Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jun 06 2012, 13:02
Pode ser que algum dia alguém se passe (já faltou mais), e limpe o sebo a estes filhos da pu%&a todos
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jun 06 2012, 22:48
vlopes escreveu:
“O País dos Bárbaros”
“Na Noruega o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez. A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Apesar de serem produtores de petróleo, só extraem anualmente quantidades mínimas para compensar alguns custos sociais, tendo a preocupação estratégica de preservar as suas reservas de petróleo para que a muito longo prazo as gerações futuras também dele possam vir a beneficiar. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsch, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos "da especulação imobiliária" mas deficitária para o Estado, nem Euros-futebolisticos. É tempo de os empresários e os portugueses em geral constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica. Em Portugal existem propriedades enormes (quintas, herdades, lotes de terrenos) com luxuosas moradias e/ou palácios, repletos de riquezas, que pagam de IMI o mesmo que paga um T3 no Cacém. Na Noruega isto era impossível de acontecer, não por serem comunistas, bloquistas ou outra coisa qualquer, mas simplesmente por serem sociais-democratas, mas não neo-liberais Mais do que os costumeiros «bons negócios das ppp», deviam os portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, em Portugal, nesta terra de parolos e novos-ricos nascidos e multiplicados pela corrupção e outras vigarices pequenas, grandes e colossais, cada Ministério faz uso de dezenas de carros topos de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes. Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa. Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social.' Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios, fazerem negócios fabulosos com o Estado onde este sai sempre lesado, e que o Estado (os contribuintes) entrem com somas astronómicas, em condições muito favoráveis, para ajudar a "capitalizar" os Bancos privados que, durante décadas acumularam lucros fabulosos e que sempre tiveram um regime tributário escandalosamente favorável”
É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.
----
“Se não podemos mudar uma situação, mudar a nós mesmos se torna o desafio” (Viktor Frankl)
Diria mais: no espaço público nem pedem licênça para passar entre os outros, pois simplesmente não precisam, porque eles estão cientes do espaço onde se encontram e sabem respeitar o próximo, desviando-se logo que percebam que o devem fazer. Isto é uma realidade cultural. Pois é este o grande problema: a cultura não é vista como problemática que na verdade é. E o que faz a diferênça é basicamente o clima, pois tendo esse povo pouco tempo de luz do dia... e tendo muito tempo para estarem uns com os outros, têm que cultivar o respeito mutuo. O problema parece ser o ser humano depender da situação. Por isso parece que o ser humano só faz o que deve fazer se for de alguma forma obrigado. Será que ele precisa que algum tipo de regime totalitarista? Eu espero que não, pois mais uma vez eu iria sofrer pelos outros!
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jun 06 2012, 23:05
António José da Silva escreveu:
Vejam.
Este comentador sabe o que diz... mas infelizmente, como os outros andam a reboque dos acontecimentos. Ele, como qualquer outro, não vê como levar os criminosos à pedra, porque fizeram as leis à sua medida. Mas é aí que porca torce o rabo, pois existem meios par o fazer. Por exemplo, o povo fazer uma petição exigindo a intervenção de organismos externos, invocando o direito legitimo do povo e a defesa em termos de direitos humanos... Daí que esta gente pode ser punida sim! A ver vamos, pois o mundo hoje terá que ser redimensionado na sua verdadeira dimensão, para que se impeçam coisas que atentem contra o ser humano - não fosse o terrorismo algo a condenar!
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Jun 07 2012, 21:34
O dr. António Borges é um senhor de meia idade, cabelos ruivos e ralos, carregado de currículo, de patronímicos virtuosos e de tarefas cintilantes. Onde há funções que exijam perícia e frieza, lá está ele a preenchê-las com zelo e vultosas compensações. Em matéria de números, estratégias de lucro, prospectivas financeiras, mercados e juros, o dr. Borges sabe-a toda. Um jornalista de Le Monde, que o estudou, fala de mistério e de oclusão, num livro que está aí, cujo título, O Banco - Como o Goldman Sachs Dirige o Mundo, e cujo conteúdo é demasiado perturbador para que o ignoremos.
Sobre todos estes tranquilos predicados, o dr. Borges é cristão, formal e brunido, conselheiro do Governo para as privatizações, dedicando-se, claro!, a outros biscates. Em 2011 arrecadou 225 mil euros, fora o que escorre, isentos de impostos. Pois o dr., em declarações a um jornal, foi veemente e irretorquível, na defesa da redução de ordenados. Disse, entre outras pérolas cristãs e compassivas: "A diminuição de salários, em Portugal, não é uma política, é uma urgência e uma emergência." Apesar da "miséria moral" em que vivemos [Francisco Pinto Balsemão dixit], as ditosas frases não caíram no vazio. Um vendaval de protestos e de indignações cobriu-o e à desvergonha das afirmações. O coro estendeu-se. A bojarda foi execrada por gente do PSD e do CDS, não muita, diga-se de passagem, mesmo assim...
Sorridente e na aparência são, o dr. Pedro Passos Coelho apoiou, com límpido silêncio, as declarações do dr. Borges. Loquaz foi, isso sim, com os procônsules da troika que, entre outras exigências, prescrevem o afastamento dos sindicatos de negociações e uma maior flexibilização das leis do trabalho. Dias antes, no jantar do Conselho Europeu, o governante português, "contrariando Monti, Hollande, Rajoy, Juncker, o FMI e a OCDE, entre muitos outros líderes e instituições, apoiou Angela Merkel contra as euro-obrigações", escreveu (DN, 25 de Maio, pp) o prof. Viriato Soromenho-Marques. Este, com a habitual lucidez, acrescentou: "O escândalo racional da chanceler alemã é, assim, apoiado pelo mistério irracional do comportamento do primeiro-ministro português. A lógica da subserviência tem, na decência, o seu limite moral, e no interesse nacional o seu absoluto limite político. Passos está a rasgar todos os limites."
A situação não é, apenas, política; é, também, moral, como diz o articulista. A história, para muitos de nós, continua a ser uma memória de facínoras, com as linhas de sustentabilidade mantidas por vastos interesses e por jornalistas e comentadores estipendiados. A comunicação de sentido, ao público, é propositadamente ambígua, a fim de salvar as aparências. Esta gente que dirige o País não se recomenda pela decência e pela integridade. É uma "miséria moral".
