Fórum para a preservação e divulgação do áudio analógico, e não só... |
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| Algumas vergonhas no nosso jardim | |
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Autor | Mensagem |
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ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 20 Abr - 11:06 | |
| Não há dúvida que o Governo poderia regulamentar de forma a que o cidadão ficasse (ainda) mais protegido destas ofertas "armadilhadas" mas acho que cabe a cada um de nós aprender a resistir às "tentações".
Julgo que a transição para o Euro também contribuiu para este descalabro na medida em que o valor numerário dos produtos é agora muito mais baixo. 10€ (ou mesmo 300€) parece uma ninharia mas se pensarmos em Escudos 2 contos (ou 60 contos) já é dinheiro.
Acima de tudo falta desenvolver uma cultura de poupança e de desapego pelos bens de primeira desnecessidade. | |
| | | MJC Membro AAP
Mensagens : 3625 Data de inscrição : 03/07/2010 Idade : 73 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 20 Abr - 12:00 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
Acima de tudo falta desenvolver uma cultura de poupança e de desapego pelos bens de primeira desnecessidade. Sabendo que eu sou 99% contra os off topic, abro uma excepção (cá está o 1%) para fazer uma pergunta ao Ricardo, Estou completamente de acordo com a sua afirmação. Já agora, e numa atitude altruísta, proponho-me a ajudá-lo a desenvencilhar-se de alguns dos seus bens que não serão de primeira necessidade. Qual o valor que pretende pelas suas fabulosas Spendor? Abraço, MJC | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 20 Abr - 15:11 | |
| Meu caro Mário, as minhas Spendor são, mais do que um bem, o instumento que utilizo para alimentar o espírito. Um abraço, Ricardo | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 20 Abr - 18:10 | |
| - ricardo onga-ku escreveu:
- Não há dúvida que o Governo poderia regulamentar de forma a que o cidadão ficasse (ainda) mais protegido destas ofertas "armadilhadas" mas acho que cabe a cada um de nós aprender a resistir às "tentações".
Julgo que a transição para o Euro também contribuiu para este descalabro na medida em que o valor numerário dos produtos é agora muito mais baixo. 10€ (ou mesmo 300€) parece uma ninharia mas se pensarmos em Escudos 2 contos (ou 60 contos) já é dinheiro.
Acima de tudo falta desenvolver uma cultura de poupança e de desapego pelos bens de primeira desnecessidade. Tinha escrito tudo, mas mais uma vez a coisa falhou. Paciência!... O que posso dizer é que apenas posso ficar perplexo com estas observações. Não é que seja algo do outro mundo, mas infelizmente é esta a cultura e o ser humano é limitada por esta... Apenas numa breve observação: as tretas que por aí se vendem, não temos que as comprar; e basta parar dois segundos para perceber que tanto os bancos sabiam que as pessoas não teriam como pagar os empréstimos, como se antes elas não tinham rendimentos para poupança, hoje é simplesmente absurdo falar em poupança, quando as pessoas estão simplesmente a falir! Por isso, as pessoas são livres, principalmente de pensar, mas... O ser humano vive, mas... | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 20 Abr - 18:19 | |
| Já agora, o Ricardo lembrou-me algo interessante: hoje na fnac estive a passar os olhos por um livro e pensei «pois é, lá está a cultura e suas consequências», pois as coisas acontecem como que por magia e o ser humano fosse uma vítima desta. É um livro até interessante http://www.ffms.pt/ensaio/40/economia-moral-e-politica e que pode dar uma ajuda na alteração de visão que as pessoas precisavam ter... mas não basta para entender a problemática. | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 20 Abr - 18:37 | |
| Essa colecção tem livros interessantes, até já os folheei várias vezes mas ainda não comprei nenhum. | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 20 Abr - 20:52 | |
| O ex-presidente da Itália consegue convencer que «uma coisa é outra coisa», desde que assim o afirme. Para ele «bunga-bunga» há algum tempo atrás significava festa de sexo, agora diz significar festa do tipo familiar... Grande homem!... Os italianos é que devem andar muito confusos com o discurso dele! Mas a confusão pode ser contagiosa. O discurso dos nossos políticos, nomeadamente o sr. Cavaco e o sr. Coelho... parece seguir o mesmo caminho! | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom 22 Abr - 9:22 | |
| Merece uma leitura.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=551685&pn=1 _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom 22 Abr - 10:18 | |
| - António José da Silva escreveu:
