Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom Mar 27 2022, 10:44
Olá
Por aqui roda...
Fredie
O Audio é tramado... o que uns adoram... outros detestam...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qui Mar 31 2022, 17:54
O dia acordou com chuvas intensas, mas lá tive de ir trabalhar... o regresso a casa foi marcado pelo sol que se faz cada vez menos tímido.
Brian Eno - Taking Tiger Mountain... you know!
Eu gosto muito deste álbum, sempre que o coloco fico a pensar que até o mais negro dos temas tem luz, só temos de a procurar bem. A Música Pop não tem de ser menos cuidada, este álbum é o exemplo de quão bem se pode fazer sem sair desse território.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sex Abr 01 2022, 19:00
Mais um dia... hoje dia longo, mas finalmente em casa e antes com algum tempo antes de pensar no que fazer para o jantar, por isso:
Sandy Denny - Like an Old Fashioned Waltz...
Ontem deu-me para Eno, hoje vi este na estante e peguei nele. Não quero com isto dizer que Eno e Sandy Denny estão na mesma "estante", mas os dois são álbuns Pop com grandes arranjos. Sandy Denny não deixa para trás o seu Folk, mas aqui acrescenta profundidade com arranjos Jazz e alguma inclinação barroca. Recomendo.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sex Abr 01 2022, 19:58
Em continuação, mas um pouco ao lado...
Este álbum dos Penguin Cafe Orchestra por vezes lembra Yann Tiersen... ou melhor, este álbum é de 1981, por isso talvez seja o Tiersen que lembre estes...
Vale a pena a escuta, divertida, por vezes a tocar a inocência. Cria um belo fim de tarde.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sex Abr 08 2022, 22:32
Aqui roda este discão do Ernie. Tenho pena que o ficheiro não tenha a mesma fidelidade do disco.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sex Abr 15 2022, 12:21
Em França diz-se que hà um vinho para cada ocasião... talvez também haja um album para cada momento da vida. Numa época aonde a crise se conjuga no plural: Politica, economica, humanitaria, social, alimentar, sanitaria, existencial e etc... este album lembra que tudo é um eterno recomeço! Roda então "Crisis"...
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sex Abr 15 2022, 18:59
A partilha do Paulo fez-me pensar que há Música que cai bem em vários momentos da História, pois aborda temas maiores de forma superior.
Hoje não contava ter de ir trabalhar, mas lá teve de ser... agora, com o sol a invadir pacificamente a nossa sala, roda:
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sex Abr 15 2022, 20:37
Na linha de horizonte as cores anunciam um dia de amanhã melhor, pelo menos é o que diz a sabedoria popular.
O álbum que se segue parece fruto de uma faísca popular, Rock de origem simples, ou seja, muito de Blues e Funk... as faixas presentes ganham uma nova vida.
Este é um daqueles álbuns que me liga a este espaço e às pessoas que por aqui circulam. Numa tarde animada foi-me colocado à frente pela faixa Tobacco Road, mas a versão de Day in the Life foi a que mais me tocou. Todo o álbum merece ser escutado, mas ficam estas referências para apimentar.
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tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sáb Abr 23 2022, 11:52
Um dos discos que mais gosto do Paulo Furtado. O elemento "femina" aqui como uma femme fatal no Rock N'roll puro e visceral.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sáb Abr 23 2022, 15:48
tomaz escreveu:
Um dos discos que mais gosto do Paulo Furtado. O elemento "femina" aqui como uma femme fatal no Rock N'roll puro e visceral.
(...)
Esse álbum também é escutado por aqui, gostamos do Paulo Furtado e da sua entrega à Música. Ao vivo ele já nos proporcionou belos momentos, creio já ter contado por aqui que chegamos a ver um concerto dele (noite de muito mau tempo) com amigos meus a subir para tocar com ele - seríamos uma dúzia de pessoas presentes.
Parabéns pelo belo Garrard que tem aí, creio ser a primeira vez que o vejo.