BAPTISTA-BASTOS, in DN
_________________
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Jun 07 2012, 22:45
Magnifico.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 12:47
Baptista-Bastos é um cronista... que me merece respeito e aqui o demonstra!
Vou pegar numa mostra para chegar a um fim que, apesar de diferente é conclusivo. Como sabem, existem animais que tendem a sofrer algum tipo de tendência por parte do ser humano... e precisa no entanto pela mesma razão de intervenção do mesmo, pois existe por isso uma ameaça... E estamos portanto diante de uma simples falta de respeito para com a natureza, ao contrário do que possam fazer pensar. A natureza tem tanto de belo como de perigoso, não que o perigo lhe seja próprio, mas porque é implacável e precisa ser respeitada. O mesmo se pode dizer da verdade. Muito embora possa parecer algo que ou não se quer encarar ou mesmo se pretende disfarçar, o que acontece que é como a água - é essencial e em termos de valor é inequivocamente a beleza em si. Pois é neste mundo, onde se inventa tudo para fugir à verdade (o mundo «cinzento»), que se encontra o mal do ser humano. E falando do ser humano, obviamente se fala da sociedade... É assim que chega-mos, ou antes, estamos a chegar, a uma situação que o mundo jamais conheceu. Há que compreender que não podemos continuar a viver como até aqui, contentando-nos com o nosso «mundinho cultural»... e alimentando todo o tido de coisa, que investe contra o ser humano. Temos vivido com inúmeras desculpas, desde políticas, religiosas... e o resultado é, como sempre foi, desastroso! O mundo do poder é o mundo perverso em si. E se para o sustentar se invocam imparcialidades, não é senão uma mentira mais. É o exemplo de fazer valer a impressão de uma organização dita «independente» para avaliar uma situação, como se prevê agora em relação ao sistema bancário espanhol. Como se este «independente» não fizesse parte de uma outra sociedade «secreta», estando assim alinhada com os princípios do costume - os do poder, que este sim, é independente!...
Ulrich Membro AAP
Mensagens : 4947 Data de inscrição : 06/10/2011 Idade : 46 Localização : Aveiro
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 12:55
Eu gostava de ver um artigo do B. B. a descrever uma aventura empreendedora ,
que se tinha endividado para criar uma empresa, que pagaria de forma justa, aos coleboradores, e com direito a todas as regalias sociais que apregoa...
tudo isto saído do bolso dele e não do estado.
Artigos de escárnio são fáceis de elaborar
Milton Membro AAP
Mensagens : 15388 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 63 Localização : Scalabicastro, naquele Jardim á beira, mal plantado
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 15:47
Mais uma palavra para adicionar ao nosso lexico : Catastroika
O novo documentário da equipa responsável por Dividocracia chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacte da privatização massiva de bens públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás. Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em sectores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy. De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos. As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troika), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate». Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para suspender a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia. O objectivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos. Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como se está a ver na Grécia, o total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, nomeadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão social e níveis de vida condignos. Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro. Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 15:59
E provavelmente estão detentores da razão. O grande problema e que a democracia nos domesticou de tal maneira, que hoje em dia já são poucos os que se rebelam seja contra o que for e só mesmo um grande (ou ainda maior) descalabro da sociedade, é que vai trazer de novo ao de cima o pior que o ser humano alberga e as piores ações que o ser humano pode ter e que muitas vezes são necessarias. Estou em crer que a Grécia vai ser o primeiro pais onde iremos ver coisas (ainda mais) feias. Quando as necessidades básicas das pessoas já não conseguem ser cumpridas, o desespero entra. Uns suicidam-se como infelizmente está a acontecer em massa naquele país, outros hão-de arranjar maneira de se revoltar.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 16:56
Não é do nosso jardim (Grécia), mas quase ... água e estalos
vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 17:02
Ulrich escreveu:
Eu gostava de ver um artigo do B. B. a descrever uma aventura empreendedora ,
que ................................ :
O BB, e toda uma elite "muito culta" saida do PREC, que sempre viveram do Estado, e para o Estado
PS. Neste caso o BB, até escreveu algo acertado, porque o Sr. Goldman Sachs devia ser o primeiro a reduzir o seu salário principesco, e não tem autoridade moral para do alto dos seus 16.000€ mensais apregoar reduçoes salariais...
Última edição por vlopes em Sex Jun 08 2012, 17:06, editado 1 vez(es)
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 17:05
vlopes escreveu:
Ulrich escreveu:
Eu gostava de ver um artigo do B. B. a descrever uma aventura empreendedora ,
que ................................ :
O BB, e toda uma elite "muito culta" saida do PREC, que sempre viveram do Estado, e para o Estado
PS. Neste caso o BB, até escreveu algo acertado, porque o Sr. Goldman Saschs devia ser o primeiro a reduzir o seu salário principesco, e não tem autoridade moral para do alto dos seus 16.000€ mensais apregoar reduçoes salariais...
Mas desta vez, e pelo que escreveu, nem parece estar a comer da mesma manjedoura ou então está a morder no dono.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 08 2012, 22:18
Milton escreveu:
Mais uma palavra para adicionar ao nosso lexico : Catastroika
O novo documentário da equipa responsável por Dividocracia chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacte da privatização massiva de bens públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás. Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em sectores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy. De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos. As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troika), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate». Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para suspender a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia. O objectivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos. Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como se está a ver na Grécia, o total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, nomeadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão social e níveis de vida condignos. Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro. Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie.
Este vídeo merece destaque! Não vi a pormenor, pois demoraria muito. Infelizmente para o ver tenho que estar ligado à net.
Amanhã talvez faça um comentário mais, que isto merece!
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Jun 09 2012, 22:07
Como já tenho dito, pensar não custa, o que custa é saber pensar. Não será por acaso que o ser humano vive num «eterno relativismo». E o problema é que vive um drama, como se essa fosse mesmo a sua condição. Daí que, mesmo tentando reclamar uma legitimidade moral, o importante é sempre algo de contraditório. E sempre se exprimiu pela vontade... e o poder o objectivo. Por isso se conjugam interesses que nada têm que ver com nada que possa invocar a moral...
