Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 13:55
Esta conversa jà tinha sido abordada vàrias vezes em topicos diversos, vamos là ver se podemos todos em sinergia imaginar a forma que uma entidade destas deveria ter para poder propulsar Portugal entre os paises produtores de aparelhos de audio ... criando uma mais valia para os protagonistas e por extensão para o nosso pais!...
Penso que o primeiro passo deveria cristalisar a ultima frase que sublinhei e definir as necessidades que blocam muitas vezes o desenvolvimento das empresas ... aceder à prototipagem de qualidade e à produção das primeiras séries!
1) Criar um laboratorio interno equipado para todas as tematicas do audio ou passar um acordo com um laboratorio externo para a utilisação dos instrumentos e ou certificações das normas internacionais...
2) Criar uma sinergia com os institutos técnicos para que os jovens em mestrado ou em doutorado possam ajudar a resolver problemas especificos, fora do alcançe dos actores iniciais e quém sabe criar vocações. O mesmo seria feito com as escolas de comércio e marketing com o objectivo da comercialisação e imagem...
3) Criar parcerias com empresas que possam materialisar os prototipos ou pequenas séries equipados para fazer caixas de colunas, fresagem, caixas metalicas, serigrafia, embalagens, impressão papel e impressão 3D...
4) Criar um espirito de grupo e circular aonde as competências de uns e dos outros seria partilhada afim que a entre-ajuda seja uma mais valia para todos...
5) Definir uma estratégia nacional e internacional dando a conheçer o polo, a sua missão e bem evidentemente as marcas existentes ou em gestação! Organisação de escutas e reuniões de trabalho com diversas pessoas ligadas ao audio, à musica, à gravação e ao comercio audio afim de analisar e acompanhar as diferentes fases do prototipo até à finalisação! Um produto que agrada a muitos vai agradar em todo o lado e a todos!...
Penso que estes cinco elementos jà abrém um pouco o debate, espero as vossas propostas!...
Seria ideal que os possiveis candidatos se manifestem também ... é para eles que isto serà feito
Toca a botar faladura
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 14:33
Eu estava a preparar-me para responder no outro tópico, mas o Paulo fez muito bem ao recentrar a conversa abrindo um tópico dedicado - conversa recorrente.
Permita-me aqui já estar de pé atrás com tudo isto, desde logo por já termos falado nisto e na altura ter revelado a minha posição. Acredito que o tópico já nasceu torto, desde logo por faltar o ponto principal: 0/Base. Ir ao encontro dos construtores e tentar saber se eles querem (ambicionam, desejam, podem, ...) transformar o seu processo de criação e venda, ou seja, estabelecer um negócio estruturado.
Eu acho engraçado toda a gente dar palpites, mas eu ainda não vi um único criador pedir ajuda. Lembro até que um dos que tentou (pela via de um gira-discos idler com plinto pesado), e veio aqui partilhar, pouco interesse gerou, tendo chegado ao lado de lá do Atlântico pelas próprias mãos. Existe ainda a possibilidade de alguém pegar em dinheiro e investir numa marca ou criador, apresentar um plano e montar tudo, recolhendo depois os dividendos (caso o negócio seja próspero).
Portugal pode não ser uma Polónia (ou outro país do centro da Europa), mas os canais de comunicação hoje permitem pensar de forma um pouco mais larga. Portugal não está no centro da Europa, mas está no centro do Mundo Ocidental que consome estas coisas. Vejamos um exemplo: https://www.audolici.com/
Muitos devem lembrar-se de um pré-amplificador amarelo que andou muito tempo e vezes no Mercado de Usados, peça pouco vistosa e apelativa, mas que tinha qualidade para o valor que pediam (eu cheguei a estar perante um desses). A Audolici mudou, mudou muito, não só em termos visuais, também em termos de estratégia. Não foi necessário abrir centros de negócios e laboratórios, foi preciso vontade. Hoje tem revendedores em vários Continentes e reviews fora de Portugal.
Há uma outra marca que tem registo Português, tendo sido uma ideia original testada fora para assegurar a validade, que está um pouco por todo o mundo: https://innuos.com/ Alguém já contactou a Innuos e os seus fundadores para avaliar a possibilidade de parcerias? Abertura de canais? Talvez sejam exigidas condições, desde a qualidade à imagem dos produtos, mas sem se tentar não se saberá.
Posto tudo isto que digo, tal como já disse no passado, sem construtores todos os pontos expostos pelo Paulo tornam-se "elefantes" em termos de investimento (tempo e dinheiro). Quem quer realmente lançar algo, ou já tem um produto, sabe o que tem que fazer. Imprensa escrita!?! Reuniões de construtores em feiras de e para amigos!?! Em pleno ano de 2021!?! As marcas que avançam e conquistam o Mercado Internacional (áudio ou outros sectores) precisaram de um fórum para isso? A qualidade deixou de ser testada por falta de laboratórios? As universidades não estão de portas fechadas, alguém procura alunos para realizar testes (desde testes de mercado a técnicos) na forma de estudos?
Hoje um reviewer no youtube tem facilmente 40 mil subscritores e chega aos milhares de visualizações em poucos dias. Eles podem ser contactados, podem ser procurados. O risco? Nenhum, no limite recebe-se um não ou, após testes, uma resposta a dizer que não têm interesse em avançar com o produto por falhas identificadas (qualidade, relação qualidade/preço, ...). A imagem de um produto já não precisa ser tosca, escreva-se um email para os responsáveis dos cursos de Design e peça-se para lançar um concurso entre alunos (prémio final uma peça e o nome na campanha).
Fica esta minha visão um pouco para o lado do proposto, mas creio que é preciso dar passos para trás antes de se avançar.
Portugal não é um caso especial, como não é o áudio. O Mercado pode ser estudado e abordado, antes de tudo isto, tem que existir interesse de quem cria e isso eu nunca vi por aqui ser abordado devidamente.
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masa Membro AAP
Mensagens : 411 Data de inscrição : 29/01/2013 Idade : 79 Localização : Vale de Milhaços
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 14:53
Não esquecer os excelentes construtores que nos têm acompanhado nas nossas exposições da audio vintage .
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 15:13
Somos um pequeno País e mercado, que normalmente quando quer fazer algo tem sempre uma tendência para o entupido gigantismo sem futuro.
Mas neste caso se o que propões é a criação de um nincho inicial isso seria um enorme passo, para se crescer. Tem que se criar MARCAS num passo seguinte, essas Marcas só têm hipótese se entrarem nos ninchos de mercado.
Lembro-me, a título de exemplo, que um País cheio de bons carpinteiros não tem uma Marca de Colunas de excepção. (Para começar). Temos tanta gente boa que já fez e faz peças excepcionais, como Rui Borges, Joaquim Pinto, os Ruis, o Ricardo, tu próprio Paulo, fiquei encantado com as criações do Naftyentre muitos outros, mas que nunca criaram uma verdadeira marca que se internacionaliza-se.
Temos tudo para o fazer e bem, lembro-me que um País que tem enorme tradição carpintaria e no uso correcto das madeiras, não tem uma marca de Colunas de Prestígio Mundial.
Eu na China fiquei siderado, com os miúdos que sairam na faculdade que evoluem aparelhos antigos, assinado-os, para começarem a criar uma Marca. Acho que esses pequenos passos nos podem levar longe, obviamente integrados numa visão de longo alcance.
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Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 15:45
Caro José Miguel, concerteza mas repare no objectivo:
TD124 escreveu:
Seria ideal que os possiveis candidatos se manifestem também ... é para eles que isto serà feito Toca a botar faladura
Que instaura um abordar devidamente.
Caro Masa, esses construtores que digam de sua justiça.
Caro Alexandre Vieira, tem toda a razão
Alexandre Vieira escreveu:
(...) lembro-me que um País que tem enorme tradição carpintaria e no uso correcto das madeiras, não tem uma marca de Colunas de Prestígio Mundial
Mas repare que, para além das colunas, pode-se apostar em fornecer esse trabalho de hiperqualidade a outros construtores.
O caro José Miguel referiu que não somos a Polónia, mas a posição geográfica não é tão determinante quanto o preço da mão de obra/qualidade. Foi por este último que esse país tem crescido no restauro de carros clássicos.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 15:57
Rstuyvesant escreveu:
Caro Alexandre Vieira, tem toda a razão
Alexandre Vieira escreveu:
(...) lembro-me que um País que tem enorme tradição carpintaria e no uso correcto das madeiras, não tem uma marca de Colunas de Prestígio Mundial
Mas repare que, para além das colunas, pode-se apostar em fornecer esse trabalho de hiperqualidade a outros construtores.
Como é obvio e não é só a Madeira que faz uma coluna, mas parece-me demasiado sub-valorizada essa nossa tradição milenar. Afinal de contas foi à conta da madeira e tecnologia que mapeamos o mundo antes dos outros (não gosto do termo descobrimentos).
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 15:57
TD124 escreveu:
Rstuyvesant escreveu:
... Lembro-me, a título de exemplo, há uns largos anos um reputadíssimo escriba, por quem tenho muto respeito, ter terminado uma referência às OB do Nuno Lopes com um paternal "continue, sabe que tem de melhorá-las". Pois que essa audição foi num certo evento e numa certa escola que todos vós conhecem, a esposa do dito (cuja audição em tantos outros artigos foi tida em altíssima consideração, como de um confirmar superlativo se tratasse) declarou ter-se emocionado a ouvir, entre outros, a Ella e..... essa superlatividade não foi, por contraste com os produtos estrangeiros, suficientemente forte para anular os paternalismos. Estranho, ou claro que não?
Amigo TD124, no âmbito das minhas competências, disponha...
Desta vez vou citar nomes e mesmo afirmar publicamente que sém o apreço pelas minhas realizações manifestado publicamente pelo Jean Hiraga e pelo seu acólito Robert Lacrampe a minha carreira teria sido muito mais dificil, talvez mesmo impossivel ... dito isto, e em virtude do que venho de dizer, sò posso estar de acordo com o exemplo dado pelo amigo Rstuyvesant e os escribas, vulgo jornalistas ou criticos, são eles verdadeiramente os Barões desta profissão, eles podem criar ou destruir as carreiras!...
Uma frase "paternalista" como a citada em direção de uma jovém marca e do seu "designer" aqui em França torna-se "mortifera" e o avião não vai descolar da pista, nunca! Uma frase desses Barões pode fazer descolar uma carreira ou destrui-la ... e eles sabem disso! Uma frase que dificulta uma carreira em Portugal é sempre penosa no plano pessoal mas impacta pouco os mercados estrangeiros ... uma frase assim em França bloca imediatamente o acesso ao mercado da França, Luxemburgo, Suiça e Belgica e complica os outros! È muito dificil de se levantar de uma lambada dessas...
Existém "técnicas" para evitar esses paternalismos e criar planos de "cooperação" entre as jovens marcas e os jopornalistas que evitam essas frases assassinas e criam uma dinamica positiva para ambos os lados, mesmo os Barões hoje andam à busca de redempção e credibilidade ... é nesse plano que as trocas devem se fazer hoje!...