Já agora, aqui toca:
Dead Can Dance - Dionysus...
A capa ilustra bem o que se encontra dentro, território Folk com carga espiritual - as velhas civilizações a comunicar connosco.
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tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sáb Abr 23 2022, 16:43
José Miguel escreveu:
tomaz escreveu:
Um dos discos que mais gosto do Paulo Furtado. O elemento "femina" aqui como uma femme fatal no Rock N'roll puro e visceral.
(...)
Esse álbum também é escutado por aqui, gostamos do Paulo Furtado e da sua entrega à Música. Ao vivo ele já nos proporcionou belos momentos, creio já ter contado por aqui que chegamos a ver um concerto dele (noite de muito mau tempo) com amigos meus a subir para tocar com ele - seríamos uma dúzia de pessoas presentes.
Já agora, aqui toca:
Dead Can Dance - Dionysus...
A capa ilustra bem o que se encontra dentro, território Folk com carga espiritual - as velhas civilizações a comunicar connosco.
Tem sempre grande honestidade e entrega em palco! Já vi o Paulo em diferentes contextos com diferentes formações e sempre boas prestações.
Os Dead Can Dance têm uma obra praticamente toda admirável. As velhas civilizações a comunicar conosco através de músicos que começaram no punk
"Parabéns pelo belo Garrard que tem aí, creio ser a primeira vez que o vejo. "
Obrigado! Comprei o Garrard há muitos anos ao Rui Borges, com o plinto, o SME 3009 e uma Denon DL-160. Quase o mesmo preço com que vendi um pro-jekt 9. Este não vou vender nunca.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14323 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom Abr 24 2022, 02:40
24 de Abril de 1990. A bordo do vaivém Discovery, foi lançado o Telescópio Hubble. A captação de imagens por esse satélite artificial não tripulado, abriu horizontes e renovou o estudo do universo. A óptica da Antena 2, permite Olhar a Lua durante três mil e seiscentos segundos, correspondendo à terceira hora do dia.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom Abr 24 2022, 18:45
O Domingo está soalheiro, mas tem sido ocupado por nuvens cinzentas chatas (partir o telefone pelo excesso de actividade já não é coisa para saber mal). Para descarregar energia vai rodar um álbum de Rock Psicadélico feito por estas bandas - a energia deles permite a descarga da nossa, perante o espaço livre nova e diferente energia se cria.
Black Bombaim - Saturdays and Space Travels...
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom Abr 24 2022, 19:36
Para continuar a jornada até que o sol se vá, tocará Ricochet dos Tangerine Dream.
Este álbum foi gravado ao vivo, melhor, é fruto de gravações ao vivo. A Electrónica encontra-se com o Rock Progressivo, o resultado é harmonioso, sem deixar de satisfazer pelo experimentalismo de quem queria testar os limites das suas possibilidades.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom Abr 24 2022, 20:24
Com o deitar do sol, o estilo de Música vai mudar... o espírito mudou.
Para este de Nick Drake não são necessárias mais palavras, resta sentar, encostar bem as costas e permitir que a imagição voe a cada palavra e acorde que se reproduz na sala.
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tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Seg Abr 25 2022, 08:51
Acordei com o som dos The Cure na cabeça. Certas bandas são como o metronomo! Estão sempre lá a marcar, um espaço, um lugar, uma necessidade. Cada dia ou momentos do dia têm um andamento próprio.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Seg Abr 25 2022, 09:09
No dia dos cravos, começa com rosa e começa muito bem!
tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Seg Abr 25 2022, 09:26
José Miguel escreveu:
No dia dos cravos, começa com rosa e começa muito bem!
Um dia destes falávamos aqui de cinestesia e música e desafiei os putos a dar cores a bandas, músicas, sons...
O dia de hoje de facto associo muito ao vermelho e sempre na forma deste disco
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Seg Abr 25 2022, 14:01
tomaz escreveu:
Um dos discos que mais gosto do Paulo Furtado. O elemento "femina" aqui como uma femme fatal no Rock N'roll puro e visceral.
