Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 22 2013, 22:04
afonso escreveu:
Sair do euro e já.
Já chega...
Lá chegaremos...
Afonso, se conhecesses as consequencias de sairmos do euro (e principalmente agora) não acredito que fosses tão decidido!!!
afonso Membro AAP
Mensagens : 2309 Data de inscrição : 17/06/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 22 2013, 22:11
vlopes escreveu:
afonso escreveu:
Sair do euro e já.
Já chega...
Lá chegaremos...
Afonso, se conhecesses as consequencias de sairmos do euro (e principalmente agora) não acredito que fosses tão decidido!!!
Não vejo isso dessa maneira. Estamos em guerra, na sua versão seculo XXI. E até agora nada fizemos para inverter a situação. É preciso lutar. .. Mas acredito que nem todos estejam disponíveis para recuperar a nossa soberania. ..
vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 22 2013, 22:16
isso é uma visão muito guerreira!
afonso Membro AAP
Mensagens : 2309 Data de inscrição : 17/06/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 22 2013, 22:18
Sabiam que só podemos pedir dinheiro na união europeia?
Com taxas juro duas vezes mais caras que outros empréstimos, por exemplo da china.
exploração...
afonso Membro AAP
Mensagens : 2309 Data de inscrição : 17/06/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 22 2013, 22:21
vlopes escreveu:
isso é uma visão muito guerreira!
Quando lhe retirarem a reforma vai mudar de ideias...((((]]]]]:
vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 22 2013, 22:31
afonso escreveu:
vlopes escreveu:
isso é uma visão muito guerreira!
Quando lhe retirarem a reforma vai mudar de ideias...((((]]]]]:
Reforma?
Ainda estou muito longe dela, ainda sou contribuinte e um bom contribuinte.
Mas já estamos muito fora do ambito do post Afonso.
enxuto Membro AAP
Mensagens : 1283 Data de inscrição : 14/05/2011 Idade : 50
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 22 2013, 22:38
Epá, eu sei que não devia, eu sei mesmo... mas antes quero ver o Panda e o Disney Júnior do que o telejornal.
Um dia destes tive de me levantar várias vezes da mesa onde se estava a conversar para não dizer umas coisas e azedar o ambiente. Não era na minha casa e ainda bem.
Não é só o JC das neves que não tem noção do que anda à volta dele.
{}
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 28 2013, 09:52
A propósito das greves e manifs que assolam a nação efectuei uma rápida pesquisa no Google que revelou os números dos trabalhadores sindicalizados (fonte FCSH-UNL):
Esses 740.000 correspondem a cerca de 24% da massa trabalhadora (fonte DN).
Do total de trabalhadores sindicalizados aproximadamente 91% (fonte iOnline) são funcionários públicos.
Em 2011 441,8 mil eleitores votaram no PCP-PEV/CDU, 288,9 votaram no bloco de esquerda, 62,5 mil votaram no PCTP/MRPP perfazendo um total de 793,2 mil eleitores.
No passado mês de Setembro o número "oficial" de desempregados era de 864 mil (fonte Jornal de Negócios).
Em 2012 Portugal contava aproximadamente 10.500.000 de habitantes.
R
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 28 2013, 11:47
A má memória de Soares 28/11/13 00:07 | Helena Cristina Coelho
Aquilo que Mário Soares usou como sua defesa enquanto governante, é exactamente aquilo que hoje ataca sem pudor. Não pode ser apenas um problema de memória e a idade não pode ser desculpa para algo que não é só irresponsável: é inflamável.
"O principal para que o Governo tenha êxito é saber persistir. Ter a coragem de não mudar de rumo, independentemente dos acidentes de percurso. Recomeçar, pacientemente, quantas vezes forem necessárias. Tomar decisões. Não se deixar perturbar por agressões verbais, por incompreensões ou por injustiças. Aguentar de pé. Para os homens de convicção e de recta consciência, o que conta é sempre - e só - o futuro". O texto foi-me recordado por uma amiga de boa memória, que se lembra de quem o escreveu há 29 anos.
E foi igualmente repescado por outras figuras, como José Manuel Fernandes, que o replicaram para recordar as palavras e, sobretudo, o seu autor: Mário Soares, em Maio de 1984, quando era primeiro-ministro. O país não estava como agora, estava bem pior. Havia empresas a fechar portas e os salários em atraso tornaram-se uma chaga social, havia bolsas de fome e protestos irados nas ruas, os preços dispararam, a moeda desvalorizou, o crédito acabou. E o que fez o governo de bloco central? Acabou a estender a mão para assinar um memorando de entendimento e receber dinheiro do FMI. Foi então o tempo de ouvir pequenas pérolas de austeridade como a de que "Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos" ou que "a única coisa a fazer é apertar o cinto" ou ainda que "não se fazem omoletas sem ovos, evidentemente teremos de partir alguns". O autor? Acertou: Mário Soares.
Não há notícia de que alguém na altura tenha partido as pernas ao primeiro-ministro como represália por estas declarações ou pela dureza das medidas - nem mesmo quando teve de enfrentar manifestantes violentos na Marinha Grande, na campanha de 1986. Aliás, foi premiado por essa valentia e acabou por ganhar as eleições.
A política não tem a virtude (nem sequer a presunção) de ser coerente. E, se faltarem provas, Mário Soares está a encarregar-se disso. Aquilo que usou como sua defesa enquanto governante, é exactamente aquilo que hoje ataca sem pudor. Não pode ser apenas um problema de memória e a idade não pode ser desculpa para algo que não é só irresponsável: é inflamável. Com o país ainda de garrote apertado, polícias a escalaram o Parlamento para darem sinais do que são capazes, sindicalistas a invadirem ministérios para expressar indignação, uma simples palavra pode ser incendiária e deitar tudo a perder.