- Merece uma leitura.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=551685&pn=1 Este pequeno excerto final encerra o que está em causa. As indicações para o Constitucional permitem a especulação de que os partidos do acordo da troika querem influenciar a aprovação da medida que, de outra forma, seria chumbada. Pobre Constituição. Pobre tribunal. Será verdade que, como escrevia ontem o "Público", um outro suposto candidato juiz, Jorge Reis Novais, terá declinado por falta de qualidade dos seus pares? Não sabemos. Talvez outros juízes devessem ter o absurdo de consciência de Groucho Marx, que não quis entrar num clube que aceitasse pessoas como ele. Mas ninguém se incomoda. Nem no Parlamento. Nem na Presidência. Nem mesmo os demais juízes - ou apresentariam a sua demissão. psg@negocios.pt Isto mostra que o dever maior, que é colocar a discussão da ética onde deveria estar, em público, parece não interessar a ninguém, pelo que ela simplesmente não existe! A ética é a forma maior de justificar seja o que for, mas isso inclui até o pôr em causa convicções partidárias... relativizando aquilo que na verdade é relativo. É esta a miserável realidade que escapa ao comum do ser humano. | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom 22 Abr - 14:09 | |
| Curiosamente o sr. Portas veio dizer que é preciso que haja juízes credíveis... Na verdade, tanto ele dá um sinal de falta de credibilidade, como se mostra disposto a «escolher os credíveis»! Ora aí está, mais uma amostra da simples negação da ética. Alguém hoje vem «acusar o governo de alinhar com as conspiração do poder» (palavras minhas, claro), isto por outras palavras, pois é coisa que ultrapassa o comum dos mortais... Tanto os senhores que supostamente deveriam zelar pela constituição, como aqueles que o observam... podem olhar para o resultado, seja relativamente à segurança social, como o enriquecimento ilícito... e ver que não estão a cumprir as suas obrigações e a fugir às suas responsabilidades. Uma vez mais deixo aqui um exemplo. Em notícia, hoje, vemos que ao que parece as reformas milionárias duplicaram. Eu pergunto: onde é possível justificar isto? Então aqui não há solidariedade?... Mais: o que é que pode justificar tais reformas?! Ainda, o que é que pode justificar reformas de mais de duas vezes o ordenado mínimo?! É que, se o ordenado mínimo é baixo, então aumentem-no; se tais pessoas usufruem de rendimentos altos, porque é que não fazem poupança? Neste caso e já que se fala em poupança, agora que estamos em crise, mais uma razão para se pensar bem nestas realidades! É que jamais se pode falar de legitimidade diante delas! E se falava de «conspiração do poder», não é por acaso que este governo, não só se disponibilizou a alinhar com a TROIKA, como se gabou de ir mais longe!... E eu pergunto: então isto não está a ir longe de mais?! Ainda sobre a TROIKA. Já aqui disse, que este organismo, tal como o FMI, são os mandatários para impor a lógica que protege a conspiração do poder. Por isso, se insiste na doutrina e não se quer nem ouvir sequer falar de regulação, a não ser a necessária para sustentar o sistema. Por isso, se a preocupação de impedir que o domínio da Guiné-Bissau caia nas mãos dos traficantes de droga... não passa de uma estratégia para sustentar uma espécie de legitimidade, que sustenta esta conspiração, procurando resgatar apenas o país em questão para a sua causa, não estão a pensar verdadeiramente no povo! É que isto está bem visível na doutrina que defendem, a liberalista, a que sustenta esta especulação que governa o poder e a lei do mais forte. Por isso, o que terá que acontecer e a nível mundial é um 25 de Abril, só que desta vez fazendo rolar cabeças, para que no futuro as tentações sejam mais difíceis. Isto porque a alternativa (a ideológica) está mais que visto não funcionar, pelo que os problemas terão que ser discutidos sem qualquer compromisso. :GDM: | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 25 Abr - 20:32 | |
| Como era de esperar, esta data foi comemorada de uma forma, nem sei bem o que dizer... Apenas me ocorre que o sr. Cavaco deixa passar a impressão de que pensa que toda a gente (quem sabe inclusive ele) é idiota. É possível que nem o discurso seja dele, pois já nem é de fiar!... Mas a idiotice permanece lá, por isso, não duvido que realmente tenha sido ele a escrevê-lo. Será que devemos dar realmente importância ao seu discurso?! | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 25 Abr - 22:55 | |
| - Stereo escreveu:
Será que devemos dar realmente importância ao seu discurso?! Como é óbvio, não. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 25 Abr - 23:05 | |
| Este feriado é o quê afinal? celebrar a Liberdade de quê? minha não é de certeza... celebrar os, que sendo militares de carreira, não quiseram cumprir os seu trabalho e ir combater para defender os seus compatriotas e bens... ...celebrar um dia em que se lutou pelo poder e não pelas pessoas ... ...claro que a maioria dos cidadãos anónimos pensavam que era uma revolução com ideais românticos...mas os que a comandavam sabiam o que estavam a fazer... ...hoje em dia estamos numa "ditadura legitimada" e falidos...ora bolas... ...o mais caricato é que a suposta ass. 25 Abril não festeja o feriado que lhe dá o nome, mas se o feriado não fosse festejado : "aqui del Rei"... estas foram as minhas elucubraçõesdesculpa Stereo, ter utilizado o teu espaço de reflexão | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| | | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 27 Abr - 22:51 | |
