Primeiras edições, quem as tem, como são?

Manel escreveu:

O que não percebo é a diferença entre as edições da Harverst e as da EMI, ambas UK.
Será que se destinavam a mercados diferentes?

Mas o álbum do link é Harvest?

No discogs estão referenciadas 239 versões diferentes desse álbum e o mais certo é serem muitas mais.


Aqui podes ver as muitas edições deste fabuloso álbum.

http://www.discogs.com/artist/45467-Pink-Floyd

Clica onde diz 239.

Se não me engano este tb é uma first edition

António José da Silva escreveu:

Manel escreveu:

O que não percebo é a diferença entre as edições da Harverst e as da EMI, ambas UK.
Será que se destinavam a mercados diferentes?

Mas o álbum do link é Harvest?

É "EMI", mas sendo a EMI proprietária da Harvest, não percebo nada.

Manel escreveu:

É "EMI", mas sendo a EMI proprietária da Harvest, não percebo nada.

No lable do álbum do qual colocastes o link ebay, esse é da Harvest, que era o lable da EMI para a secção de rock progressivo e psicadélico.

António José da Silva escreveu:

Clica onde diz 239.

Cum camandro...

António José da Silva escreveu:

Manel escreveu:

É "EMI", mas sendo a EMI proprietária da Harvest, não percebo nada.

No lable do álbum do qual colocastes o link ebay, esse é da Harvest, que era o lable da EMI para a secção de rock progressivo e psicadélico.

O tipo diz que é Harvest mas no label diz EMI, tal como no meu. É a primeira palavra do label.
Não que tenha muita importância, mas gostava de entender o porquê de todas estas edições.

Edit: Talvez seja mesmo Harvest e tenha lá escrito EMI, o nome da "casa mãe". É que não encontro nenhum a dizer Harvest.

Repara bem no lable. Em baixo, no lado direito, ao lado onde diz Pink Floyd 1975, está o simbolo da Harvest, e por baixo diz mesmo Harvest (difícil de ler).

http://en.wikipedia.org/wiki/Harvest_Records



Harvest Records was created by EMI in 1969 to market progressive rock music and to compete with Philips' Vertigo and Decca's Deram labels, and the independent Island label, initially under the direction of Malcolm Jones and Norman Smith.[1] Harvest was distributed in North America by EMI's US arm, Capitol Records. They were the European licensee for the American label Blue Thumb Records from 1969 to 1971.

António José da Silva escreveu:

Repara bem no lable. Em baixo, no lado direito, ao lado onde diz Pink Floyd 1975, está o simbolo da Harvest, e por baixo diz mesmo Harvest (difícil de ler).

Já vi. Só mesmo quem conhece o símbolo da Harvest é que consegue decifrar aquilo.

Só por curiosidade, o tipo que fez a capa do disco com aqueles fulanos a arderem foi professor da minha filha.
O gajo devia ter um grande orgulho pois aproveitava todas as oportunidades para falar do assunto.

Foi desenhado na famosa Hipgnosis e um dos que consta, é o Storm Thorgerson.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipgnosis#Discography

http://pt.wikipedia.org/wiki/Storm_Thorgerson

Já não me lembro do nome do gajo mas acho que não era esse.
A minha filha esteve a estudar na universidade aí para os lados de Manchester, e o tipo que eu referi era um dos professores de design grafics.

Edit: Já sei quem é o gajo. É o Colin Chambers e pelos vistos fez também a capa do gajo com as lâmpadas (Delicate Sound Of Thunder).
Acho que o Storm Thorgerson era o boss, dizia o que queria e dava as ideias. Depois havia os outros que metiam a "mão na massa".

Manel escreveu:

Já não me lembro do nome do gajo mas acho que não era esse.
A minha filha esteve a estudar na universidade aí para os lados de Manchester, e o tipo que eu referi era um dos professores de design grafics.

