Musicalmente muito bom, agora a edição.... se puderes arranjar uma original era o ideal, pena estarem pro carote
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 12:05
anibalpmm escreveu:
Musicalmente muito bom, agora a edição.... se puderes arranjar uma original era o ideal, pena estarem pro carote
Estou a ouvir agora no Tutubo, e está a agradar. Quer dizer entao que a re-edicao nao é grande espingarda?
_________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince
If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...
The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 12:08
Parte I New Africa
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 12:11
António José da Silva escreveu:
anibalpmm escreveu:
Musicalmente muito bom, agora a edição.... se puderes arranjar uma original era o ideal, pena estarem pro carote
Estou a ouvir agora no Tutubo, e está a agradar. Quer dizer entao que a re-edicao nao é grande espingarda?
Não é má... e não conhecendo a original é difícil dizer qual a melhor ouve-se bem, não tem ruídos nem distorções nem aquele som característico das transferências digitais No entanto falta-lhe aquele brilhozinho q faz com q um disco te faça ficar extasiado a ouvi-lo mas para o preço não posso pedir muito
astra Membro AAP
Mensagens : 133 Data de inscrição : 24/11/2011
Assunto: Bill Evans - Sunday at the Village Vanguard Seg Abr 24 2017, 12:25
O local: O mítico clube Nova-Iorquino Village Vanguard (pelo Village passou a nata da música Americana do Sec. XX em que John Coltrane e Sonny Rollins são só, talvez, os exemplos mais marcantes).
O Trio: Bill Evans - Piano; Scott LaFaro - Baixo; Paul Motian - Baterias
Estamos perante um dos álbuns essenciais e obrigatórios da música Americana. O Trio de Jazz atinge aqui e, especialmente, em Waltz for Debby o seu ponto mais alto. A empatia entre os elementos do grupo é assombrosa e transforma as suas actuações num equilíbrio de beleza e precisão técnica jamais igualado.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 13:27
Finalmente a Shure V15III a tocar como deve de ser Merece a fama q tem
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 14:00
anibalpmm escreveu:
Finalmente a Shure V15III a tocar como deve de ser Merece a fama q tem
No Thorens Tourne-Disques 124 com o levezinho Magnepan Unitrac?
Será que as Shure querem mesmo os levezinhos...!?!?
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 14:17
José Miguel escreveu:
anibalpmm escreveu:
Finalmente a Shure V15III a tocar como deve de ser Merece a fama q tem
No Thorens Tourne-Disques 124 com o levezinho Magnepan Unitrac?
Será que as Shure querem mesmo os levezinhos...!?!?
Ela já esteve a tocar no TD124 mas axo q na altura não a tinha bem afinada José tens uma M75 com a agulha esférica (amarela)? Se sim essa está bem para o braço do Lenco Outras agulhas já a conversa é diferente
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 14:22
Este volta não volta vai ao castigo, aquela 1ª faixa é uma coisa ...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 14:47
anibalpmm escreveu:
José Miguel escreveu:
anibalpmm escreveu:
Finalmente a Shure V15III a tocar como deve de ser Merece a fama q tem
No Thorens Tourne-Disques 124 com o levezinho Magnepan Unitrac?
Será que as Shure querem mesmo os levezinhos...!?!?
Ela já esteve a tocar no TD124 mas axo q na altura não a tinha bem afinada José tens uma M75 com a agulha esférica (amarela)? Se sim essa está bem para o braço do Lenco Outras agulhas já a conversa é diferente
Nós temos mesmo essa agulha, apesar de sentirmos que está a precisar de substituta...
Agradeço a resposta Aníbal, ainda não sabemos muito bem o que fazer (trocar só a agulha ou experimentar outra célula), mas com essa dica, mantendo-se a Shure, sabemos que agulha procurar para casar melhor com este braço.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 14:53
José Miguel escreveu:
anibalpmm escreveu:
José Miguel escreveu:
anibalpmm escreveu:
Finalmente a Shure V15III a tocar como deve de ser Merece a fama q tem
No Thorens Tourne-Disques 124 com o levezinho Magnepan Unitrac?
Será que as Shure querem mesmo os levezinhos...!?!?