| Hoje não tenho muita disposição para grandes comentários, mas ainda assim, acho que devo deixar um, ainda que breve... Não tenho a certeza quanto à lei, sobre os grandes prémios de jogo, mas parece-me que não permite que a sorte grande saia mais que duas vezes à mesma pessoa, pelo menos sem que haja uma investigação... No entanto, a lei não parece dar importância ao roubo, desde que este seja dentro de certos meios e que normalmente é elevado! Aliás, é precisamente que as leis ou regras se fazem à medida de tais interesses. O que se está a passar agora na madeira, mais parece uma manobra de distração por parte dos actores em causa... pelo que a lei tem que ser de alguma forma passada por uma espécie de exame, pelo menos em termos de encenação, para tentar manter os ânimos leves ao povo. O caso Isaltino Morais http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=547859&tm=8&layout=121&visual=49 é já um caso típico. Será que fica por aqui?! Mas para compreender a miserável tendência do exercício do poder neste país, é preciso ir mais longe. Logicamente que sem esquecer que as obras são um dos principais meios de interesse a explorar pelos actores da cena do poder, na verdade há muito mais. Ora as vendas imobiliárias publicas ao desbarato e as rendas milionárias que ficamos a pagar, ora as parcerias público/privadas, que nos sugam até ao tutano... não faltam meios para nos atirar para a miséria, para nos penhorar o país, para nos colocar numa nova escravidão - a consentida. Mas é por ser consentida que é preciso os interessados procurarem orientar a situação para que esta se sustente. Maquiavel, não esqueçam, é o mestre destes. Outra forma de roubar legalmente é os ganhos que certas pessoas têm. Ontem sou de um sr. que, salvo erro, tem 167 mil Euros x 12, dá 2 milhões e uns trocos por ano. Portanto, sem ser de longe exaustivo, já podem perceber porque é que o país está na m*&da e andamos nós, os mesmos de sempre a pagar o que na verdade é o continuar a sustentar o roubo! A mentira que nos é vendida com as tretas da «concorrência»... em que basta ver que os grandes grupos económicos têm já a economia nas mãos, que dominam os preços desde o produtor ao consumidor e ordenados dos trabalhadores, é um exemplo da saúde em que se encontra esta mentira, que nos irá lançar no buraco. Não é em vão que um certo grupo económico vai abrir umas quantas dezenas de lojas num país da Europa. Enfim, isto é apenas um bocado de realidade que é preciso compreender para dizer basta e pedir a cabeça dos responsáveis, pois não podemos aceitar as coisas como carneiros mansos. Afinal não foi tão curto... | |
| | | Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 27 Abr - 23:07 | |
| Tarde e a más horas, mas desculpem lá, se não fosse o 25 de Abril, a esta hora ainda viviamos na idade da pedra ... o que veio depois, ou no que se tornou, já são outros quinhentos Ponto final | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 27 Abr - 23:19 | |
| - Fran escreveu:
- Tarde e a más horas, mas desculpem lá, se não fosse o 25 de Abril, a esta hora ainda viviamos na idade da pedra ... o que veio depois, ou no que se tornou, já são outros quinhentos
Ponto final Acho que esse é um ponto que a mim nem me merece discussão. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 27 Abr - 23:21 | |
| - António José da Silva escreveu:
- Fran escreveu:
- Tarde e a más horas, mas desculpem lá, se não fosse o 25 de Abril, a esta hora ainda viviamos na idade da pedra ... o que veio depois, ou no que se tornou, já são outros quinhentos
Ponto final
Acho que esse é um ponto que a mim nem me merece discussão. Nem a mim, mas por vezes parece-me que há muita gente, ou que se esqueceu, ou que nunca soube como era antes. | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 27 Abr - 23:31 | |
| - Fran escreveu:
Nem a mim, mas por vezes parece-me que há muita gente, ou que se esqueceu, ou que nunca soube como era antes. E que hoje se podem dar ao luxo de.....................falar. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex 27 Abr - 23:58 | |
| - António José da Silva escreveu:
- Fran escreveu:
Nem a mim, mas por vezes parece-me que há muita gente, ou que se esqueceu, ou que nunca soube como era antes.
E que hoje se podem dar ao luxo de.....................falar. Eu faço parte da geração pós,pós 25 Abril e, perdoem-me, mas essa estória da censura, é muito pior hoje. Nos dias de hoje a censura é financeira, para cortar o pio a alguém , essa pessoa é asfixiada em termos económicos...realmente tem mais pinta assim...hoje em dia destroem-se mais vidas, por razões políticas, do que antes do 25 de Abril. O regime estava morto e enterrado, e mesmo assim ainda achamos que foi coragem tomar o poder que estava escancarado, para ser entregue. Passados estes anos vemos o resultado: Liberdade, mas com pobreza económica, moral e de espírito democrático. Esta é a minha visão, vale o que vale. | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 0:00 | |
| - Ulrich escreveu:
- António José da Silva escreveu:
- Fran escreveu:
Nem a mim, mas por vezes parece-me que há muita gente, ou que se esqueceu, ou que nunca soube como era antes.
E que hoje se podem dar ao luxo de.....................falar. Eu faço parte da geração pós,pós 25 Abril e, perdoem-me, mas essa estória da censura, é muito pior hoje.
Nos dias de hoje a censura é financeira, para cortar o pio a alguém , essa pessoa é asfixiada em termos económicos...realmente tem mais pinta assim...hoje em dia destroem-se mais vidas, por razões políticas, do que antes do 25 de Abril.