Tenho uma preferência pelo anterior "Masquerade" aonde a rugosidade bruta do R&B aparecia como refrescante e dopante... mas também aprecio algumas faixas desse "Femina"! Dele, ou com ele, tenho como preferência o album dos WrayGunn Eclesiastes 1.11 que me soa a energia pura nmho
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Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14323 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Seg Abr 25 2022, 23:01
Em 1999, comemoraram-se vinte e cinco anos do 25 de Abril. Carlos Martins (saxofones tenor e soprano), com Bernardo Sassetti e João Paulo Esteves da Silva (piano), Mário Delgado (guitarra), Carlos Barreto (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria), munidos de peças de intervenção portuguesa, concederam uma brilhante ambiência de jazz às canções seleccionadas, dando aclamação entusiástica ao desejo de que viva e prospere a índole do 25 de Abril de 1974. No ano 2019, aquando a celebração dos 45 anos dessa marcante data, «Sempre» foi editado em LP, o qual escutei atentamente no Auditório Fantasma.
(Nischo Records, NIS0007)
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tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Abr 27 2022, 09:58
A passear por alguns dos primeiros registos que adquiri!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Abr 27 2022, 14:15
tomaz escreveu:
... A passear por alguns dos primeiros registos que adquiri!
Não sou fã do Bowie mas voçê deu-me uma ideia... roda um dos primeiros discos que comprei, talvez tenha sido mesmo o primeiro mas a memoria não me permite a certeza. Em todos os casos, jà tinha bom gosto mesmo puto
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Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14323 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Abr 27 2022, 19:16
TD124 escreveu:
(...) roda um dos primeiros discos que comprei, talvez tenha sido mesmo o primeiro (...)
Terá adquirido no território conquistado por D. Afonso Henriques, designado Almada?
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Abr 27 2022, 20:13
Ghost4u escreveu:
TD124 escreveu:
(...) roda um dos primeiros discos que comprei, talvez tenha sido mesmo o primeiro (...)
Terá adquirido no território conquistado por D. Afonso Henriques, designado Almada?
Foi comprado na Cova da Piedade numa loja de discos que estava ao lado do segundo cinema (não o da sfuap) do qual jà não me lembro o nome... velhos tempos
tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Abr 27 2022, 23:53
TD124 escreveu:
Ghost4u escreveu:
TD124 escreveu:
(...) roda um dos primeiros discos que comprei, talvez tenha sido mesmo o primeiro (...)
Terá adquirido no território conquistado por D. Afonso Henriques, designado Almada?
Foi comprado na Cova da Piedade numa loja de discos que estava ao lado do segundo cinema (não o da sfuap) do qual jà não me lembro o nome... velhos tempos
Era a do Centro Comercial Star? Se for essa comprei lá vários discos.
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tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sex Abr 29 2022, 23:27
No Means No - Wrong
Habituais do "Som da Frente"
Inicialmente uma banda de dois elementos e mais tarde a inclusão da guitarra, os irmãos Wright, influenciados por Jazz e Rock Progressivo. Os No Means No oriundos do Canadá, firmaram-se com um som Hardcore Punk, muito complexo, com letras desafiantes e arranjos de voz muito imaginativos. Uma banda muito influente e considerada uma das percurssoras do Mathrock. A edição de "wrong" tem a particularidade de ter um dos 4 lados a 45rpm e as outras 3 a 33rpm. Todos os discos que tenho deles foram comprados no concerto ao vivo que deram na ZDB. Os discos deles em vinil eram muito difíces de arranjar,o concerto foi um dois em um. Eles próprios a vender os discos. Acabámos por falar muito mais do Alentejo e do Canadá que de outra coisa qualquer. Uma banda fundamental no meu crescimento e do meu gosto musical.
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Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14323 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Sáb Abr 30 2022, 23:35
Na Antena 2, sons tecnológicos gerados por Kraftwerk, em Argonauta. Embora no Ilhéu Chão a frequência seja diferenciável, na capital do império descapitalizado, sintonize 94.4 da Frequência Modular (FM).