Agradeço a sua proposição mas seria mais a mim de dizer isso! Estou longe e não posso aglomerar os actores portugueses à minha volta, tém de ser feito ai. Em contrapartida posso partilhar da minha experiência e activar as pessoas que conheço para criar um Buzz, escrita de artigos, eventos e mesmo a organisação de encontros com a presse. Posso também partilhar com alguns importadores que conheço bem afim de facilitar a exportação dos produtos ... ou ao nivel do "design" e subempreiteiros técnicos! Estou disposta a contactà-los eu mesmo se voçês não se sentém à vontade (Gonçalo, Rstuyvesant) mas é necessario imaginar antes uma forma, mesmo embrionaria, de como esse polo funcionaria, todos poderiam ganhar com isso
Caro Paulo e Caro Rstuyvesant,
Não poderia estar mais de acordo convosco do que estou.
Paulo, deixa-me só fazer uma nota, porque como estás fora deste retângulo, poder-te-ão escarpar algumas realidades:
1. Pese embora Portugal tenha a dimensão que tem, quer em termos de mercado, quer e termos de influência de vínculo internacional, em todos os setores, incluindo o do Áudio - Alta-Fidelidade - a coisa não é tão inócua quanto parece, ou te possa parecer, mesmo se as dimensões forem muito inferiores ao exemplo França;
2. A única revista da especialidade existente em Portugal na língua de Camões, tem forte consideração mundial. Relembro que o seu diretor foi, durante muitos anos, o presidente da EISA e é pessoa bem reputada nos círculos da atividade;
3 O mercado Português, de quando em vez, há 15 anos atrás, por exemplo, conjuntamente com o Russo, significou uma enorme relevância para a faturação de muitas das pequenas estruturas de produção de equipamentos, mas de grande nomeada entre a tribo audiófila. Grande parte desse sucesso, para os ditos construtores, deveu-se à "propaganda" das reviews dessa mesma revista. Um cem número de vezes os prémios anuais da EISA eram totalmente coincidentes com os prémios caseiros da Luso-Magazine;
4. Ainda hoje, poderia enumerar-te um ror de exemplos do interesse dos construtores de equipamentos de alta-fidelidade, em terem representação em Portugal, desde os mais pequenos aos grandes main stream;
Portanto, uma frase em falso no nosso pequeno círculo, não deixa de significar um alto risco no mercado global deste setor.
É também por isso que eu respondi ao nosso amigo Rstuyvesant, que não estava na disposição de mencionar nomes e, agora digo, que também não estou na disposição de abrir muito a boca, não vá dizer algo menos agradável das histórias confirmadas de que tenho conhecimento e de outras tantas em que participei.
Conheço quase toda esta gente e de muitos sou amigo pessoal, incluindo o tal diretor. Compreendam ambos que me é difícil e ingrato falar de mais.
Todavia, como sabemos, são preciso 2 para dançar o tango. Quer do lado dos artesãos nacionais, quer do lado dos escribas, quer do lado da conjectura política nacional para a criação e apoio de empresa e negócio, quer do lado dos comerciantes (distribuidores, agentes, etc.), ninguém está isento de responsabilidades para a "pasmaceira" em que vive a nossa inércia criativa com objetivos de mercado nacional e internacional de projetos válidos em Alta-Fidelidade. E este discurso já não é um tango, mas sim um vira do Minho
Eu próprio não me sinto isento de responsabilidades, principalmente, como sabes (Paulo), quando estive do lado que distribui e comercializa.
Mas se aqui, se gerar um núcleo de guerreiros, com ganas (como dizem nuestros hermanos) estamos aí.
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 16:14
José Miguel escreveu:
... Acredito que o tópico já nasceu torto, desde logo por faltar o ponto principal: 0/Base. Ir ao encontro dos construtores e tentar saber se eles querem (ambicionam, desejam, podem, ...) transformar o seu processo de criação e venda, ou seja, estabelecer um negócio estruturado. ...
José, é possivel que tenha nascido torto ... ao menos dà que falar e escrever e esse é o teu desporto favorito
Pessoalmente e vou falar com franqueza eu estou me barimbando para os professionais que jà existém ... a vida deles està feita, eu penso sobretudo aos que estão para se criar! Ninguém cria uma incubadora de startups a pensar na Out Systems ou na Critical Software ... faz-se isso para os que ainda estão em fase de projecto e de desenvolvimento. Se os que jà estão lançados querem participar para ajudar os outros e criar algo de circular é ainda mais génial...
Se a Audolici està contente com cinco importadores na Europa sém estar presente nos dois mais grandes mercados que é a Alemanha e a França é o direito deles ... mas uma incubadora serve também a criar ambição e coragem para ir mais longe, querer mais! De um lado queixa-se aqui da falta de empreendorismo e do outro lado queixa-se também aqui de tentar promover o empreendorismo
Uma incubadora chama-se um "Polo" em França e existém a vàrios niveis e com vàrias especialidades, o audio é um deles, penso que é algo que poderia ajudar as empresas que ainda estão apenas na cabeça, no papel ou na promessa de um prototipo...
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Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 16:41
José Miguel escreveu:
(...)
Portugal pode não ser uma Polónia (ou outro país do centro da Europa), mas os canais de comunicação hoje permitem pensar de forma um pouco mais larga. Portugal não está no centro da Europa, mas está no centro do Mundo Ocidental que consome estas coisas. Vejamos um exemplo: https://www.audolici.com/
Muitos devem lembrar-se de um pré-amplificador amarelo que andou muito tempo e vezes no Mercado de Usados, peça pouco vistosa e apelativa, mas que tinha qualidade para o valor que pediam (eu cheguei a estar perante um desses). A Audolici mudou, mudou muito, não só em termos visuais, também em termos de estratégia. Não foi necessário abrir centros de negócios e laboratórios, foi preciso vontade. Hoje tem revendedores em vários Continentes e reviews fora de Portugal.
Há uma outra marca que tem registo Português, tendo sido uma ideia original testada fora para assegurar a validade, que está um pouco por todo o mundo: https://innuos.com/ Alguém já contactou a Innuos e os seus fundadores para avaliar a possibilidade de parcerias? Abertura de canais? Talvez sejam exigidas condições, desde a qualidade à imagem dos produtos, mas sem se tentar não se saberá.
(...)
Caro José Miguel,
Por vezes quando abrimos a boca ou apontamos o dedo a algo ou alguém, é sempre muito bom termos a certeza inequívoca do que dizemos, ou para onde apontamos. Podemos falhar, redondamente, o alvo.
A Audiolici poderia ter estado, desde a primeira hora em todos os PortugÁudios e depois nos Portugàudios/AudioVintages. Não esteve porque não quis e não passou grande cavaco aos convites. Alguns companheiros, aqui do fórum, contarão, certamente, melhor do que eu o sucedido.
A Innuos, que usurpou os dinheiros destinados a Portugal para o Desenvolvimento Regional do Algarve, no âmbito do QREN, apresenta-se ao mundo, da seguinte forma:
E só lá para um canto esquecido do seu website é que tem a lata de referenciar
Todavia, hoje, quem financia a Innous é, na realidade, um senhor francês, que vive maioritariamente em Londres, tem grande consideração por Portugal onde foi criado na sua juventude e onde ainda tem casa própria, é conhecido no mundo do áudio como Mr. High-End e é mais um dos que sou amigo pessoal desde os meus 15/16 anos de idade.
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 16:47
Rstuyvesant escreveu:
... Mas repare que, para além das colunas, pode-se apostar em fornecer esse trabalho de hiperqualidade a outros construtores. ...
Ora ai està uma ideia fantastica ... em França a produção em pequena série custa uma verdadeira fortuna (caixas, trabalho metalico, fresagem, plasticos, serigrafias e etc) ... a maioria das pequenas estructuras do audio fazém construir no norte da Italia ou na Catalunha ... os mais grandes vão para a Polonia ou Eslovaquia! Se é possivel de encontrar a mesma qualidade de trabalho que na Italia ou Catalunha mais barato então jà estamos a ganhar pontos e a abrir horizontes...
Goansipife escreveu:
... Paulo, deixa-me só fazer uma nota, porque como estás fora deste retângulo, poder-te-ão escarpar algumas realidades:
1. Pese embora Portugal tenha a dimensão que tem, quer em termos de mercado, quer e termos de influência de vínculo internacional, em todos os setores, incluindo o do Áudio - Alta-Fidelidade - a coisa não é tão inócua quanto parece, ou te possa parecer, mesmo se as dimensões forem muito inferiores ao exemplo França;...
Gonçalo não é uma realidade que me falta mas todas as realidades ... eu parti com desassete e ainda não voltei, a unica coisa que conheço relativamente bem em Portugal são os vinhos!!! Conto com voçês para me instruirem pois eu não conheço nada e se às vezes faço comentàrios sobre Portugal é porque sou induzido por voçês! São voçês que dizém que o mercado é pequeno, que não hà empreendorismo e isto e aquilo ... eu por mim, acredito que podemos fazer tão bem quanto os outros e ainda melhor quando nos picam no orgulho
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 16:56
Rstuyvesant escreveu:
Caro José Miguel, concerteza mas repare no objectivo:
TD124 escreveu:
Seria ideal que os possiveis candidatos se manifestem também ... é para eles que isto serà feito Toca a botar faladura
Que instaura um abordar devidamente.
(...)
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... Acredito que o tópico já nasceu torto, desde logo por faltar o ponto principal: 0/Base. Ir ao encontro dos construtores e tentar saber se eles querem (ambicionam, desejam, podem, ...) transformar o seu processo de criação e venda, ou seja, estabelecer um negócio estruturado. ...
José, é possivel que tenha nascido torto ... ao menos dà que falar e escrever e esse é o teu desporto favorito
(...)
Eu estava a preparar uma resposta ao "Rstuyvesant", entretanto o Paulo sai-se com esta... pode somar a essa sua ideia uma outra: Ler.
Eu leio com muita atenção antes de responder e em momento algum eu procuro e/ou escrevo algo que se oponha ao princípio do tópico, alertei para algo que não está no campo do "ideal", antes do necessário - primeiro estão os interessados.
Citar e descontextualizar já foi abordado em outro tópico, eu no caso escrevi umas quantas linhas e apresentei ideias em cadeia, não apenas uma que assim aparece como afronta.
O Paulo ataca com o exemplo que dei da Audolici, com que premissas mesmo? A empresa não está junto dos maiores, então desconsidere-se? Leia bem o que escrevi por favor, eu dei um exemplo de possibilidade com as condições existentes.
Sobre a Innuos eu já partilhei no passado, mas volto a partilhar: "Em 2013, a empresa foi criada em Portugal, no Algarve: a escolha teve a ver com a qualidade de vida no Algarve, os recursos ao mais alto nível disponíveis a uma fração de custo inferior, o contexto multicultural do Algarve - culturas, línguas, transportes, etc, que ajudam a empresa que trabalha à escala mundial - e pelo apoio que é dado às novas empresas.