Tal como se vê no vídeo sobre a conspiração, também se pode observar no outro, onde um deputado agride duas deputadas... Ou seja, a vontade aqui mostra-se antes em conflito de interesses. Acontece que o ser humano tende a reparar apenas no imediato. Pensar o que está em causa é algo de complexo. Mas vejamos: o sr. pertence a um partido extremista, quanto às senhoras em questão, não sei exactamente a que partidos... mas nem isso é tão importante assim; ele disse que o provocaram e isto pode parecer uma desculpa (e é...), mas não será completamente descabida. Reparem na forma como as sras. se comportam: falam, gritam e não se mostram dispostas a ouvir. Ele também parece reagir da mesma forma, mas será mesmo assim? Como sabem, homens e mulheres têm formas bem diferentes de agir e reagir. Já antes falei destas diferênças, mas vou dar um exemplo. Hoje tentei precisamente falar sobre isto à minha mãe e irmã e a meio da minha tentativa de explicação, já elas estavam a falar entre elas, não mostrando interesse naquilo que eu dizia. É como quem fala de algo que não lhes interessa, mesmo estando a falar do mesmo assunto. Claro que eu desisti de gastar o meu português. É pois uma diferênça de raciocino que faz com que saindo da banalidade os interesses se distingam. Isto acontece não apenas num mera perspectiva ideológica, como vimos. Até porque lá estava um outro deputado, incrédulo com aquele espectáculo, que não padecia apenas de um mal ideológico, mas de uma diferencia de «estilo», uma forma bem diferente de abordagem, que nada tinha que ver com as ideologia. Aqui vemos uma vez mais determinados aspectos que constituem as diferênças. E o poder da língua na mulher impede o bom-senso, mas este instinto é partilhado e por isso se vê, como neste caso, uma cumplicidade e entre-ajuda entre as mulheres; Enquanto isso, o deputado dito «extremista», é visto aqui, num regime que à partida é contra o extremismo (o dito democrático) e por isso é aproveitado pelas sras. deputadas, como sendo o mau da fita e por isso elas se sentem no direito de o atacar em conjunto, fazendo uma espécie de suspensão momentânea à democracia. Ele, claro, apesar de andar na escola sofista, não tem a capacidade de usar a língua «em vão», como as mulheres, e por isso, vendo-se atacado de ambos os lados, perde o controlo. Fica então este breve exercício. E o caricato é que estou constantemente a ouvir comentar seja sobre o que for, dizendo que «é a mesma coisa»...
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom Jun 10 2012, 23:57
A memória dos Povos é curta… muito curta...
A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória.
Em 1953, há menos de 60 anos - apenas uma geração - a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.
O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia. As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.
Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.
Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.
Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros.
Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.
Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.
Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.
"Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.
O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século xx. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.
"No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch. O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.
_________________
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Jun 11 2012, 12:24
Ferpina escreveu:
A memória dos Povos é curta… muito curta...
A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória.
Em 1953, há menos de 60 anos - apenas uma geração - a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.
O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia. As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.
Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.
Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.
Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros.
Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.
Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.
Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.
"Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.
O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século xx. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.
"No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch. O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.
Seria bom, ou antes, não dizer seria intelectualmente honesto, que qualquer exercício de raciocínio sobre a situação que vivemos tivesse bem presente esta problemática, pois ainda que a memória possa falhar, é uma realidade que ignorada resulta num erro crasso! É bom que não corramos o risco de cometer algum tipo de erro que antes se viu e o resultado também; pois seria bom que se procurasse antes corrigir os erros, em vez de continuar a cometê-los.
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Jun 12 2012, 22:37
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Até onde vai a impunidade desta medíocre gente? Qui Jun 21 2012, 18:36
Até quando vamos permitir isto?...
A inaceitável impunidade da classe política
O Tribunal de Contas diz que o governo dos Açores gastou 27 400 euros numa viagem da mulher de Carlos César ao Canadá. E diz mais: que o negócio foi adjudicado de forma directa. O assunto tem dois dias e estive para o comentar ontem. Não o fiz na esperança de ouvir um desmentido do governo regional ou um pedido de desculpas ao contribuinte, acompanhado da promessa de que Luísa César iria reembolsar o Estado pelo custo da viagem. Nada. Tudo o que surgiu foi uma nota a dizer que a despesa não afectou a execução orçamental.
É preciso ter lata. Como se o problema se resumisse a saber se a despesa violou o orçamento regional. O problema é outro: saber se o dinheiro dos contribuintes (30% do orçamento regional vem do Orçamento do Estado) está a ser bem gasto. Ora mesmo sem conhecer todos os contornos da viagem de Luísa César (em que hotéis se hospedou, devia ter levado as pessoas que levou?, que restaurantes frequentou, que transportes utilizou, etc.), 27 mil euros é um valor pornográfico. Além de que não se percebe porque deve o orçamento regional suportar uma viagem da mulher... do presidente.
Este caso, que não é único, é um bom exemplo da inaceitável impunidade com que actua parte da nossa classe política e do desregramento do Estado. Carlos César, que parece ter ambições maiores do que a presidência de um governo regional, tem obrigação de explicar pormenorizadamente este caso: porque se gastou tanto dinheiro; porque se consultou só uma empresa e quais as relações do governo regional (ou de membros do governo) com essa empresa. Porque num país que se anda a matar com sacrifícios, esbanjar dinheiro do contribuinte é imoral.
camilolourenco@gmail.com
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Jun 21 2012, 18:42
vlopes escreveu:
Até quando vamos permitir isto?...
A inaceitável impunidade da classe política
O Tribunal de Contas diz que o governo dos Açores gastou 27 400 euros numa viagem da mulher de Carlos César ao Canadá. E diz mais: que o negócio foi adjudicado de forma directa. O assunto tem dois dias e estive para o comentar ontem. Não o fiz na esperança de ouvir um desmentido do governo regional ou um pedido de desculpas ao contribuinte, acompanhado da promessa de que Luísa César iria reembolsar o Estado pelo custo da viagem. Nada. Tudo o que surgiu foi uma nota a dizer que a despesa não afectou a execução orçamental.
É preciso ter lata. Como se o problema se resumisse a saber se a despesa violou o orçamento regional. O problema é outro: saber se o dinheiro dos contribuintes (30% do orçamento regional vem do Orçamento do Estado) está a ser bem gasto. Ora mesmo sem conhecer todos os contornos da viagem de Luísa César (em que hotéis se hospedou, devia ter levado as pessoas que levou?, que restaurantes frequentou, que transportes utilizou, etc.), 27 mil euros é um valor pornográfico. Além de que não se percebe porque deve o orçamento regional suportar uma viagem da mulher... do presidente.
