Fórum para a preservação e divulgação do áudio analógico, e não só... |
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| Transformadores de saída | |
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+6carlosjgribeiro António José da Silva jpamplifiers Milton reirato Carlos Gomes 10 participantes | Autor | Mensagem |
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Carlos Gomes Membro AAP
Mensagens : 53 Data de inscrição : 09/08/2012 Idade : 53 Localização : Marinha Grande
| Assunto: Transformadores de saída Sex Set 28 2012, 16:03 | |
| Caríssimos Vejo escrito em muitos lados, a expressão "um bom transformador de saída", mas uma coisa ainda não consegui entender. Que características ele precisa ter, para lhe chamarmos "Bom".
Será a sua permeabilidade magnética?
Serão outros factores nomeadamente o isolamento, entre outros? Deixo esta questão no ar, para os doutos me responderem.
Cumprimentos | |
| | | reirato Membro AAP
Mensagens : 3642 Data de inscrição : 08/11/2010 Idade : 80 Localização : Stª Maria de Belém, Lisboa
| Assunto: Re: Transformadores de saída Sex Set 28 2012, 17:41 | |
| - Carlos Gomes escreveu:
- Caríssimos
Vejo escrito em muitos lados, a expressão "um bom transformador de saída", mas uma coisa ainda não consegui entender. Que características ele precisa ter, para lhe chamarmos "Bom".
Será a sua permeabilidade magnética?
Serão outros factores nomeadamente o isolamento, entre outros? Deixo esta questão no ar, para os doutos me responderem.
Cumprimentos Melhor ainda a opção sem transformador de saída, vulgo OTLs!?... OTLs Defined : http://www.atma-sphere.com/Resources/OTLs_Defined.phpAtma-sphere, S-30 Joule-Electra, Emerald 80 | |
| | | Carlos Gomes Membro AAP
Mensagens : 53 Data de inscrição : 09/08/2012 Idade : 53 Localização : Marinha Grande
| Assunto: Re: Transformadores de saída Dom Set 30 2012, 22:46 | |
| Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos | |
| | | Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
| Assunto: Re: Transformadores de saída Dom Set 30 2012, 23:01 | |
| - Carlos Gomes escreveu:
- Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente
com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. | |
| | | Carlos Gomes Membro AAP
Mensagens : 53 Data de inscrição : 09/08/2012 Idade : 53 Localização : Marinha Grande
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 00:22 | |
| - Milton escreveu:
Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. É o ferro de melhores propriedades para a construção de transformadores, pois permitem uma elevada indução, logo menor perca magnética. Mais vantagens do grão orientado. Menor secção, menor resistência ohmica, menos perdas. Mas quem não tiver feros de grão orientado para construir os seus transformadores, sempre pode usar os ferros normais siliciosos. Não é tão purista, mas funciona. | |
| | | jpamplifiers Membro AAP
Mensagens : 608 Data de inscrição : 16/09/2011 Localização : Sintra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 02:29 | |
| - Carlos Gomes escreveu:
- Milton escreveu:
Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. É o ferro de melhores propriedades para a construção de transformadores, pois permitem uma elevada indução, logo menor perca magnética. Mais vantagens do grão orientado. Menor secção, menor resistência ohmica, menos perdas.
Mas quem não tiver feros de grão orientado para construir os seus transformadores, sempre pode usar os ferros normais siliciosos. Não é tão purista, mas funciona. um transf. de saída é num amplificador a peça fundamental para um bom desempenho e ao mesmo tempo a mais dificil de obter, a sua topologia era o grande segredo das marcas ao longo dos anos. qualquer aprendiz de bobinador (hoje basta ir à net e saber usar a calculadora) sabia fácilmente calcular um transformador, mas isso não era nem é o mais importante, erros de 15 20% ou mais não fáz grande diferença porque é apenas uma questão de mais ou menos rendimento do mesmo, a grande questão é saber de que forma é que se deve construir o transformador depois cálculado. Há vários aspectos a ter em conta para se conseguir obter um transf. de qualidade: 1º é fundamentál que o mesmo consiga de forma linear deixar que toda a banda de audio o atravesse e de preferencia uma ou duas oitavas a mais nos estremos. 2º a sua resistencia de saída deve ser tão baixa que o altifalante "veja" nele um curto-circuito na ausência de sinal audio. (só assim se obtem um razoável FA, (factor de amortecimento) 3º o seu primário é a carga direta das placas das válvulas de saída e deve oferecer uma reactância suficientemente alta em todas as frequencias de audio para que apresente uma carga adquada em toda a banda. Mais concretamente, a sua frequencia de ressonancia deve ficar abaixo dos 20Hz, isto pode ser conseguido de 2 maneiras: utilizar uma grande seccção de entreferro, ou o máximo possivel de enrolamentos, ou ainda procurar o tal equilibrio entre as duas possibilidades ( que afinal são 3). Já dá para perceber que por aqui que um qualquer transformador de campaínha não irá resultar lá muito bem. prometo voltar. | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 08:16 | |
| Depois da excelente explicação do Joaquim Pinto, mais algumas notas sobre transformadores no site da Audio Note.
