Gótico (como referiu o Paulo) progressivo... lembra-me um registo Metal.

O meu Black Friday

Comprinhas baratas mas com muita pinta!

Cada cd custou-me 1,99 euros! É mais barato (e melhor ) do que descarregar ficheiros!


Dan Deacon – America



Boardwalk – Boardwalk




Temples – Sun Structures



Afonso Pais, JP Simões – Onde Mora O Mundo


Liars – Sisterworld


Patrick Watson – Wooden Arms

Ghost4u escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

(...) Comprinhas baratas mas com muita pinga!

Independentemente das aquisições, gostei do pormenor relacionado com abundância de "pinga". Terá sido o companheiro masa a fornecer a tinta alentejana  

Esse MASA é um vira casacas! Agora desde que é Algarvio deixou de arranjar a boa PINGA!

Tinha partido para ir escutar o fabuloso Oneohtrix Point Never-Replica mas na minha desorganisação habitual enquanto o buscava nas estantes dei com este... é uma catedral, é um monumento intemporal da musica electronica, que digo, da Musica, simplesmente. Como hà tentações às quais não resisto deixei-me mais uma vez embarcar nesta viagem hipnotica e vertiginosa... ainda estou no espaço imaterial desta obra e convido-vos a dar uma orelhada atenta, pode ser a ou uma revelação...

Depois da proposta do Paulo eu nem estava para partilhar... mas no fundo há um fio que pode ligar as duas obras...


Kajsa Lindgren - Momentary Harmony (2021)

Esta menina Sueca experimenta a Electrónica Ambiente e o "Field Recording", contudo não deixa de utilizar instrumentos clássicos e voz para criar as paisagens que deseja partilhar.
São largos os horizontes de quem ousa criar sem amarras; o belo pertence quem pensa o mundo, a quem cria mundos.

José Miguel escreveu:

...Esta menina Sueca experimenta a Electrónica Ambiente e o "Field Recording", contudo não deixa de utilizar instrumentos clássicos e voz para criar as paisagens que deseja partilhar.
São largos os horizontes de quem ousa criar sem amarras; o belo pertence quem pensa o mundo, a quem cria mundos.

Com esta frase na mente começo o meu sabado e ataco o chà da manhã com este album... as palavras do José deram-me vontade de entrar nesta bruma matinal nordica, convido à descoberta

É o que tenho a rodar neste final de noite.

Boduf Songs - Abyss Verssions

O Domingo é uma dia chato, pelo menos para mim... não o vejo como o primeiro dia da semana, mas como último também não oferece grande coisa. Este transformou-se em dia para dedicar à Música, exclusivamente. Estava sossegado e sem vontade de escrever, mas pegar em Loveless fez-me pensar que a partilha valeria a pena:



Eu já havia referido no tópico "não roda..." que esperava por uma chamada, a reedição de Loveless pelas mãos do Kevin Shields (para quem não sabe, o guitarrista e vocalista) numa produção totalmente analógica prometia algo bom - e é bom. Esta pérola do Rock merecia faz tempo esta reedição, há mais algumas surpresas para lá da Música, capa e imagens estão muito bem conseguidas.

Quem ainda não tem e sabe como é bom este álbum, não perca a oportunidade e corra enquanto há. Eu tinha o meu nome em duas listas de espera, quando me ligaram dei um pulo... este merece o espaço físico, mesmo oferecendo a possibilidade de ser escutado via ficheiro de alta qualidade.

Ghost4u escreveu:

O recital que Keith Jarret deu na Ópera de Colónia, esteve envolto em episódios desfavoráveis para ser considerado o concerto maldito do versátil pianista estado-unidense... Todavia, à semelhança do estado atmosférico de 24 de Janeiro de 1975, naquela cidade da outrora República Federal da Alemanha, a audição do registo da actuação aquenta a alma do ouvinte nesta noite gélida.

(ECM, 1064/65    810067-2)

Os verdadeiros classicos são eternos, esse é um desses

Por coincidência tinha-me esquecido de escutar isto, que justamente se intitula "playing the piano" e a referência ao Keith fez click!

tomaz escreveu:

Por coincidência tinha-me esquecido de escutar isto, que justamente se intitula "playing the piano" e a referência ao Keith fez click!

Muito bom

Born to adore you  



The Crying Light
Antony and the Johnsons

ricardo.canelas escreveu:

(...)

The Crying Light
Antony and the Johnsons

Que belo álbum, vai muito bem com a aproximação do Inverno!

Estou entre as duas... venho de receber o vinil no sapatinho mas não o posso escutar pois a familia jà dorme, escuto então o MP3 que é fornecido na espera de escutar o album num prato, por isso està aqui! Nada vou dizer sobre a prensagem porque não sei... e mesmo se soubesse seria uma lotaria, se o meu foi prensado antes do vosso ele é melhor, é a triste evidência do vinil! Também não o vou comparar com o ficheiro, seria injusto e cruel e nada pode ser feito contra este facto. Subsiste a musica para além do formato ou das considerações audiofilas e quém sabe, talvez seja isto o fundamental! Neste decimo terceiro album (aka n° mitico) o grupo do Minnesota volta a me surpreender apos o ultimo Double Negative! Sim, eu sei que o grupo é pouco conhecido, mas para os que o conheçem é simplesmente mitico... é sempre assim com as coisas pouco divulgadas! Não vou espalhar os meus sentimentos em relação ao album pois estou farto de escrever coisas pessoais e mesmo intimas neste topico, direi simplesmente que este grupo que sigo desde a nascença continua a me surpreender. È o melhor album do grupo?... talvez! Houve melhor antes?... talvez? Este lowcore pode ser a salvação de um rock agonisante?... talvez! Esta musica é fundamental?... não sei! Deixo-vos responder ou ter um ponto de vista pessoal sobre esta obra, é isto a partilha

TD124 escreveu:

Isto é material espesso...

A minha prenda de natal dos progenitores

E, no que foi a maior transição musical de sempre, segue-se



Como pretensa pessoa do campo, gosto de me tentar apropriar o máximo possivel dos verdadeiros filhos da terra.

ricardo.canelas escreveu:

A minha prenda de natal dos progenitores

O Ghosteen apareçe-me como a saida em direção da luz apòs o lancinante e irrespiravel Skeleton Tree! Ambos formam um Requiem bipolar aonde a esperança do Ghostheen (Fauré) contrasta com a temivel imagem da morte do Skeleton Tree (Mozart). Dois albums que falam do que é certamente a mais dolorosa das dores... mas que falam também da coragem e dignidade necessarias para poder continuar o caminho mais apaziguado, grandes albums

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