Este caso, que não é único, é um bom exemplo da inaceitável impunidade com que actua parte da nossa classe política e do desregramento do Estado. Carlos César, que parece ter ambições maiores do que a presidência de um governo regional, tem obrigação de explicar pormenorizadamente este caso: porque se gastou tanto dinheiro; porque se consultou só uma empresa e quais as relações do governo regional (ou de membros do governo) com essa empresa. Porque num país que se anda a matar com sacrifícios, esbanjar dinheiro do contribuinte é imoral.
camilolourenco@gmail.com
Estou fortemente convencido que estes casos são aos milhares por ano.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qui Jun 21 2012, 22:11
António José da Silva escreveu:
vlopes escreveu:
Até quando vamos permitir isto?...
A inaceitável impunidade da classe política
O Tribunal de Contas diz que o governo dos Açores gastou 27 400 euros numa viagem da mulher de Carlos César ao Canadá. E diz mais: que o negócio foi adjudicado de forma directa. O assunto tem dois dias e estive para o comentar ontem. Não o fiz na esperança de ouvir um desmentido do governo regional ou um pedido de desculpas ao contribuinte, acompanhado da promessa de que Luísa César iria reembolsar o Estado pelo custo da viagem. Nada. Tudo o que surgiu foi uma nota a dizer que a despesa não afectou a execução orçamental.
É preciso ter lata. Como se o problema se resumisse a saber se a despesa violou o orçamento regional. O problema é outro: saber se o dinheiro dos contribuintes (30% do orçamento regional vem do Orçamento do Estado) está a ser bem gasto. Ora mesmo sem conhecer todos os contornos da viagem de Luísa César (em que hotéis se hospedou, devia ter levado as pessoas que levou?, que restaurantes frequentou, que transportes utilizou, etc.), 27 mil euros é um valor pornográfico. Além de que não se percebe porque deve o orçamento regional suportar uma viagem da mulher... do presidente.
Este caso, que não é único, é um bom exemplo da inaceitável impunidade com que actua parte da nossa classe política e do desregramento do Estado. Carlos César, que parece ter ambições maiores do que a presidência de um governo regional, tem obrigação de explicar pormenorizadamente este caso: porque se gastou tanto dinheiro; porque se consultou só uma empresa e quais as relações do governo regional (ou de membros do governo) com essa empresa. Porque num país que se anda a matar com sacrifícios, esbanjar dinheiro do contribuinte é imoral.
camilolourenco@gmail.com
Estou fortemente convencido que estes casos são aos milhares por ano.
Pois é, mas o povinho continua a gostar e por isso continua a comprar!...
Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 12:55
vlopes escreveu:
Até quando vamos permitir isto?...
A inaceitável impunidade da classe política
O Tribunal de Contas diz que o governo dos Açores gastou 27 400 euros numa viagem da mulher de Carlos César ao Canadá. E diz mais: que o negócio foi adjudicado de forma directa. O assunto tem dois dias e estive para o comentar ontem. Não o fiz na esperança de ouvir um desmentido do governo regional ou um pedido de desculpas ao contribuinte, acompanhado da promessa de que Luísa César iria reembolsar o Estado pelo custo da viagem. Nada. Tudo o que surgiu foi uma nota a dizer que a despesa não afectou a execução orçamental.
É preciso ter lata. Como se o problema se resumisse a saber se a despesa violou o orçamento regional. O problema é outro: saber se o dinheiro dos contribuintes (30% do orçamento regional vem do Orçamento do Estado) está a ser bem gasto. Ora mesmo sem conhecer todos os contornos da viagem de Luísa César (em que hotéis se hospedou, devia ter levado as pessoas que levou?, que restaurantes frequentou, que transportes utilizou, etc.), 27 mil euros é um valor pornográfico. Além de que não se percebe porque deve o orçamento regional suportar uma viagem da mulher... do presidente.
Este caso, que não é único, é um bom exemplo da inaceitável impunidade com que actua parte da nossa classe política e do desregramento do Estado. Carlos César, que parece ter ambições maiores do que a presidência de um governo regional, tem obrigação de explicar pormenorizadamente este caso: porque se gastou tanto dinheiro; porque se consultou só uma empresa e quais as relações do governo regional (ou de membros do governo) com essa empresa. Porque num país que se anda a matar com sacrifícios, esbanjar dinheiro do contribuinte é imoral.
camilolourenco@gmail.com
Espreita aqui para ajudar à festa -> http://cefariazores.wordpress.com/2012/06/19/o-requinte-da-limusine-de-luisa-cesar-para-se-deslocar-em-toronto-em-nome-do-governo/
vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 15:59
Acho que isto já não vai lá com votos sim, ou votos não!!!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 16:14
vlopes escreveu:
Acho que isto já não vai lá com votos sim, ou votos não!!!
O que eu acho interessante no meio disto tudo, é que o tribunal de contas deteta os roubos (portanto, crime) que são sem duvida uma percentagem mínima de todos os crimes cometidos, mas depois nada parece acontecer como se os crimes de uns (povo) fossem diferentes dos crimes dos outros (elite governamental e corja adjacente).
E também é triste de ver (e já aconteceu) que alguns são obrigados a devolver o que roubaram. Então é assim? Basta devolver o que se roubou? Fica o caso arrumado? Nesse caso, vale a pena irmos todos roubar. Se correu bem, ficamos com o guito, se correu mal, devolvemos. Até podemos voltar a roubar para devolver os casos onde fomos apanhados.
O grande problema é que a corja habituou-se de há décadas a esta parte a roubar de uma tal maneira que hoje em dia já se tornou banal. Tenho a certeza de que muitos, se questionados, até são capazes de ficar ofendidos, pois não estão acostumados a dar contas a ninguém nem justificações de nada. Roubar para eles é uma forma de estar e faz parte daquilo que eles devem de pensar que são as suas merecidas regalias quando sentam o cu nas cadeiras do poder.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 16:17
vlopes escreveu:
Acho que isto já não vai lá com votos sim, ou votos não!!!