"Temos foco na exportação desde o primeiro dia. As vendas em Portugal são muito poucas e, muitas vezes, feitas por estrangeiros que se encontram no país", detalha Amélia." (fonte Dinheiro Vivo)
Não encontro a entrevista completa, mas lembro-me de na altura partilhar que essa frase sublinhada significa: Fundos de Apoio.
Paulo, eu escrevi e escrevo para lá de desporto, não compreendo a necessidade de desconsiderar quem tenta pensar diferente ou com meios diferentes. Eu escrevo porque penso, dei exemplos para tentar enquadrar a conversa, objectivos e necessárias premissas para uma conclusão válida. Posso vir aqui dar palmadas nas costas e dizer que está tudo bem encaminhado ou que está tudo mal (consoante a parte da conversa), mas não é nisso que acredito. Existem muitos caminhos para se chegar a uma meta, neste caso a criação de um produto e consequente marca (para bem da marca, que tenha mais do que um produto). Portugal tem incubadoras de empresas, tem empresas que pela via do "capital de risco" apoiam essas "startup". O ecossistema existe, mas insisto: onde estão os criadores/empreendedores?
Portugal dá-se ao luxo de enviar para trás fundos comunitários, que países maiores (mais ricos, como França) aproveitam. O IEFP (Instituto de Emprego), por exemplo, tem planos de apoio e sobram fundos de apoio por falta de candidaturas. Sabe onde não sobra nada? Nos planos de estágios com ordenados pagos...
Como já disse várias vezes, é preciso formar pessoas que gostem destas coisas e que, acima de tudo, saibam pensar. Aqui trata isto por desporto... é conversa.
Eu não me queixo da tentativa de promover o empreendedorismo, espero que tenha ficado claro. Eu tentei iluminar o ponto que acredito ser essencial: o empreendedorismo antes de outra coisa nasce da vontade de alguém e não pela criação das ferramentas que o Paulo sugeriu. As ferramentas poderão vir a ser necessárias, mas se já há criação e criação que respeita as regras internacionais, talvez essas ferramentas já existam e não estejam a ser utilizadas por mais pessoas por falta de empreendedorismo (acção própria).
Ah! A questão das revistas eu também deixei uma alternativa. O poder das revistas existe e cobre uma fatia da população, mas quem espera e pede para chegar a novos públicos e empreendedores vai mostrar esse caminho? Validar esse caminho? Há mais caminhos, como sugeri, hoje temos o digital como principal canal de Marketing (este ano deve ultrapassar o investimento face aos canais ditos tradicionais). Uma marca que se cria hoje pode muito bem tentar percorrer o caminho dos novos canais de comunicação, é o que fazem as marcas Chinesas e nós andamos a pensar o poder das revistas. Quem quer concorrer com o sector, acaba a digladiar preços... ergam-se ideias, vendam-se experiências. Isto não é apenas conversa e não é para mim desporto, é pensar.
Luis_vxd gosta desta mensagem
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 17:04
Goansipife escreveu:
Caro José Miguel,
Por vezes quando abrimos a boca ou apontamos o dedo a algo ou alguém, é sempre muito bom termos a certeza inequívoca do que dizemos, ou para onde apontamos. Podemos falhar, redondamente, o alvo.
A Audiolici poderia ter estado, desde a primeira hora em todos os PortugÁudios e depois nos Portugàudios/AudioVintages. Não esteve porque não quis e não passou grande cavaco aos convites. Alguns companheiros, aqui do fórum, contarão, certamente, melhor do que eu o sucedido.
A Innuos, que usurpou os dinheiros destinados a Portugal para o Desenvolvimento Regional do Algarve, no âmbito do QREN, apresenta-se ao mundo, da seguinte forma:
(...)
Gonçalo, não tem que pedir desculpas por nada, é para isso que cá estamos: conversar.
Eu conheço (mais ou menos) a história de Innuos. A empresa, como acabo de escrever, usou sim fundos de apoio, escolheu a localização a pensar nisso. Eu também acabo de dizer que nós enviamos dinheiro para trás, como o Gonçalo bem sabe. Logo, a estratégia pode não ser bonita, mas os apoios existem e devem ser tidos em conta - eu não falei no sentido moral, antes prático.
A Audolici não esteve nesses eventos e o que isso significa? Não compreendi mesmo.
A marca mudou a estratégia faz uns anos, tentou melhorar a imagem e chegar mais longe. Não é um exemplo de sucesso mundial, mas serve para pensar no caminho necessário - repare que eu até sugeri contactar-se universidades e cursos de Design. Eu sei que isto é possível pois já participei de um processo assim, não no âmbito do áudio, mas foi levado para a frente.
O empreendedorismo não tem que ser elevado apenas pela via da criação de todas as condições antes de surgirem os negócios e ideias de negócio. Podemos lançar sementes, eu acredito que um caminho mais longo pode ser eficiente, daí as minhas partilhas.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 17:22
José Miguel escreveu:
... Paulo, eu escrevi e escrevo para lá de desporto, não compreendo a necessidade de desconsiderar quem tenta pensar diferente ou com meios diferentes. Eu escrevo porque penso...
Desconsiderar???... por uma frase com um smiley no fim ora que no texto apenas falei do fundo do meu pensar em relação ao tema e da minha noção de incubadora
Vou abrir uma garrafita
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 17:39
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... Paulo, eu escrevi e escrevo para lá de desporto, não compreendo a necessidade de desconsiderar quem tenta pensar diferente ou com meios diferentes. Eu escrevo porque penso...
Desconsiderar???... por uma frase com um smiley no fim ora que no texto apenas falei do fundo do meu pensar em relação ao tema e da minha noção de incubadora
Vou abrir uma garrafita
Paulo, eu não deixei de responder a tudo o que escreveu, até à parte das incubadoras.
Em relação à "conversa", como já lhe disse, eu quando não percebo a razão das coisas argumento. Escrevi em vários pontos da minha resposta que isto não se trata de "desporto", antes de pensar. Não é a primeira vez que uma abordagem teórica diferente é vista como ligada à falta ou ausência de experiência. Ora, eu até posso não entender absolutamente nada de áudio e alta fidelidade, mas posso saber pensar a realidade das novas empresas e como elas podem ser criadas num eco-sistema que já existe.
O problema do empreendedorismo em Portugal não é de hoje e eu estou muito longe de vestir a roupa do "velho do Restelo", acredito mesmo que há margem para a criação e não pense que desconsidero o tópico ou as suas ideias/esforço (que ainda por cima está longe e não é para si), contudo o ponto que coloquei é algo que vejo em falta.
Sem receio de nomes: neste fórum, no tempo em que cá andava o António, duas marcas tinham muito mais visibilidade - Rui Borges e Joaquim Pinto. Compras seguiram-se, as conversas eram alimentadas e mais compras surgiam... Este espaço, que não é uma revista nem tem críticos especializados, já serviu de âncora a essas marcas e até as fez chegar além fronteiras. Uma delas escolheu um caminho (Rui Borges profissionalizou-se e tentou a internacionalização com marca estruturada) e a outra outro caminho (Joaquim Pinto, aparentemente não tentou sair ou expandir internamente). Como disse ao Gonçalo, eu não estou aqui a tentar juízos morais, antes práticos. A Inuuos aproveitou os fundos, outros não podem tentar outros fundos? Alertar para isto não é desconsiderar o tópico, antes abrir (tentar) o horizonte.
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 19:21
José Miguel escreveu:
Gonçalo, não tem que pedir desculpas por nada, é para isso que cá estamos: conversar.
Eu conheço (mais ou menos) a história de Innuos. A empresa, como acabo de escrever, usou sim fundos de apoio, escolheu a localização a pensar nisso. Eu também acabo de dizer que nós enviamos dinheiro para trás, como o Gonçalo bem sabe. Logo, a estratégia pode não ser bonita, mas os apoios existem e devem ser tidos em conta - eu não falei no sentido moral, antes prático.
José Miguel, basta o estratagema da Innous, para mim não ter qualquer valor!
Depois, o dinheiro dos fundos enviados pela UE não voltam propriamente para trás:
1. Quando do envio do plano de acção por parte dos governos nacionais para acesso aos apoios não são enquadráveis ou elegíveis para recebermos tais fundos, os mesmos nem chegam a vir. É o que se passará, agora, com a tão falada Bazuca financeira da UE, para fazer face à crise provocada pela economia. Se o Plano português não for aceite, bye-bye ao dinheirinho.
2. Quando o Plano é elegível, os fundos financeiros enviados, se não gastos entram numa espécie de conta corrente de acumulados, ou descontados em próximos Quadros de Apoio. Se não houver novo Quadro de Apoio, significando que o dinheiro enviado não tem contrapartida em efetivo, então o País fica com divida Comunitária, para além de se sujeitar a uma multa.
3. Quando a nossa imprensa vem com grandes parangonas a dizer que Portugal tem de devolver x de milhões por não uso, fá-lo usando a sua irascível estratégia de pau de dois bicos. Umas vezes, em tom de lamentação, com sentido de apoio à governance, outras, em tom de crítica, no sinuoso caminho de jogar com interesses múltiplos, entre os quais os seus próprios: Ou vender papel ou ganhado share. Não são só as redes sociais que difundem fake news.
Quanto ao acesso de pequenos empreendedores a esses apoios, toda a gente, por cá, esquece de dizer as tortuosas vias e injustificadas burocracias que as candidaturas, para os nacionais, implicam, num verdadeiro calvário. Para os de fora, é só facilidades. A Innous beneficiou deste estratagema, visto que UK, na altura, era pagante e não recebedor. Mas lá o dinheiro também custa e vir buscar aos outros, penetrando nos caminhos da incompetência desses outros, quando a gestão do interesse nacional crassa, é muito mais fácil.
A Audolici não esteve nesses eventos e o que isso significa? Não compreendi mesmo.
É fácil, José Miguel. O AAP, como organizador desses eventos, poderá sempre apoiar com os seus parcos recursos de logística do evento (pois dinheiro não circula. É pura carolice), se aceitarem os desafios de exporem os seus produtos e vierem até ao encontro do AAP.
Se não estou em erro, o Viriatus até ao primeiro PortugÁdio não tinha sido vendido mais de meia-dúzia de amplificadores. Hoje parece que já foram vendidos mais de 20 e, certamente, esse mini sucesso se deverá ao AAP e às pessoas que por cá gravitam.
Um distribuidor nacional de marcas ditas High-End, mas de menor dimensão de divulgação de outras, encontrou razões para vir até ao AAP e divulgar essas marcas nos 2 primeiros PortugÁudios. Segundo parece, também, não deu por mal empregue a sua adesão.
As iniciativas PortugÁudio / AudioVintage, estão sempre abertas para receber, de braços abertos quem vier por bem. A incansável capacidade de organização do Alexandre Vieira, que tem levado a peito a continuidade desta iniciativa, no último evento, não teve grande resposta por parte de quem constrói.
(...)
O empreendedorismo não tem que ser elevado apenas pela via da criação de todas as condições antes de surgirem os negócios e ideias de negócio. Podemos lançar sementes, eu acredito que um caminho mais longo pode ser eficiente, daí as minhas partilhas.