Ela já esteve a tocar no TD124 mas axo q na altura não a tinha bem afinada José tens uma M75 com a agulha esférica (amarela)? Se sim essa está bem para o braço do Lenco Outras agulhas já a conversa é diferente
Nós temos mesmo essa agulha, apesar de sentirmos que está a precisar de substituta...
Agradeço a resposta Aníbal, ainda não sabemos muito bem o que fazer (trocar só a agulha ou experimentar outra célula), mas com essa dica, mantendo-se a Shure, sabemos que agulha procurar para casar melhor com este braço.
Tenho várias agulhas para a M75 e de todas as q mais gosto são as originais a N75G, N75ED e a Jico SAS, mas estas são todas para braços mais leves, embora tenham tocado bem no SME V q é um braço de massa média Ainda não as experimentei com o Magnepan, brevemente será a vez da M75
Aqui está uma no ebay UK, não está barata mas talvez valha a pena Shure N75 stylus
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 15:07
Essa é a vantagem, até fonte de prazer, de ter duas peças tão distintas com braços também eles muito diferentes entre si.
Que as experiências continuem com grandes resultados!
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 15:10
Tanto quanto sei José a AT 91 tb será uma boa célula para o braço do Lenco Ainda é fabricada nos dias de hoje, é fácil arranjar nova e é barata, diz quem sabe q é muito boa Tenho uma ainda por experimentar à espera de um braço mais pesadote
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 15:23
anibalpmm escreveu:
Tanto quanto sei José a AT 91 tb será uma agulha para o braço do Lenco, nova e é barata, diz quem sabe q é muito boa Tenho uma ainda por experimentar à espera de um braço mais pesadote
Nós temos uma Audio Technica guardada que nos serviu para usar enquanto esperávamos por outra... mas creio não ser essa AT91, ainda que seja muito parecida na forma/aspecto.
A AT95e não convenceu face à Shure no Lenco...
Vou investigar!
Luciana Silva Membro AAP
Mensagens : 640 Data de inscrição : 17/10/2015
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 19:02
Estive a mostrar a uma linda menina adolescente que a música na idade dela é uma descoberta descomprometida e feliz... que é um caminho para atingir agradáveis momentos... Comecei por este:
A menina achou "meio ridículo" e pouco ouviu, mas a mim só me lembra a frescura da tenrinha idade... Já não acompanho esta nova geração!!
Entretanto roda em CDs e vinis The Beach Boys... e o corpinho gira com agrado!!
Mister W Membro AAP
Mensagens : 4333 Data de inscrição : 07/03/2012 Idade : 57 Localização : Margem Sul... Margem Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 19:13
anibalpmm escreveu:
Este volta não volta vai ao castigo, aquela 1ª faixa é uma coisa ...
Uau!, Cecil Taylor, John Surman e esse 1º (ou 2º?) do Chris McGregor (que acho que tb conta com a participação do Surman)... Grandes discos!
boa musica sem duvida obrigado desencaminhador mor
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14347 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 22:05
Duarte Rosa escreveu:
Chet Baker e Stan Getz (...)
Além do Chet e Stanz, noto que a "b" também actua ao vivo no seu habitat.
Luis Filipe Goios Membro AAP
Mensagens : 10506 Data de inscrição : 27/10/2010 Idade : 66 Localização : Lanhelas - Minho
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 22:55
Por aqui,
António Pinho Vargas - Os Jogos Do Mundo - lp - 1989
Luis Filipe Goios Membro AAP
Mensagens : 10506 Data de inscrição : 27/10/2010 Idade : 66 Localização : Lanhelas - Minho
Assunto: Re: A rodar XLI Seg Abr 24 2017, 23:14
... nada melhor que ouvir outro,
António Pinho Vargas - As Folhas Novas Mudam De Cor - lp - 1987
... o "homem", merecia mais! digo eu... [/size]
Luis Filipe Goios Membro AAP
Mensagens : 10506 Data de inscrição : 27/10/2010 Idade : 66 Localização : Lanhelas - Minho
Assunto: Re: A rodar XLI Ter Abr 25 2017, 14:19
Depois de ouvir "outras" coisas, chegou a hora de Zeca
José Afonso - Cantigas do Maio - lp - 1971
antes,
José Afonso - Trás Outro Amigo Também - lp - 1970
António José da Silva Membro AAP
Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 58 Localização : Quinta do Anjo
Assunto: Re: A rodar XLI Ter Abr 25 2017, 15:14
D'outro planeta...
Manfred Mann Chapter Three – Manfred Mann Chapter III − Volume 1 (Bronze – 200 383-320, 1979 de um original Vertigo de 1969)
Uma album maravilhoso.
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anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Ter Abr 25 2017, 17:25
Luis Filipe Goios Membro AAP
Mensagens : 10506 Data de inscrição : 27/10/2010 Idade : 66 Localização : Lanhelas - Minho
Assunto: Re: A rodar XLI Ter Abr 25 2017, 19:18
.... e, também
Sérgio Godinho - Pano Cru - lp - 1978
Sergio Godinho - À Queima Roupa - lp - 1974
Fausto - Madrugada Dos Trapeiros - lp - 1977
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14347 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLI Ter Abr 25 2017, 23:57
O problema de escrever sobre Ella Fitzgerald é que há a tentação de colocá-la no topo das grandes cantoras de jazz do século XX. Sem pretensão de alongar-me nesta observação, relato que no dia em que se tributou a conquista da liberdade no nosso país, Fitzgerald celebraria um século de vida se estivesse entre nós.
Quando penso nesta senhora que foi casada com Ray Brown e que esteve em actividade quase sete décadas, apetece-me escutar o álbum gravado em três sessões de 1976, em que, acompanhada somente pelo guitarrista Joe Pass, revela toda a grandeza e perícia da sua voz por vezes swingada, dominando a emotividade e o esplendor de cada um dos catorze temas do meu disco preferido de Ella.
(Analogue Production Revival Series, APR 3007)
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Qua Abr 26 2017, 00:13
Ghost4u escreveu:
O problema de escrever sobre Ella Fitzgerald é que há a tentação de colocá-la no topo das grandes cantoras de jazz do século XX. Sem pretensão de alongar-me nesta observação, relato que no dia em que se tributou a conquista da liberdade no nosso país, Fitzgerald celebraria um século de vida se estivesse entre nós.
Quando penso nesta senhora que foi casada com Ray Brown e que esteve em actividade quase sete décadas, apetece-me escutar o álbum gravado em três sessões de 1976, em que, acompanhada somente pelo guitarrista Joe Pass, revela toda a grandeza e perícia da sua voz por vezes swingada, dominando a emotividade e o esplendor de cada um dos catorze temas do meu disco preferido de Ella.
E assim se abre o apetite para o conhecimento de um álbum ou de uma grande Senhora!
Por vezes tudo o que precisamos para "destravar" o apetite é uma palavra.
astra Membro AAP
Mensagens : 133 Data de inscrição : 24/11/2011
Assunto: Charles Mingus - The Black Saint and the Sinner Lady Qua Abr 26 2017, 10:43
Mingus abriu novos caminhos para o jazz e para o contrabaixo em particular. O seu toque é nervoso, veloz e irregular e os seus solos são longos e intensos. Ele fez com o contrabaixo o que Max Roach e Art Blakey fizeram com a bateria: emancipou o instrumento, trouxe-o para o primeiro plano conferindo-lhe um discurso próprio.
Lançado em 1963 pela Impulse Records, “The Black Saint and the Sinner Lady” é uma composição única composta por seis partes divididas em 4 faixas. Onze músicos participaram da gravação: dois trompetes, três saxofones, trombone, tuba, guitarra, piano, baixo e bateria. No encarte do álbum Charles Mingus tenta sintetizar a sua criação: “Compus esta música para dançar e para ouvir. É música autêntica com muitos dos meus significados. É o meu epitáfio vivo do nascimento até o dia em que ouvi falar pela primeira vez de Bird e Diz”, referindo-se aqui aos fundadores do “Bebop” Charlie Parker e Dizzy Gillespie.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 01:34
Mais um dia e mais uma noite de trabalho que terminam precipitando-me para um doce momento em que me posso encontrar perante um cenário que inspira tranquilidade. A tal cenário falta sempre algo e quando a falta se faz mais aguda lá cedemos e preenchemos mais um pouco o espaço...
Como não me quero repetir, digo apenas que este espaço ficou ainda mais confortável e o cenário mais rico. A voz do homem é uma coisa que por si só já me deixa bem, cada palavra dita tem presença e um corpo quase palpável, mas a tudo isto ainda se somam arranjos instrumentais de delicadeza e complexidade suficientes para nos possibilitar sair do significado e referência comuns das palavras e criar um novo Mundo, um alternativo, um sonho...
E é assim... Scott Walker - Scott 4.
astra Membro AAP
Mensagens : 133 Data de inscrição : 24/11/2011
Assunto: Lady Day - The Best of Billie Holiday Qui Abr 27 2017, 09:35
A sua voz, carregada de emoção, marcou uma inovação determinante no universo do jazz ao assumir uma interpretação impregnada de lirismo e sensualidade. A sua concepção do fraseado foi única e insuperável e o seu domínio sobre o que cantava foi completo e absoluto. Nenhuma cantora, até hoje, conseguiu viver a música com a intensidade de Billie. O prazer e a dor, a sofisticação e a marginalização, as grandes salas e a prisão, a sedução e a melancolia, a suavidade e a exasperação, o sucesso e a discriminação acentuaram os contornos que tornaram o mito Billie Holiday indestrutível.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 12:12
O projecto "In the Fishtank" foi criado pela editora holandesa Konkurrent e é baseado num principio simples e algo genial. Apanhar dois grupos (ou um sò mais raramente) e dar-lhes dois dias de estudio afim de fusionar as identidades durante o espaço de um disco ... as escolhas musicais e estilisticas sendo complétamente livres. O ultimo disco (N°15) apresenta o encontro entre a Lo-Fi dos Sparklehorse e a Electronica ambient do Christian Fennesz ... sim, sim!! o mesmo do ultimo album do qual falei aqui intitulado "Venice". A aposta é ousada pois casar o rock indie dos americanos com a ambient hesitante e cerebral do austriaco, pode dar faisca. E na realidade é o que se passa, mas não é a faisca do curto-circuito mas sim a da inspiração que ilumina este disco. O Fennesz rodopia à volta da musica dos Sparklehorse com lençois musicais que atenuam as tensões, dilatam a dinamica ou diluem o tempo musical em vagas hesitantes e liricas. No final dà uma obra diferente da de cada participante e que fascina ... pois estes dois juntos poderiam fabricar uma obra de referência, tanto a cumplicidade e a inspiração são evidentes !!!...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 12:14
astra escreveu:
... O prazer e a dor, a sofisticação e a marginalização, as grandes salas e a prisão, a sedução e a melancolia, a suavidade e a exasperação, o sucesso e a discriminação acentuaram os contornos que tornaram o mito Billie Holiday indestrutível.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 12:27
José Miguel escreveu:
... A tal cenário falta sempre algo e quando a falta se faz mais aguda lá cedemos e preenchemos mais um pouco o espaço...
Tenho um amigo arquitecto (adepto do minimalismo) que diz: encher o espaço é vaziar a alma ... ora que a sua esposa que é colecionadora de arte diz: os objectos enchem o espaço deixado pelo vazio da existência !!!...
Reflectir nestas frases aparentemente antagonicas, pode ser um bom exercicio à escuta deste album...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 13:36
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... A tal cenário falta sempre algo e quando a falta se faz mais aguda lá cedemos e preenchemos mais um pouco o espaço...
Tenho um amigo arquitecto (adepto do minimalismo) que diz: encher o espaço é vaziar a alma ... ora que a sua esposa que é colecionadora de arte diz: os objectos enchem o espaço deixado pelo vazio da existência !!!...
(...)
Boa tarde Paulo!
As duas frases que o Paulo partilha são de duas pessoas diferentes e, curiosamente, de duas pessoas que estão juntas. Talvez o casal seu amigo seja a Síntese de uma Tese e de uma Antítese, ou pelo menos o resultado das duas frases espelhe uma Síntese.
Não vejo a relação com o Espaço nem de uma forma nem de outra, não quero entrar em "psicologismos" ou exercícios de psicanálise, ainda ontem, antes de sair do trabalho, escrevia a um amigo que está fora e dizia-lhe algo como isto: tivesse dinheiro e comprava mais Arte, outras formas de Arte, é muito bom viver num local onde os olhos são distraídos por momentos que outros pensaram ser necessários para o crescimento pessoal e colectivo.
Falava de Literatura, Música, Pintura, Escultura, ... a nossa relação com o Espaço é fruto da nossa mundividência, encher o Espaço de linhas rectas minimalistas não é menos significativo do que encher de curvas sinuosas e volumosas, são apenas duas formas de expressão pessoal, distintas sim, também não há duas pessoas iguais.
Duas imagens que se cruzam na minha cabeça...
Nas duas imagens temos composições muito semelhantes, mas que significados e referências são atribuídas em cada uma delas?
Do Benjamin Clementine nós sabemos, ele próprio nos explica o significado e referência de cada uma das cores e isso tem muito de pessoal. Honestamente nem sei se ele, Benjamin, conhecia a obra do Barnett Newman - Voice of Fire, 1967 -, nem me interessa saber... a verdade é que eu quando vejo uma penso na outra, mais alguém fez esta relação?
A enorme tela é minimalista, mas quem a vê pode lá colocar muita coisa e encher a composição para lá do espectável...
A relação com a Arte não é diferente da relação com as pedras da calçada (na minha cidade natal eu defendo-as contra aqueles que querem alcatrão...), com o musgo nos muros, com o mobiliário...
Deixo ainda uma particular referência ao álbum Sparklehorse + Fennesz - In The Fishtank 15, não só gostei do que ouvi como ainda me fez visitar o álbum de um amigo lançado em 2011... Horselaughter – “I Was a Ghost, Then” (Ed. de Autor).
O álbum tem uma íntima relação com Sparklehorse, mas é assim, uma coisa leva a outra e eu segui as conexões criadas na minha cabecita.
Brian Eno também merece atenção, ainda hoje será escutado com calma.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 16:51
Parte II - Aco dei de madrugada (one morning I waked up very early)
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 17:13
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 17:42
José Miguel escreveu:
... Não vejo a relação com o Espaço nem de uma forma nem de outra, não quero entrar em "psicologismos" ou exercícios de psicanálise...
Amigo José Miguel, eu deixei essas duas frases pois pareçeram-me ser um complemento giro da sua intervenção ... e não buscava nenhum psicologismo ou anàlise, tanto que pessoalmente não me enquadro em nenhuma das posturas citadas pelos meus amigos e estou bem assim (e é por isso que eles me deram esses seus pensamentos pessoais ) ...
Deixo ainda uma particular referência ao álbum Sparklehorse + Fennesz - In The Fishtank 15, não só gostei do que ouvi como ainda me fez visitar o álbum de um amigo lançado em 2011...
Estou contente que o tenha apreciado ...
Brian Eno também merece atenção, ainda hoje será escutado com calma.
O "Reflection" são discos para escutar/reflectir calmamente e com tempo pela frente!!!
Com um charuto, um bom Porto ou qualquer outro catalisador de sensações ...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 18:18
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... Não vejo a relação com o Espaço nem de uma forma nem de outra, não quero entrar em "psicologismos" ou exercícios de psicanálise...
Amigo José Miguel, eu deixei essas duas frases pois pareçeram-me ser um complemento giro da sua intervenção ... e não buscava nenhum psicologismo ou anàlise, tanto que pessoalmente não me enquadro em nenhuma das posturas citadas pelos meus amigos e estou bem assim (e é por isso que eles me deram esses seus pensamentos pessoais ) ...
Deixo ainda uma particular referência ao álbum Sparklehorse + Fennesz - In The Fishtank 15, não só gostei do que ouvi como ainda me fez visitar o álbum de um amigo lançado em 2011...
Estou contente que o tenha apreciado ...
Brian Eno também merece atenção, ainda hoje será escutado com calma.
O "Reflection" são discos para escutar/reflectir calmamente e com tempo pela frente!!!
Com um charuto, um bom Porto ou qualquer outro catalisador de sensações ...
Por vezes alongo-me no que escrevo, talvez devesse ter ficado pela primeira frase: As duas frases que o Paulo partilha são de duas pessoas diferentes e, curiosamente, de duas pessoas que estão juntas. Talvez o casal seu amigo seja a Síntese de uma Tese e de uma Antítese, ou pelo menos o resultado das duas frases espelhe uma Síntese.