O regime estava morto e enterrado, e mesmo assim ainda achamos que foi coragem tomar o poder que estava escancarado, para ser entregue.
Passados estes anos vemos o resultado: Liberdade, mas com pobreza económica, moral e de espírito democrático.
Esta é a minha visão, vale o que vale.
A razão de ser de algo e o que depois foi feito dela são coisas distintas. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 0:13 | |
| - António José da Silva escreveu:
A razão de ser de algo e o que depois foi feito dela são coisas distintas. Entendo a tua afirmação e consequentemente a tua posição, mas eu não distingo as coisas como tu, para mim existe sempre uma relação causa-efeito. Neste sentido, as pessoas são responsáveis pelos seu actos e atitudes. Não podemos brincar às Revoluções, faz quem tem capacidade, destruir é fácil, construir e manter é que dá muito trabalho. Assim , penso que foi isso que aconteceu, quis-se chegar ao poder, e chegados lá, impreparados, foram-se enganando a eles e a nós...2012 é o resultado. Responsabilidade e amadorismo não se dão bem. | |
| | | Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 11:41 | |
| - Ulrich escreveu:
- António José da Silva escreveu:
A razão de ser de algo e o que depois foi feito dela são coisas distintas. Entendo a tua afirmação e consequentemente a tua posição,
mas eu não distingo as coisas como tu, para mim existe sempre uma relação causa-efeito.
Neste sentido, as pessoas são responsáveis pelos seu actos e atitudes.
Não podemos brincar às Revoluções, faz quem tem capacidade, destruir é fácil, construir e manter é que dá muito trabalho.
Assim , penso que foi isso que aconteceu, quis-se chegar ao poder, e chegados lá, impreparados, foram-se enganando a eles e a nós...2012 é o resultado.
Responsabilidade e amadorismo não se dão bem.
Então achas preferivel que estivesse como no tempo da outra senhora?! Não me lixes | |
| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:04 | |
| - Fran escreveu:
Então achas preferivel que estivesse como no tempo da outra senhora?!
Não me lixes Sócio, essa conclusão não faz justiça à minha análise ... ...nunca diria isso, a minha visão não passa por aí. Abraço | |
| | | Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:08 | |
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| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| | | | lore Membro AAP
Mensagens : 1205 Data de inscrição : 11/07/2010 Localização : lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:12 | |
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o 25 de Abril foi bom , do 26 para a frente é que foi o raio .....
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| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:17 | |
| - António José da Silva escreveu:
E é por isso que a tua analise se funde em dois pontos onde não deveria de convergir, em minha opinião, porque senão a interpretação feita pelo Fran será a de muitas outras pessoas também.
Obrigado AJS , mas torna-se difícil colocar por escrito determinados aspectos do nosso pensamento, de forma a torná-lo mais fácilmente perceptível/"entendível". A minha questão tem que ver com o facto de, passados quase 40 anos, ser tabú o facto de se poder analizar e criticar, de forma constructiva, o 25 de A. Parece que quem quer reflectir sobre o assunto é , automáticamente, apelidado de anti-democrático, e isso para mim é de facto, censura. | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:19 | |
| - lore escreveu:
o 25 de Abril foi bom , do 26 para a frente é que foi o raio ..... Exactamente, essa é que é a grande realidade. Ma o 25 tinha que ser. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:22 | |
| - Ulrich escreveu:
- ... A minha questão tem que ver com o facto de, passados quase 40 anos, ser tabú o facto de se poder analizar e criticar, de forma constructiva, o 25 de A.
Parece que quem quer reflectir sobre o assunto é , automáticamente, apelidado de anti-democrático, e isso para mim é de facto, censura.
Nada disso Sócio Podes e deves, mas as tuas palavras (não as de agora, mas sim de uma ou outra mensagem lá mais para trás), fazem entender outra postura em relação à existência do 25 de Abril, que não esta que estás agora a ter (e pelos vistos, não fui só eu a ter essa percepção). Abçs | |
| | | lore Membro AAP
Mensagens : 1205 Data de inscrição : 11/07/2010 Localização : lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:24 | |
| o estado de ignorancia geral e de revolta ,dos Portugueses permitiu que a incompetencia generalizada da classe politica nacional conduzisse ao caos actual .... o nacional chico-espertismo onde o que mais foge da lei é o maior da rua dele mete nojo ..... | |
| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 14:26 | |
| - Fran escreveu:
Podes e deves, mas as tuas palavras (não as de agora, mas sim de uma ou outra mensagem lá mais para trás), fazem entender outra postura em relação à existência do 25 de Abril, que não esta que estás agora a ter (e pelos vistos, não fui só eu a ter essa percepção).