http://www.audionote.co.uk/articles/art_transformer_design.shtml _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | carlosjgribeiro Membro AAP
Mensagens : 294 Data de inscrição : 26/07/2012 Idade : 71 Localização : rio tinto gondomar
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 09:17 | |
| - jpamplifiers escreveu:
- Carlos Gomes escreveu:
- Milton escreveu:
Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. É o ferro de melhores propriedades para a construção de transformadores, pois permitem uma elevada indução, logo menor perca magnética. Mais vantagens do grão orientado. Menor secção, menor resistência ohmica, menos perdas.
Mas quem não tiver feros de grão orientado para construir os seus transformadores, sempre pode usar os ferros normais siliciosos. Não é tão purista, mas funciona. um transf. de saída é num amplificador a peça fundamental para um bom desempenho e ao mesmo tempo a mais dificil de obter, a sua topologia era o grande segredo das marcas ao longo dos anos. qualquer aprendiz de bobinador (hoje basta ir à net e saber usar a calculadora) sabia fácilmente calcular um transformador, mas isso não era nem é o mais importante, erros de 15 20% ou mais não fáz grande diferença porque é apenas uma questão de mais ou menos rendimento do mesmo, a grande questão é saber de que forma é que se deve construir o transformador depois cálculado.
Há vários aspectos a ter em conta para se conseguir obter um transf. de qualidade:
1º é fundamentál que o mesmo consiga de forma linear deixar que toda a banda de audio o atravesse e de preferencia uma ou duas oitavas a mais nos estremos.
2º a sua resistencia de saída deve ser tão baixa que o altifalante "veja" nele um curto-circuito na ausência de sinal audio. (só assim se obtem um razoável FA, (factor de amortecimento)
3º o seu primário é a carga direta das placas das válvulas de saída e deve oferecer uma reactância suficientemente alta em todas as frequencias de audio para que apresente uma carga adquada em toda a banda. Mais concretamente, a sua frequencia de ressonancia deve ficar abaixo dos 20Hz, isto pode ser conseguido de 2 maneiras: utilizar uma grande seccção de entreferro, ou o máximo possivel de enrolamentos, ou ainda procurar o tal equilibrio entre as duas possibilidades ( que afinal são 3). Já dá para perceber que por aqui que um qualquer transformador de campaínha não irá resultar lá muito bem.
prometo voltar.
quem sabe,sabe ? tudo muito bem expelicado é de mestre,temos por aqui uns meninos a fazem amplificadores com transformadores de saida com bobinagem como se fosse um transformador de tensão,e quem os ouve falar não é mouco cump... | |
| | | carlosjgribeiro Membro AAP
Mensagens : 294 Data de inscrição : 26/07/2012 Idade : 71 Localização : rio tinto gondomar
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 09:23 | |
| - Milton escreveu:
- Carlos Gomes escreveu:
- Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente
com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. é isso mesmo Milton a placas de ferro são macias não é chapa vulgar,e as boas bobinagens são feitas com fio AWG da melhor qualidade,o primario do transformador é um enrolamento normal e o secundário e feito alternadamente,isto além do qualculo bem feito da impedancia de entra e saida | |
| | | carlosjgribeiro Membro AAP
Mensagens : 294 Data de inscrição : 26/07/2012 Idade : 71 Localização : rio tinto gondomar
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 09:34 | |
| - Carlos Gomes escreveu:
- Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente
com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos Carlos Gomes leia os artigos deste mestre brasileiro http://diy-rbt3.tripod.com/ | |
| | | jpamplifiers Membro AAP
Mensagens : 608 Data de inscrição : 16/09/2011 Localização : Sintra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 12:46 | |
| - carlosjgribeiro escreveu:
- Milton escreveu:
- Carlos Gomes escreveu:
- Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente
com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. é isso mesmo Milton a placas de ferro são macias não é chapa vulgar,e as boas bobinagens são feitas com fio AWG da melhor qualidade,o primario do transformador é um enrolamento normal e o secundário e feito alternadamente,isto além do qualculo bem feito da impedancia de entra e saida Assim nem vale a pena gastar latim, então se o primário é "normal", como é que faz o secundário alternadamente? (alternado com o quê?) O que quer dizer com "as placas de ferro são macias? O ferro de grão orientado tem de diferente do normal o seguinte: no ferro normal, as moléculas que o constituem encontram-se dispersas e em todas as posições possíveis e imaginárias, logo qualquer campo magnético que o atravesse fica também ele meio disperso, no ferro de grão orientado as moléculas que o constituem estão todas orientadas na mesma direcção, consegue-se assim grande concentração de forças magnéticas sem desperdício de energia. já agora o ferro de grão orientado é o mesmo que o normal, só que foi arrefecido a uma temperatura extremamente baixa, nessa altura foi-lhe aplicado um campo magnético muito forte e orientado, e é depois imediatamente colocado na temperatura normal, desta forma as moléculas ficam para sempre nessa posição. Grão orientado significa que os micro imans que a constituem estão todos orientados (polo norte e polo sul, e o polilon?) na mesma direcção. Como também já disse, não é fundamenta para o projecto que a relação de impedâncias esteja perfeita, até porque isso na prática nunca existe, (lá vem polémica). | |
| | | carlosjgribeiro Membro AAP
Mensagens : 294 Data de inscrição : 26/07/2012 Idade : 71 Localização : rio tinto gondomar
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 13:01 | |
| - jpamplifiers escreveu:
- carlosjgribeiro escreveu:
- Milton escreveu:
- Carlos Gomes escreveu:
- Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente
com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. é isso mesmo Milton a placas de ferro são macias não é chapa vulgar,e as boas bobinagens são feitas com fio AWG da melhor qualidade,o primario do transformador é um enrolamento normal e o secundário e feito alternadamente,isto além do qualculo bem feito da impedancia de entra e saida
Assim nem vale a pena gastar latim, então se o primário é "normal", como é que faz o secundário alternadamente? (alternado com o quê?)
O que quer dizer com "as placas de ferro são macias?
O ferro de grão orientado tem de diferente do normal o seguinte: no ferro normal, as moléculas que o constituem encontram-se dispersas e em todas as posições possíveis e imaginárias, logo qualquer campo magnético que o atravesse fica também ele meio disperso, no ferro de grão orientado as moléculas que o constituem estão todas orientadas na mesma direcção, consegue-se assim grande concentração de forças magnéticas sem desperdício de energia. já agora o ferro de grão orientado é o mesmo que o normal, só que foi arrefecido a uma temperatura extremamente baixa, nessa altura foi-lhe aplicado um campo magnético muito forte e orientado, e é depois imediatamente colocado na temperatura normal, desta forma as moléculas ficam para sempre nessa posição. Grão orientado significa que os micro imans que a constituem estão todos orientados (polo norte e polo sul, e o polilon?) na mesma direcção.
Como também já disse, não é fundamenta para o projecto que a relação de impedâncias esteja perfeita, até porque isso na prática nunca existe, (lá vem polémica).
muito obrigado pela explicação da forma como o ferro é tratado,sei como se faz o ferro fundido,que é o sistema inverso sem aplicação magnética quanto a poléma não existe,como vê até aprendi algo que não sabia (muito obrigado) a expelicação que dei foi pelo que tenho lido,não sou,nem pretendo ser bobinador cump.... | |
| | | JP Membro AAP
Mensagens : 109 Data de inscrição : 18/05/2012 Localização : Coimbra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 13:12 | |
| Tudo correctíssimo.
Há inclusivamente mais um pormenor. A própria forma de bobinar influenciava muito. Por norma os transformadores correntes/comerciais, são bobinados a "grosso modo", isto é, primeiro o primário e depois o ou os secundários. Mesmo que primeiro se bobinasse parte do secundário, primário no meio, e depois outra metade, não era, nem é, perfeito. Especialmente nos circuitos em push-pull, o primário deve ser, no fim de contas, dois. Seja, dois enrolamentos exactamente iguais com metade do comprimento do nucleo, que depois de colocados no lugar, levam o enrolamento secundário em cima. Há diversas formas de bobinar transformadores. Num circuito single ended a bobinagem é mais simples. Num push.pull a forma fisicamente correcta de o fazer, é tentar obter o máximo equilibrio entre as duas fases que o alimentam.. Depois hà a questao do ferro, terminais, etcetc | |
| | | carlosjgribeiro Membro AAP
Mensagens : 294 Data de inscrição : 26/07/2012 Idade : 71 Localização : rio tinto gondomar
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 14:39 | |
| - JP escreveu:
- Tudo correctíssimo.