Isto para lhe dizer que apreciei o que disse, a partilha de algo pessoal, e lembrei-me imediatamente a metáfora da moeda: uma moeda é constituída de duas faces distintas, mas complementares.
Creio ser assim o Homem, um Ser de faces, quando disse que não me queria alongar em "psicologismos" ou análises, disse-o para não cortar com algo que foi partilhado por si e me soube bem - por isso segui a escrita como se estivéssemos a conversar numa mesa de café, no fundo segui a falar de mim por me sentir bem na conversa...
Depois do passeio da tarde haverá tempo para a Música, mas primeiro é necessário procurar o que precisa de ser encontrado.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Qui Abr 27 2017, 19:06
Tocaram estes dois de uma assentada
astra Membro AAP
Mensagens : 133 Data de inscrição : 24/11/2011
Assunto: Philip Glass - Akhnaten Sex Abr 28 2017, 10:51
“Há quem goste da minha música porque é barulhenta, há quem goste porque é rápida, há quem goste porque é muito clássica, há quem goste porque não é clássica, há quem goste porque soa a música indie e quem goste porque acha que não soa a música indie... Tem tudo a ver com a idade de cada um e com o que cada pessoa traz à música...” Philip Glass
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 12:05
Eu tenho a trilogia de origem aonde a capa não é a mesma, mas é a mesma gravação. O Akhnaten continua a ser a minha opera preferida do Glass ... e isto desde o dia em que a descobri. A passagem The Window of Appearances é um momento de musica que ainda hoje me toca de uma maneira muito particular...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 12:08
José Miguel escreveu:
... por isso segui a escrita como se estivéssemos a conversar numa mesa de café, no fundo segui a falar de mim por me sentir bem na conversa... ...
È assim que as trocas são interessantes e conseguem apagar a distância ... ou quase !!!
astra Membro AAP
Mensagens : 133 Data de inscrição : 24/11/2011
Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 12:27
TD124 escreveu:
Eu tenho a trilogia de origem aonde a capa não é a mesma, mas é a mesma gravação. O Akhnaten continua a ser a minha opera preferida do Glass ... e isto desde o dia em que a descobri. A passagem The Window of Appearances é um momento de musica que ainda hoje me toca de uma maneira muito particular...
Também tenho a triologia: Einstein on the Beach, Satyagraha e Akhnaten. Akhnaten é também a minha preferida.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 17:42
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 18:33
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 21:22
Para acompanhar a preparação do jantar...
O senhor Neil Young... Hawks and Doves.
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 21:42
Neste caso nem foi a estante desorganizada a ditar a escolha, ainda que tenha dado uma ajudinha...
O Rock mais próximo das suas raízes chamou mais alto e este álbum é um bom exemplo.
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLI Sex Abr 28 2017, 22:36
hora da sobremesa, calorias em alta (pão-de-ló ao bom estilo de Ovar feito aqui em casa...) e prego a fundo...
Iggy Pop - Lust For Life... quanta energia!!!
Para quem gostar de Iggy Pop e ainda não conhecer:
Jamie Saft, Steve Swallow & Bobby Previte with Iggy Pop – Loneliness Road
Um trio de Jazz com a voz do agora septuagenário Iggy Pop, segundo o próprio, a "despida voz"!
Vale a pena espreitar, ele participa de três canções...
As Variações Diabelli são uma obra que ultrapassa tudo o que se compôs nesta forma musical desde as Variações Goldberg de Bach: as trinta e três Variações sobre uma Valsa de Anton Diabelli, foram concluídas e editadas em 1823. Estas diferem das variações do século XVIII e início do século XIX por consistirem, não em alterações relativamente superficiais da fisionomia do tema, mas em transformações do seu carácter intrínseco. A valsa banal de Diabelli, retomada por Beethoven como se quisesse demonstrar, desdenhosamente, o que era possível fazer a partir de semelhante tema, desdobra-se surpreendentemente numa enorme variedade de estados de espírito - solene, brilhante, caprichoso, misterioso -, ordenados tendo em vista a criação de contrastes, de agrupamentos e de um clímax. Cada variação é construída sobre motivos extraídos de uma ou outra parte do tema, mas modificado no ritmo, no andamento, na dinâmica ou no contexto, dando origem a uma configuração totalmente nova.