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tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua maio 04 2022, 10:15
Os Spektrum são de Londres. Este longa duração saiu em 2004. O som é uma revisão de funk a la ESG e A Certain Ratio. Batidas pronunciadas e o corpo dos temas muito minimalista. Soava estranho à altura se situarmos a presença deles na cena House da época, mas hoje está mais que actual. Repare-se por exemplo em projectos como os Sault onde converge tudo isto de forma revista e actualizada. Considero "Enter the Specktrum" o Lp que fez a ligação entre o Funk-Punk-electro dos anos 70-80 para muito do som que temos actualmente em muitas frentes do Mainstream ao mais Indie, no que a este tipo de sonoridade diz respeito.
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
tomaz Membro AAP
Mensagens : 356 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Ter maio 10 2022, 11:02
Uma das minhas bandas preferidas deste período. Claramente inseridos na estética pós-punk que se anichou no gótico/dark wave. Editaram em 1983 na 4AD o primeiro Álbum , Fetisch. Os Xmal Deutschland tiveram actividade entre 1980 e 1990. A primeira formação da banda era integralmente feminina.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua maio 11 2022, 18:43
Depois de um dia longo, é hora de escutar um álbum que faz sempre bem:
Spiderland dos Slint já foi abordado várias vezes, desta vez deixo apenas a nota: quem não conhecer, escute com calma!
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qui maio 12 2022, 10:03
tomaz escreveu:
Uma das minhas bandas preferidas deste período. Claramente inseridos na estética pós-punk que se anichou no gótico/dark wave. Editaram em 1983 na 4AD o primeiro Álbum , Fetisch. Os Xmal Deutschland tiveram actividade entre 1980 e 1990. A primeira formação da banda era integralmente feminina.
È um grupo que estranhamente me passou ao lado pois nessa época era um acompanhador da 4AD pois ouvia DCD, Cocteau Twins e This Mortal Coil... tenho que espreitar isso
José Miguel escreveu:
Depois de um dia longo, é hora de escutar um álbum que faz sempre bem:
Spiderland dos Slint já foi abordado várias vezes, desta vez deixo apenas a nota: quem não conhecer, escute com calma!
Mesmo os que conheçem podem continuar a ouvir com calma e atenção... é uma obra que tém sempre algo de novo num dos cantos para descobrir, ou redescobrir! Frustrado pela dieta musical que involuntariamente me imponho ultimamente esse Spiderland deu-me vontade de escutar um album que também é uma pedra angular dos anos 90 e que mereçe toda a atenção. Os Tortoise são pouco evocados por aqui então agora roda este imenso album, também para descobrir ou redescobrir...
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua maio 18 2022, 19:11
Depois de uma leitura animada, estava mesmo pronto para pegar num disco produzido por uma menina... mas vi este e não resisti.
Wave Field é um belo álbum de Rafael Toral, como já disse por aqui, exploração do som a partir de uma guitarra, a distorção que forma em jeito de paisagem harmoniosa.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom maio 22 2022, 18:56
O sol ainda se faz presente por entre nuvens esperadas, o fim de tarde não necessita ser menos doce que a manhã, o sentimento de vertigem face ao fim de mais um fim-de-semana pode ser apaziguado com o êxtase do espírito...
Sem mais trocadilhos, deixo a mais uma vez o Histoire de Melody Nelson, um gigante de vinte e poucos minutos (ainda tenho de controlar melhor as baixas frequências, neste álbum são pesadas).