_________________
Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 17:04
António José da Silva escreveu:
... O grande problema é que a corja habituou-se de há décadas a esta parte a roubar de uma tal maneira que hoje em dia já se tornou banal. Tenho a certeza de que muitos, se questionados, até são capazes de ficar ofendidos, pois não estão acostumados a dar contas a ninguém nem justificações de nada. Roubar para eles é uma forma de estar e faz parte daquilo que eles devem de pensar que são as suas merecidas regalias quando sentam o cu nas cadeiras do poder.
Queres melhor exemplo do que o que actualmente se está a passar aqui nos Açores, onde a torto e a direito, estão a abrir concursos para Chefias intermédias (em departamentos do Governo) para meter os amigos, uma vez que já existem uns rumores que vai ser o PSD a ganhar (eleições em Outubro deste ano), e desta forma, conseguem garantir lugar para os amigos?!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 17:14
Fran escreveu:
António José da Silva escreveu:
... O grande problema é que a corja habituou-se de há décadas a esta parte a roubar de uma tal maneira que hoje em dia já se tornou banal. Tenho a certeza de que muitos, se questionados, até são capazes de ficar ofendidos, pois não estão acostumados a dar contas a ninguém nem justificações de nada. Roubar para eles é uma forma de estar e faz parte daquilo que eles devem de pensar que são as suas merecidas regalias quando sentam o cu nas cadeiras do poder.
Queres melhor exemplo do que o que actualmente se está a passar aqui nos Açores, onde a torto e a direito, estão a abrir concursos para Chefias intermédias (em departamentos do Governo) para meter os amigos, uma vez que já existem uns rumores que vai ser o PSD a ganhar (eleições em Outubro deste ano), e desta forma, conseguem garantir lugar para os amigos?!
As eleições são uma pescadinha de rabo na boca. Se não votarmos, continuam os mesmos, se votar-mos vem outra porcaria qualquer idêntica. Entretanto uns já meteram os amigos e familiares, e os outros vão fazê-lo, e por ai a fora. Cada vez que muda o (des)governo, ficamos a perder.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 17:34
António José da Silva escreveu:
... As eleições são uma pescadinha de rabo na boca. Se não votarmos, continuam os mesmos, se votar-mos vem outra porcaria qualquer idêntica. Entretanto uns já meteram os amigos e familiares, e os outros vão fazê-lo, e por ai a fora. Cada vez que muda o (des)governo, ficamos a perder.
Eu devo ser demasiado ingénuo, mas faz-me uma confusão do ca%$lho, este tipo de situações, de arranjar lugarzinhos para os amigos, etc ... não fui educado assim, e tudo isto me deixa simplesmente espantado ... fui educado a fuçar, para merecer algo, ser competitivo, tentar ser melhor que os outros, e depois vêm estes c******s, que se penduram na politica, que não fazem a ponta dum corno e que têm incompetência a rodos, ROUBAR o lugar a quem fuçou, a quem percebe muito mais da poda do que eles, a quem o pessoal da mesma área de trabalho conhece, e está mecanizado nos problemas que surgem, e que querem fazer algo pelos Açores ... CORJA de filhos da pu%&a, PODRIDÃO no seu melhor
Esta m*&da, só lá vai com uma ditadurazinha (salvo seja), mas é o que me apetece dizer.
PS : e qq passo-me, e meto a boca no trombone, relativamente a milhões deitados fora, só porque mudou a tutela e quem chegou agora ao lugar, não gosta assim, gosta mais assado, ou porque não houve planeamento, ou seja lá o que mais for
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 17:41
Fran escreveu:
PS : e qq passo-me, e meto a boca no trombone, relativamente a milhões deitados fora, só porque mudou a tutela e quem chegou agora ao lugar, não gosta assim, gosta mais assado, ou porque não houve planeamento, ou seja lá o que mais for
Tocastes noutra ferida bem grande e dispendiosa e que acontece em todo o lado. Infelizmente, a falta de honestidade e o dinheiro "fácil" são propícios a este tipo de situações. Cada vez mais me convenço, de que mesmo um pais pouco industrializado como o nosso e que não e dos mais ricos, teria dinheiro suficiente para não estar na m*&da e tratar o seu povo com bastante mais dignidade.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Fran Membro AAP
Mensagens : 8496 Data de inscrição : 08/12/2011 Localização : Usuário BANIDO
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 18:22
António José da Silva escreveu:
... Tocastes noutra ferida bem grande e dispendiosa e que acontece em todo o lado. Infelizmente, a falta de honestidade e o dinheiro "fácil" são propícios a este tipo de situações. Cada vez mais me convenço, de que mesmo um pais pouco industrializado como o nosso e que não e dos mais ricos, teria dinheiro suficiente para não estar na m*&da e tratar o seu povo com bastante mais dignidade.
Não lhes sái do bolso, porque são dinheiros publicos (não lhes dói), ou seja, de todos nós ... e agora, quem paga a factura, é o Zé povinho ... enquanto este tipo de atitude (despesa sem rei nem roque) não for considerado crime, nunca mais nos endireitamos.
vlopes Membro AAP
Mensagens : 3034 Data de inscrição : 03/07/2010 Localização : Para onde nos pode levar uma música? Para qualquer lugar onde seja capaz de voar o pensamento.
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 22 2012, 19:06
Fran escreveu:
António José da Silva escreveu:
... As eleições são uma pescadinha de rabo na boca. Se não votarmos, continuam os mesmos, se votar-mos vem outra porcaria qualquer idêntica. Entretanto uns já meteram os amigos e familiares, e os outros vão fazê-lo, e por ai a fora. Cada vez que muda o (des)governo, ficamos a perder.
Eu devo ser demasiado ingénuo, mas faz-me uma confusão do ca%$lho, este tipo de situações, de arranjar lugarzinhos para os amigos, etc ... não fui educado assim, e tudo isto me deixa simplesmente espantado ... fui educado a fuçar, para merecer algo, ser competitivo, tentar ser melhor que os outros, e depois vêm estes c******s, que se penduram na politica, que não fazem a ponta dum corno e que têm incompetência a rodos, ROUBAR o lugar a quem fuçou, a quem percebe muito mais da poda do que eles, a quem o pessoal da mesma área de trabalho conhece, e está mecanizado nos problemas que surgem, e que querem fazer algo pelos Açores ... CORJA de filhos da pu%&a, PODRIDÃO no seu melhor
Esta m*&da, só lá vai com uma ditadurazinha (salvo seja), mas é o que me apetece dizer.