Abçs Exacto, esta questão levanta, em mim, sentimentos bastante próprios, e daí, como já disse, ser difícil tornar , por escrito, o meu pensamento mais claro... ...isto, presencialmente, com umas morcelas assadas e uma "botelha de rouge", era mais fácil | |
| | | vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 15:13 | |
| Percebo perfeitamente o que o Ulrich afirmou. Pessoalmente acho que continuar a festejar hoje o 25 de Abril como se tivesse acontecido no ano anterior, é tão revelador do desfoque que nos rodeia, como a facto de durante uma semana, todos os média, analistas politicos e comentadores, os saudosistas do PREC, Estado-dependentes, e subsidio-dependentes chorarem de incómodo porque uns capitães de Abril caducos e carregados de heroísmo de reflexo espelhado, acompanhados dos simpáticos comadres, mas já menos lucidos Marocas e Alegre, decidiram por birra este ano não irem aquelas crimónias interessantes que se repetem anualmente com 4 horas de directo televisivo onde um orador com o ar mais solene do mundo lê umas banalidades de copy-past do ano anterior, e metade do publico dorme ressonando e sonhando com os bravos feitos da guerra colonial, e da revolução de Abril.
Não temos problemas mais importantes, que mereçam a nossa atenção e enfoque?. Os milhões gastos a salvar bancos privados dos amigos do presidente, e empresas de Estado sem qualquer viabilidade economica, a descapitalizar o banco publico para emprestar dinheiro a operadores privados que o usam para adquir empresas publicas a preço de saldo, os nossos jovens universitários, geração do futuro a abandonar as Universidades porque os pais nao podem pagar as propinas, entre outras coisas desgraças menores, enqunto isto, a esmagadora maioria do País discute a realização e presença numa festa com cheiro a bolor de 40 anos !!
Pois claro, devemos continuar todos a viver das nossa glórias, e memórias grandiosas, a comemorá-las com pompa e circunstancia á espera que daqui a 40 anos volte uma outra troika, para nos livrar do lamaçãl, em que ciclicamente nos atolamos.
F@d$#%&/()= não temos emenda, porque somos muito pouco cultos em matéria de responsabilidade Social e Económica, e como alguem dizia em cima, adeptos do nacional chico-espertismos sempre de dedo apontado aos outros, todos os outros é que são os culpados.
| |
| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 15:43 | |
| , sem tirar nem pôr. Abraço V., | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb 28 Abr - 20:59 | |
| Ora nem mais!... Aí é que «a porca torce o rabo»!... O 25 de Abril não passa de uma desculpa para a situação da «ordem do dia»...
Vejamos: o que está em causa, será apenas a liberdade? Se assim fosse, tudo estaria bem e se não, então há que compreender o que está em questão. O tempo e o espaço tem a sua marca. Mais adiante, num futuro... o tempo o dirá. A democracia? Será esta a desculpa? Veremos!...
Se a liberdade de alguma forma seria mais tarde ou mais cedo reclamada, hoje continua afinal, relativa. Como já disse o Ulrich, a liberdade não passa de uma aparência que na verdade é uma condição imposta pelo sistema, que trata de a condicionar mediante os seus interesses, que são antes apenas os de alguns, ou seja, os económicos.
A democracia, essa ainda não existe. Aquilo a que chamam democracia não passa de uma encenação que serve os interesses de quem procura o poder. Por isso esta é representativa. Para que se saiba, a democracia, por isso mesmo, surjiu por acaso, pois aquilo que sempre moveu o poder foi o interesse e não o dever. Leia-se a História. Clístenes propus este sistema por já não estar interessado no poder e porque finalmente achou que devia ao povo a honestidade de pôr a situação às claras e assim disse que não havia necessidade de deixar o poder nas mãos de ninguém em particular. Pensar que a política deve passar por algum tipo de crênça em vez de procura de entendimento é um erro! E não menos acontece com a falta de entendimento e ainda assim delegação de poder através de uma promessa vã. É precisamente isto que está em questão. Os sofistas, e mesmo entre estes o sobrinho de Clistenes, procuraram fazer com que o poder ficasse do seu lado. Portanto, aquilo que está em causa é a cidadania! | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom 29 Abr - 21:19 | |
| Como tenho vindo a dizer, a crise ainda está no princípio. Infelizmente isto é agravado precisamente pela demora, que é devastadora! Felizmente começam a surgir alguns sinais de desenvolvimento (aprofundamento inevitável...) deixando a sensação que, se bem que ainda vai piorar, pelo menos esse desenvolvimento está mais acelerado! Alguns sinais são averiguações, seja na Madeira, seja no banco que foi nacionalizado... Enfim, uma série de situações que vão surgindo e que começam a pedir uma capacidade, que se verá, será muito limitada. Uma situação curiosa é a passada no tribunal de Portalegre, que vem agora por em causa a forma como o crédito tem sido abordado, neste caso particular da habitação, sendo que aqui deliberou que a entrega da casa ao banco será assim considerada liquidado o empréstimo sobre a compra da mesma. Isto abre, finalmente, uma nova realidade e um novo desenvolvimento da crise relativamente à habitação. Mas isto será pouco. É bom que pelo menos agora, se considere a questão do imposto o IMI. Enquanto que os emigrantes pagam o mesmo que os outros sem cá estarem a usufruir da sua casa e sendo esta a sua única habitação do seu país e que deveria ser reduzida, digamos em 50%, enquanto se encontram fora do seu país, os senhores que são donos de casas, prédios... e que simplesmente não são habitação própria e estão a alimentar a especulação, esses sim deveriam ver os impostos dos imóveis bem mais pesados, precisamente para contrariar esta tendência, fazendo com que esta área da economia fosse dinamizada e proporcionasse por esta parte uma justiça social! | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter 1 maio - 1:20 | |