Edit: Já sei quem é o gajo. É o Colin Chambers e pelos vistos fez também a capa do gajo com as lâmpadas (Delicate Sound Of Thunder).
Acho que o Storm Thorgerson era o boss, dizia o que queria e dava as ideias. Depois havia os outros que metiam a "mão na massa".

Pois, os pedreiros nunca constam da placa da inauguração, só o arquiteto e o ministro que cortou a fita.

Pelos vistos o prof. Colins participou em várias capinhas e algumas até bastante conhecidas.

http://www.discogs.com/artist/1834624-Colin-Chambers-2

Estas questões de edições, prensagens, "labels", parecem confusas e na verdade são mesmo.

Mas mesmo assim parece-me que este album saiu sobre o "selo" Harvest, que realmente pertence a EMI, sendo portanto normal que de uma forma ou outra a designações ou grafias EMI e Harvest apareçam na capa e rótulos. Curiosamente e ao contrário de outras edições da banda, atendendo ao pink floyd archives, neste album considera-se práticamente a existência de uma unica edicão (UK), constituida por várias prensagens ao longo dos anos, sendo portanto normal que existam algumas diferenças na capa e nos rótulos.

A melhor forma de aferir qual é a edição que tem é olhar para as matrizes.

Qual é a matriz da edição que tem?

fjbl escreveu:

Estas questões de edições, prensagens, "labels", parecem confusas e na verdade são mesmo.

Mas mesmo assim parece-me que este album saiu sobre o "selo" Harvest, que realmente pertence a EMI, sendo portanto normal que de uma forma ou outra a designações ou grafias EMI e Harvest apareçam na capa e rótulos. Curiosamente e ao contrário de outras edições da banda, atendendo ao pink floyd archives, neste album considera-se práticamente a existência de uma unica edicão (UK), constituida por várias prensagens ao longo dos anos, sendo portanto normal que existam algumas diferenças na capa e nos rótulos.

A melhor forma de aferir qual é a edição que tem é olhar para as matrizes.

Qual é a matriz da edição que tem?

São aqueles números na dead wax? "SHVL 814 A4" será isso?

Tenho duas edições do referido álbum.
Uma adquirida em UK quando ele saiu em 1975 e que corresponde ao link do Ebay, ou seja a label tem escrito EMI RECORDS, mas com um pequeno "boneco" da HARVEST. Sempre a considerei uma 1ª edição, mas uma não primeira prensagem uma vez que tem a matriz A-1 e B-5, ou seja, considerei que o lado B teria tido a 5ª matriz por uma qualquer razão. Não sei se terei feito a leitura correcta, mas não tenho dúvidas que adquiri o álbum quando ele saiu. O innersleeve é de cartão grosso e com 3 cantos cortados.
A outra edição é PT, e apesar do aspecto da label ser semelhante, e como a EMI era representada pela Valentim de Carvalho já tem um outro nº1969181, e a innersleeve já não tem os cantos cortados. Esta edição adquiria-a mais tarde, uns 5 anos depois, pelo que presumo ser uma das várias edições feitas nos mais diversos países.

O álbum que tenho é igualzinho ao do link postado pelo Manel. Matrizes A1 e B5

http://www.ebay.co.uk/itm/PINK-FLOYD-WISH-YOU-WERE-HERE-RARE-UK-ISSUE-HARVEST-SHVL-814-A1B5-/301429780767?pt=UK_Records&hash=item462e9d711f


EDIT.
Qualquer um dos álbuns trazia um postal de correios com o motivo água e pernas a emergir da mesma no meio de rochas.

P.S.
Não tenho a máquina fotográfica à mão para tirar fotos...

Ferpina escreveu:

a matriz A-1 e B-5..

Segundo vi no discogs, essa será a segunda prensagem, mas a ver se amanhã consigo ver no meu big book.

O meu também tem esse postal e ainda uma capa plástica em preto com umas mãos tipo robô.
Igual a esta:

Em relação às matrizes deste album em questão tenho algumas( pouca)s certezas e muitas duvidas, e como não tenho nenhum exemplar UK não consigo visualizar a disposição espacial da matriz, mas deve ser assim.

Matrix Information: Matrix information is the letters and numbers etched into the vinyl near the label in the runoff groove at the end of each side of a record. Matrix information may include:

1. Catalog number.
2. Side number.
3. Lacquer master number.
4. Stamper letter. (usually found at the 3 o'clock position)
5. Mother number. (usually found at the 9 o'clock position)
6. Record pressing plant.
7. The engineer who cut the lacquer (for example HTM stands for Harry T. Moss).

Como o caro amigo Ferpina adquiriu o seu exemplar em 75, com os lacquers A1   B5, certamente os A1  B3 também fazem parte das primeiras prensagens.
Embora provavelmente os dados do site não sejam completos, é curioso que estão contabilizados apenas 3 cuts para o lado A (A1,A4,A6) e creio que 9!! Para o lado B    B3...5...7...9...10...11...12...13...14, o que no minimo é estranho.até porque fui ver os dados do Medlle, Dark e Animals e nesse caso a relação é equilibrada.
O laquer B5 e seguintes, em principio devem  ter HTM, assinatura do masterizador Harry T. Moss.

O texto confere, mas considerando a horizontal do texto, no meu disco a posição dessas inscrições é um pouco diferente.

HTM - por volta das 10.00 horas
Nº catálogo/prensagem - por volta das 02.00 horas no lado A e por volta das 04.00 no lado B

No meu caso tenho um A-4 / B-12

Pois a matriz é apenas um código de fabricante, não tinha regras rigidas, bastas vezes era subvertida e a codificação varia muito entre as varias editoras e subsidiárias etc.

Já agora e apelando a dar mais uma espreitadela no runout e tendo em conta este exemplo tirado do site;

SHVL 814   A-4    LAH  1        HTM
SHVL 814   B-12   GHH 1          HTM

As letras LAH   e   GHH e o algarismo 1 estão em locais diferentes? Isto é as letras agrupadas e o algarismo separado noutro local?

Em principio indicam o nº da "mother"  (1) e dos stampers, dado pelo conjunto de uma a tres letras. E já agora as letras coincidem?

O ideal seria meter um imagem mas com o telelé não consigo. Não se vê nada com o reflexo do disco.
Descobri o "1" e algo que parece ser um C, talvez "C1" (180º desfasado das iniciais HTM) mas não as letras LAH/GHH. As iniciais HTM não são iguais nos 2 lados. Parecem ter siso escritas manualmente, contrariamente às outras inscrições.

A assinatura HTM, a maior parte das vezes é manuscrita.

Com o pasar dos anos as incrições, já de si minusculas, vão se desgastando e é muito dificil, só com o Huble.

Também não é muito importante, siga a Marinha!!

Tem mais 3 letras...mas...não sei se devo dizer...

MICHAEL   ROTHER                     FLAMMENDE   HERZEN

SKY RECORDS     SKY007              GERMANY    1977

SKY 007  A       /      SKY 007  B       PF

Original, 1ª prensagem do 1º album a solo do musico alemão Michael Rother. O album foi gravado no estudio do famoso engenheiro Conny Plank que partilhou a produção com Rother. A masterização e cut foram realizadas por outra personagem bem conhecida,  Gunter F. Pfanz dos Tonstudio Pfanz que costuma assinar “ PF” nas bolachas.
Capa simples, não vislumbro fabricante, os rótulos da Sky são em tons de azul e branco, texto a vermelho.

Quem é M. Rother? Bem é um dos músicos relevantes do movimento krautrock ou, como os intervenientes  preferem, Kosmische Musik. Após uma efémora passagem pelos Kraftwerk, criaria com Klaus Dinger (outro ex Kraftwerk), a desconcertante e revolucionária banda NEU!, que aliava ao ritmo “motorik” uma paleta musical bizarra e inovadora. Três albuns foram suficientes para fazer história. Com o duo Cluster (Moebius e Rodelius) participaria no projecto Harmonia com dois trabalhos relevantes, e a sua carreira a solo embora mais discreta é igualmente meritória.

A Kosmische Musik foi um movimento interesantissímo, multifacetado, absolutamente inovador e que merece uma visita, ou melhor, um mergulho cosmico.

Gosto bastante de Michael Rother. Tenho o "Lust" de 1983.
Em CD

Tenho a certeza que este som é altamente familiar para muitos, provavelmente não saberão é que é de M. Rother.

Muito bom. Gosto bastante da sonoridade.
Aproveito e deixo aqui duas das minhas favoritas:

Flammemderzen Herzen e Sterntaler são os dois albuns que tenho, raro ouvir falar deste grande musico em fóruns...

adoro, adoro, adoro
[img][/img]

Só para ilustrar um pouco o post anterior. Nota-se o toque sonoro. Digo eu.

Engraçado que nalgumas faixas nota-se um cheirinho a Kraftwerk.

MIKE OLDFIELD              CRISES

VIRGIN  RECORDS   V 2262     UK   1983

V 2262  A1      /      V 2262  B2

Original e primeira, ou pelo menos das primeiras prensagens, deste oitavo album do musico Inglês.
Nada de especial nas bolachas, a masterização foi da responsabilidade dos estudios da CBS em
Londres. É curioso o facto da contra-capa indicar a “maquinaria” utilizada na gravação;
Gravador de tape Ampex ATR 124, mesa mistura NEVE 8108 e monitoras Westlake. A Ampex 124 foi uma das mais conceituadas máquinas da história da gravação audio.

Capa simples, acabamento brilante, não descortino fabricante. Os rótulos não são identicos.

Nesta altura Oldfield já era um musico consagradissimo, o album é agradavel com uma
sonoridade bem apelativa e teve imensa exposição radiofónica.

Dou aqui a conhecer, neste excelente tópico a minha modesta 1ª edição UK, "Déjà vu, Crosby Stills, Nash & Yonng", (Matrizes 24001 001 A 11121 e 24001 001 B 11211), Red Label, capa texturada com foto autocolante,titulos impressos a ouro em baixo relevo.

anibalpmm escreveu:

Se não me engano este tb é uma first edition

frias escreveu:

Dou aqui a conhecer, neste excelente tópico a minha modesta 1ª edição UK, "Déjà vu, Crosby Stills, Nash & Yonng", (Matrizes 24001 001 A 11121 e 24001 001 B 11211), Red Label, capa texturada com foto autocolante,titulos impressos a ouro em baixo relevo.

Belíssimo disco cujas primeiras edições não são fáceis de encontrar em excelentes condições.

A edição original(USA) foi masterizada por um engenheiro pouco conhecido, Al Brown, quanto à Britânica o cut foi realizado pela Phonodisc lda , Londres, masterizador desconhecido, isto segundo o discogs.

fjbl escreveu:

10 CC - DECEPTIVE BENDS

MERCURY   9102 502   UK 1977

MATRIZ;    9102502    1Y // 3    MELY+ERIC+GRAHAM+PAUL LOVE YOU !
                9102502    2Y // 3    MELYS

Bem... de acordo com a matriz pode tratar-se de um recut (3), mas neste caso em termos sónicos o facto será irrelevante, mesma masterização e mesmo "master cut", Melvyn Abrahams.
Capa dupla, laminada (não encontro fabricante), capa interior em castanho com liricas e informação técnica. A arte gráfica ficou a cargo da Hipgnosis. Os rótulos (mercury) são em azul.
Sónicamente é mais um excelente trabalho deste masterizador, ainda não encontrei um albúm dos 10 CC que não fosse excelente nesse aspecto (este é o terceiro).

Descobri algo parecido por aqui.

Será 1ª edição!

10 CC - DECEPTIVE BENDS

MERCURY 9102 502 UK 1977

MATRIZ; 9102502 1Y // IB 11 MELY+ERIC+GRAHAM+PAUL LOVE YOU !
9102502 2Y // 4 IB MELYS

Cá vai mais um que penso será uma 1ª edição.

Capa em papel granulado edição UK ano 1975 etiqueta NEMS será a 1ª etiqueta para onde gravaram os Black, pois todos os discos que tenho é a Vertigo, ou este é alguma edição fora do normal.

Excelente prensagem.

Blach Sabbath Sabotage

NEMS L1 9119001 1Y // ST 11 1
NEMS L2 9119001 2Y // ST 11 14  STERLING

frias escreveu:

fjbl escreveu:

10 CC - DECEPTIVE BENDS

MERCURY   9102 502   UK 1977

MATRIZ;    9102502    1Y // 3    MELY+ERIC+GRAHAM+PAUL LOVE YOU !
                9102502    2Y // 3    MELYS

Bem... de acordo com a matriz pode tratar-se de um recut (3), mas neste caso em termos sónicos o facto será irrelevante, mesma masterização e mesmo "master cut", Melvyn Abrahams.
Capa dupla, laminada (não encontro fabricante), capa interior em castanho com liricas e informação técnica. A arte gráfica ficou a cargo da Hipgnosis. Os rótulos (mercury) são em azul.
Sónicamente é mais um excelente trabalho deste masterizador, ainda não encontrei um albúm dos 10 CC que não fosse excelente nesse aspecto (este é o terceiro).

Descobri algo parecido por aqui.

Será 1ª edição!

10 CC - DECEPTIVE BENDS

MERCURY 9102 502 UK 1977

MATRIZ; 9102502 1Y // IB 11 MELY+ERIC+GRAHAM+PAUL LOVE YOU !
9102502 2Y // 4 IB MELYS

O laquer do lado A (1Y) parece ser um primeiro cut, mas o lado B (2Y) é de um recut (4), mas também não sabemos quantos laquers foram utilizados na 1ª edição. Mas é também sonicamente irrelevante pois o masterizador é o mesmo.

Boas.
já aqui não voltava há algum tempo, mas recentemente andei a dar uma arumadela no vinil e encontrei alguma coisa que pode ser interressante.


THE POLICE      GHOST IN THE MACHINE  

A&M RECORDS    AMLK  63730       EU   1981  


MATRIZ:     AMLK  6730  A  STERLING   TJ  /   AMLK 6730 B   STERLING  TJ


Este é um album com uma produção exemplar, excelente som, que se nota ao rodar das primeiras espiras.

Em principio a edição original é USA, mas neste caso, quer na edição USA quer na edição Europeia a

emissão dos stampers foi centralizada  na Sterling Sound, pelo que em termos sónicos basta procurar

uma edição com o selo Sterling, de preferência com a sigla do masterizador Ted Jensen  ( TJ ). Algumas

variantes não estão assinadas mas provávelmente esse facto não é muito importante.


A matriz acima descrita é uma das variantes da versão Europeia, prensada na Holanda.

A capa é simples de cor preta, assim como os rótulos, mas as imagens são certamente mais esclarecedoras.

Será que alguém me poderia ajudar em como posso saber se dois discos dos Scorpions são primeiras edições?
-Gold ballads
https://www.discogs.com/Scorpions-Gold-Ballads/release/515947
-Blackout
https://www.discogs.com/Scorpions-Blackout/release/458175

Sei de um sitio que supostamente os tem, mas não me apetecia muito ser enganado
Onde se encontra cada um daqueles identificadores que estão descritos no discogs? As identificações daqui costumam estar certas?

Tankado escreveu:

Será que alguém me poderia ajudar em como posso saber se dois discos dos Scorpions são primeiras edições?
-Gold ballads
https://www.discogs.com/Scorpions-Gold-Ballads/release/515947
-Blackout
https://www.discogs.com/Scorpions-Blackout/release/458175

Sei de um sitio que supostamente os tem, mas não me apetecia muito ser enganado
Onde se encontra cada um daqueles identificadores que estão descritos no discogs? As identificações daqui costumam estar certas?

OK, vou tentar ajudar.
As informações do discogs decorrem das participações dos utilizadores, pelo que!, enfim pela minha experiência é razoavelmente fiável.

Os Scorpions são um caso dificil; banda alemã, que normalmente grava na Alemanha, com contracto com uma editora britânica (Harvest, EMI), ainda por cima o Gold ballads vendeu que se fartou, pelo que existem imensas reprensagens e correspondentes stampers. O album não teve edição UK, mas sim a dita europeia, prensada onde ? Provavelmente na Holanda, ou na Alemanha. Curiosamente e segundo o discogs a edição europeia foi feita no processo DMM (Digital Metal Mastering), na edição alemã que citas o discogs é omisso quanto ao facto do processo de fabrico (DMM ou cut tradicional para laquer?). Se os processos forem diferentes o som será ligeiramente diferente. Já sem falar que se trata de uma compilação o que significa que per si já é uma amalgama de masterizações de diferentes origens. Neste caso eu não me preocupava muito com a questão da edição original, que neste caso e dificil de destrinçar. Se a questão recair sobre o facto de obter um qualidade sónica superior procura uma edição audiófila.

No segundo caso é mais fácil (blackout) na minha opinião é procurar a edição que tenha na matriz " masterdisk", uma vez que será o cut mais proximo das master originais.

BE-BOP DELUXE             SUNBURST  FINISH

HARVEST SHSP 4053          UK  1976

MATRIZ;   SHSP  4053 A2  /   SHSP  4053  B2


Edição original, primeira prensagem, deste trabalho desta banda britânica que vagueia entre o prog rock e  aquilo que seria conhecido como New wave

Capa simples, bolsa interior em papel, cor de fundo em preto, com liricas em letra branca. Os rótulas são da Harvest em tom verde ervilha.

Não existe na matriz indicação da masterização.

DAN  FOGELBERG     PHOENIX

EPIC   EPC  83317  FULLMOON  FE 35634     NL   1979

MATRIZ ;  01-83317 1A1  /   01-83317 1B1

A edição original é USA, masterização de Gleen  Meadows. Esta é a primeira prensagem do país das túlipas e a parca informação da matriz não permite escrutinar o autor do cut para vinil.

Capa dupla, tom de fundo em castanho, não tenho capa interior, os rótulos são ... bem é melhor visualizar.
Don Fogelberg  é um cantor, autor e multinstrumentista Norte Americano com uma sonoridade diversa; pop, rock, folk, bluegrass, uns pózinhos de jazz e sabe-se lá que mais.

Confesso que tinha este album esquecido na prateleira há bastante tempo e não conhecia o autor. O vinil levou uma limpeza, saltou para o gira e ... foi uma agradável surpresa, quer musicalmente, quer em termos sónicos. A gravação sem ser portentosa é de boa qualidade com uma audição bastante agradável.

Alguém conhece? Recomendações.

STEVE MILLER BAND           BOOK OF DREAMS

MERCURY   6303 926        NL  1977

MATRIZ:    AA 6303 926 1Y 1 ℗ 1977 670 06   /  AA 6303 926 2Y 1 670 06


O Original é USA, “mastered by Capital”. Esta é a 1º prensagem da edição Holandesa,  prensagem e “cut” pela Phonodisc BV.

Capa simples, rótulos da Mercury em azul escuro.

É um bom exemplar de vinil, com uma boa gravação e qualidade sonora.

O lado A é um desfilar de boas canções, que nos despertam a sensação do tipo; “ Olha , isto é bem familiar, já nem me lembrava desta.”

MIKE OLDFIELD            PLATINUM

VIRGIN    V 2141             UK   1979

MATRIZ;   V 2141  A 7U   /    V2141  B 5U

Edição original, Britânica. A edição original contêm a particularidade de conter no lado B a faixa  “Sally”, que nas edições seguintes seria substituida pela faixa  “Woodhenge”. Pelo nº dos laquers  (A7, B5), não estamos obviamente perante uma 1ª prensagem, embora não faça a minima ideia de quantas prensagens foram realizadas para esta dita edição “original”.
Aliás estive a ver se esta não seria uma reedição qualquer que retomasse a edição original, mas acontece que só existem duas edições  V 2141 a UK, e uma na Escandinávia, mas essa ao que parece já não tem a faixa Sally.

Capa simples, não descortino fabricante, assim como também não encontro a indicação do país de edição.

Em termos musicais, devo dizer que acho que o lado A é dos melhores momentos da carreira de M. Oldfield, já o lado B é fraquito.

Phil  Manzanera  (Philip Geoffrey Targett-Adams), é um músico e produtor britânico, mais conhecido por ter sido guitarrista dos Roxy Music. Teve também uma carreira a solo e/ou noutros colectivos, como por exemplo, 801 e Quiet Sun.
Aqui vai alguma coisa que possuo deste músico.


PHIL MANZANERA / 801             LISTEN NOW

EG RECORDS    2344 082          Germany    1977

MATRIZ;     2344 082  S1 320    /    2344 082  S2  320

O original será em principio UK, esta será  a 1ª prensagem germânica. Nem a matriz, nem a informação interior dão indicações do masterizador ou Master -House. A engenharia de som ficou a cargo de Rhett Davies, nome bastante conhecido nestas lides.

Capa simples, laminada, a imagem da capa resulta bem e foi impressa por Gerhard  Kaiser, Essen.

Muito interessante em termos musicais, navega em águas do jazz e prog Rock.

PHIL MANZANERA          K-SCOPE

EG RECORDS    POLYDOR DELUXE   POLD 5011 2302 083         UK    1978

MATRIZ;     (2302 083, riscado) A 3  STR  ( POLD 5011 A 3  STRAWBERRY, manuscrito)
                   (2302 083, riscado) B 2  STR  ( POLD 5011 B 2  STRAWBERRY, manuscrito)

Edição original, Britânica. Não consegui muita informação na rede, mas é possível que não seja a 1ª prensagem (laquers A3, B2) embora não seja impossível.
A masterização é da strawberry e o master cut segundo o folheto interior foi Mel Abrahams, que não assinou as bolachas. Como tenho algum vinil assinado por Mel  Abrahams fui por curiosodade verificar, e a grafia da assinatura ( bastante peculiar) é práticamente igual à palavra STRAWBERRY manuscrita na matriz deste albúm, pelo que tenho quase a certeza que cut foi de M. A.

Capa simples, laminada, capa interior em preto , impressão por Robor Lda, UK. Os rótulos são em preto reproduzindo a grafia da capa frontal.

PHIL MANZANERA             PRIMITIVE GUITARS

EGED 14  2335-227                           UK 1982

MATRIZ;   EGED 14 A//1 ESTR 11 STRAWBERRY  /     EGED 14  B//1  ESTR    STRAWBERRY

Existem duas edições UK, mesmo nº catalogo, ambas com indição A1 B1 na matriz, mas uma delas não tem “strawberry”. Esta tem, mas enfim não tenho a certeza absoluta que esta é a 1ª prensagem. Não vejo qualquer assinatura do masterizador.
Capa simples, a capa interior é a normal de papel branco, acho que existe um folheto interior, mas não o tenho. Os rótulos são em tom creme.

Na contra capa, o autor descreve as suas raizes musicais, e sobretudo os motivos que o inspiraram na criação do trabalho. O texto é um pouco extenso mas há uma ou duas frases que me parecem esclarecedoras.

“Interviewers have often asked me to describe my style of playing, it has proved difficult. Perhaps Primitive Guitars provides a clearer explanation. It may also answer those who have queried an apparent absence of guitar on some of the records in which I have been involved. Among my abiding interests has been the possibility of making a guitar sounds as unlike a guitar as possible."

Um guitarrista pouco convencional, brilhante, e um pouco esquecido. Vale a pena explorar.