Independentemente de se gostar ou não da figura ou do seu passado, Mário Soares teve um papel relevante na história do país. Só por isso, e porque pelos vistos continua a reclamar a paternidade da democracia (que ninguém quer aniquilar) e de uma ideologia de esquerda (com óbvias crises de identidade), devia ser o primeiro a preservá-la. Mas não é isso que está a acontecer: ao atacar o presente (leia-se, quem hoje governa o país) de uma forma tão agressiva e estéril, Soares está a destruir um passado que passou por si e a hipotecar um futuro que devia ajudar a construir. E um país sem memória não pode ter grande futuro. Soares devia ser o primeiro a lembrar-se disso.
Mensagens : 4762 Data de inscrição : 09/07/2010 Localização : Frossos, Albergaria-a-Velha
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 28 2013, 19:18
ricardo onga-ku escreveu:
A má memória de Soares 28/11/13 00:07 | Helena Cristina Coelho
Aquilo que Mário Soares usou como sua defesa enquanto governante, é exactamente aquilo que hoje ataca sem pudor. Não pode ser apenas um problema de memória e a idade não pode ser desculpa para algo que não é só irresponsável: é inflamável.
"O principal para que o Governo tenha êxito é saber persistir. Ter a coragem de não mudar de rumo, independentemente dos acidentes de percurso. Recomeçar, pacientemente, quantas vezes forem necessárias. Tomar decisões. Não se deixar perturbar por agressões verbais, por incompreensões ou por injustiças. Aguentar de pé. Para os homens de convicção e de recta consciência, o que conta é sempre - e só - o futuro". O texto foi-me recordado por uma amiga de boa memória, que se lembra de quem o escreveu há 29 anos.
E foi igualmente repescado por outras figuras, como José Manuel Fernandes, que o replicaram para recordar as palavras e, sobretudo, o seu autor: Mário Soares, em Maio de 1984, quando era primeiro-ministro. O país não estava como agora, estava bem pior. Havia empresas a fechar portas e os salários em atraso tornaram-se uma chaga social, havia bolsas de fome e protestos irados nas ruas, os preços dispararam, a moeda desvalorizou, o crédito acabou. E o que fez o governo de bloco central? Acabou a estender a mão para assinar um memorando de entendimento e receber dinheiro do FMI. Foi então o tempo de ouvir pequenas pérolas de austeridade como a de que "Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos" ou que "a única coisa a fazer é apertar o cinto" ou ainda que "não se fazem omoletas sem ovos, evidentemente teremos de partir alguns". O autor? Acertou: Mário Soares.
Não há notícia de que alguém na altura tenha partido as pernas ao primeiro-ministro como represália por estas declarações ou pela dureza das medidas - nem mesmo quando teve de enfrentar manifestantes violentos na Marinha Grande, na campanha de 1986. Aliás, foi premiado por essa valentia e acabou por ganhar as eleições.
A política não tem a virtude (nem sequer a presunção) de ser coerente. E, se faltarem provas, Mário Soares está a encarregar-se disso. Aquilo que usou como sua defesa enquanto governante, é exactamente aquilo que hoje ataca sem pudor. Não pode ser apenas um problema de memória e a idade não pode ser desculpa para algo que não é só irresponsável: é inflamável. Com o país ainda de garrote apertado, polícias a escalaram o Parlamento para darem sinais do que são capazes, sindicalistas a invadirem ministérios para expressar indignação, uma simples palavra pode ser incendiária e deitar tudo a perder.
Independentemente de se gostar ou não da figura ou do seu passado, Mário Soares teve um papel relevante na história do país. Só por isso, e porque pelos vistos continua a reclamar a paternidade da democracia (que ninguém quer aniquilar) e de uma ideologia de esquerda (com óbvias crises de identidade), devia ser o primeiro a preservá-la. Mas não é isso que está a acontecer: ao atacar o presente (leia-se, quem hoje governa o país) de uma forma tão agressiva e estéril, Soares está a destruir um passado que passou por si e a hipotecar um futuro que devia ajudar a construir. E um país sem memória não pode ter grande futuro. Soares devia ser o primeiro a lembrar-se disso.
Ricardo, conheces algum político das últimas duas a três décadas que não tenha tido "um" discurso enquanto oposição e "outro", nos antípodas, enquanto governo...???
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 28 2013, 21:25
Infelizmente não, nem a excepção que confirma a regra.
R
pistollero Membro AAP
Mensagens : 235 Data de inscrição : 24/11/2011
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Nov 28 2013, 21:48
é tudo gentinha da mesma fornalha.... é preciso sangue novo!!!!
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Nov 29 2013, 19:51
A má memória de Soares 28/11/13 00:07 | Helena Cristina Coelho
E eu perguntaria a esta senhora, se realmente compreende o que escreveu?! É que a porcaria não cheira mal por acaso e ela está a chafurdar nela como os outros!... Ou será que é tão inocente para acreditar na sua própria inocência?!... Enfim, mais do mesmo!... Eu também nunca pude com este senhor e sempre o tive como um dos responsáveis pela porcaria que por cá se faz, mas isso não faz dos outros inocentes; nem deixa estes numa situação diferente... Pelo contrário, e desde o princípio que existem mais que suficientes indícios de que tanto o sr. Cavaco como o sr. Coelho deviam ser demitidos, mas isso só revela a mentira em que vivemos e do qual faz parte a falta de entendimento da realidade e que por isso chamam a isto democracia!...
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 06 2013, 13:34
Recebi hoje um e-mail com este teor. Não confirmei, mas a ser verdade...
...............
Foram hoje publicadas, no site da CMVM, as contas respeitantes a 30/09/2013 da “Estoril Sol” ( Casinos do Estoril, de Lisboa-Expo, e da Póvoa de Varzim).
Têm elementos muito curiosos: - A empresa fechou o 3º Trimestre com lucros de 1.258.281 €; -As receitas diminuíram 5% face às da mesma data de 2012.
No entanto fazendo uma análise mais fina constata-se que caíram 7% as respeitantes às “slot-machines” e subiram 2% as respeitantes ao jogo bancado (bacará, gamão, etc);
-No total de 137.771.294 € de receita contabilizada, 42% respeitam ao Casino de Lisboa,37% ao Casino Estoril e 21% ao Casino da Póvoa;
- Os benefícios fiscais recebidos ascendem a 2.333.516 € ( 1,8% do total da receita e perto do dobro do lucro registado).