| Parece-me uma analogia bem conseguida. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter 1 maio - 21:49 | |
| | |
| | | Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter 1 maio - 23:47 | |
| Portugal no seu melhor... está tudo louco... http://economia.publico.pt/Noticia/muitas-filas-a-porta-das-lojas-pingo-doce-por-causa-de-promocao-1544242 Segundo o que PÚBLICO apurou, na zona de Lisboa há filas nas lojas da rua Tomás Ribeiro, no Largo do Mastro, em S. Apolónia em Alfragide, em Chelas e na Portela de Sintra, onde as filas se prolongavam para lá da porta de entrada. Na loja da rua Carlos Mardel já havia prateleiras vazias. Na loja do Pingo Doce de Telheiras, uma das maiores da cadeia na zona da grande Lisboa, são milhares os clientes à espera de entrar e há longas filas de trânsito em redor daquela superfície. Muitas prateleiras estão vazias e, às 15h, os clientes chegavam com carrinhos de compras vazios de uma cadeia de supermercados concorrente para se poderem abastecer. Às quatro da manhã havia gente sentada à porta desta loja à espera da hora de abertura. Por volta das 16 horas a situação era ainda pior. No exterior da loja as filas de trânsito eram agora maiores. No parque de estacionamento ao ar livre a disputa por um lugar para a viatura causava discussões constantes. No interior da loja era agora difícil circular. Os milhares pessoas com os carros das compras cheios até cima não davam espaço para se passar. Quem não conseguia carros de compras, optava por soluções imaginativas. Alguns arrastavam pelo chão enormes pedaços de cartão com dezenas de produtos em cima. Outros carregavam dezenas de sacos dos mais variados tamanhos igualmente cheios de produtos. Pelo chão da enorme superfície comercial havia centenas de produtos abandonados. Pacotes de esparguete, arroz, latas de salsichas, garrafas de vinho partidas, entre outros, dificultavam ainda mais a circulação. O ambiente era, porém, festivo. As pessoas riam, gritavam. Estavam visivelmente satisfeitas. “Isto havia de ser todos os dias. Acaba logo a crise”, gritava uma mulher para quem a queria ouvir. Outra cliente revelava aos parceiros de fila que tinha chegado à superfície comercial às 10h e garantia que ninguém a tiraria dali sem as compras. No Pingo Doce do Rato, em Lisboa, a fila já era grande quando as portas abriram, conta uma funcionária que não quis ser identificada. Às 15 horas estavam a deixar as pessoas entrar à vez. Estariam poucas dezenas à porta, mas havia alguma tensão com os que queriam passar a frente. De dentro saiam carros cheios, arrastados por todo o tipo de pessoas: novos, meia-idade, classe média. Alguns vieram abastecer-se para longas temporadas: houve muitas contas superiores a mil euros. “Há pessoas de restaurantes que estão a aproveitar para fazer as grandes compras”, disse a funcionária. Logo de manhã, no Pingo Doce de Loures, na secção do peixe havia uma fila de 200 números, quando as funcionárias ainda estavam a atender o 20. Nesta loja, os carrinhos de compras também escassearam - muitos clientes esperavam ao lado das caixas, à espera que outros pagassem, acompanhavam-nos até ao carro para ficarem com o carrinho. No Pingo Doce do Chão do Loureiro, na Baixa de Lisboa, uma loja inaugurada há menos de um ano, o movimento também era muito acima do normal. Em frente ao supermercado, que nos fins-de-semana e feriados está praticamente vazio, havia dezenas de carros estacionados e centenas de pessoas faziam filas para pagar e saiam carregadas de compras. No Pingo Doce do Cais do Sodré, o movimento também era grande. A loja do Pingo Doce do Forum Sintra fechou às 11h por causa da quantidade de clientes. A partir de então, os seguranças só deixavam entrar clientes quando outros saiam. Esta situação está a verificar-se em diversas lojas, incluindo numa no centro da Póvoa do Varzim. Na loja do Forum Sintra, há pessoas à espera para pagar desde as 11h e ouvem-se gritos para que as portas daquela superfície comercial abram de novo. O parque de estacionamento está cheio. Em cada caixa, há mais do que dois funcionários para tentar despachar os clientes mais depressa. As pessoas começaram a empurrar-se, a polícia chegou ao local e algumas lojas ao lado decidiram fechar. No Pingo Doce de Gueifães, na Maia, havia muita confusão à entrada, com muitos carros estacionados em zonas proibidas. Numa confeitaria ao lado, contava-se que havia quem tivesse desistido de ir ao supermercado porque só tinha intenção de fazer pequenas compras. No Pingo Doce de Alfornelos, Colina do Sol, há polícias à porta para impedir que os clientes entrem todos ao mesmo tempo. No interior, há filas enormes para pagar. O PÚBLICO contactou a direcção de comunicação da Jerónimo Martins mas, para já, não obteve resposta. | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| | | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 2 maio - 0:02 | |
| _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
| | | | Luis Filipe Goios Membro AAP
Mensagens : 10506 Data de inscrição : 27/10/2010 Idade : 66 Localização : Lanhelas - Minho
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 2 maio - 0:37 | |
| | |
| | | Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 2 maio - 8:56 | |
| Todos ao 1º de Maio do Pingo Doce!
http://expresso.sapo.pt/todos-ao-1-de-maio-do-pingo-doce=f722775
Daniel Oliveira (www.expresso.pt) 8:00 Quarta feira, 2 de maio de 2012
Dia 1 de Maio. As imagens na televisão são o retrato de um país que vive em degradação evidente. Milhares de pessoas invadem os supermercados do Pingo Doce. Confusão, incidentes, cenas de pancadaria, polícia de choque em algumas lojas, prateleiras vazias, saque de produtos alimentares. A Jerónimo Martins ofereceu descontos de 50% para quem fizesse compras superiores a 100 euros. Num dos feriados que ainda eram respeitados pelas grandes superfícies, a filantrópica família Soares dos Santos, a que, nos intervalos de lições de responsabilidade aos nossos governantes procura e encontra esquemas para fugir ao fisco, a que, descobrindo que os seus mal pagos funcionários estão na miséria lhes dá umas esmolinhas em géneros, assinala assim o dia do Trabalhador. É esta a nossa elite económica: tudo o que represente a dignidade de quem trabalha merece dela um olímpico desprezo. No mesmo dia em que Passos Coelho tem, como única mensagem a dar aos portugueses, o anúncio de que o desemprego, que já atingiu recordes nunca vistos, vai continuar a aumentar, muitos portugueses dedicaram o seu dia à corrida às compras. Não os condeno. Quando não há dinheiro um desconto destes, com venda de produtos abaixo do preço de custo (dumping pago quase sempre pelos fornecedores) faz diferença. E não é seguramente por consumismo que alguém se planta, às 4 da manhã, à porta de um supermercado. Nada obrigava a Jerónimo Martins a fazer esta promoção neste dia. Mas a pobreza tem mais força que a repressão. Enquanto as pessoas lutam para comer não lutam por direitos. Nenhuma ditadura conseguia resumir um dia de resistência àquelas imagens degradantes. O que ficará do 1º de Maio de 2012 em Portugal é isto: um povo a esbofetear-se por um desconto em comida. Uma empresa que é incapaz de compreender qualquer ideia que se assemelhe a "dignidade". Um poder político que nos atirou para este humilhante retrato terceiro mundista. | |
| | | Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 2 maio - 11:01 | |
| - Ferpina escreveu:
- Todos ao 1º de Maio do Pingo Doce!
http://expresso.sapo.pt/todos-ao-1-de-maio-do-pingo-doce=f722775
Daniel Oliveira (www.expresso.pt) 8:00 Quarta feira, 2 de maio de 2012
Dia 1 de Maio. As imagens na televisão são o retrato de um país que vive em degradação evidente. Milhares de pessoas invadem os supermercados do Pingo Doce. Confusão, incidentes, cenas de pancadaria, polícia de choque em algumas lojas, prateleiras vazias, saque de produtos alimentares. A Jerónimo Martins ofereceu descontos de 50% para quem fizesse compras superiores a 100 euros. Num dos feriados que ainda eram respeitados pelas grandes superfícies, a filantrópica família Soares dos Santos, a que, nos intervalos de lições de responsabilidade aos nossos governantes procura e encontra esquemas para fugir ao fisco, a que, descobrindo que os seus mal pagos funcionários estão na miséria lhes dá umas esmolinhas em géneros, assinala assim o dia do Trabalhador. É esta a nossa elite económica: tudo o que represente a dignidade de quem trabalha merece dela um olímpico desprezo. No mesmo dia em que Passos Coelho tem, como única mensagem a dar aos portugueses, o anúncio de que o desemprego, que já atingiu recordes nunca vistos, vai continuar a aumentar, muitos portugueses dedicaram o seu dia à corrida às compras. Não os condeno. Quando não há dinheiro um desconto destes, com venda de produtos abaixo do preço de custo (dumping pago quase sempre pelos fornecedores) faz diferença. E não é seguramente por consumismo que alguém se planta, às 4 da manhã, à porta de um supermercado. Nada obrigava a Jerónimo Martins a fazer esta promoção neste dia. Mas a pobreza tem mais força que a repressão. Enquanto as pessoas lutam para comer não lutam por direitos. Nenhuma ditadura conseguia resumir um dia de resistência àquelas imagens degradantes. O que ficará do 1º de Maio de 2012 em Portugal é isto: um povo a esbofetear-se por um desconto em comida. Uma empresa que é incapaz de compreender qualquer ideia que se assemelhe a "dignidade". Um poder político que nos atirou para este humilhante retrato terceiro mundista. E o continente/modelo, idem idem aspas aspas, certo?! | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 2 maio - 14:12 | |
| - Ferpina escreveu:
- Todos ao 1º de Maio do Pingo Doce!
http://expresso.sapo.pt/todos-ao-1-de-maio-do-pingo-doce=f722775
Daniel Oliveira (www.expresso.pt) 8:00 Quarta feira, 2 de maio de 2012
Dia 1 de Maio. As imagens na televisão são o retrato de um país que vive em degradação evidente. Milhares de pessoas invadem os supermercados do Pingo Doce. Confusão, incidentes, cenas de pancadaria, polícia de choque em algumas lojas, prateleiras vazias, saque de produtos alimentares. A Jerónimo Martins ofereceu descontos de 50% para quem fizesse compras superiores a 100 euros. Num dos feriados que ainda eram respeitados pelas grandes superfícies, a filantrópica família Soares dos Santos, a que, nos intervalos de lições de responsabilidade aos nossos governantes procura e encontra esquemas para fugir ao fisco, a que, descobrindo que os seus mal pagos funcionários estão na miséria lhes dá umas esmolinhas em géneros, assinala assim o dia do Trabalhador. É esta a nossa elite económica: tudo o que represente a dignidade de quem trabalha merece dela um olímpico desprezo. No mesmo dia em que Passos Coelho tem, como única mensagem a dar aos portugueses, o anúncio de que o desemprego, que já atingiu recordes nunca vistos, vai continuar a aumentar, muitos portugueses dedicaram o seu dia à corrida às compras. Não os condeno. Quando não há dinheiro um desconto destes, com venda de produtos abaixo do preço de custo (dumping pago quase sempre pelos fornecedores) faz diferença. E não é seguramente por consumismo que alguém se planta, às 4 da manhã, à porta de um supermercado. Nada obrigava a Jerónimo Martins a fazer esta promoção neste dia. Mas a pobreza tem mais força que a repressão. Enquanto as pessoas lutam para comer não lutam por direitos. Nenhuma ditadura conseguia resumir um dia de resistência àquelas imagens degradantes. O que ficará do 1º de Maio de 2012 em Portugal é isto: um povo a esbofetear-se por um desconto em comida. Uma empresa que é incapaz de compreender qualquer ideia que se assemelhe a "dignidade". Um poder político que nos atirou para este humilhante retrato terceiro mundista. Foi exactamente o que eu senti. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 2 maio - 23:28 | |
| _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua 2 maio - 23:42 | |
| Ontem estive a falar com um amigo sobre este «fenómeno» de 1º de Maio, oferecido pelo sr. Jerónimo Martins, pelo que pensando falar disso aqui, acabei por não me lembrar. O curioso disto é que ao que parece o governo saberia, mas não menos estranho é a posição da Autoridade Para a Concorrência, que infelizmente já é corrente, ser como quem não sabe de nada... e vai procurar saber... dizendo então que «vão investigar». Poucos portugueses serão aqueles que não viram o que se passou e perceberam bem o «fenómeno». Já a APC parece não ter inteligência para perceber que não há nada a investigar, mas que o dever deles é agir! O problema é que agir aqui «é mentira», pois estamos diante de grandes interesses. Daí que só se pode extrair uma coisa disto tudo: corrupção! E assim, aquilo que já nem sequer se podia considerar concorrência, leva uma machadada como que um golpe de misericórdia. Com isto, muito daqueles que já mal sobreviviam, vão ter a vida negra, pois muita gente vai estar pelo menos um mês sem fazer compras nestes, onde antes ainda lá compravam qualquer coisita. É só mais um passo para rebentar com a economia! | |
| | | ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui 3 maio - 11:34 | |
| Assim se festeja na Europa o dia do trabalhador | |
| | | Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
| Assunto: Transparência e Integridade Qui 3 maio - 20:21 | |
| A Transparência e Integridade, na voz de Paulo Morais, vice-presidente desta organização não-governamental, vocacionada para a luta contra a corrupção, num canal com sede em Carnaxide, sem ocultar nomes, acusou o nosso Parlamento de alimentar e pactuar com a corrupção. http://publication.prod.wcm.impresa.pt:8080/sicnot/pais/article1384793.ece | |
| | | Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui 3 maio - 23:21 | |
| - Ghost4u escreveu:
A Transparência e Integridade, na voz de Paulo Morais, vice-presidente desta organização não-governamental, vocacionada para a luta contra a corrupção, num canal com sede em Carnaxide, sem ocultar nomes, acusou o nosso Parlamento de alimentar e pactuar com a corrupção. http://publication.prod.wcm.impresa.pt:8080/sicnot/pais/article1384793.ece Ora aí está porque ontem falei criticamente da Autoridade Para a Concorrência. Eu não quis adiantar mais, mas a verdade é que, tal como aqui está «explicado» uma vez mais está em causa a conspiração do poder. E neste sentido se pode compreender a criação deste organismo: é para sustentar este sistema que se criou o dito organismo e não para corrigir coisa alguma; pelo contrário, é para permitir todo o tipo de coisa, que se inscreve na lógica liberalista. O mesmo se pode dizer, tal como já comentei, de outras organizações, como o FMI, a TROIKA... pois tudo isto se encaixa no mesmo molde. | |
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