PS : e qq passo-me, e meto a boca no trombone, relativamente a milhões deitados fora, só porque mudou a tutela e quem chegou agora ao lugar, não gosta assim, gosta mais assado, ou porque não houve planeamento, ou seja lá o que mais for
Um dos grandes males deste País; premiar o compadrio, em detrimento da competência, do mérito, da honestidade e do trabalho. Tolhe o País, em todos os sectores de actividade, e não só na função publica.
Só uma grande revolução civica, e educacional, nos mudará.
jpamplifiers Membro AAP
Mensagens : 608 Data de inscrição : 16/09/2011 Localização : Sintra
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Jun 23 2012, 10:31
Programa de luta contra a fome.
Nada é só o que parece.
Decorreu à poucos dias mais uma ação, louvável, do programa da luta contra a fome, mas....façam o vosso juízo! Recolha em hipermercados, segundo os telejornais, 2.644 toneladas !
Ou seja 2.644.000 Kilos.
Se cada pessoa adquiriu no hipermercado 1 produto para doar e se esse produto custou, digamos, € 0.50 (cinquenta cêntimos), repara que: 2.644.000 kg x 0,50 € dá 1.322.000 € (1 milhão, trezentos e vinte e dois mil euros), total do que as pessoas pagaram nas caixas dos hipermercados.
Quanto ganham???:
o estado 304.000 €(23% iva) o hipermercado 396.600 € (margem de lucro de cerca de 30%).
Nunca tinhas reparado, tal como eu, quem mais engorda com estas campanhas...
Devo dizer que não deixo de louvar a ação da recolha e o meu respeito pelos milhares de voluntários.
MAIS....
É triste, mas é bom saber...
-Porque é que os madeirenses receberam 2 milhões de Euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado era de 2 milhões e 880 mil? Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000 € ? A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada. Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 + IVA.
São 0,72 no total. O que por má-fé não se diz é que o donativo que deverá chegar (?) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50.
Assim oferecemos € 0,50 a quem carece, mas cobram-nos € 0,72, mais € 0,22 ou seja 30 %. Quem ficou com esta diferença?
1º - a PT com € 0,10 (17 %) isto é a diferença dos 50 para os 60. 2º - o Estado € 0,12 (20 %) referente ao IVA sobre 0,60.
Numa campanha de solidariedade, a aplicação de margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou. A RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado já atingiu os 2.000.000 de euros.
Esqueceu-se de dizer que os generosos pagaram mais 44 % ou seja mais 880.000 euros divididos entre a PT (400.000 para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480.000 para ajuda ao reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas que por lá andam).
A PT cobra comissão de quase 20 % num acto de solidariedade!!!
O Estado faz incidir IVA sobre um produto da mais pura generosidade!!! ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA, SOB A CAPA DA SOLIDARIEDADE. É BOM QUE O POVO SAIBA QUE ATÉ NA CONFIANÇA SOMOS ROUBADOS. ISTO É UM TRISTE ESBULHO À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE DO POVO PORTUGUÊS!!!
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Dom Jun 24 2012, 21:49
O amigo jpamplifiers diz e com razão que isto é um abuso à boa vontade do povo português! Mas isto eu já antes disse e volto a dizer. O mesmo disse que isto da solidariedade não é a solução para os problemas, mas o alimentar dos mesmos - pelo que seria bom pensar nisto!
Lembro-me de quando comecei a trabalhar, tinha 13 anos, ainda acontecer certos trabalhadores chegarem ao pé dos seus patrões e dizer: - ou me dá mais ou vou embora, pois ofereceram-me mais! Pois é, mas comparar a realidade de então coma de hoje, não faz qualquer sentido. Acontece que hoje tudo é bem diferente e nem sequer faz sentido continuar a falar em competitividade, pois tudo está já num estado de calamidade. E se a economia não tem como resistir a este sistema, também este está condenado. Por isso, meus amigos, muita coisa terá que mudar, e isto não acontecerá por nenhuma vontade. Aliás, um bom sinal disso mesmo foi o de há dias, com o resultado - por mim esperado - no Rio+20. O poder sempre foi o problema. E continua a ser! Naturalmente isto passa pelo oportunismo. E se o verdadeiro poder reside no povo, começa a ser hora de isto começar a tornar-se realidade, mas não de forma enganadora, como tem sido, na ideia de «representação»! Eu já criei um espaço para isso. Este: http://planetaterra.forumeiro.com/ Quem quiser participar...
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Jun 26 2012, 14:05
Mais uma: foi encontrada uma falcatrua que lesou o estado em cerca de 50 milhões de euros. Medicamentos sobe falsas receitas «transitavam» sendo vendidos mais que uma vez...
Não era de estranhar. Muita coisa apontava para algo do género e mais aquilo que falta descobrir. Seja as negociatas entre as farmacêuticas e os médicos ou as falsas baixas... existem um sem número de situações que lesam o estado. Precisamente, há dias foi ao meu médico (que já o é há muitos anos) e quando me passa a credencial para fazer análises, junta-lhe um folheto a que ele diz «recomendar». Claro que eu podia aceitar a recomendação, até porque eu próprio já lhe cheguei a perguntar se não me recomendaria um local... Mas a situação é bem diferente.
Estes 50 milhões são apenas uma gota no oceano, onde a cultura do jeitinho, da corrupção e de todo o tipo de malandragem tem lugar. Seria bom que - apesar da força da crise fazer das suas - o cidadão abrisse os olhos e exigisse responsabilidades de uma vez por todas em vez de se limitar a assistir a negociatas!
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 29 2012, 07:21
A impressão que dá o entusiasmo que ficou com o resultado do europeu de futebol é que Portugal ganhou. E não menos interessante é ver o aproveitamento político, em que em vez de estes se preocuparem com os problemas, procuram alimentar a sua popularidade através do futebol!... Perdemos! Daah! O que é que posso dizer?!.. Ah! Viva Sara Moreira! http://m.publico.pt/Detail/1552453
ducar Membro AAP
Mensagens : 5420 Data de inscrição : 11/11/2010
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 29 2012, 10:11
O que eles querem é que a malta ande entretida com a bola e entretanto arranjarm novas medidas de austeridade. Correu mal porque o povo já pôs o futebol de lado.