- Os benefícios foram atribuídos como apoio do Estado à renovação dos equipamentos de jogo e 405.000€ como apoio do Estado à “animação realizada”.
É bastante estranho! O Governo corta nas pensões mais baixas de viúvas e viúvos de poucas centenas de euros e concede benefícios de milhões para a renovação de “slot machines” e para os espetáculos realizados nos Casinos!
_________________
Última edição por Ferpina em Sex Dez 06 2013, 20:17, editado 1 vez(es)
CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 06 2013, 19:25
Caro amigo Zaratustra
O Soares foi na realidade um mau primeiro ministro: na senda da generalidade dos primeiros ministros depois do 25 de Abril.
Nos primeiros ministros há duas exceções: uma boa: o Socas, que foi o único que tentou fazer alguma coisa, e ninguém o apoio; outra péssima: que foi o pintelho do atual presidente da república; que foi o chefe do bando de gatunos, que se abotoaram com os fundos sociais europeus á “grande e á francesa”.
E que mais tarde, muitos desses pintelhos, incluindo o silva, se abotoaram com as massas do BPN; com elevadas responsabilidades no meu corte da reforma.
Mas ao Soares devemos merecer respeito: se não fosse ele e o Eanes seria difícil imaginar como estaríamos.
Não se lembra? Era a altura em que os ppdelhos queria ser mais de esquerda que o PS: andavam com o cu apertadinho a quererem parecer “democratas”: pois é, aquela gente foi sempre pessoal de “carácter”.
De modo que amigo Zaratustra, é preciso cuidado com o que dizemos.
O ppdelho do silva, aqui há cinco anos, estando eu a ouvir missa a seu lado na Igreja dos Salesianos, estendeu-me a mão para me cumprimentar, como é do ritual da Missa: ficou com a mão estendida: e sei que Deus me compreendeu e apoiou; porque aquele filho da dita só vai á missa para enganar melhor as pessoas.
Quem ficou á rasca foi o pessoal á nossa volta; mas ninguém tugiu nem bugio.
E eu nas semanas seguintes, continuei a ir á Missa, normalmente há mesma hora, e a sentar-me normalmente no mesmo sitio; mas nunca mais lá vi aquele pintelho.
Devia ir a outra hora.
Boas audições
CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 06 2013, 20:20
Acabei de saber agora que o pintelho do Silva, enquanto primeiro ministro, votou em 1987, nas Nações Unidas, contra a libertação do Nelson Mandela.
“grande homem”.
Boas audições
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 06 2013, 20:29
CNeves escreveu:
Acabei de saber agora que o pintelho do Silva, enquanto primeiro ministro, votou em 1987, nas Nações Unidas, contra a libertação do Nelson Mandela.
“grande homem”.
Boas audições
Sim, infelizmente, é o que temos e já na altura achei algo de incompreensível.
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zaratustra Membro AAP
Mensagens : 4762 Data de inscrição : 09/07/2010 Localização : Frossos, Albergaria-a-Velha
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 06 2013, 21:07
CNeves escreveu:
Caro amigo Zaratustra
O Soares foi na realidade um mau primeiro ministro: na senda da generalidade dos primeiros ministros depois do 25 de Abril.
Nos primeiros ministros há duas exceções: uma boa: o Socas, que foi o único que tentou fazer alguma coisa, e ninguém o apoio; outra péssima: que foi o pintelho do atual presidente da república; que foi o chefe do bando de gatunos, que se abotoaram com os fundos sociais europeus á “grande e á francesa”.
E que mais tarde, muitos desses pintelhos, incluindo o silva, se abotoaram com as massas do BPN; com elevadas responsabilidades no meu corte da reforma.
Mas ao Soares devemos merecer respeito: se não fosse ele e o Eanes seria difícil imaginar como estaríamos.
Não se lembra? Era a altura em que os ppdelhos queria ser mais de esquerda que o PS: andavam com o cu apertadinho a quererem parecer “democratas”: pois é, aquela gente foi sempre pessoal de “carácter”.
De modo que amigo Zaratustra, é preciso cuidado com o que dizemos.
O ppdelho do silva, aqui há cinco anos, estando eu a ouvir missa a seu lado na Igreja dos Salesianos, estendeu-me a mão para me cumprimentar, como é do ritual da Missa: ficou com a mão estendida: e sei que Deus me compreendeu e apoiou; porque aquele filho da dita só vai á missa para enganar melhor as pessoas.
Quem ficou á rasca foi o pessoal á nossa volta; mas ninguém tugiu nem bugio.
E eu nas semanas seguintes, continuei a ir á Missa, normalmente há mesma hora, e a sentar-me normalmente no mesmo sitio; mas nunca mais lá vi aquele pintelho.
Devia ir a outra hora.
Boas audições
Caro CNeves (ainda por cima, agora já temos uma "cara" para "materializar" esta pequena conversação (e ainda bem que tivemos aquele "minúsculo" encontro em Santarém)...
Historicamente, admiro Mário Soares pelo... "olhe que não Doutor, olhe que não..." (PREC/Verão Quente, TV a preto/branco... possibilidade do país virar para o antípoda... Rosa Coutinho/Vasco Gonçalves e creio que está tudo dito...).
O meu pai que me perdoe mas... historicamente eu sei que não é possível, num período pós-revolucionário, conduzir um país de forma 100% eficaz...
No entanto, uma vez no poder...
... Mário Soares ficou ligado à "Descolonização Exemplar"... Acordo do Estoril/30 anos de guerra civil nos dois maiores PALOP (enfatizando um pouco)...
... salários em atraso (e umas "palmadas" em Coimbra)...
... insultos a um juiz de Aeminium...
... diamantes "Savimbianos"... (história por comprovar...?)
... afastamento compulsivo de Salgado Zenha e Manuel Alegre...
... apoio a Soares Carneiro contra Eanes...
... "fax de Macau" (história por comprovar...?)
... "amigos" como Betino Craxi e Filipe Gonzalez...