Como eu escrevi na minha anterior resposta ao Paulo e ao Companheiro Rstuyvesant, o Vira do Minho terá de assumir as suas responsabilidades e dançar a preceito.
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Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 19:39
José Miguel escreveu:
... Acredito que o tópico já nasceu torto, desde logo por faltar o ponto principal: 0/Base. Ir ao encontro dos construtores e tentar saber se eles querem (ambicionam, desejam, podem, ...) transformar o seu processo de criação e venda, ou seja, estabelecer um negócio estruturado. ...
José Miguel escreveu:
(...) em momento algum eu procuro e/ou escrevo algo que se oponha ao princípio do tópico, alertei para algo que não está no campo do "ideal", antes do necessário - primeiro estão os interessados.
Caro José Miguel, esse apelo ao participar dos interessados foi desde logo exposto no outro tópico do qual este resultou, portanto o necessário foi diversas vezes escrito e materializado neste convite a actores conctretos que nunca foram ideais.
Ao contrário do que defende no seu ponto "0/Base", esta disponibilização de experiências e contributos passa-se num fórum e não numa sociedade de gestão de incubadoras, donde são os construtores/interessados que têm de vir ao encontro, caso assim desejem, do que por aqui se oferece.
Portanto, se um marceneiro começar a encarar fornecer a sua arte aos meandros do HIFI por ter lido este tópico então, já valeu a pena.
.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 20:20
Goansipife escreveu:
José Miguel escreveu:
Gonçalo, não tem que pedir desculpas por nada, é para isso que cá estamos: conversar.
Eu conheço (mais ou menos) a história de Innuos. A empresa, como acabo de escrever, usou sim fundos de apoio, escolheu a localização a pensar nisso. Eu também acabo de dizer que nós enviamos dinheiro para trás, como o Gonçalo bem sabe. Logo, a estratégia pode não ser bonita, mas os apoios existem e devem ser tidos em conta - eu não falei no sentido moral, antes prático.
José Miguel, basta o estratagema da Innous, para mim não ter qualquer valor!
Depois, o dinheiro dos fundos enviados pela UE não voltam propriamente para trás:
1. Quando do envio do plano de acção por parte dos governos nacionais para acesso aos apoios não são enquadráveis ou elegíveis para recebermos tais fundos, os mesmos nem chegam a vir. É o que se passará, agora, com a tão falada Bazuca financeira da UE, para fazer face à crise provocada pela economia. Se o Plano português não for aceite, bye-bye ao dinheirinho.
2. Quando o Plano é elegível, os fundos financeiros enviados, se não gastos entram numa espécie de conta corrente de acumulados, ou descontados em próximos Quadros de Apoio. Se não houver novo Quadro de Apoio, significando que o dinheiro enviado não tem contrapartida em efetivo, então o País fica com divida Comunitária, para além de se sujeitar a uma multa.
3. Quando a nossa imprensa vem com grandes parangonas a dizer que Portugal tem de devolver x de milhões por não uso, fá-lo usando a sua irascível estratégia de pau de dois bicos. Umas vezes, em tom de lamentação, com sentido de apoio à governance, outras, em tom de crítica, no sinuoso caminho de jogar com interesses múltiplos, entre os quais os seus próprios: Ou vender papel ou ganhado share. Não são só as redes sociais que difundem fake news.
Quanto ao acesso de pequenos empreendedores a esses apoios, toda a gente, por cá, esquece de dizer as tortuosas vias e injustificadas burocracias que as candidaturas, para os nacionais, implicam, num verdadeiro calvário. Para os de fora, é só facilidades. A Innous beneficiou deste estratagema, visto que UK, na altura, era pagante e não recebedor. Mas lá o dinheiro também custa e vir buscar aos outros, penetrando nos caminhos da incompetência desses outros, quando a gestão do interesse nacional crassa, é muito mais fácil.
A Audolici não esteve nesses eventos e o que isso significa? Não compreendi mesmo.
É fácil, José Miguel. O AAP, como organizador desses eventos, poderá sempre apoiar com os seus parcos recursos de logística do evento (pois dinheiro não circula. É pura carolice), se aceitarem os desafios de exporem os seus produtos e vierem até ao encontro do AAP.
Se não estou em erro, o Viriatus até ao primeiro PortugÁdio não tinha sido vendido mais de meia-dúzia de amplificadores. Hoje parece que já foram vendidos mais de 20 e, certamente, esse mini sucesso se deverá ao AAP e às pessoas que por cá gravitam.
Um distribuidor nacional de marcas ditas High-End, mas de menor dimensão de divulgação de outras, encontrou razões para vir até ao AAP e divulgar essas marcas nos 2 primeiros PortugÁudios. Segundo parece, também, não deu por mal empregue a sua adesão.
As iniciativas PortugÁudio / AudioVintage, estão sempre abertas para receber, de braços abertos quem vier por bem. A incansável capacidade de organização do Alexandre Vieira, que tem levado a peito a continuidade desta iniciativa, no último evento, não teve grande resposta por parte de quem constrói.
(...)
O empreendedorismo não tem que ser elevado apenas pela via da criação de todas as condições antes de surgirem os negócios e ideias de negócio. Podemos lançar sementes, eu acredito que um caminho mais longo pode ser eficiente, daí as minhas partilhas.
Como eu escrevi na minha anterior resposta ao Paulo e ao Companheiro Rstuyvesant, o Vira do Minho terá de assumir as suas responsabilidades e dançar a preceito.
Gonçalo, as suas correcções sobre a questão dos fundos está correcta e eu deveria mesmo ter escrito execução ou recebimentos. Facilitei, não pense que por andar ao sabor das notícias, foi mesmo por facilitismo - erro meu. Os fundos não "voltam para trás", mas ao não serem executados ou recebidos revela uma lacuna séria e quando se pensam novos planos a divisão vai ter tudo em conta. A coesão faz-se do bom investimento, geração de mais e melhor Economia. Por outro lado, como disse, eu não quero colocar a questão Innuos no plano moral (não tenho a informação suficiente para condenar ou defender o uso dos fundos, sei que eles não escondem o que fizeram e são abertos quanto a isso), antes no do exemplo prático e de possibilidade. Sei bem que há burocracias que formam marés de tormenta, também sei que há lugares que facilitam mais e outros menos, prestando auxílio. No fundo o que queria dizer, ainda quero, é: debater estes temas entre nós é positivo, mas sem termos algo que apoiar torna-se muito complicado. Já em outras conversas como esta senti falta dos potenciais interessados, não estou a pensar em nenhum de forma particular, antes pessoas que se queiram lançar. O Gonçalo pode querer ajudar uns quantos, mas se eles não o procurarem ou revelarem abertura para tal, a responsabilidade já não está do seu lado.
Em relação à Audolici acredite que coloquei mais esse exemplo por considerar a mudança interessante. A imagem conta e eles tentaram promover essa mudança, melhorar a apresentação, chegar mais longe. Mais uma vez, era exemplo prático e ilustrativo, não uma forma de apontar o dedo a esta conversa ou tópico, ao fórum - daí não ter compreendido a razão de se falar nos eventos.
Eu respeito muito o esforço das pessoas que se envolvem na criação dos eventos, as críticas construtivas eu costumo dar a essas pessoas quando me são solicitadas. Aqui não aponto nada além do trabalho realizado. Caberá a cada marca, distribuidor, lojista, ... pensar se apresentar produtos tem alguma mais-valia, caberá aos organizadores procurar perceber a razão pela qual eles não comparecem e deixar de se pensar que há apenas má vontade ou sectarismo. É assim que eu acredito que se evoluiu, genericamente falando.
Nós temos muito para avançar, deixo um exemplo "caseiro": a Luciana trabalhou com uma grande empresa de formação na área da electrónica e chegou mesmo a lançar alguns desafios aos formandos que se admiravam por ela gostar destes temas. Um chegou a criar um amplificador valvulado, seguindo um esquema, funcionou, tocava. Claro que do outro lado surgiram questões, como a de mercado e rentabilidade. Essa pessoa recebeu uma proposta de trabalho perto do final da formação e seguiu a sua vida. A segurança financeira pessoal ainda é um valor que se passa desde que nascemos, o risco não é valorizado - por mim falo. Sair deste tipo de "educação" não se faz com facilidade, mas é onde eu acredito que se deve atacar primeiro. Quando dou exemplos como os que dei, eu não estou a pensar em replicar, eu penso na abertura das mentes à possibilidade.
Puxando conversas de outros tópicos, até os dos cabos, eu diria mais: não creio (crença pessoal) que o melhor caminho seja criar um polo de áudio, uma incubadora dedicada ao sector; acredito que o futuro passa pelas incubadoras que já existem, pelas dedicadas à electrónica, à computação, à robótica, à inteligência artificial. Existe tanto conhecimento a ser produzido por cá, por que razão construir ao lado quando se pode construir com o que existe? Fica a ideia.
O exemplo do Design nasce desta minha forma de ver as coisas, procure-se o conhecimento onde ele está, interagir é importante pois há problemas dos dois lados. O Alexandre falou de carpintaria, sector algo tradicionalista, não faz muitos anos uma cidade ligada ao mobiliário lançou o desafio a alunos para desenhar cadeiras. Cadeiras são peça aparentemente simples, mas requerem muitos cuidados. Alguns resultados no papel eram brilhantes, mas não passaram daí por falhas no pensar dos materiais a usar. Os sectores em Portugal parecem muitas vezes distantes, os alunos não têm onde aplicar, as empresas não têm onde ir buscar ideias novas.
No final de tudo isto ainda temos que pensar numa coisa essencial, cola de todas as pontas: cultura de exigência e excelência. Quando vejo a facilidade com que se diz "bonito", fico admirado. Olhe-se para o que vem da China, o design cuidado logo com peças de 500 euros. O dizer bom tem que ultrapassar a simpatia da nacionalidade e ser objectivo, começar a abrir a mente para outro tipo de conhecimentos, como eu já disse algures, estamos num tempo onde a multidisciplinaridade é importante e pode fazer a diferença.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 20:30
Rstuyvesant escreveu:
José Miguel escreveu:
... Acredito que o tópico já nasceu torto, desde logo por faltar o ponto principal: 0/Base. Ir ao encontro dos construtores e tentar saber se eles querem (ambicionam, desejam, podem, ...) transformar o seu processo de criação e venda, ou seja, estabelecer um negócio estruturado. ...
José Miguel escreveu:
(...) em momento algum eu procuro e/ou escrevo algo que se oponha ao princípio do tópico, alertei para algo que não está no campo do "ideal", antes do necessário - primeiro estão os interessados.
Caro José Miguel, esse apelo ao participar dos interessados foi desde logo exposto no outro tópico do qual este resultou, portanto o necessário foi diversas vezes escrito e materializado neste convite a actores conctretos que nunca foram ideais.
Ao contrário do que defende no seu ponto "0/Base", esta disponibilização de experiências e contributos passa-se num fórum e não numa sociedade de gestão de incubadoras, donde são os construtores/interessados que têm de vir ao encontro, caso assim desejem, do que por aqui se oferece.
Portanto, se um marceneiro começar a encarar fornecer a sua arte aos meandros do HIFI por ter lido este tópico então, já valeu a pena.
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Caso leia com calma tudo o que escrevo, verá que não há lugar a esse "ao contrário" - que sempre apoiei e participei destas conversas, não é por acaso que acabo a ser acusado de gostar de conversar.
Eu tenho, é verdade, uma visão diferente (não muito) do problema e algumas potenciais soluções, daí ter sugerido o ponto "0/Base". Nos outros tópicos ou em conversas do passado sobre este tema já surgiram empreendedores a participar? Não, mas isto não invalida a importância das conversas, pois pensar estes problemas é pensar problemas deste nosso país.
Numa coisa estou completamente de acordo consigo: se esta troca de palavras ajudar alguém, já cumpriu um grande papel. É por acreditar nisto que participo com a exposição de ideias pela positiva e não tentando entrar no registo de contradição ou aceitação. Todos temos algo para dizer e a somar, lancem-se as ideias, elas ficarão registadas e serão valorizadas. Se aparecerem como erradas, questione-se e assim se avança.
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Sáb Mar 06 2021, 22:22
José Miguel escreveu:
... Puxando conversas de outros tópicos, até os dos cabos, eu diria mais: não creio (crença pessoal) que o melhor caminho seja criar um polo de áudio, uma incubadora dedicada ao sector; acredito que o futuro passa pelas incubadoras que já existem, pelas dedicadas à electrónica, à computação, à robótica, à inteligência artificial. Existe tanto conhecimento a ser produzido por cá, por que razão construir ao lado quando se pode construir com o que existe? Fica a ideia. ...
Se esses polos jà existém então isto pode se "enxertar" num jà existente e com competências similares ou complementares! Efectivamente a multidisciplinaridade està na moda e é uma necessidade pela imbricação tecnologica actual ... também é uma maneira circular de criar mais-valia. Alguém conheçe polos existentes que estejam proximos do audio ou complementares?...
Os de voçês que conheçem o "meio ambiente" do audio em Portugal (importadores, lojas, jornalistas, fabricantes, DIY'ers, subempreiteiros...) como acham que a ideia seria acolhida? Friamente ... morna ou calorosamente?...
A imbricação de "todos" os actores pareçe-me algo de importante para fundar um nucleo solido e eficaz
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Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 10:00
Caro José Miguel, não pratico outro modo de ler, por isso do muito que escreveu aquele ponto 0 foi o único que me levantou questões.
Amigo TD124, tem havido um esforço de colocar o país na rota da excelência em nichos bio/tecnológicos. O assegurar contratual da realização da Web Summit em Lisboa é uma enorme visibilidade desse investimento. No mesmo sentido muitos sectores tradicionais foram obrigados a modernizar-se e a apostar na inovação e internacionalização (tendo muitos mais fechado portas). Foram criados pólos industriais regionais associados a centros de incubação de ideias em todas as cidades, visando combater a desertificação e o desenvolvimento económico (grande parte está vazia). A ausência de uma cultura de integração entre as universidades e o tecido industrial é, ainda, inconsistente, pese embora o esforço da Universidade de Aveiro e do Minho e alguns Institutos Politécnicos. Muitos dos clusters de sucesso foram criados por académicos, mantendo, obviamente, uma relação estreita com a formação dos seus alunos. e dando visibilidade às universidades. Tal como o caro José Miguel bem salientou, esses pólos de conhecimento e actividade existem (contudo a esmagadora maioria está em sinergia com o mercado internacional), donde, que estas nossas linhas constituam um eixo magnetizador dos pólos numa sinergia nacional e contribua para a coragem de enfrentar esse decisivo problema que o companheiro Goansipife salientou: os tortuosos caminhos da candidatura a fundos de investimento. Assim, citando-o novamente: "siga o vira do minho".
Da minha parte, continuarei a promover a música enquanto estruturante da harmonia humana e a alta-fidelidade como meio de nos colocar nessa vibração, integrando-a nas comemorações dos dias internacionais da filosofia patrocinadas pela unesco, envolvendo as empreses, os alunos e restante comunidade escolar nesse interesse pelo áudio de qualidade, assegurando que as novas gerações sejam clientes deste nicho de mercado com óbvias mais-valias para ambos.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 10:15
Tendo feito pesquisa no ciberespaço captado no Ilhéu Chão, verifico a existência de vários polos identificados no nosso país.
mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 10:20
One company name is missing here, if I'm correct: Vicoustic doesn't make electronic devices but could establish itself worldwide as a very professional business in the home and professional audio field!
Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 10:33
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 10:34
mannitheear escreveu:
One company name is missing here, if I'm correct: Vicoustic doesn't make electronic devices but could establish itself worldwide as a very professional business in the home and professional audio field!...
You're teaching us the portuguese actors in the field of audio, Bravo Man! Indeed Vicoustic is very well represented here in France and they are a big name in room treatment both professional or audiophile...
Thx Man
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 11:19
Rstuyvesant escreveu:
... donde, que estas nossas linhas constituam um eixo magnetizador dos pólos numa sinergia nacional e contribua para a coragem de enfrentar esse decisivo problema que o companheiro Goansipife salientou: os tortuosos caminhos da candidatura a fundos de investimento. Assim, citando-o novamente: "siga o vira do minho".
Da minha parte, continuarei a promover a música enquanto estruturante da harmonia humana e a alta-fidelidade como meio de nos colocar nessa vibração, ...
Amigo Rstuyvesant não poderia estar mais de acordo com a frase em negrito! Eu sei bem que Roma e Pavia não se fizeram num dia, mas também sei que os ventos estão a mudar constantemente e que esta crise sanitària é um pesadelo que vai durar para muitos ... mas ao mesmo tempo abre novos horizontes e vou-lhe contar uma historia actual:
Jà faz quase dez anos que com três amigos (todos hedonistas) queremos criar aqui nas comunas do norte de Montpellier um espaço pluridisciplinar e temàtico que seja ao mesmo tempo garrafeira, auditorio hifi e galeria de arte, ou seja, misturar vinho, petiscos, musica e arte! A particularidade do espaço é que os vinhos seriam exclusivamente oriundos da CE sém a presença dos vinhos franceses, as marcas de hifi seriam exclusivamente da CE e produzidas por artesãos e as obras de arte seriam artistas da CE pouco divulgados ou em fase de reconhecimento! O projecto agradou imediatamente ao fundo europeu da coperação que nos propôs cobrir 40% do projecto a fundo perdido ... a comunidade do norte de Montpellier também adorou o projecto mas blocou a ajuda, também de 40% porque não haveria vinhos franceses! Explicà-mos as razões evidentes mas ninguém açeitou de mudar as suas posições, o projecto poderia estar realisado jà hà anos...
Hà três anos atràs acabaram por açeitar, como sou pôrtuguês, que haja vinho português e françês o que recusei de novo e enfim, faz apenas uns oito meses que com a pandemia e as trocas de doentes entre a alemanha a frança a espanha e a italia (criando uma união sagrada) que tenho reuniões aonde as condições iniciais começam a ser açeites! Penso que existe a possibilidade de um novo paradigma na europa e mesmo se não sou ingénuo, sou um optimista pragmatico...
Talvez este polo que desejamos também encontre uma situação de abertura que o ajude a se realisar mais facilmente. Eu aqui apresento a alta-fidelidade como sendo uma disciplina técnica, artistica e de interesse social ... nunca ouvi nenhum interlocutor politico ou economico contestar esta apresentação, bem ao contràrio, e isto leva-me a pensar que em Portugal, Espanha ou qualquer outro pais a coisa não seja diferente...
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ricardo.canelas Membro AAP
Mensagens : 350 Data de inscrição : 02/04/2014 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 13:02
Conheço e participo em alguns centros de intregração r&d/indústria. - Partilho da opinião de que os norte/centro (aveiro-porto-minho) fazem um trabalho louvável, com provas dadas já neste tópico - Em Lisboa parecem vingar só os com uma grande componente de IT - Todos eles padecem do mal Português - não quero tecer observações do impacto da paisagem cultural, mas creio que o factor com maior poder descritivo é falta de massa crítica. Existem poucos actores (em todos os lados), é difícil de escapar à cristalização dos que existem, etc etc
Por um lado, não vejo o interesse nem académico nem industrial em mais espaços deste tipo, especialmente quando a área de foco é relativamente pequena. Por outro lado acho muita pinta. Prevejo que qualquer movimento deste tipo teria que ser altamente adaptado à realidade institucional portuguesa, pela qual não morro de amores neste momento.
Paulo, alguém, têm exemplos concretos de como funcionam algumas destas estruturas que conhecem, particularmente viradas para o áudio?
Luis_vxd gosta desta mensagem
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 14:01
ricardo.canelas escreveu:
... Por um lado, não vejo o interesse nem académico nem industrial em mais espaços deste tipo, especialmente quando a área de foco é relativamente pequena. Por outro lado acho muita pinta. Prevejo que qualquer movimento deste tipo teria que ser altamente adaptado à realidade institucional portuguesa, pela qual não morro de amores neste momento.
Paulo, alguém, têm exemplos concretos de como funcionam algumas destas estruturas que conhecem, particularmente viradas para o áudio?
Ricardo, antes de tudo digo-te que o mal Português têm como espelho o mal Françês, Italiano ou Inglês ... a unica diferença que vejo, pelas vossas palavras, é que um é blocante e os outros são chatos mas contornàveis, a unica região da Europa que não vejo padeçer desse mal são os quatro escandinavos mais a finlândia...
O interesse academico também não vejo, mas industrial sim! Uma das particularidades do audio de qualidade é de ser uma "industria" aonde a mais valia vai de 5 no minimo até 25 ou mais! Resumindo, mil euros investidos no produto correspondém a uma multiplicação enorme do preço de venda, como no luxo! As industrias de subempreiteiros audio que conheço na região de Milão (aluminio, plasticos, design, madeira, integração) são empresas ricas e que pagam bem! Criar um grupo de empresas especialisadas nesse dominio em Portugal seria uma concurrência saudàvel ... antes que a Polonia ou a Eslovaquia o façam ... ainda por cima, ao que pareçe, existe um know-how em Portugal em madeira por exemplo! O audio cria (muita) riqueza e beneficia de uma imagem entre a tecnologia e a arte, os suiços e os dinamarqueses não se queixam das marcas que téem
Também acho que tém muita pinta e bem feito pode ser algo de enriquecedor! O audio ofereçe aberturas fantàsticas quando se olha para ele com recuo e pragmatismo! A minha cunhada é directora em Paris de um centro de deficientes que montam routers para os operadores da net ... ao mesmo tempo jà vos disse que num forum russo vejo putos desenhar aparelhos a vàlvulas modernos, originais e pertinentes! Jà pensei em passar um acordo com os putos, fazê-los construir num centro de deficientes e os putos recebem as royalties para cada exemplar vendido, um win-win para o qual o governo françês financia a 100%! Ora aqui està um pequeno exemplo do que um polo de audio pode organisar, em qualquer lado do mundo...
Haja vontade, as ideias apareçem sempre e das vossas palavras hà algo que sinto aqui como um lamento é que em Portugal as ideias não pagam ... ora, trata-se de modificar essa sina, afinal, no século XV/XVI eramos o pais mais rico do mundo pelo que sei, podemos voltar a ganhar dinheiro e com classe
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 15:03
Imagine there's no heaven ... não, jà me estou a perder e tal é o efeito euforico do Chateau Silex que degusto escrevendo estas linhas
Mas, imaginem, uma empresa de audio que teria meios de produção autonomos mas sém "designers"! O projecto comercial seria de escolher os projectos mais brilhantes dos DIY'ers do mundo inteiro e de fazer uma edição limitada, mas altamente refinada, desse produto! Cada modelo seria assinado pelo criador e ele receberia um pagamento proporcional ao preço de venda (royalties) e a estética seria confiada a um estudante de design que também assinaria cada produto! A exigência sonora do projecto seria assegurado pela medida e escutas cegas e o preço seria a condizer com a complexidade e desempenho do produto! Conheço vàrias pessoas que meteriam a mão ao bolso ... e seria uma passadeira entre o DIY e a industria e ajudaria a fazer a reputação dos "designers" sém ajuda dos escribas! Ora isto é algo de credivel e que uma associação de audio pode ajudar a criar...
Neste momento tenho um projecto com uma associação de Street- Art em Montpellier e jà aprovado! Vamos comprar dez exemplares de um modelo de gira da project modificado (unico) e com uma base em branco lacado. Cada gira vai ser desmontado por mim e vou dar a cada artista uma base nua para que faça uma obra ao seu estilo. No fim vou montar os dez giras que serão obras unicas e assinadas e que serão vendidos para ajudar a associação de artistas e obras caritativas! Mais um exemplo de algo que uma associação de audio pode fazer e que cria laços entre o audio e a arte ...
Tão a ver as avantagens de beber um bom vinho
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 15:38
Não é pelo vinho e/ou pelas maravilhosas memórias que tenho de Freixo de Espada à Cinta, mas gosto de ver como este tópico ganhou forma e trilha caminho aberto.
A procura de parcerias e a exploração da excelência por essa via pode ser uma boa resposta ao que o mercado pede. Não desvalorizando a função essencial (som e qualidade do som), uma boa história/estória (storytelling) ajudaria a vender os produtos com valor acrescentado (algo que não dependa da boa vontade e ajuda ao Outro, como esse caso dos gira-discos, mas que afirme uma individualidade).
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 15:47
José Miguel escreveu:
... a exploração da excelência por essa via pode ser uma boa resposta ao que o mercado pede. Não desvalorizando a função essencial (som e qualidade do som), uma boa história/estória (storytelling) ajudaria a vender os produtos com valor acrescentado ...
È isso mesmo a ideia do que exprimi ... mas hà muitos exemplos de coisas a fazer com o audio!
Hoje estàs no branco e eu no tinto ... inversão de fase
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 16:17
Não está um dia quente, mas beber sozinho permitiu re-visitar esse vinho e região - gosto das duas coisas, já passamos lá uma boa temporada.
Esqueci-me de referir na mensagem anterior: caso seja possível, depois partilhe o resultado das intervenções artísticas nos Pro-Ject.
Ainda dentro deste tema, eu não me recordo com total frescura, mas já andou nos classificados (olx), faz uns anos, um amplificador valvulado cujo desenho (design) era do Souto de Moura (creio que era dele). Bem sei que a sua assinatura não melhora o som, mas pode melhorar a experiência total. Pessoalmente eu gostaria de ver um projecto de excelência, com direito a tudo: novidade no circuito (a reunião das tecnologias, o navegar em todos os mares), apresentação de uma ficha técnica irrepreensível capaz de fazer corar as grandes marcas (não se medem apenas as rotas, também se medem as possibilidades que permitem ponderar aventuras e escolher em consciência), primor no design (no topo da hierarquia das nossas necessidades estão emoções, é por elas que nos lançamos no desconhecido e enfrentamos os próprios medos) e uma história.
Não me refiro apenas a amplificação, ainda por cima há quem se esteja a aventurar na construção de colunas (o desafio lançado ao Ricardo Canelas pode ser aqui relembrado, talvez pela via de um projecto derivado do dele).
mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 17:04
TD124 escreveu:
You're teaching us the portuguese actors in the field of audio, Bravo Man! Indeed Vicoustic is very well represented here in France and they are a big name in room treatment both professional or audiophile...
Thx Man
When photos of "big systems" appear in the internet, the typical designs of Vicoustic panels is very often easily recognizable!
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mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 17:23
TD124 escreveu:
Ora ai està uma ideia fantastica ... em França a produção em pequena série custa uma verdadeira fortuna
You're surely right and know the business very good - but what totally amazed me is the fact, that Henry Audio from Norway produces his DAC, which has the typical appearance and price of a Chinese product in - Germany which is not so widely known as low wage country! So, there are ways...
In my perception the Portuguese Audio has unique pearls to offer and it would be great if it would really take off! It could surely be as unique as the Italian, French, British or German Audio is. But I know, that for example the German Audio can achieve much, but it has it's limits and it's blind spots and I know no one capable to do things like JPA or the dear French emigrant! And there is sure much more potential...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 18:24
José Miguel escreveu:
... Pessoalmente eu gostaria de ver um projecto de excelência, com direito a tudo: novidade no circuito (a reunião das tecnologias, o navegar em todos os mares), apresentação de uma ficha técnica irrepreensível capaz de fazer corar as grandes marcas (não se medem apenas as rotas, também se medem as possibilidades que permitem ponderar aventuras e escolher em consciência), primor no design (no topo da hierarquia das nossas necessidades estão emoções, é por elas que nos lançamos no desconhecido e enfrentamos os próprios medos) e uma história. ...
È um sonho que eu gostaria de ver realisado em Portugal também ... mas sei por experiência que é muito dificil de concentrar todas as competências necessarias para isso num unico lugar! Participei activamente no projecto La Source para a Audioaéro que era um CD que custava 36000€ e a realidade é que sò a electronica necessitou quatro designers diferentes: um japonês para a mecânica, um suiço para o digital e dois franceses para a alimentação e andar analogico ... a caixa era feita na california, os circuitos impressos na suiça, a mecanica no japão, o design e a fantastica embalagem em madeira em frança! È o preço da excelência...
È dificil fazer algo de altamente puxado num unico lugar actualmente
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Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 19:17
Caríssimos, a coisa já fumega e roda...
Amigo TD124, parabéns pelas ideias fantásticas e sinergias já criadas. Que esse espaço pluridisciplinar e temático aconteça e eu próprio me colocarei num avião.
TD124 escreveu:
Eu aqui apresento a alta-fidelidade como sendo uma disciplina técnica, artistica e de interesse social ... nunca ouvi nenhum interlocutor politico ou económico contestar esta apresentação, bem ao contrário, e isto leva-me a pensar que em Portugal (...) não será diferente.
Pois que não é diferente em tese mas o disengagement com a cultura neste rectângulo é abissal. Na prática esse descompromisso contrasta com a enorme disponibilidade dos actores, por exemplo, num dos eventos que organizei convidei a Imacustica para uma demonstração à comunidade educativa de um liceu (um abraço especial ao Guilhermino), paralelamente um texto da coreógrafa Vera Mantero tinha sido interpretado por alunos. Tendo convidado a Vera a ouvir o sistema, esta senta-se, ouve um disco e ao segundo..... levanta-se, descalça-se, e dança coreografando o que estava a tocar num happening memorável. Se esta, e inúmeras outras, congregações de vontades teriam suscitado um interesse político/económico noutros países? Não tenho dúvidas que sim.
Portanto... continuemos.
Última edição por Rstuyvesant em Dom Mar 07 2021, 19:24, editado 1 vez(es)
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Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 19:21
mannitheear escreveu:
(...)In my perception the Portuguese Audio has unique pearls to offer and it would be great if it would really take off! (...)
Caro mannitheear, your words were much apreciated.
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Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 19:49
ricardo.canelas escreveu:
Por outro lado acho muita pinta.
Caro Ricardo Canelas, pois que esse espírito é partilhado. E por falar em pinta: então essas colunas?
TD124 escreveu:
As industrias de subempreiteiros audio que conheço na região de Milão (aluminio, plasticos, design, madeira, integração) são empresas ricas e que pagam bem! Criar um grupo de empresas especialisadas nesse dominio em Portugal seria uma concurrência saudàvel ... antes que a Polonia ou a Eslovaquia o façam ... ainda por cima, ao que pareçe, existe um know-how em Portugal em madeira por exemplo!
Amigo TD124, esses domínios industriais estão bem firmados por aqui, a madeira por razões clássicas mas, por exemplo, a zona de leiria é famosa na moldagem e termoformagem. A outro nível, o trabalho de pedra tem igualmente uma qualidade reconhecida e..... a tradição artesanal no fabrico de cordofones é um compêndio.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 20:16
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... Pessoalmente eu gostaria de ver um projecto de excelência, com direito a tudo: novidade no circuito (a reunião das tecnologias, o navegar em todos os mares), apresentação de uma ficha técnica irrepreensível capaz de fazer corar as grandes marcas (não se medem apenas as rotas, também se medem as possibilidades que permitem ponderar aventuras e escolher em consciência), primor no design (no topo da hierarquia das nossas necessidades estão emoções, é por elas que nos lançamos no desconhecido e enfrentamos os próprios medos) e uma história. ...
È um sonho que eu gostaria de ver realisado em Portugal também ... mas sei por experiência que é muito dificil de concentrar todas as competências necessarias para isso num unico lugar! Participei activamente no projecto La Source para a Audioaéro que era um CD que custava 36000€ e a realidade é que sò a electronica necessitou quatro designers diferentes: um japonês para a mecânica, um suiço para o digital e dois franceses para a alimentação e andar analogico ... a caixa era feita na california, os circuitos impressos na suiça, a mecanica no japão, o design e a fantastica embalagem em madeira em frança! È o preço da excelência...
È dificil fazer algo de altamente puxado num unico lugar actualmente
Paulo, eu comecei por alertar para algumas outras necessidades na abordagem a este tema, não fui logo entendido, mas ao que parece estamos a chegar lá. Nunca foi fácil construir um projecto de raiz sem serviços externos, pelo que é importante abrir isto do "polo" áudio e falar-se de projectos que se integram em sinergia com o muito que já existe - cá ou, em caso de necessidade, fora de portas. (a maioria das marcas, mesmo as ditas grandes, trabalharão assim)
Eu acredito que a excelência ainda tem lugar neste mundo, talvez seja um crente, mas é assim que vejo as coisas. Da mesma forma que um alargado número de pessoas tende a saber distinguir a boa da menos boa reprodução de Música gravada, também saberão distinguir entre coisas válidas ou cópias e desnecessárias. Amplificadores a válvulas, transístores, mesmo em classe D... se as grandes marcas compram peças fora, uma nova marca também o pode fazer e os preços hoje são facilmente conhecidos. Colunas!?! O mesmo se passa, drivers e peças para o crossover (caso seja necessário), também se arranja. DACs!?! Os chips estão relativamente bem catalogados... Aqui chegado eu repito a máxima do Marketing: quem quer concorrer com o sector (áudio instalado, neste caso), acabará a digladiar com preços. Portugal demorou muito a perceber que na Indústria do Calçado tinha que somar valor ao produto, não bastava ter qualidade.