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 29 2012, 19:35
Uma coisa é certa: tal como disse já, a crise falará por si e contrariará certas tendências (que interessam aos culpados), que é sustentar a mesma lógica... E se não há ninguém que seja capaz de mostrar o que o «caldo contêm»... não será por isso que o sabor possa ser agradável e por isso já começamos a ver alguns sinais de quem começa a resistir e dizer não a ter que comer o caldo. É ver a crescente contestação por todo o território!
ducar Membro AAP
Mensagens : 5420 Data de inscrição : 11/11/2010
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sex Jun 29 2012, 19:43
Stereo escreveu:
Uma coisa é certa: tal como disse já, a crise falará por si e contrariará certas tendências (que interessam aos culpados), que é sustentar a mesma lógica... E se não há ninguém que seja capaz de mostrar o que o «caldo contêm»... não será por isso que o sabor possa ser agradável e por isso já começamos a ver alguns sinais de quem começa a resistir e dizer não a ter que comer o caldo. É ver a crescente contestação por todo o território!
Mesmo assim não chega, para já a electricidade e o gaz vão subir no Domingo.
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Sáb Jun 30 2012, 15:01
ducar escreveu:
Stereo escreveu:
Uma coisa é certa: tal como disse já, a crise falará por si e contrariará certas tendências (que interessam aos culpados), que é sustentar a mesma lógica... E se não há ninguém que seja capaz de mostrar o que o «caldo contêm»... não será por isso que o sabor possa ser agradável e por isso já começamos a ver alguns sinais de quem começa a resistir e dizer não a ter que comer o caldo. É ver a crescente contestação por todo o território!
Mesmo assim não chega, para já a electricidade e o gaz vão subir no Domingo.
Claro que não chega. Mas é precisamente este oportunismo que gera a crise e rebentará com a situação. Aliás toda a lógica continua a seguir o mesmo rumo, que levará tudo para o buraco. Por cá, estamos à beira de uma crise política. Pela europa, segue-se o mesmo caminho. E o resto do mundo não fica atrás.
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Seg Jul 02 2012, 20:36
A Europa, como vive uma crescente ameaça de crise económica, está prestes a mandar investigar a forma como as agências de rating funcionam. Acontece que isto não passa de uma jogada, em que mostra apenas estarem a jogar. Pois é, o problema é mesmo o jogo e a crise a consequência.
Acabo de ver passar a notícia de que o estado colocou em concurso público a contratação de enfermeiros através de empresas. Claro que tentam sacudir «água do capote», dizendo que escolhem a empresa que lhes oferece os melhores preços. Como se esse discurso fosse legítimo. Como se não importasse nada do que está em causa. Ou seja, não importa se estas empresas estão explorar a mão de obra, nem se estamos diante de uma situação de escravatura; se menos de 4€ por ora é muito menos que o ordenado mínimo... Enfim, se estamos diante de uma legalidade ou não, parece já nem interessar nem aos sindicatos. E se a questão cidadania ainda representa alguma coisa... Continuamos a gostar?!
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Jul 03 2012, 16:14
A triste sina a que nos levaram, vai-se agravando infelizmente.
Já existem mais famílias a abrir falência do que empresas, em Portugal Por Redação
São dados arrasadores, que refletem bem o cenário de crise que se vive em Portugal. Segundo dados divulgados pelo Público, no primeiro semestre deste ano, foram mais de dez mil os processos de falência e insolvência que chegaram aos tribunais, a um ritmo, portanto, de mais de 50 por dia. O dado mais impressionante é que a maioria destes processos são iniciados por particulares: ou seja, já são mais as famílias a abrir falência em Portugal, que propriamente as empresas.
Mais do que negócios que deixaram de se tornar viáveis, estes processos representam pessoas e famílias que deixaram de poder pagar as suas dívidas, sendo forçadas a declarar-se falidas, um fenómeno diretamente ligado ao aumento do desemprego, dos custos do endividamento e da redução de rendimentos. 6228 famílias já declararam a falência financeira, dando início aos consequentes processos de insolvência, durante 2012.
Estes números representam, no total, um aumento de 83 por cento em relação ao mesmo período de 2011, sendo que nesta altura 65 por cento dos mesmos estão relacionados com dificuldades das famílias. São, além do mais, os piores números dos últimos cinco anos.
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=339929
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Jul 03 2012, 16:17
E o primeiro murro a sério contra as politicas castradoras da Troika vai ser dada em breve pelos Gregos que já não vêm saída para os seus problemas.
Grécia diz que a Troika levou o país a um beco sem saída Por Redação
Aparentemente, os gregos atingiram o limite. Depois de terem sido forçados a apertar o cinto por diversas vezes, os helénicos estão prontos para dizer basta à austeridade, até porque acreditam que o caminho para sair da crise não é esse, mas sim a aposta na economia e o investimento. Será precisamente isso que o próprio Governo vai transmitir à Troika, e com palavras fortes. Segundo Atenas, «a austeridade levou o país para um beco sem saída».
«Vamos apresentar dados que não deixam dúvidas e que provam que fomos conduzidos para um beco sem saída, especialmente no que diz respeito à recessão e ao desemprego. Essas informações vão ser usadas para argumentar junto da Troika, já que acreditamos que as atuais medidas são prejudiciais. Penso que podemos ter êxito e, mudando de rumo, seguir um caminho novo, mais produtivo. Vamos fazer o máximo para limitar novos sacrifícios», disse o porta-voz do Governo, Simos Kedikoglu, na televisão helénica.
Uma delegação da toika, constituída por técnicos do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia chega hoje a Atenas, onde vai retomar contacto como o novo Governo. A reunião entre a comissão de avaliação e o executivo de Samarras está agendada para quinta-feira, eltura em que o tema deverá ser discutido.
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=339903
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Stereo Membro AAP
Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 64 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Jul 03 2012, 22:22
António José da Silva escreveu:
E o primeiro murro a sério contra as politicas castradoras da Troika vai ser dada em breve pelos Gregos que já não vêm saída para os seus problemas.
Grécia diz que a Troika levou o país a um beco sem saída Por Redação
Aparentemente, os gregos atingiram o limite. Depois de terem sido forçados a apertar o cinto por diversas vezes, os helénicos estão prontos para dizer basta à austeridade, até porque acreditam que o caminho para sair da crise não é esse, mas sim a aposta na economia e o investimento. Será precisamente isso que o próprio Governo vai transmitir à Troika, e com palavras fortes. Segundo Atenas, «a austeridade levou o país para um beco sem saída».