... "Presidências Abertas" (muito engraçadas na altura mas à luz do conhecimento da delapidação/endividamento estatal de que hoje temos conhecimento...)
... e ainda hoje "Fundação Mário Soares" (bastante interessante como princípio mas fundada e mantida com que recursos...?)
(Como já sabe, porque já assim o expressei em mensagem anterior... no que respeita aos meus dois últimos pontos de vista... ninguém me consegue fazer crer que os nossos governantes não tiveram nunca conhecimento das reais contas do Estado português... deve/haver/endividamento crónico...)
Não sou como Cavaco Silva... sinto-me humano... admito sempre enganar-me e frequentemente tenho dúvidas...
No entanto, na minha modesta opinião...
No caso de Mário Soares, entre outros políticos do "regime democrático" (embora não tenha qualquer dúvida do seu valor histórico... e de que tem garantido um lugarzito no Panteão de Santa Engrácia...)...
... parafraseando Maquiavel... "os fins justificam os meios"...
... parafraseando o objeto desta mensagem... "em política, feio, feio, é perder..."
... falando por mim ( e S. Tomás)... vale tudo para me agarrar ao poder... ou... "olha para o que digo, não para o que faço"...
Um abraço (e, uma vez mais, obrigado pelo convite...)
PS: Sobre Socas...... fica para outra ocasião... vou tentar terminar o meu vinho espumante natural sem mais sobressaltos......
CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 06 2013, 21:28
Caro amigo Zaratustra
Na generalidade parece que concordamos com tudo; com exceção talvez do Socas.
O amigo reconhece os méritos do Soares; e depois aponta-lhe muitas faltas:
algumas, corretíssimas;
outras, parecem mais do tipo propaganda ppdelha: tipo “o Sócrates é maricas”.
Os ppdelhos são mestres nesse tipo de propaganda suja.
Eu também concordo consigo que o Soares teve o mérito de junto com o Eanes, ter sido o garante da democracia em Portugal;
e depois fartou-se de fazer disparates; mas não muito diferentes de outros PM, do partido dele e dos outros.
Enfim sobre o Soares estamos de acordo.
Sobre o pintelho Silva, parece que também estamos de acordo.
O amigo não contesta nada daquilo que eu digo:
o gajo foi de longe o pior primeiro ministro deste país depois do 25 de Abril:
deu cobertura á roubalheira que se seguiu: e abotou-se mesmo com umas massas.
Foi contra a libertação do Nelson Mandela: retirou um prémio literário ao Saramago, e por aí fora.
E nem duas páginas chegariam para resumir, muito resumidamente, as suas patifarias.
Isto são factos: não são opiniões.
De modo que estamos de acordo em tudo menos no Socas;
então temos de discutir o Socas; mas frente a um bacalhau.
Boas audições
CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom Dez 08 2013, 21:52
Todos aqueles que atacam ferozmente o Socas, alguns mesmo, “muito democraticamente” são de opinião que ele nem sequer devia falar; deviam ver a entrevista dele esta note na RTP1.
Se tiverem um mínimo de honestidade, mudam de opinião de certeza: e passarão a ter a opinião que, ao pé destes pintelhos que agora lá estão, o gajo foi um santo.
Atenção, que isto só se aplica aos que o fanaticamente o criticavam.
Eu, como muitos outros que pensam como eu, não penso, nem nunca pensei, que ele seja nenhum santo.
Boas audições
CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Dez 09 2013, 18:50
A fonte desta informação é desconhecida, no entanto divulgo.
Foram hoje publicadas, no site da CMVM, as contas respeitantes a 30/09/2013 da “Estoril Sol” ( Casinos do Estoril, de Lisboa-Expo, e da Póvoa de Varzim). Têm elementos muito curiosos: - A empresa fechou o 3º Trimestre com lucros de 1.258.281 €;
- As receitas diminuíram 5% face às da mesma data de 2012. No entanto fazendo uma análise mais fina constata-se que caíram 7% as respeitantes às “slot-machines” e subiram 2% as respeitantes ao jogo bancado (bacará, gamão, etc.);
- No total de 137.771.294 € de receita contabilizada, 42% respeitam ao Casino de Lisboa,37% ao Casino Estoril e 21% ao Casino da Póvoa;
- Os benefícios fiscais recebidos ascendem a 2.333.516 € ( 1,8% do total da receita e perto do dobro do lucro registado). Os benefícios foram atribuídos como apoio do Estado à renovação dos equipamentos de jogo e 405.000€ como apoio do Estado à “animação realizada”.
É basto estranho! O Governo corta nas pensões mais baixas de viúvas e viúvos de poucas centenas de euros e concede benefícios de milhões para a renovação de “slot machines” e para os espetáculos realizados nos Casinos!
Só ha uma palavras para descrever estes gajos:
"ladrões"
Boas audições
CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 11 2013, 20:28
Howard Zinn foi um historiador, cientista político, activista e dramaturgo americano, é mais conhecido como autor do livro A People's History of the United States, que vendeu mais de um milhão de cópias desde que foi lançado em 1980. Nasceu em 24 de Agosto de 1922 em Brooklyn, Nova Iorque e faleceu em 27 de Janeiro de 2010 em Santa Mónica, Califórnia.
Vejam como é actual o seguinte texto que ele escreveu (Cfr. Disobedience and Democracy: Nine Falacies on Law and Order, South End Press, 1968).
"A desobediência civil não é o nosso problema. O nosso problema é a obediência civil. O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência. O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade. O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país. É esse o nosso problema."
Howard Zinn
Boas audições
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 11 2013, 20:38
CNeves escreveu:
Howard Zinn foi um historiador, cientista político, activista e dramaturgo americano, é mais conhecido como autor do livro A People's History of the United States, que vendeu mais de um milhão de cópias desde que foi lançado em 1980. Nasceu em 24 de Agosto de 1922 em Brooklyn, Nova Iorque e faleceu em 27 de Janeiro de 2010 em Santa Mónica, Califórnia.
Vejam como é actual o seguinte texto que ele escreveu (Cfr. Disobedience and Democracy: Nine Falacies on Law and Order, South End Press, 1968).
"A desobediência civil não é o nosso problema. O nosso problema é a obediência civil. O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência. O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade. O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país. É esse o nosso problema."
Howard Zinn
Boas audições
Essa obediência foi estudada pelo cientista Stanley Milgram, num estudo que aconselho a todo a ver.
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CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 13 2013, 09:00
Caros amigos
Durante 2010 e 2011, Pedro Passos Coelho disse que sim, disse que não e disse o contrário. Durante várias semanas recolhi, compilei e compus as melhores declarações deste extraordinário homem. Hoje, tenho o prazer de apresentar os melhores momentos de Pedro Passos Coelho (e o Rodrigo Moita de Deus há-de desculpar o roubo descarado deste texto).
Adenda: Especialmente esclarecedoras as afirmações deste extraordinário homem, nos últimos 2 anos, após a declaração ao país acerca do Orçamento de Estado para 2012.
Boas audições
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 13 2013, 09:06
É mentir diariamente à descarada.
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António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 13 2013, 10:29
Isto já cheira a campanha.
http://abola.pt/mundos/ver.aspx?id=446806
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CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 13 2013, 17:13
Caros amigos
Estes filho da pu%&a tiram-me do sério: perdão pela linguagem mas há alturas em que um homem não se pode conter.
A primeira vez que ouvi alguém a referir que esta contenção para o país em três anos, era um perfeito disparate; foi logo no seu inicio, no programa Olhos nos olhos, aos Professores Medina Carreira e Daniel Bessa.
Disseram que tudo aquilo que os ppdelhos diziam, e estavam a começar a fazer, era um perfeito disparate; que não ia resolver nada; mas pior: teria graves consequências futuras para o país.
No mesmo sentido pronunciaram-se a seguir uma série de indivíduos conhecedores mais ou menos independentes dos partidos políticos.
Os ppdelhos, incluindo o silva, diziam: não senhor: temos de fazer sacrifícios: o país não pode esperar mais.
Chamavam a quem os contrariava, pior do que o Maomé chamava ao Toucinho.
Eles é que eram os eleitos: sabiam tudo.
Passados três anos: como estamos?
O Produto Interno Bruto reduziu mais de 8%.
A dívida publica aumentou como nunca tinha aumentado: mais de 30%; aumentou mais do que no tempo do Socas; que suportou uma crise internacional inigualável.
O défice orçamental está pior do que antes.
O desemprego atinge valores inigualáveis.
Meio país está a imigrar.
As organizações de solidariedade social, não têm mãos a medir para minorarem o sofrimento daqueles, que antes eram classe média, e agora são necessitados ,ou mesmo sem abrigo.
E estes filhos da pu%&a dos ppdelhos que fazem e dizem?
Que está tudo bem: e que a culpa é das merkel e das lagarde: eles não têm culpa nenhuma.
É caso para dizer: “ querem ver que a pu%&a sou eu”!?!
Boas audições
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 13 2013, 17:41
Infelizmente era um cenário previsível. Eles fazem a m*&da em concordância com aqueles que agora querem culpar para se descriminalizar.
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CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 13 2013, 18:19
Amigo AJS
Muito bem dito: e fazem tudo muito organizadinho.
Boas audições
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 13 2013, 18:23
CNeves escreveu:
Amigo AJS
Muito bem dito: e fazem tudo muito organizadinho.
Boas audições
E quase sempre a impingirem-nos o sentimento de culpa. Mas acho que até os mais distraídos e/ou crentes, já não caiem nessa esparrela.
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António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Dez 14 2013, 21:31
Apesar de já ter falecido há 17 anos (como o tempo passa), um dos maiores cientistas e pensadores do nosso tempo, deixou o aviso.
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Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 18 2013, 20:08
Ministro eu fico com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo
Exmo. Sr. Ministro da Defesa, Digníssimo Sr. Dr. Aguiar Branco,
Se Vexa Sr. Ministro não se importar eu fico com os Estaleiro Navais de Viana do Castelo. Bem sei que já estou a chegar um pouco atrasado em relação ao suposto concurso mas não sabia que o negócio era para ser feito dessa forma. Sendo assim, também quero!
Eu já tinha ouvido comentar de outros negócios que o seu governo tem promovido de igual forma muito interessantes. Muito interessantes para quem fica com as coisas, entenda-se, não para Portugal e para os Portugueses. Ora como eu também sou portador do mesmo espírito de sacrifício que esses beneméritos que têm feito o favor de ficar com o património dos Portugueses desta vez dou eu o passo em frente e repito, se Vexa não levar a mal, eu fico com os estaleiros.
Pode perguntar o Sr. Ministro o que é que eu entendo de construção naval. Respondo com todo o gosto, até lhe agradeço a pergunta. Sei tanto quanto a Martifer, andámos a estudar o tema no mesmo sítio. Onde? Em lado nenhum Sr. Ministro, não entendemos mesmo nada de construção naval mas isso certamente não será impeditivo para que eu fique com os estaleiros, se para eles não é, mutatis muntandis, para mim também não pode ser.
Vamos então aos números Sr. Ministro, vamos ver como estão as contas dos candidatos. A Martifer tem um passivo que ultrapassa os 378 milhões de Euros, o meu é francamente inferior. A não ser que o seu critério seja eleger o maior devedor aqui ganho eu, devo muito menos.
O Sr. Ministro quer que quem fique com os estaleiros lhe pague 7 milhões até 2031, qualquer coisa como 415 mil Euro por ano ou, para ser picuinhas, uma renda mensal de 32.000 Euro. Está certo, aceito estes valores e até lhe faço um agrado que mais adiante explicarei.
O Sr. Ministro fica com os ossos do estaleiro ou seja paga do seu bolso, salvo seja, paga do bolso dos otários dos Portugueses os 450 milhões de euros que os estaleiros têm de passivo, resolve aquele questão chata do navio Atlântida e da divida que todos os dias aumenta por estar a ocupar uma doca no alfeite. É simpático da sua parte resolver estes problemas. Pessoalmente fico muito agradecido por me livrar dessas dores de cabeça que só me iam incomodar e preocupar.