Eu compreendo que as minhas palavras possam soar a negativismo, mas não é esse o sentido delas. Eu vivo por aqui, vejo sempre a acusação ser feita ao Estado ou ao Outro... responsabilizar algo fora de nós é apenas o caminho mais fácil, mas não o que conduz à concretização.
O que separa uma boa ideia de uma má é a concretização!
Por falar em gostar... eu gostava de ver aqui ideias ganhar corpo, em tempos pensei que teríamos um pré de phono do AAP, mas esse projecto nem teve grande interesse por parte de quem participa.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 21:39
Rstuyvesant escreveu:
... Amigo TD124, parabéns pelas ideias fantásticas e sinergias já criadas. Que esse espaço pluridisciplinar e temático aconteça e eu próprio me colocarei num avião. ...
Amigo Rstuyvesant ... creio pelos ultimos encontros que esse projecto vai se tornar uma realidade rapidamente o que me permitiria num unico lugar de reunir o meu triangulo sagrado (Arte, Vinho, HiFi)! O espaço vai se chamar "20dB" o que foneticamente em françês dà vinho/decibel! Jà està oficialmente convidado para a inauguração
José Miguel escreveu:
... Por falar em gostar... eu gostava de ver aqui ideias ganhar corpo, em tempos pensei que teríamos um pré de phono do AAP, mas esse projecto nem teve grande interesse por parte de quem participa.
José, guardei o fim mas estou de acordo com o que dizes na tua intervenção mas acho que estàs a meter a carroça à frente dos bois como se diz aqui! Para fazer o que queres é necessario uma marca ora que não é isso o que me proponho a ajudar. Eu posso ajudar a criar uma ferramenta (polo ou associação) que por sua vez pode ajudar as marcas locais e divulgar o audio português em Portugal e no estrangeiro ... uma marca é outra coisa e jà tenho uma para me ocupar
Não sei que ideias gostarias de ver tomar corpo ... hoje lançei três exemplos de coisas possiveis através de uma associação ou polo de audio que criaria passadeiras entre a HiFi, a Arte e o mundo do DIY ... e criaria riqueza e interesse sém depender dos escribas ou da mainstream audio! São ideias originais dignas de interesse, mas outras ideias (muitissimas) são possiveis, basta escolher uma que nos pareça consistente e pertinente, afinà-la e começar a estabeleçer um plano de realisação! Mesmo o projecto dos giras pode ser feito em Portugal com artistas locais o que faria buzz e atrai o interesse da prensa para o sector do audio ... ainda por cima os giras estão na moda
Quanto ao phono do AAP é dificil de convencer as pessoas a entrar num projecto DIY quando não téem o "bicho" do ferro de soldar! Mas, se o aparelho fosse todo feito por alguém e depois estamplihado AAP talvez a coisa jà fosse diferente ... e se o ouvissém e que ele soe divinamente então poderia ser um sucesso
A minha madame quando lhe falo de uma ideia ela diz-me sempre que não compreende e que espera de a ver realisada ... e enfim quando vê a coisa pela primeira vez diz-me: Porque é que não me disseste que seria assim??? ao qual respondo: Sim, eu disse-te que seria exactamente assim!!!...
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 22:11
Paulo, eu compreendo seu ponto, mas quem está a meter mesmo a carroça na frente dos bois: 1. Quem espera ver aparecer um projecto/produto/marca? 2. Quem pensa primeiro a criação de um "polo"? 3. Ambos?
Eu penso a coisa ao contrário, repare, mesmo que se proponha a receber criações Portuguesas no "20db", se elas não existirem ou o arrojo não exisitir... arrisca-se a mostrar coisas Francesas ou Luso-Francesas (suas).
A questão do phono AAP está bem analisada, mas o Nafty até já veio a Portugal e apresentou criações dele, apoiar essa iniciativa é um passo necessário, a apresentação local pública já seria algo natural... ainda assim tem que existir interesse e depois, quem sabe, partir para a tal ideia de partilha de comhecimentos e contactos (design, apresentações e divulgação, conversa com lojistas, ...). Foi o que me passou pela cabeça. como já aqui foi dito, se alguém ler isto e conseguir aproveitar, já se ganhou algo.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 22:58
José Miguel escreveu:
... Eu penso a coisa ao contrário, repare, mesmo que se proponha a receber criações Portuguesas no "20db", se elas não existirem ou o arrojo não exisitir... arrisca-se a mostrar coisas Francesas ou Luso-Francesas (suas). ...
Fogo!... num espaço que vai representar aparelhos oriundos dos 27 paises da CE tu resumes isso a Portugal e França Os meus bébés serão é certo, pois não é um projecto "altruista", mas algo deve se arranjar desse lado também
Mais a sério, não vejo no que posso ajudar a criar uma marca de raiz portuguesa ... como tu disseste isso està na mão dos interessados! Vejo-me mais a acompanhà-los no desenvolvimento passo a passo do que na criação! Pessoas como o João da Bernarda ou outros podém ser a faisca dessa "marca" se a vontade existir! Ou então imaginar a marca "noname" sém designers que fabrica produtos escolhidos oriundos do DIY com design local também em série limitada, como propuz! Nesse caso a marca torna-se num "revelador" de talentos e necessita de uma estructura mais simples ... mesmo sendo uma ideia meio altruista, bem feita, ela pode criar riqueza e pagar alguns ordenados. Pela imbricação intelectual com o mundo do DIY ela teria uma vocação internacional automaticamente e as séries limitadas é algo que agrada muito
A associação poderia criar uma marca desse tipo e encarregar-se da fabricação, difusão e distribução!...
Fica a ideia...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 23:09
Essa ideia de séries limitadas é muito interessante, por muitas razões, desde logo por permitir criar peças que tocarão o nicho que procura a alternativa aos mercados tradicionais. O Paulo já a tinha apresentado em cima e assim que falou do espaço a abrir liguei essas pontas... eu até já coloquei duas vezes a máxima do Marketing que refere a possibilidade de seguir pelo lado do "copy" (a ideia, história, conceito, ...).
Deve lembrar-se que já falamos (eu e a Luciana) sobre como vemos o Paulo para lá de um construtor de peças e esse caminho ficará bem para si.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 23:16
José Miguel escreveu:
Essa ideia de séries limitadas é muito interessante, por muitas razões, desde logo por permitir criar peças que tocarão o nicho que procura a alternativa aos mercados tradicionais. O Paulo já a tinha apresentado em cima e assim que falou do espaço a abrir liguei essas pontas...
Exactamente, então se a ideia agrada é ver o que os outros pensam e partir para imaginar as paredes e janelas à volta! O telhado logo se vê mais tarde
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Dom Mar 07 2021, 23:48
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
Essa ideia de séries limitadas é muito interessante, por muitas razões, desde logo por permitir criar peças que tocarão o nicho que procura a alternativa aos mercados tradicionais. O Paulo já a tinha apresentado em cima e assim que falou do espaço a abrir liguei essas pontas...
Exactamente, então se a ideia agrada é ver o que os outros pensam e partir para imaginar as paredes e janelas à volta! O telhado logo se vê mais tarde
Vamos lá trabalhar rumo à Soundaude Limited Editions.
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Seg Mar 08 2021, 08:21
Bom..., Um tipo não pode estar de fim-de-semana, que já andam para aqui sonhos...,
Confesso que ainda não percebi a tendência desta conversa
É criar uma marca?
É criar um polo de startup, que faça todo o trabalho de suporte e apoio complementar aos criadores: Estudar o mercado, lançar desafios, gerir a comunicação, gerir a produção, gerir a logística, gerir os recursos. Ou seja, fazer a Gestão do Processo/Projeto?
Neste momento, do que entendo da conversa e se a entendo bem, os pontos abaixo, focados por vós os dois e até onde vos cortei a conversa, são aqueles em que eu mais me revejo. Reforçando, se percebi bem...
TD124 escreveu:
Mais a sério, não vejo no que posso ajudar a criar uma marca de raiz portuguesa ... como tu disseste isso està na mão dos interessados! Vejo-me mais a acompanhà-los no desenvolvimento passo a passo do que na criação! Pessoas como o João da Bernarda ou outros podém ser a faisca dessa "marca" se a vontade existir!
A associação poderia criar uma marca desse tipo e encarregar-se da fabricação, difusão e distribução!...
Fica a ideia...
José Miguel escreveu:
Essa ideia de séries limitadas é muito interessante, por muitas razões, desde logo por permitir criar peças que tocarão o nicho que procura a alternativa aos mercados tradicionais.
Na realidade a minha ideia passa e sempre passou, por exemplo o AAP, colocar os Habilidosos conhecidos a falarem uns com os outros e a entenderem-se para criar produtos, sem hegemonias, vaidades e a minha é maior que a tua. Algo que não tem sido fácil, nas minhas várias incursões no assunto, mas que não vou desistir.
Penso mesmo que se cada um remar para o seu lado, ninguém chegará a lado nenhum, e já existem inúmeros exemplos de que esta minha tese se verifica. Um ou outro já apontado pelo amigo Rstuyvesant.
Portanto, Primeiro Ponto: Desafiar alguns Artesãos do Áudio Nacional, a fazerem um trabalho de grupo / equipa. Desafio esse que iria no sentido de criarem projeto, ou projetos que tenham cunho de "starter", disruptivos e que vão ao encontro daquilo que o mercado (um mercado mais global) hoje, pode procurar / ambicionar.
Logo, Ponto Prévio: Procurar fazer um levantamento, mesmo que simples, sobre os interesses do mercado. O que é que faria, hoje, uma pessoa investir num equipamento eletrónico de Áudio e/ou de AV e que tipo de equipamento seria o desejado?
Step by step, acredito que seja a melhor forma de podermos ajudar. Estes dois pontos, penso que já dariam trabalho suficiente, mas permitiria tomar consciência e pulso à "Coisa".
Luis_vxd gosta desta mensagem
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Seg Mar 08 2021, 08:56
Goansipife escreveu:
... Na realidade a minha ideia passa e sempre passou, por exemplo o AAP, colocar os Habilidosos conhecidos a falarem uns com os outros e a entenderem-se para criar produtos, sem hegemonias, vaidades e a minha é maior que a tua. Algo que não tem sido fácil, nas minhas várias incursões no assunto, mas que não vou desistir. ... Portanto, Primeiro Ponto: Desafiar alguns Artesãos do Áudio Nacional, a fazerem um trabalho de grupo / equipa. Desafio esse que iria no sentido de criarem projeto, ou projetos que tenham cunho de "starter", disruptivos e que vão ao encontro daquilo que o mercado (um mercado mais global) hoje, pode procurar / ambicionar.
Logo, Ponto Prévio: Procurar fazer um levantamento, mesmo que simples, sobre os interesses do mercado. O que é que faria, hoje, uma pessoa investir num equipamento eletrónico de Áudio e/ou de AV e que tipo de equipamento seria o desejado?
Step by step, acredito que seja a melhor forma de podermos ajudar. Estes dois pontos, penso que já dariam trabalho suficiente, mas permitiria tomar consciência e pulso à "Coisa".
Efectivamente, se em Portugal for como aqui o mais dificil é mesmo de meter os "actores" a trabalhar juntos ... conto contigo para escalar essa muralha
Estou de acordo com os dois pontos e tu conheçes os "actores" ... trata-se de lançar esse desafio e ao mesmo tempo de verificar as necessidades, mesmo se no audio geralmente é o produto que cria a necessidade e não o contràrio, mas seria interessante de conheçer o preço alvo, a tecnologia e o tipo de produto que resultaria em mais interessados! Talvez um phono visto a tendência actual...
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Seg Mar 08 2021, 09:46
TD124 escreveu:
... trata-se de lançar esse desafio e ao mesmo tempo de verificar as necessidades, mesmo se no audio geralmente é o produto que cria a necessidade e não o contràrio, mas seria interessante de conheçer o preço alvo, a tecnologia e o tipo de produto que resultaria em mais interessados! Talvez um phono visto a tendência actual...
Sim Paulo, tens razão! No áudio, tradicionalmente, tem sido o produto que cria a necessidade.
Contudo, compreende, no meu métier e na minha formação profissional, a necessidade tem sido mais gerada no sentido out -> in -> in -> out. Ou seja, os atuais produtos craft, ou de vertente sommelier, nasceram na companhia, pela tendência e pelas indicações dadas pelo mercado na apetência por estes produtos, que levaram à criação de projetos em consonância com determinados atores da restauração (empresários, chefes de cozinha, barmen, etc), levando à consolidação de tipologias de excelência, que passaram a ter o apelo do mercado mais global e vasto.
Tenho reparado, que o mundo do Áudio e do AV, está a ligar-se bastante a este formato, principalmente, em produtos classificados com gadget.
Não sei como é aí em França, mas em Portugal, os smartphones já se vendem com o chamariz de fazerem fotografias de altíssima resolução, filmes em 4K e som de alta resolução, com possibilidade de serem transferidos em multicanal para um equipamento com essas valências. Mas estas facilidades, vieram com os vários desejos e ambições dos consumidores, não só portugueses, como penso de todo o mundo. Razão pela qual a Samansung, tem entrado numa roda viva de lançamentos que, até agora, culminou no lançamento do S21.
O desenvolvimento dos atuais DACs de secretária, como os Topping, os SMLS, os iFi e por aí fora, parecem ter vindo para dar resposta a algumas ambições dos utilizadores de computador, a tempo inteiro, que gostam de trabalhar com os seus equipamentos - Laptops e Desktops - ligados às plataformas de streaming , ou jogos, mas a ouvirem música e outros sons com uma certa qualidade ou com a ideia dessa qualidade. São, contudo, equipamentos, que podem muito bem, acompanhar sets de áudio dedicado.
A minha ideia passa um pouco por este tipo de equipamento disruptivo. Mesmo aceitando que se consiga um equipamento de excelência, que venha, por ele, gerar o apelo e a necessidade de aquisição.
Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Seg Mar 08 2021, 09:58
TD124 escreveu:
Vin dB
Hulala! Amigo TD124, essa designação é mesmo dB (damn Boa). Grato pelo convite e, claro está, aceite.
José Miguel escreveu:
Soundaude Limited Editions. Laughing
Caro José Miguel, boa poética, o problema é o acrónimo soar a SME.
Goansipife escreveu:
Bom..., Um tipo não pode estar de fim-de-semana, que já andam para aqui sonhos...,
Amigo Goansipife, é o magnetismo da pedra filosofal a fazer das suas.
Concordo com os pontos apresentados e não excluo a ideia de estando o ponto prévio delimitado, sermos nós a propor aos artesãos o projecto/caderno de encargos (uma espécie de AAP conception by XXX).
De facto gostaria de ver alguns dos actores já a participar por aqui mas, independentemente disso, começemos pela "prata da casa"...
Caro Ricardo Canelas, já lhe foram lançadas umas linhas utópicas mas, pragmatizo a título pessoal, e como repto aos restantes, a minha disponibilidade para que as suas colunas sejam o 1º produto deste sonhar. Assim, ao: 1) tendo aqui já sido exposto um acordo quanto ao cuidado posto no desenvolvimento do projecto; 2) uma escolha ajustada dos drivers; 2) um design apelativo; 3) o hype assegurado por ser um diyer;
Acresço:
4) o ponto 3 reforçado pela história de uma sinergia de foristas audiofilomelómanosóaudiometristasdosom; 5) a flexibilidade para acomodar drivers de acordo com os critérios do cliente; a sua disponibilidade financeira (podendo optar por drivers mais baratos) ficando sempre assegurado o update de qualquer configuração; 6) a possibilidade de apresentar as meninas em vários acabamentos; 7) o disponibilizar de uma medição prévia da sala e ajustar o crossover à mesma; ....
Vamos lá levar isto à estreia absoluta e planetária no VindB do amigo TD!
Luis_vxd gosta desta mensagem
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Seg Mar 08 2021, 10:01
Goansipife escreveu:
(...) Neste momento, do que entendo da conversa e se a entendo bem, os pontos abaixo, focados por vós os dois e até onde vos cortei a conversa, são aqueles em que eu mais me revejo. Reforçando, se percebi bem...
(...)
Gonçalo, o Paulo já respondeu de forma a que me sinta incluído nas palavras, mas para esclarecer o meu ponto desde o início deixo estas palavras: no fundo eu, por acreditar na iniciativa do indivíduo, penso sempre em primeiro a apresentação da necessidade (algo como o Paulo agora coloca e o Gonçalo toca na sua intervenção).
A ideia de criar as condições de apoio é feliz, mas isso na minha cabeça bem sempre em segundo lugar e nunca em primeiro. Se já tivéssemos um ponto sobre o qual falar e à volta dele girar, já poderíamos estar a debater ideias de planos: comunicação, apresentação, colocação, desenho, tecnologia, preço e mercado a atingir, ... como não temos este ponto sobre o qual pensar, acabamos de copo na mão e a escrever de forma mais livre.
Vamos seguir a pedra lançada: um pré de phono.
A amostra é para lá de insignificante, mas vamos ver aqui (no fórum) se há uma tendência de procura, abertura para investimento e crença (que tecnologia). 1. No caso de usar um gira-discos como fonte, que importância coloca sobre o pré de phono? 2. Que tipo de investimento pondera para esta peça do sistema? 3. Que tipo de pré de phono, que tecnologia, acredita ser a melhor para desempenhar o papel?
Não podemos pensar um pré de phono como o iFi Zen, não faz sentido nenhum. Eu não acredito na ideia "algo vale várias vezes o seu preço", mas muita gente acredita. Assim sendo, face a um potencial desempenho conseguido, face a argumentos válidos (perdoem-me, mas já disse que os produtos pecam por falta de documentação e eu gostaria de ver nascer produtos bem documentados), onde colocar o patamar de preço? Será um produto de edição limitada? Sendo um desses, podemos procurar (cada um dos que quer ajudar poderá dar pistas a seguir) parcerias para o desenho e acabar com a feia imagem de caixas de electricidade dos anos 50 (se eu amanhã quiser lançar um concurso de design junto de alunos, tenho que ter algo para dar orientações e não posso simplesmente pedir um desenho... caso contrário, acontece o que já expliquei atrás, os desenhos poderão não ir ao encontro do exequível).
O Paulo tem esse belo projecto para abrir, mas com certeza quererá algo com que se identifique. Eu quando me identifico com algo, vendo melhor... pois não venderei um produto, venderei uma ideia/conceito, uma história.
Fechando o círculo: eu creio que aqui há boa vontade de várias pessoas, abertura e potenciais contributos, mas falta a "cola" para nos unir e isso é um criador/produto.
Poderei estar a pensar de forma errada, mas incubadoras foram abertas em todas as cidades e os espaços de trabalho estão vazios...
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Criação de um polo audio português... Seg Mar 08 2021, 11:59
Goansipife escreveu:
... A minha ideia passa um pouco por este tipo de equipamento disruptivo. Mesmo aceitando que se consiga um equipamento de excelência, que venha, por ele, gerar o apelo e a necessidade de aquisição.
Sê mais claro Gonçalo, estàs a pensar num aparelho budget, para utilisar no universo do computador, disruptivo na estética, pequeno formato?... ou pensas num produto mais orientado high-end?...
Rstuyvesant escreveu:
... Hulala! Amigo TD124, essa designação é mesmo dB (damn Boa). Grato pelo convite e, claro está, aceite. ...
Cà o esperamos com um branquito da La Clape apenas fresco e une tartine de brandade de morue
José Miguel escreveu:
... O Paulo tem esse belo projecto para abrir, mas com certeza quererá algo com que se identifique. Eu quando me identifico com algo, vendo melhor... pois não venderei um produto, venderei uma ideia/conceito, uma história. ...
José eu não estou sozinho nesta historia, estamos todos, e ném quero estar no centro dela ... são voçês que estão mais proximos do centro! Efectivamente gosto de me identificar com algo, não teria feito a anTiTon senão, mas aqui não se trata das minhas convições e ou desejos, mas das nossas! Eu posso tão bem me identificar com um SMSL ou um Moon intelectualmente ... mas não teria o mesmo prazer a possuir um ou outro, é aqui que està o eixo central das coisas e ao qual devemos reflectir...
Para a minha empresa eu estabeleci-me como norma de fabricar produtos "que eu mesmo gostaria de possuir" e isto conduz-me a uma linha directora que vai no sentido do que dizes: uma ideia, um conçeito, uma historia ... e a singularidade, raridade! Aqui não é a mesma coisa e os "actores" podem ter uma outra visão do mercado, ou em discutindo podemos ser nòs a decidir qual o publico alvo desse futuro aparelho e efectivamente pareçe-me ser o começo. Se nos enganamos aqui tudo nascerà torto...
Depois o resto é a continuidade de isto! Fora raros casos, eu nunca penso na tecnologia antes de imaginar como quero que o produto seja ... é o conçeito global do produto que vai decidir a sua tecnologia! Para um phono posso imaginà-lo minimalista e nesse caso escolher uma tecnologia X ou imaginà-lo com selectores de carga, de capacidade, com correctores frequenciais e de phase e nesse caso visto que é um aparelho muito mais complexo escolher uma tecnologia Y ... ora que ambos são phonos! O preço final também determina a tecnologia pois estas não custam o mesmo preço e determina o tamanho ... um Dac SMSL é pequenote porque utilisa em saida amplificadores operacionais, se ele tivesse transistores discretos em saida jà teria que ser mais grande e mais caro ... e se tivesse 4 vàlvulas em saida com um Sonic Frontiers seria ainda mais grande e caro!...
Eu jà disse o meu pensar no que diz respeito aos forums no sentido em que o publico dos iFi ou SMSL anda por aqui mas não o publico dos produtos novos de media e alta gama ... ora que é esse o nosso alvo não ???...
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