Para quem passar por Ovar, fica a sugestão em imagem:
ricardo.canelas Membro AAP
Mensagens : 350 Data de inscrição : 02/04/2014 Localização : Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLVIII Seg maio 23 2022, 19:49
Estreia a solo do do Sr Shabaka Hutchings - Shabaka: Afrikan Culture
Que viagem de 30 min por entre flautas africanas, japonesas, e muito, muito ambiente.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14323 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Seg maio 23 2022, 23:18
Gravado em Londres, no IBC Studio, e editado a 23 de Maio de 1969, a história de «Tommy», escrita por Pete Townshend, retrata um rapaz surdo-mudo-cego, nascido numa família disfuncional, que fervorosamente jogava flippers. Diverso em matéria de composição musical nos seus 24 temas, com esta ópera-rock, The Who conquistaram o mercado norte-americano, residindo na tabela de álbuns da Billboard durante mais de dois anos.
(Polydor, 531 043-2)
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anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVIII Ter maio 24 2022, 14:58
Fernando Salvado gosta desta mensagem
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVIII Ter maio 24 2022, 22:32
Enormes
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom maio 29 2022, 11:10
Na capa sombria podem estar representadas medusas ou outros animais, talvez pétalas, pouco importa pois nesta obra tudo é orgânico mas indefinido... sém ser abstracto. Desde o inicio da viagem vamos roçar os Dead Can Dance... bifurcar até aos Coil e perder-se no magma experimental da Nico do Marble Index, ou talvez mais no Tilt do Scott Walker. Tantas referências prestigiosas para falar de um ilustre desconhecido pode pareçer estranho mas apareçe como evidente apòs escuta. Sim, o Nick Grey é tão grande quanto o que digo o que torna ainda mais estranho o desconhecimento quase total da sua musica. De vez em quando um blog alternativo e obscuro grita que o rapaz é o maior musico desconhecido do séc XXI... mas no espaço ninguém nos ouve gritar! Convido-vos a viajar com esta obra o pedaço de tempo necessario para compreender o que digo, e sobretudo o que eu não disse. Abrir os olhos e acordar é uma experiência humana maravilhosa à qual não nos devemos habituar. Jà tinha falado deste senhor hà anos atràs mas hoje tive vontade de ouvi-lo e como sempre foi uma re-descoberta... quém sabe se não hà mais vida no fundo do mar do que sobre a terra e no ar...
(Nick Grey_Breaker of Ships)
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom maio 29 2022, 19:37
O dia esteve algo cinzento, mas no concerto de ontem (Mateus Aleluia) foi recordado que tudo começa na cor cinza. Podem espreitar em dueto aqui a canção Amor Cinza para que a piada se torne perceptível:
A cidade de Ovar tem sido uma agradável surpresa, calma, muito calma. Por vezes parece que nos mudamos para uma aldeia, a rua, agora nossa rua, ainda é maioritariamente povoada pelas pessoas que por aqui viveram toda a sua longa vida, as saudações repetem-se com frequência, afinal somos os estranhos e a curiosidade não vive apenas dentro de nós. O mais frequente ruído de fundo é de animais, não interessa a hora, há animais a fazer das suas a qualquer hora.
Para dar um brilho diferente a este final de tarde optamos pelo álbum Phantone de Angélica Salvi, Espanhola, uma estranha nas ruas do Porto, mas bem conhecida aqui em casa, a curiosidade vive em nós... e vive nela, a sua Música é prova disso. A Harpa toma conta do espaço, quem não conhecer espreite.
Angélica Salvi - Phantone...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom maio 29 2022, 19:52
Apòs o concerto em Mtp hà semanas atràs o meu filho perguntou ao teclista dos Esmerine qual o disco que considerava como o melhor do grupo... ele apresentou-lhe este que o filhote imediatamente me ofereceu! Tinha desligado deste grupo canadiano apòs os dois excellentes primeiros albums jà hà vinte anos atràs... então foi com grande prazer que descobri esta obra, e que obra! Aproveitando de uma residencia artistica em Istambul o grupo mistura o seu post-rock entremeado de punk lirico com a musica turca e o resultado é mais do que convincente, é magistral e intenso. A beleza crepuscular das cordas dos primeiros albums ainda paira no ar mas ao serviço de uma musicalidade contemplativa e circular digno das grandes obras da editora ECM. Um disco que por momentos me fez pensar no Tigran Hamasyan e no Dhafer Youssef sém copiar nenhum e de uma certa maneira sublimando esse universo interior comum. A alternância de estilos cria uma beleza sufocante que acompanha uma tensão permanente que jà fazia tempo que não as encontrava num album recente. Grandioso, sensivel e inteligentemente construido...
(Esmerine_Dalmak)
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14323 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVIII Dom maio 29 2022, 20:52
Tal como The Sisters of Mercy (nome aproveitado do tema homónimo incluso no disco «The songs of Leonard Cohen»), The Mission são representantes do rock gótico. O LP «Children» pauta por secção rítmica que não passa despercebida. Magistral é a mistura de «Heaven on earth» e «Tower of strength», convidando a mudar o disco para o lado B.
(Mercury, 574 306-6)
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Ter maio 31 2022, 21:05
Admito as minhas contradições e não é aqui que as vou renegar... mesmo se hoje o caso é singular! Um amigo (oh quanto intimo!) ofereceu-me um leitor de ficheiros portatil de qualidade. Com bons auscultadores adaptados (baixa impedância) é mesmo uma forma de paraiso audiofilo, é uma evidência... mas, e aqui està a minha razão do principio e as minhas falhas, faltou-me algo. Não é objectivo ném absoluto mas é relativo... é a minha relatividade e peço de a respeitar. Apòs uma escuta de Bach deveras convincente e mesmo perturbante senti um vazio e a necessidade de descer, voltar à terra e ao mundo real. Bach é como Monk... não hà como prolongar a escuta nmho, mas desta vez foi diferente... esta obra apareceu-me como uma evidência! Na continuidade dos ultimos albums que escutei (e partilhei) isto é tão raro, sublime e pertinente que desconhecer esta obra é quase um pecado, uma deficiência... sei que é forte mas é sentido. Meti então este disco no gira e escuto-o e mesmo se é um pecado de comparà-lo a Bach ou Monk assumo e tomo como prova e desculpa o meu prazer...
(Hala Strana_Hala Strana)
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Ter maio 31 2022, 21:43
Não sei aonde meter este pensamento (sentimento) e visto que no fundo pessoal não é provocatorio... mas o seu desenvolvimento vai conduzir a essa impressão, então aqui vai! Venho de carregar o ficheiro incluido no vinyl (MP3) do album dos Esmerine (Dalmak) que o meu filho me ofereçeu e surpresa, ou não, é bem melhor do que o album fisico e escuto-o nos can's com deleite e surpresa, venho de re-descobrir o album. MP3 vs Vinil?... acho que temos que remodelar algumas das nossas convições se queremos ser honestos e objectivos
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Jun 01 2022, 16:41
TD124 escreveu:
Não sei aonde meter este pensamento (sentimento) e visto que no fundo pessoal não é provocatorio... mas o seu desenvolvimento vai conduzir a essa impressão, então aqui vai! Venho de carregar o ficheiro incluido no vinyl (MP3) do album dos Esmerine (Dalmak) que o meu filho me ofereçeu e surpresa, ou não, é bem melhor do que o album fisico e escuto-o nos can's com deleite e surpresa, venho de re-descobrir o album. MP3 vs Vinil?... acho que temos que remodelar algumas das nossas convições se queremos ser honestos e objectivos
Há uma convicção antiga (ou será provocação das velhas lutas por superioridade!?!) que afirma o mais elevado tipo de MP3 como indistinguível de um ficheiro de tipo superior... pelo que já experimentei, em alguns sim, em outros não.
Ultrapassada a nota (de graça) introdutória, interessa saber se é pela superioridade que se deve perguntar – na continuação do “vai tudo pelo gosto”, a superioridade do ficheiro vem mesmo de onde? Mede melhor? Está mais próximo de que realidade mesmo? Que tipo de referência existe para que se afirme tal coisa?
Não conseguimos nenhum tipo de entendimento para que se avalie objectivamente um sistema, como se poderá avaliar objectivamente a fonte do sinal que passa pelo sistema?
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Jun 01 2022, 17:12
José Miguel escreveu:
... a superioridade do ficheiro vem mesmo de onde? Mede melhor? Está mais próximo de que realidade mesmo? Que tipo de referência existe para que se afirme tal coisa?
Não conseguimos nenhum tipo de entendimento para que se avalie objectivamente um sistema, como se poderá avaliar objectivamente a fonte do sinal que passa pelo sistema?
Sem entrar em métodos subjectivos dos quais jà falei abastadamente neste espaço como a escuta critica... existe uma maneira bem mais simples que consiste a comparar e a fazer confiança às suas orelhas, independentemente do gosto. È o que fazemos inconscientemente com o vinho, a comida ou os perfumes quando queremos ser honestos e objectivos na medida dos limites...
Ontém trabalhei no computador na sala de escuta e (coisa rara) ouvi o album Dalmak com os auscultadores e ném pensei a carregar o MP3 oferecido com o album. Como o disco é novo até ném me queixei do ruido de superficie e gostei da escuta... mas quando voltei a escutar horas depois com o ficheiro MP3 que tinha carregado a imersão musical foi bem diferente: Melhor separação dos instrumentos, dinamica mais elevada, imagem estereofonica mais larga e profunda, nuances e microinformações mais abundantes e evidentemente um silêncio entre as notas que mesmo o vinil novo não possui! Acho que chega como explicação para o que escrevi
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José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVIII Qua Jun 01 2022, 18:32
TD124 escreveu:
Sem entrar em métodos subjectivos dos quais jà falei abastadamente neste espaço como a escuta critica... existe uma maneira bem mais simples que consiste a comparar e a fazer confiança às suas orelhas, independentemente do gosto. È o que fazemos inconscientemente com o vinho, a comida ou os perfumes quando queremos ser honestos e objectivos na medida dos limites...
Ontém trabalhei no computador na sala de escuta e (coisa rara) ouvi o album Dalmak com os auscultadores e ném pensei a carregar o MP3 oferecido com o album. Como o disco é novo até ném me queixei do ruido de superficie e gostei da escuta... mas quando voltei a escutar horas depois com o ficheiro MP3 que tinha carregado a imersão musical foi bem diferente: Melhor separação dos instrumentos, dinamica mais elevada, imagem estereofonica mais larga e profunda, nuances e microinformações mais abundantes e evidentemente um silêncio entre as notas que mesmo o vinil novo não possui! Acho que chega como explicação para o que escrevi
A minha intervenção foi feita em tom de graça, pois não deixa de ter graça que mesmas palavras descrevam tudo (todos os lados do assunto) e, bem lá no fundo, não digam nada - para as palavras dizerem algo tem de haver um emissor e um receptor capazes de se compreender.
Não duvido de uma única percepção que teve ao escutar o ficheiro, mas um apaixonado do vinil pode escrever coisas como "orgânico", "realismo tonal", ...
Eu não estou a tentar levantar um debate sobre que tipo de fonte é a melhor, longe disso. Achei mesmo graça às suas questões, que não são de hoje e servem de reflexão para quem quiser ser receptor das mensagens.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVIII Qui Jun 02 2022, 10:00
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TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVIII Qui Jun 02 2022, 10:37
José Miguel escreveu:
... Não duvido de uma única percepção que teve ao escutar o ficheiro, mas um apaixonado do vinil pode escrever coisas como "orgânico", "realismo tonal", ...
Não me considero um apaixonado do vinil mas escuto-o com prazer senão não o faria... também eu utiliso termos como orgânico, sedoso, expressivo, horizontal, musical e etc. Alguns destes termos também os utiliso para os vinhos... efectivamente as palavras dizém muito ou pouco
anibalpmm Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVIII Qui Jun 02 2022, 14:19
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anibalpmm Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVIII Qui Jun 02 2022, 18:35
anibalpmm Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVIII Qui Jun 02 2022, 21:40