Os trabalhadores que actualmente estão ao serviço dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo fará o Sr. Ministro o favor de os despedir e pagar o que houver a pagar, não é verdade? Parece que Vexa está a contar estoirar mais uns 30 milhões nisso. Uma vez mais muito lhe agradeço a gentileza e retribuo de imediato.
Diz a Martifer que depois do Sr. Ministro despedir 600 trabalhadores eles contratam 400. Pois olhe Sr. Ministro, eu sempre achei que não vale a pena ser mesquinho e que a sua gentileza deve ser compensada. Assim sendo digo-lhe já que pode chamar a comunicação social e informar que eu contrato 450 trabalhadores, pode dizer que a sua intervenção permitiu um acréscimo de 50 postos de trabalho em relação aos 400 prometidos pela Martifer. Portanto um total de 450 postos de trabalho novos, nas suas palavras.
O Sr. Ministro deve ter-se rido à brava com essa piada não foi? Então o Sr. atira para o desemprego 600 pessoas e depois vem dizer que o seu negócio gerou postos de trabalho? Ehehehe essa foi de mestre!
Mas Sr. Ministro, em relação aos postos de trabalhos que vou criar, vou pagar a todos o salário mínimo nacional, independentemente do nível profissional ou salarial que tinham anteriormente, levam com o mínimo e já vão com sorte. Aliás se o Sr. e os seus colegas do governo fizerem o favor de baixar esse valor, como andam com vontade de fazer, fico, uma vez mais, agradecido.
Quase a terminar quero agradecer o facto de o Sr. Ministro deixar o vencedor desta espécie de concurso ficar com as encomendas já realizadas e, para não ir mais longe aquela da Venezuela no valor de 128 milhões. Calculando assim por alto uma margem de 20%… Já sei o Sr. Ministro quer ser mais modesto e falar de 10%. Olhe partimos ao meio, pode ser? Falemos de 15%. A encomenda da Venezuela vai deixar um lucro estimado de 20 milhões.
Lembra-se de eu ter mencionado que mais adiante voltava a falar dos 7 milhões de renda que o Sr. Ministro quer que sejam pagos em 18 anos? Pois bem, fique a saber que eu gosto de ser simpático e proponho pagar esses 7 milhões na totalidade assim que receber o dinheiro dos Venezuelanos. Parece-lhe bem? Assim evitamos andar com pagamentos todos os meses e o Sr. fica logo com o dinheiro, pode-lhe dar jeito para contratar para si, ou para algum dos seus colegas, mais uns assessores.
Não posso deixar de reconhecer como ficaria satisfeito com o facto de ganhar este concurso. Já reparou que assim de repente já tenho um lucro de 13 milhões? Bem melhor que jogar no euromilhões, não gasto os 2 euro, e ainda recebo mais, é que se no jogo me saírem os 15 milhões a Lady Swap palma-me logo 3, fico só com 12… Prefiro mesmo apostar em ficar com os estaleiros.
Recapitulemos as razões que me deixam em vantagem em relação à Martifer:
1. Eu não entendo nada de construção naval. Eles também não; 2. Eles têm um passivo brutal. O meu é bem mais modesto; 3. Eles aceitam que o Estado fique com os ossos todos. Também não me oponho; 4. Estamos todos de acordo que o Estado é que vai tratar de despedir os trabalhadores; 5. A Martifer diz que vai criar 400 postos de trabalho. Eu garanto 450; 6. A Martifer paga a renda em 18 anos. Eu pago a totalidade assim que receber o pagamento da encomenda em carteira.
Parece-me Sr. Ministro que a minha candidatura é bem mais séria e forte que a da Martifer. Seguramente Vexa não vai ter nenhuma dúvida na escolha.
Diga lá, se faz favor, quando é que posso tomar posse dos estaleiros?
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 18 2013, 20:37
Um país governado por idiotas armados em politicos como foi ainda hoje bem patente na trapalhada das avaliações dos professores. Idiotas a mandarem num país é algo de muito perigoso.
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CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 18 2013, 21:23
Amigo Ferpina
Se precisar de um sócio como os que vão para lá, que é para não fazer nada, eu candidato-me.
Boas audições
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 18 2013, 22:45
CNeves escreveu:
Amigo Ferpina
Se precisar de um sócio como os que vão para lá, que é para não fazer nada, eu candidato-me.
Boas audições
A ver se não se esquecem de mim sff.
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PAINTER Membro AAP
Mensagens : 978 Data de inscrição : 06/10/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 18 2013, 22:55
Uma verdade seja dita, o nosso Ensino está uma porcaria há muitos anos, não é de agora. O meu curso da António Arroio é dado nas Universidades, algo está mal, n'é? Ou será como diz um dos associados daqui:
"Vejo tanto Burro mandando em gente de inteligência, que ás vezes fico pensando que a Burrice é uma Ciência."
Luis Filipe Goios Membro AAP
Mensagens : 10506 Data de inscrição : 27/10/2010 Idade : 66 Localização : Lanhelas - Minho
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Dez 18 2013, 22:58
António José da Silva escreveu:
CNeves escreveu:
Amigo Ferpina
Se precisar de um sócio como os que vão para lá, que é para não fazer nada, eu candidato-me.
Boas audições
A ver se não se esquecem de mim sff.
Eu estou mais perto... Viana do Castelo é a minha 2ª terra, entre estudos e trabalho, sempre foram quase 40 anos... (deve dar para administrador )
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 27 2013, 10:17
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limiano Membro AAP
Mensagens : 45 Data de inscrição : 11/12/2011
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 27 2013, 12:07
O aspecto visual é igual aos das fotos do site, foi comprar e montar sem inventar nada .Mas pedirei ao miúdo para tirar umas fotos
Bem haja
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Dez 27 2013, 12:11
limiano escreveu:
O aspecto visual é igual aos das fotos do site, foi comprar e montar sem inventar nada .Mas pedirei ao miúdo para tirar umas fotos
Bem haja
Decerto que te enganastes no tópico.
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António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Dez 28 2013, 15:15
Assustador....
Cerca de 45% dos desempregados podem nunca mais voltar a trabalhar
Um estudo desenvolvido por três economistas do Banco de Portugal concluiu que cerca de 44,5% dos desempregados de longa duração podem nunca mais voltar a encontrar emprego.
Intitulado ‘Destruição catastrófica de emprego’, o estudo, divulgado este sábado pelo semanário Expresso, indica ainda que o desemprego de longa duração tem vindo a crescer, passando dos 14 meses, em 2003, para os 23 meses, em 2013.
Na origem deste desemprego recorde estão várias causas, nomeadamente a acelerada falência de empresas e a asfixia das empresas pela falta de crédito e pela rigidez dos salários.
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limiano Membro AAP
Mensagens : 45 Data de inscrição : 11/12/2011
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom Dez 29 2013, 10:27
Muito bom dia a todos e botos de tenham passado um santo natal
As minhas desculpas pelo infeliz engano na colocação do post ,e logo aqui ,no sitio mais perturbador do fórum Depois de ter lido algumas paginas fiquei alucinado e sem razão para fazer algo de jeito....
DE qualquer forma gostei muito ler as diferentes opiniões sobre figuras tão importantes da nossa politica . Importante é a democracia ,esta em que vivemos ,onde todos podem dar a sua opinião mesmo que não sirva para nada . A alegre convivência entre as diferentes formas de pensamento . Facista , democratas , ditadores ,corruptos , traidores .Todos são filhos de Deus e por isso merecem a nossa compreensão e perdão .Somos todos iguais aos olhos de Deus e da santa igreja
Bem haja
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Dez 30 2013, 00:18
"Parem de fingir que isto é uma crise de dívida pública"
A Europa não tem um problema orçamental e a crise não é de dívida pública. Para Marc Blyth, professor de economia política internacional, o verdadeiro problema está nos bancos e nos ativos tóxicos que estes mantêm nos balanços.
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CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Dez 30 2013, 19:03
Boas audições
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Dez 30 2013, 19:29
CNeves escreveu:
Boas audições
O mais reles líder da oposição de que tenho memória.
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vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Dez 30 2013, 20:19
Este politico que chegará a 1º ministro dentro de 1 ano, é um "digno" representante da intriga e da promoção da mediocridade neste vazio politico com que os partidos politicos sem excepção nos têm apresentado nos ultimos anos.
Basta olharmos para quem lidera nos principais partidos, desde a liderança aos representantes dos grupos parlamentares.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Dez 30 2013, 20:23
vlopes escreveu:
Este politico que chegará a 1º ministro dentro de 1 ano, é um "digno" representante da intriga e da promoção da mediocridade neste vazio politico com que os partidos politicos sem excepção nos têm apresentado nos ultimos anos.
Basta olharmos para quem lidera nos principais partidos, desde a liderança aos representantes dos grupos parlamentares.
Até tenho que dar alguma razão ao César, no meio deste marasmo político, o Socas até foi o mais parecido com um verdadeiro chefe de estado.
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António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jan 01 2014, 23:41
50 mil milhões desaparecidos: Europa investiga Estado português suspeito de fraude
http://jornalodiabo.blogs.sapo.pt/41959.html
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CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jan 10 2014, 16:50
Não resisti a transcrever neste espaço um artigo da espanhola Concha Caballero. Trata-se de uma artigo escrito e publicado em meados do corrente ano, mas que mantém toda a sua actualidade (ou terá mesmo mais), toda a sua perspicácia e toda a sua objectividade. Não deixem de ler.
==================================
Título:- O Dia em que acabou a crise.
Subtítulo:- Quando terminar a recessão teremos perdido 30 anos de direitos e salários.
Um dia no ano 2014 vamos acordar e vão anunciar-nos que a crise terminou. Correrão rios de tinta escrita com as nossas dores, celebrarão o fim do pesadelo, vão fazer-nos crer que o perigo passou ezmente a crise ecológica, a crise da distribuição desigual, a crise da impossibilidade de crescimento infinito permanecerá intacta mas essa ameaça nunca foi publicada nem difundida e os que de verdade dominam o mundo terão posto um ponto final a esta crise fraudulenta (metade realidade, metade ficção), cuja origem é difícil de decifrar mas cujos objetivos foram claros e contundentes
- Fazer-nos retroceder 30 anos em direitos e em salários
Um dia no ano 2014, quando os salários tiverem descido a níveis terceiro-mundistas; quando o trabalho for tão barato que deixe de ser o fator determinante do produto; quando tiverem feito ajoelhar todas as profissões para que os seus saberes caibam numa folha de pagamento miserável; quando tiverem amestrado a juventude na arte de trabalhar quase de graça; quando dispuserem de uma reserva de uns milhões de pessoas desempregadas dispostas a ser polivalentes, descartáveis e maleáveis para fugir ao inferno do desespero, então a crise terá terminado.
Um dia do ano 2014, quando os alunos chegarem às aulas e se tenha conseguido expulsar do sistema educativo 30% dos estudantes sem deixar rastro visível da façanha; quando a saúde se compre e não se ofereça; quando o estado da nossa saúde se pareça com o da nossa conta bancária; quando nos cobrarem por cada serviço, por cada direito, por cada benefício; quando as pensões forem tardias e raquíticas; quando nos convençam que necessitamos de seguros privados para garantir as nossas vidas, então terá acabado a crise.
Um dia do ano 2014, quando tiverem conseguido nivelar por baixo todos e toda a estrutura social (exceto a cúpula posta cuidadosamente a salvo em cada sector), pisemos os charcos da escassez ou sintamos o respirar do medo nas nossas costas; quando nos tivermos cansado de nos confrontarmos uns aos outros e se tenham destruído todas as pontes de solidariedade. Então anunciarão que a crise terminou.
Nunca em tão pouco tempo se conseguiu tanto. Somente cinco anos bastaram para reduzir a cinzas direitos que demoraram séculos a ser conquistados e a estenderem-se. Uma devastação tão brutal da paisagem social só se tinha conseguido na Europa através da guerra.
Ainda que, pensando bem, também neste caso foi o inimigo que ditou as regras, a duração dos combates, a estratégia a seguir e as condições do armistício.
Por isso, não só me preocupa quando sairemos da crise, mas como sairemos dela. O seu grande triunfo será não só fazer-nos mais pobres e desiguais, mas também mais cobardes e resignados já que sem estes últimos ingredientes o terreno que tão facilmente ganharam entraria novamente em disputa.
Neste momento puseram o relógio da história a andar para trás e ganharam 30 anos para os seus interesses. Agora faltam os últimos retoques ao novo marco social: Um pouco mais de privatizações por aqui, um pouco menos de gasto público por ali e“voila”: A sua obra estará concluída.
Quando o calendário marque um qualquer dia do ano 2014, mas as nossas vidas tiverem retrocedido até finais dos anos setenta, decretarão o fim da crise e escutaremos na rádio as condições da nossa rendição.
(***) -Concha Caballero é licenciada em Filologia Espanhola e professora de literatura num instituto público.
Abandonou a politica decepcionada com a coligação eleitoral do seu partido.
Há anos que passou do exercício da politica activa para analista e articulista, social e politica, de vários meios de comunicação, com destaque para o EL PAÍS.
É uma amante da literatura e firmemente humana com as questões sociais.
Clique no link abaixo e leia o artigo Original em Castelhano
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jan 10 2014, 18:07
CNeves escreveu:
Não resisti a transcrever neste espaço um artigo da espanhola Concha Caballero. Trata-se de uma artigo escrito e publicado em meados do corrente ano, mas que mantém toda a sua actualidade (ou terá mesmo mais), toda a sua perspicácia e toda a sua objectividade. Não deixem de ler.
==================================
Título:- O Dia em que acabou a crise.
Subtítulo:- Quando terminar a recessão teremos perdido 30 anos de direitos e salários.
Um dia no ano 2014 vamos acordar e vão anunciar-nos que a crise terminou. Correrão rios de tinta escrita com as nossas dores, celebrarão o fim do pesadelo, vão fazer-nos crer que o perigo passou ezmente a crise ecológica, a crise da distribuição desigual, a crise da impossibilidade de crescimento infinito permanecerá intacta mas essa ameaça nunca foi publicada nem difundida e os que de verdade dominam o mundo terão posto um ponto final a esta crise fraudulenta (metade realidade, metade ficção), cuja origem é difícil de decifrar mas cujos objetivos foram claros e contundentes
- Fazer-nos retroceder 30 anos em direitos e em salários
Um dia no ano 2014, quando os salários tiverem descido a níveis terceiro-mundistas; quando o trabalho for tão barato que deixe de ser o fator determinante do produto; quando tiverem feito ajoelhar todas as profissões para que os seus saberes caibam numa folha de pagamento miserável; quando tiverem amestrado a juventude na arte de trabalhar quase de graça; quando dispuserem de uma reserva de uns milhões de pessoas desempregadas dispostas a ser polivalentes, descartáveis e maleáveis para fugir ao inferno do desespero, então a crise terá terminado.
Um dia do ano 2014, quando os alunos chegarem às aulas e se tenha conseguido expulsar do sistema educativo 30% dos estudantes sem deixar rastro visível da façanha; quando a saúde se compre e não se ofereça; quando o estado da nossa saúde se pareça com o da nossa conta bancária; quando nos cobrarem por cada serviço, por cada direito, por cada benefício; quando as pensões forem tardias e raquíticas; quando nos convençam que necessitamos de seguros privados para garantir as nossas vidas, então terá acabado a crise.
Um dia do ano 2014, quando tiverem conseguido nivelar por baixo todos e toda a estrutura social (exceto a cúpula posta cuidadosamente a salvo em cada sector), pisemos os charcos da escassez ou sintamos o respirar do medo nas nossas costas; quando nos tivermos cansado de nos confrontarmos uns aos outros e se tenham destruído todas as pontes de solidariedade. Então anunciarão que a crise terminou.
Nunca em tão pouco tempo se conseguiu tanto. Somente cinco anos bastaram para reduzir a cinzas direitos que demoraram séculos a ser conquistados e a estenderem-se. Uma devastação tão brutal da paisagem social só se tinha conseguido na Europa através da guerra.
Ainda que, pensando bem, também neste caso foi o inimigo que ditou as regras, a duração dos combates, a estratégia a seguir e as condições do armistício.
Por isso, não só me preocupa quando sairemos da crise, mas como sairemos dela. O seu grande triunfo será não só fazer-nos mais pobres e desiguais, mas também mais cobardes e resignados já que sem estes últimos ingredientes o terreno que tão facilmente ganharam entraria novamente em disputa.
Neste momento puseram o relógio da história a andar para trás e ganharam 30 anos para os seus interesses. Agora faltam os últimos retoques ao novo marco social: Um pouco mais de privatizações por aqui, um pouco menos de gasto público por ali e“voila”: A sua obra estará concluída.
Quando o calendário marque um qualquer dia do ano 2014, mas as nossas vidas tiverem retrocedido até finais dos anos setenta, decretarão o fim da crise e escutaremos na rádio as condições da nossa rendição.
(***) -Concha Caballero é licenciada em Filologia Espanhola e professora de literatura num instituto público.
Abandonou a politica decepcionada com a coligação eleitoral do seu partido.
Há anos que passou do exercício da politica activa para analista e articulista, social e politica, de vários meios de comunicação, com destaque para o EL PAÍS.
É uma amante da literatura e firmemente humana com as questões sociais.
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Ora aí está! Penso e digo muitas vezes o mesmo ao pessoal do meu convívio. Anuncia-se que a crise está a acabar, e ainda bem. Mas não dizem que ficamos 20 a 30 anos a pagar a dívida!!! Os da minha geração morrem e a dívida continuará por se pagar. É nisto que as pessoas têm de se mentalizar, não basta correr com os credores, o pior fica, a dívida por pagar a longo prazo.