Há inclusivamente mais um pormenor. A própria forma de bobinar influenciava muito. Por norma os transformadores correntes/comerciais, são bobinados a "grosso modo", isto é, primeiro o primário e depois o ou os secundários. Mesmo que primeiro se bobinasse parte do secundário, primário no meio, e depois outra metade, não era, nem é, perfeito. Especialmente nos circuitos em push-pull, o primário deve ser, no fim de contas, dois. Seja, dois enrolamentos exactamente iguais com metade do comprimento do nucleo, que depois de colocados no lugar, levam o enrolamento secundário em cima. Há diversas formas de bobinar transformadores. Num circuito single ended a bobinagem é mais simples. Num push.pull a forma fisicamente correcta de o fazer, é tentar obter o máximo equilibrio entre as duas fases que o alimentam.. Depois hà a questao do ferro, terminais, etcetc isso mesmo JP,só que não quiz alongar-me na explicação e mandei ao Carlos GOmes,que foi quem iniciou o topico,um link de um mestre brasileiro onde demonstra isso | |
| | | jpamplifiers Membro AAP
Mensagens : 608 Data de inscrição : 16/09/2011 Localização : Sintra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 14:58 | |
| - carlosjgribeiro escreveu:
- jpamplifiers escreveu:
- carlosjgribeiro escreveu:
- Milton escreveu:
- Carlos Gomes escreveu:
- Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente
com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. é isso mesmo Milton a placas de ferro são macias não é chapa vulgar,e as boas bobinagens são feitas com fio AWG da melhor qualidade,o primario do transformador é um enrolamento normal e o secundário e feito alternadamente,isto além do qualculo bem feito da impedancia de entra e saida
Assim nem vale a pena gastar latim, então se o primário é "normal", como é que faz o secundário alternadamente? (alternado com o quê?)
O que quer dizer com "as placas de ferro são macias?
O ferro de grão orientado tem de diferente do normal o seguinte: no ferro normal, as moléculas que o constituem encontram-se dispersas e em todas as posições possíveis e imaginárias, logo qualquer campo magnético que o atravesse fica também ele meio disperso, no ferro de grão orientado as moléculas que o constituem estão todas orientadas na mesma direcção, consegue-se assim grande concentração de forças magnéticas sem desperdício de energia. já agora o ferro de grão orientado é o mesmo que o normal, só que foi arrefecido a uma temperatura extremamente baixa, nessa altura foi-lhe aplicado um campo magnético muito forte e orientado, e é depois imediatamente colocado na temperatura normal, desta forma as moléculas ficam para sempre nessa posição. Grão orientado significa que os micro imans que a constituem estão todos orientados (polo norte e polo sul, e o polilon?) na mesma direcção.
Como também já disse, não é fundamenta para o projecto que a relação de impedâncias esteja perfeita, até porque isso na prática nunca existe, (lá vem polémica).
muito obrigado pela explicação da forma como o ferro é tratado,sei como se faz o ferro fundido,que é o sistema inverso sem aplicação magnética
quanto a poléma não existe,como vê até aprendi algo que não sabia (muito obrigado) a expelicação que dei foi pelo que tenho lido,não sou,nem pretendo ser bobinador
cump.... É uma pena que só tenha aprendido como se faz o ferro. Tem que alargar mais os seus horizontes, pois nem tudo o que se escreve é dirigido à sua pessoa, ou então está a ser demasiado pretencioso, é preciso algum cuidado com as asneiras que escrevemos, (eu incluido), isto de se ler umas coisas nos livros e ainda por cima não se perceber bem o que se está a ler, e depois dar opinião deixando a ideia de que sabe muito bem do que está a falar, induz os outros que querem mesmo saber, em erro e isso não é bom, mais vale não saber que saber mal. Ser bobinador profissional não é para qualquer um cump | |
| | | jpamplifiers Membro AAP
Mensagens : 608 Data de inscrição : 16/09/2011 Localização : Sintra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 15:20 | |
| - JP escreveu:
- Tudo correctíssimo.
Há inclusivamente mais um pormenor. A própria forma de bobinar influenciava muito. Por norma os transformadores correntes/comerciais, são bobinados a "grosso modo", isto é, primeiro o primário e depois o ou os secundários. Mesmo que primeiro se bobinasse parte do secundário, primário no meio, e depois outra metade, não era, nem é, perfeito. Especialmente nos circuitos em push-pull, o primário deve ser, no fim de contas, dois. Seja, dois enrolamentos exactamente iguais com metade do comprimento do nucleo, que depois de colocados no lugar, levam o enrolamento secundário em cima. Há diversas formas de bobinar transformadores. Num circuito single ended a bobinagem é mais simples. Num push.pull a forma fisicamente correcta de o fazer, é tentar obter o máximo equilibrio entre as duas fases que o alimentam.. Depois hà a questao do ferro, terminais, etcetc Do que eu sei do assunto, a referencia, "bobinar a grosso modo" significa que se bobina sem preocupação com a posição em que o fio fica, ou seja, coloca-se a máquina de bobinar a rodar e vai-se andando com o fio de um lado para o outro ´com o cuidado de preencher todo o espaço de uma maneira mais uniforme possível, isto só é feito assim para transf. de alimentação. Ao contrário, da outra forma (para audio) em que o bobinado é feito "camada sobre camada" (vejam a dificuldade quando se está a lidar com fio de por exemplo 0,1mm em que nenhum fio pode ficar sobreposto) e com isolamento entre cada uma dessas camadas, e o final de cada enrolamento não deve terminar sequer a meio ou em qualquer outra posição que não seja no final do espaço do entre ferro, este é mais um cálculo a ter em conta, ou seja: o diâmetro do fio a usar deve estar de acordo com a corrente que o vai percorrer, mas ao mesmo tempo deve coincidir em numero de camadas exactas de acordo com o espaço disponivel que por sua vez está dependente do ferro a utilizar. E ainda faltam aqui muitos dados para se poder avançar para a construção propriamente dita. É mesmo muito complicado fazer um verdadeiro transf. de audio | |
| | | carlosjgribeiro Membro AAP
Mensagens : 294 Data de inscrição : 26/07/2012 Idade : 71 Localização : rio tinto gondomar
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 19:05 | |
| - jpamplifiers escreveu:
- carlosjgribeiro escreveu:
- jpamplifiers escreveu:
- carlosjgribeiro escreveu:
- Milton escreveu:
- Carlos Gomes escreveu:
- Pois bem amigos, estive a estudar o assunto mais a fundo e já que ninguem se chegou à frente
com opiniões e experiências, conclui que para os transformadores de saída serem apelidados de «bons», teremos que os construir com ferros de boas caracteristicas, nomeadamente a permeabilidade.
Para além de um bom isolamento e construção há vários aspectos a ter em conta. O aspecto mais importante de um transformador de saída será o seu correcto calculo, tanto no numero de espiras como na area do nucleo empregue.
Agradeço ao reirato a sua dica.
Cumprimentos Eu não "pesco " patavina, mas já tenho ouvido falar em "ferro de grão orientado" para os transformadores. é isso mesmo Milton a placas de ferro são macias não é chapa vulgar,e as boas bobinagens são feitas com fio AWG da melhor qualidade,o primario do transformador é um enrolamento normal e o secundário e feito alternadamente,isto além do qualculo bem feito da impedancia de entra e saida
Assim nem vale a pena gastar latim, então se o primário é "normal", como é que faz o secundário alternadamente? (alternado com o quê?)
O que quer dizer com "as placas de ferro são macias?
O ferro de grão orientado tem de diferente do normal o seguinte: no ferro normal, as moléculas que o constituem encontram-se dispersas e em todas as posições possíveis e imaginárias, logo qualquer campo magnético que o atravesse fica também ele meio disperso, no ferro de grão orientado as moléculas que o constituem estão todas orientadas na mesma direcção, consegue-se assim grande concentração de forças magnéticas sem desperdício de energia. já agora o ferro de grão orientado é o mesmo que o normal, só que foi arrefecido a uma temperatura extremamente baixa, nessa altura foi-lhe aplicado um campo magnético muito forte e orientado, e é depois imediatamente colocado na temperatura normal, desta forma as moléculas ficam para sempre nessa posição. Grão orientado significa que os micro imans que a constituem estão todos orientados (polo norte e polo sul, e o polilon?) na mesma direcção.
Como também já disse, não é fundamenta para o projecto que a relação de impedâncias esteja perfeita, até porque isso na prática nunca existe, (lá vem polémica).
muito obrigado pela explicação da forma como o ferro é tratado,sei como se faz o ferro fundido,que é o sistema inverso sem aplicação magnética
quanto a poléma não existe,como vê até aprendi algo que não sabia (muito obrigado) a expelicação que dei foi pelo que tenho lido,não sou,nem pretendo ser bobinador
cump....
É uma pena que só tenha aprendido como se faz o ferro.
Tem que alargar mais os seus horizontes, pois nem tudo o que se escreve é dirigido à sua pessoa, ou então está a ser demasiado pretencioso, é preciso algum cuidado com as asneiras que escrevemos, (eu incluido), isto de se ler umas coisas nos livros e ainda por cima não se perceber bem o que se está a ler, e depois dar opinião deixando a ideia de que sabe muito bem do que está a falar, induz os outros que querem mesmo saber, em erro e isso não é bom, mais vale não saber que saber mal. Ser bobinador profissional não é para qualquer um cump
não percebi bem o que escreveu (nem tudo o que se escreve é dirigido a mim) só dei uma ideia,e coloquei um link para quem quiser saber como se faz não sou bobinador,nem afirmei tal coisa | |
| | | Carlos Gomes Membro AAP
Mensagens : 53 Data de inscrição : 09/08/2012 Idade : 53 Localização : Marinha Grande
| Assunto: Re: Transformadores de saída Seg Out 01 2012, 23:21 | |
| - carlosjgribeiro escreveu:
Carlos Gomes
leia os artigos deste mestre brasileiro http://diy-rbt3.tripod.com/ Caro Carlos Ribeiro Agradeço a dica que me foi sugerida. Um obrigado. Tirando algumas excepções, lá encontramos informação em Português do brasil, pois em Portugal a sabedoria foi sempre guardada a sete chaves. Mas isso são outras nupcias... Agradeço as exposições dos vários forenses, já aprendi várias coisas. Obrigado a todos Cumprimentos | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Transformadores de saída Ter Out 02 2012, 21:07 | |
| Eu cá não me canso de aprender! | |
| | | carlosjgribeiro Membro AAP
Mensagens : 294 Data de inscrição : 26/07/2012 Idade : 71 Localização : rio tinto gondomar
| Assunto: Re: Transformadores de saída Ter Out 02 2012, 23:45 | |
| - Stereo escreveu:
- Eu cá não me canso de aprender!
se quiserem aventurar-se a fazer umas bobinagens posso arranjar umas dicas só não faço chapa para transformadores,nem bobino,apesar de serem caros não compensa | |
| | | JP Membro AAP
Mensagens : 109 Data de inscrição : 18/05/2012 Localização : Coimbra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Dom Out 07 2012, 12:52 | |
| - carlosjgribeiro escreveu:
- JP escreveu:
- Tudo correctíssimo.
Há inclusivamente mais um pormenor. A própria forma de bobinar influenciava muito. Por norma os transformadores correntes/comerciais, são bobinados a "grosso modo", isto é, primeiro o primário e depois o ou os secundários. Mesmo que primeiro se bobinasse parte do secundário, primário no meio, e depois outra metade, não era, nem é, perfeito. Especialmente nos circuitos em push-pull, o primário deve ser, no fim de contas, dois. Seja, dois enrolamentos exactamente iguais com metade do comprimento do nucleo, que depois de colocados no lugar, levam o enrolamento secundário em cima. Há diversas formas de bobinar transformadores. Num circuito single ended a bobinagem é mais simples. Num push.pull a forma fisicamente correcta de o fazer, é tentar obter o máximo equilibrio entre as duas fases que o alimentam.. Depois hà a questao do ferro, terminais, etcetc isso mesmo JP,só que não quiz alongar-me na explicação e mandei ao Carlos GOmes,que foi quem iniciou o topico,um link de um mestre brasileiro onde demonstra isso Correcto. Há imensas formas de aperfeiçoar um transformador de audio. O tipo e qualidade do ferro é de extrema importância também | |
| | | JP Membro AAP
Mensagens : 109 Data de inscrição : 18/05/2012 Localização : Coimbra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Dom Out 07 2012, 12:55 | |
| - jpamplifiers escreveu:
- JP escreveu:
- Tudo correctíssimo.
Há inclusivamente mais um pormenor. A própria forma de bobinar influenciava muito. Por norma os transformadores correntes/comerciais, são bobinados a "grosso modo", isto é, primeiro o primário e depois o ou os secundários. Mesmo que primeiro se bobinasse parte do secundário, primário no meio, e depois outra metade, não era, nem é, perfeito. Especialmente nos circuitos em push-pull, o primário deve ser, no fim de contas, dois. Seja, dois enrolamentos exactamente iguais com metade do comprimento do nucleo, que depois de colocados no lugar, levam o enrolamento secundário em cima. Há diversas formas de bobinar transformadores. Num circuito single ended a bobinagem é mais simples. Num push.pull a forma fisicamente correcta de o fazer, é tentar obter o máximo equilibrio entre as duas fases que o alimentam.. Depois hà a questao do ferro, terminais, etcetc Do que eu sei do assunto, a referencia, "bobinar a grosso modo" significa que se bobina sem preocupação com a posição em que o fio fica, ou seja, coloca-se a máquina de bobinar a rodar e vai-se andando com o fio de um lado para o outro ´com o cuidado de preencher todo o espaço de uma maneira mais uniforme possível, isto só é feito assim para transf. de alimentação. Ao contrário, da outra forma (para audio) em que o bobinado é feito "camada sobre camada" (vejam a dificuldade quando se está a lidar com fio de por exemplo 0,1mm em que nenhum fio pode ficar sobreposto) e com isolamento entre cada uma dessas camadas, e o final de cada enrolamento não deve terminar sequer a meio ou em qualquer outra posição que não seja no final do espaço do entre ferro, este é mais um cálculo a ter em conta, ou seja: o diâmetro do fio a usar deve estar de acordo com a corrente que o vai percorrer, mas ao mesmo tempo deve coincidir em numero de camadas exactas de acordo com o espaço disponivel que por sua vez está dependente do ferro a utilizar. E ainda faltam aqui muitos dados para se poder avançar para a construção propriamente dita.
É mesmo muito complicado fazer um verdadeiro transf. de audio
Correcto. É verdade que fazer um transformador de audio, é bastante complicado. Existem soluções OEM no mercado, de altíssima qualidade, mas fazer um transformador de raiz, tomando conta de todos os detalhes, é recompensante em vários aspectos | |
| | | JP Membro AAP
Mensagens : 109 Data de inscrição : 18/05/2012 Localização : Coimbra
| | | | Carlos Gomes Membro AAP
Mensagens : 53 Data de inscrição : 09/08/2012 Idade : 53 Localização : Marinha Grande
| Assunto: Re: Transformadores de saída Dom Out 07 2012, 16:20 | |
| - JP escreveu:
Correcto. É verdade que fazer um transformador de audio, é bastante complicado. Existem soluções OEM no mercado, de altíssima qualidade, mas fazer um transformador de raiz, tomando conta de todos os detalhes, é recompensante em vários aspectos Ora aqui está o "buzilis" da questão, e da razão por existir o passatempo (hobby) de se querer construir coisas para no final lhe dar satisfação. Se fosse só para usufruir do que se compra, possivelmente acontecerá como acontece ao meu filho; não liga muito a metade dos brinquedos dele. Construir saí mais barato? Nem sempre. Depende de muitos factores referentes à sua construção. Dá prazer calcular e executar um projecto com êxito, e usufruir do seu resultado final ? Sim, é recompensante sem duvida. | |
| | | JP Membro AAP
Mensagens : 109 Data de inscrição : 18/05/2012 Localização : Coimbra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Dom Out 07 2012, 17:20 | |
| - Carlos Gomes escreveu:
- JP escreveu:
Correcto. É verdade que fazer um transformador de audio, é bastante complicado. Existem soluções OEM no mercado, de altíssima qualidade, mas fazer um transformador de raiz, tomando conta de todos os detalhes, é recompensante em vários aspectos Ora aqui está o "buzilis" da questão, e da razão por existir o passatempo (hobby) de se querer construir coisas para no final lhe dar satisfação. Se fosse só para usufruir do que se compra, possivelmente acontecerá como acontece ao meu filho; não liga muito a metade dos brinquedos dele.
Construir saí mais barato? Nem sempre. Depende de muitos factores referentes à sua construção.
Dá prazer calcular e executar um projecto com êxito, e usufruir do seu resultado final ? Sim, é recompensante sem duvida. Totalmente de acordo! | |
| | | TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
| Assunto: Re: Transformadores de saída Ter Jan 22 2013, 08:20 | |
| - Carlos Gomes escreveu:
- JP escreveu:
Correcto. É verdade que fazer um transformador de audio, é bastante complicado. Existem soluções OEM no mercado, de altíssima qualidade, mas fazer um transformador de raiz, tomando conta de todos os detalhes, é recompensante em vários aspectos Ora aqui está o "buzilis" da questão, e da razão por existir o passatempo (hobby) de se querer construir coisas para no final lhe dar satisfação. Se fosse só para usufruir do que se compra, possivelmente acontecerá como acontece ao meu filho; não liga muito a metade dos brinquedos dele.
Construir saí mais barato? Nem sempre. Depende de muitos factores referentes à sua construção.
Dá prazer calcular e executar um projecto com êxito, e usufruir do seu resultado final ? Sim, é recompensante sem duvida. Olà, como jà foi explicado um transformador de saida é uma peça fundamental de um amplificador a vàlvulas, pois muitos dos parâmetros objectivos e subjectivos do aparelho vão depender desse componente. O transformador de saida obedece a parâmetros objectivos, como os que foram jà evocados (ainda hà muitos outros), mas também a parâmetros subjectivos, como a experiência do bobinador na matéria (hà mais outros também). Um velho transformador de saida feito por um "mestre" pode ser muito superior à medida e à escuta, que um transformador moderno com os melhores materiais, mas com menos "génio" nas bobinagens. Em meados dos anos noventa trabalhei um pouco com o Chréthien que era (jà faleceu) o "pai dos transformadores de saida franceses", um velhote com o qual aprendi tudo o que sei sobre este assunto. Ele dizia-me sempre: " Paulo, le transfo de sortie c'est, beaucoup de questions et trés peu de réponses..." o que quer dizer: O transformador de saida é muitas perguntas, e muitas poucas respostas... isto continua a ser verdade, e fazer um transformador de saida por si proprio sai mais barato, mas fazê-lo melhor do que um especialista é "praticamente" impossivel... Até+ | |
| | | afonso Membro AAP
Mensagens : 2309 Data de inscrição : 17/06/2012
| Assunto: Re: Transformadores de saída Sáb Jan 04 2014, 12:59 | |
| - jpamplifiers escreveu:
- JP escreveu:
- Tudo correctíssimo.
Há inclusivamente mais um pormenor. A própria forma de bobinar influenciava muito. Por norma os transformadores correntes/comerciais, são bobinados a "grosso modo", isto é, primeiro o primário e depois o ou os secundários. Mesmo que primeiro se bobinasse parte do secundário, primário no meio, e depois outra metade, não era, nem é, perfeito. Especialmente nos circuitos em push-pull, o primário deve ser, no fim de contas, dois. Seja, dois enrolamentos exactamente iguais com metade do comprimento do nucleo, que depois de colocados no lugar, levam o enrolamento secundário em cima. Há diversas formas de bobinar transformadores. Num circuito single ended a bobinagem é mais simples. Num push.pull a forma fisicamente correcta de o fazer, é tentar obter o máximo equilibrio entre as duas fases que o alimentam.. Depois hà a questao do ferro, terminais, etcetc Do que eu sei do assunto, a referencia, "bobinar a grosso modo" significa que se bobina sem preocupação com a posição em que o fio fica, ou seja, coloca-se a máquina de bobinar a rodar e vai-se andando com o fio de um lado para o outro ´com o cuidado de preencher todo o espaço de uma maneira mais uniforme possível, isto só é feito assim para transf. de alimentação. Ao contrário, da outra forma (para audio) em que o bobinado é feito "camada sobre camada" (vejam a dificuldade quando se está a lidar com fio de por exemplo 0,1mm em que nenhum fio pode ficar sobreposto) e com isolamento entre cada uma dessas camadas, e o final de cada enrolamento não deve terminar sequer a meio ou em qualquer outra posição que não seja no final do espaço do entre ferro, este é mais um cálculo a ter em conta, ou seja: o diâmetro do fio a usar deve estar de acordo com a corrente que o vai percorrer, mas ao mesmo tempo deve coincidir em numero de camadas exactas de acordo com o espaço disponivel que por sua vez está dependente do ferro a utilizar. E ainda faltam aqui muitos dados para se poder avançar para a construção propriamente dita.
É mesmo muito complicado fazer um verdadeiro transf. de audio
Jpamplifiers, No caso dos aparelhos a válvulas que são construídos por si também constrói de raiz os transformadores de Audio ? Caso contrário quais são os transformadores que utiliza nos seus aparelhos ? | |
| | | jpamplifiers Membro AAP
Mensagens : 608 Data de inscrição : 16/09/2011 Localização : Sintra
| Assunto: Re: Transformadores de saída Sáb Jan 04 2014, 13:45 | |
| - afonso escreveu:
- jpamplifiers escreveu:
- JP escreveu:
- Tudo correctíssimo.
Há inclusivamente mais um pormenor. A própria forma de bobinar influenciava muito. Por norma os transformadores correntes/comerciais, são bobinados a "grosso modo", isto é, primeiro o primário e depois o ou os secundários. Mesmo que primeiro se bobinasse parte do secundário, primário no meio, e depois outra metade, não era, nem é, perfeito. Especialmente nos circuitos em push-pull, o primário deve ser, no fim de contas, dois. Seja, dois enrolamentos exactamente iguais com metade do comprimento do nucleo, que depois de colocados no lugar, levam o enrolamento secundário em cima. Há diversas formas de bobinar transformadores. Num circuito single ended a bobinagem é mais simples. Num push.pull a forma fisicamente correcta de o fazer, é tentar obter o máximo equilibrio entre as duas fases que o alimentam.. Depois hà a questao do ferro, terminais, etcetc Do que eu sei do assunto, a referencia, "bobinar a grosso modo" significa que se bobina sem preocupação com a posição em que o fio fica, ou seja, coloca-se a máquina de bobinar a rodar e vai-se andando com o fio de um lado para o outro ´com o cuidado de preencher todo o espaço de uma maneira mais uniforme possível, isto só é feito assim para transf. de alimentação. Ao contrário, da outra forma (para audio) em que o bobinado é feito "camada sobre camada" (vejam a dificuldade quando se está a lidar com fio de por exemplo 0,1mm em que nenhum fio pode ficar sobreposto) e com isolamento entre cada uma dessas camadas, e o final de cada enrolamento não deve terminar sequer a meio ou em qualquer outra posição que não seja no final do espaço do entre ferro, este é mais um cálculo a ter em conta, ou seja: o diâmetro do fio a usar deve estar de acordo com a corrente que o vai percorrer, mas ao mesmo tempo deve coincidir em numero de camadas exactas de acordo com o espaço disponivel que por sua vez está dependente do ferro a utilizar. E ainda faltam aqui muitos dados para se poder avançar para a construção propriamente dita.
É mesmo muito complicado fazer um verdadeiro transf. de audio
Jpamplifiers,
No caso dos aparelhos a válvulas que são construídos por si também constrói de raiz os transformadores de Audio ?
Caso contrário quais são os transformadores que utiliza nos seus aparelhos ?
Olá, sim são cálculados, e bobinados por mim, tanto os de saída de audio como os de alimentação. | |
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