«Vamos apresentar dados que não deixam dúvidas e que provam que fomos conduzidos para um beco sem saída, especialmente no que diz respeito à recessão e ao desemprego. Essas informações vão ser usadas para argumentar junto da Troika, já que acreditamos que as atuais medidas são prejudiciais. Penso que podemos ter êxito e, mudando de rumo, seguir um caminho novo, mais produtivo. Vamos fazer o máximo para limitar novos sacrifícios», disse o porta-voz do Governo, Simos Kedikoglu, na televisão helénica.
Uma delegação da toika, constituída por técnicos do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia chega hoje a Atenas, onde vai retomar contacto como o novo Governo. A reunião entre a comissão de avaliação e o executivo de Samarras está agendada para quinta-feira, eltura em que o tema deverá ser discutido.
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=339903
Nada que eu não tivesse já previsto e dito aqui mesmo. Claro que o jogo continua! E é por isso que vemos toda esta trama. Mas veja-se, por exemplo, o sr. Jardim que, como também já comentei, faz o seu jogo para se tentar livrar de responsabilidades. E este jogo passo por, dizer mal do governo do continente; tentar convencer os portugueses de que a Madeira deveria obter a independência... E fará tudo para escapar às responsabilidades; inclusive a situação política está caótica e até já expulsaram o sr. Coelho da assembleia. Ainda hoje em Nisa vendo a obra pública feita me lembrou o sr. Jardim e o sr. Isaltino Morais, e a trama que tem escapado à consciência popular. Isto levaria a questionar a ética e a legitimidade, mas falta arranjar espaço para tal, pois o ser humano parece que ainda não percebeu que anda enganado.
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Jul 03 2012, 22:55
Stereo escreveu:
deveria obter a independência...
Eu acho que sim, façam um referendo e se for o caso, de-se a independência.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
ducar Membro AAP
Mensagens : 5420 Data de inscrição : 11/11/2010
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Ter Jul 03 2012, 23:01
António José da Silva escreveu:
Stereo escreveu:
deveria obter a independência...
Eu acho que sim, façam um referendo e se for o caso, de-se a independência.
Era bem feito acabava-se com o problema de uma vez.
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jul 04 2012, 00:39
ducar escreveu:
António José da Silva escreveu:
Stereo escreveu:
deveria obter a independência...
Eu acho que sim, façam um referendo e se for o caso, de-se a independência.
Era bem feito acabava-se com o problema de uma vez.
Pôrra! Lá ia o Ronaldo para a selecção da Madeira! Ou então naturalizávamos o tipo como Português... (tipo Pepe, Deco, Liedson,...)
_________________
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jul 04 2012, 00:40
Ferpina escreveu:
Pôrra! Lá ia o Ronaldo para a selecção da Madeira! Ou então naturalizávamos o tipo como Português... (tipo Pepe, Deco, Liedson,...)
Por mim, e só para fazer a vontade ao tio Jardim, também podiam ficar com ele como brinde.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jul 04 2012, 00:45
António José da Silva escreveu:
Ferpina escreveu:
Pôrra! Lá ia o Ronaldo para a selecção da Madeira! Ou então naturalizávamos o tipo como Português... (tipo Pepe, Deco, Liedson,...)
Por mim, e só para fazer a vontade ao tio Jardim, também podiam ficar com ele como brinde.
Ia para presidente da Federação Madeirense de Futebol (FMF). Organizava o Campeonato Mundial de 2036 e ainda dava uma ajuda para os Jogos Olímpicos de Inverno em 2064!
_________________
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jul 04 2012, 00:49
Ferpina escreveu:
António José da Silva escreveu:
Ferpina escreveu:
Pôrra! Lá ia o Ronaldo para a selecção da Madeira! Ou então naturalizávamos o tipo como Português... (tipo Pepe, Deco, Liedson,...)
Por mim, e só para fazer a vontade ao tio Jardim, também podiam ficar com ele como brinde.
Ia para presidente da Federação Madeirense de Futebol (FMF). Organizava o Campeonato Mundial de 2036 e ainda dava uma ajuda para os Jogos Olímpicos de Inverno em 2064!
Com a condição óbvia, de que o dinheiro para tudo isso ter que ser gerado indoor.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
Ferpina Membro AAP
Mensagens : 10767 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 69 Localização : Assado - Perú
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jul 04 2012, 01:04
António José da Silva escreveu:
Com a condição óbvia, de que o dinheiro para tudo isso ter que ser gerado indoor.
Yep! E indolor para o "contenente", isto é, sem contrapartidas. Aproveitando o balanço, também podíamos dar a independência a algumas ilhas dos Açores, excepto a que tem o Peter's, as Berlengas e a ilha de Tavira (presidente o Macário Correia). Viamo-nos livres de uma data de macacal e de N gaivotas. Entretanto os deputados que andam na nossa Assembleia e que pertencem a esses locais, a malta recambiáva-os para lá. Tudo isto antes de eles pedirem a reforma, tipo Carlos César! Também podiamos fazer um referendo sobre a independência do Algarve, e se ganhasse o SIM, já tinham o sr. Silva como presidente. Que fixe! Não custa nada sonhar...
_________________
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: Algumas vergonhas no nosso jardim Qua Jul 04 2012, 01:20
Ferpina escreveu:
António José da Silva escreveu:
Com a condição óbvia, de que o dinheiro para tudo isso ter que ser gerado indoor.
Yep! E indolor para o "contenente", isto é, sem contrapartidas. Aproveitando o balanço, também podíamos dar a independência a algumas ilhas dos Açores, excepto a que tem o Peter's, as Berlengas e a ilha de Tavira (presidente o Macário Correia). Viamo-nos livres de uma data de macacal e de N gaivotas. Entretanto os deputados que andam na nossa Assembleia e que pertencem a esses locais, a malta recambiáva-os para lá. Tudo isto antes de eles pedirem a reforma, tipo Carlos César! Também podiamos fazer um referendo sobre a independência do Algarve, e se ganhasse o SIM, já tinham o sr. Silva como presidente. Que fixe! Não custa nada sonhar...
E já agora, o euromilhões.
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte