A rodar XLVI

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

José Miguel escreveu:

... Na PortoCalling já tive essa conversa com o Pedro, proprietário, pois ele tem sempre reedições de álbuns do Serge Gainsbourg e neste momento até anda lá o L'Homme À Tête De Chou que é bem bom! Porto isto, as reedições vendem-se muito bem, o que é sinal que ele está longe de estar esquecido - pelo menos aqui...

Pois eu acho que está. Nós e quem nos rodeia somos um nincho, nada mais que isso. Este homem chegou a fazer duetos com a BB. Este homem era uma espécie de James Dean francês. Outro que está a cair completamente no esquecimento é Boris Vian, não só as suas canções como romances e os deliciosos contos.
Sempre que pense, pense no que o rodeio o seu pequeno grupo. Está de facto (infelizmente) a desaparecer aos poucos.

Penso que voçês os dois téem razão, mas tu Alexandre como sempre deixas o afecto "afectar" a tua visão . Um artista qualquer que seja, sò vive pela memoria dos que gostam dele ou quando se torna um icone nacional ou universal. Aqui em França o Serge Gainsbourg està menos esquecido do que a maioria dos cantores da sua época ou anteriores, pois é um icone nacional. Evidentemente que vai desapareçer aos poucos, como uma grande maioria dos artistas que não são transversais com as novas gerações ... e depois serà de novo descoberto daqui a 30 anos, como o Claude François actualmente. Se o Serge Gainsbourg é re-editado em vinil é que hà um mercado ... então quer dizer que não està "ainda" complétamente esquecido. Em comparação, grandes artistas franceses da época dele como o Jacques Dutronc, Eddy Mitchell e sobretudo o imenso Michell Polnareff são muito menos badalados, ou estão muito mais esqueçidos consoante o ponto de vista ... fica um cheiro deste ultimo para a memoria e para ouvir aquele que era considerado o maior dessa arte menor  pelo proprio Serge Gainsbourg 

Tens toda a razão, obrigado por me fazeres ver a luz.

Este Eddy é me completamente desconhecido...deixa lá ouvir!

O jantar de sábado iniciou com uma surpresa que nos transporta para a adolescência:

Metallica...

É um gozo imenso, no sábado não o ouvimos, andaram a explorar os discos da estante, mas hoje ouvimos nós e recordamos bons momentos.

José Miguel escreveu:

O jantar de sábado iniciou com uma surpresa que nos transporta para a adolescência:

Metallica...

É um gozo imenso, no sábado não o ouvimos, andaram a explorar os discos da estante, mas hoje ouvimos nós e recordamos bons momentos.

O teu Black Album parece uma ardósia ahahahah!

É a edição Portuguesa de 1991, a capa já viveu muito.

Toca muito bem, é uma bela surpresa.

Andando um pouquinho para trás, fomos buscar um daqueles álbuns que anima até o dia que começa a apresentar o céu todo cinzento.


Lust for Life é uma pérola, além de muito bem escrito, instrumentalmente é qualquer coisa. O baterista estava com a energia no máximo e entregou um fundo brilhante para Iggy Pop aparecer no seu melhor.

José Miguel escreveu:

Andando um pouquinho para trás, fomos buscar um daqueles álbuns que anima até o dia que começa a apresentar o céu todo cinzento.


Lust for Life é uma pérola, além de muito bem escrito, instrumentalmente é qualquer coisa. O baterista estava com a energia no máximo e entregou um fundo brilhante para Iggy Pop aparecer no seu melhor.

Gosto muito, mas gosto ainda mais do Idiot. Acho que onde ele atinge o máximo como intérprete.

Alexandre Vieira escreveu:

José Miguel escreveu:

... Lust for Life é uma pérola, além de muito bem escrito, instrumentalmente é qualquer coisa. O baterista estava com a energia no máximo e entregou um fundo brilhante para Iggy Pop aparecer no seu melhor.

Gosto muito, mas gosto ainda mais do Idiot. Acho que onde ele atinge o máximo como intérprete.

+1 

From Wikipedia, the free encyclopedia

"Alabama" is a composition written by John Coltrane that appears on his album Live at Birdland (1963). It was written in response to the 16th Street Baptist Church bombing on September 15, 1963, an attack by the Ku Klux Klan in Birmingham, Alabama that killed four African-American girls.

Coltrane's quartet performed this piece on television for an episode of Jazz Casual in 1963.

ricardo onga-ku escreveu:

From Wikipedia, the free encyclopedia

"Alabama" is a composition written by John Coltrane that appears on his album Live at Birdland (1963). ...

È um dos raros "blues" composto por ele e na minha opinão um dos seus mais belos temas. Bravo de lembrar 

Este Jazz, Jazz me agrada mais!

anibalpmm escreveu:

(...)

O Aníbal descobriu um álbum que é uma bela surpresa!
A faixa que dá nome ao álbum e abre o segundo lado, começa com palavras que assaltam o espírito (Henry Dumas).
"We shall be riding dragons in those days
Black unicorns challenging the eagle
We shall shoot words
with hooves that kick clouds
Fire eaters from the sun
We shall lay the high white dome to seige
Cover screams with holy wings. In those days
We shall be terrible"

Para quem quiser espreitar.

Uma descoberta recente de um cant'autor antigo, Bert Jansch.

Esse trabalho do Bert Jansch não conhecia, mas dele conheço bem a banda The Pentangle (mais Progressivo, mas onde ele já revela uma boa técnica de guitarra acústica e voz).

Para ouvir quando chegar a casa.

Ah! A nova imagem do Ricardo está muito bem, é um quadro?

Para os mais velhotes (o n/ adm. AV tem 50 já pode ouvir ) prestem atenção a Oswaldo Montenegro no tema "A Lista " .Depois de ouvirem já percebem porque tem mais significado a partir dos 50 .
Abraço.

José Miguel escreveu:

... Ah! A nova imagem do Ricardo está muito bem, é um quadro?

Pareçe-me uma estilisação da série The Handmaid's Tale 

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... Ah! A nova imagem do Ricardo está muito bem, é um quadro?

Pareçe-me uma estilisação da série The Handmaid's Tale 

A capa de uma edição recente do livro. Leitura obrigatória! A actual trajectória dos EUA não está longe...

“There is more than one kind of freedom," said Aunt Lydia. "Freedom to and freedom from. In the days of anarchy, it was freedom to. Now you are being given freedom from. Don't underrate it.”

Margaret Atwood, The Handmaid's Tale

ricardo onga-ku escreveu:

“There is more than one kind of freedom," said Aunt Lydia. "Freedom to and freedom from. In the days of anarchy, it was freedom to. Now you are being given freedom from. Don't underrate it.”

Margaret Atwood, The Handmaid's Tale

Obrigado!
O Masekela já está demasiado batido, vou começar pelo Roach.


Estive a ouvir três interpretações do poema Strange Fruit:

Southern trees bear a strange fruit
Blood on the leaves and blood at the root
Black bodies swingin' in the Southern breeze
Strange fruit hangin' from the poplar trees

Pastoral scene of the gallant South
The bulgin' eyes and the twisted mouth
Scent of magnolias sweet and fresh
Then the sudden smell of burnin' flesh

Here is a fruit for the crows to pluck
For the rain to gather
For the wind to suck
For the sun to rot
For the tree to drop
Here is a strange and bitter crop

Ghost4u escreveu:

Canário é um pequeno pássaro de canto melodioso; amarelo ou laranja, semelhante à tonalidade da cenoura, são as cores mais populares.

Uma amarelinha célula, com 3,5 gramas, harmoniosamente extrai as composições registadas nos sulcos do duplo LP «The thieving magpie´ (La Gazza Ladra)», dos Marillion.

(EMI, 7914631)

Gosto muito desse live 

O We Insist! é muito bom!

ricardo onga-ku escreveu:

O We Insist! é muito bom!

É um daqueles que vale a pena lembrar de quando-em-quando. Além de ser um álbum que revela quão bons eram esses Músicos, é um álbum que revela que eles tinham algo para dizer.

Infelizmente, hoje ainda é actual.

Dando um salto para o que se vai fazendo mais próximo de nós, deixo esta sugestão:


Makaya McCraven é um baterista incrível, uma máquina de "beats". Além dele, neste Universal Beings estão presentes muitos dos nomes qie animam a "cena" Jazz de Chicago e o grande Saxofonista que coloca Londres em fogo - Shabaka Hutchings.
Sentirá as influências dos nomes maiores do Jazz Espiritual, mas também do que se vai passando na rua. O Hip-hop funde-se de forma orgânica, estes jovens comunicam naturalmente e de forma aberta que não estão a mais, nem a menos.

Para ouvir e partilhar com os filhos, poderá tocar todos.

masa escreveu:

Para os mais velhotes (o n/ adm. AV tem 50 já pode ouvir ) prestem atenção a Oswaldo Montenegro no tema "A Lista " .Depois de ouvirem já percebem porque tem mais significado a partir dos 50 .
Abraço.

Não é necessário esperar até aos cinquenta anos para perceber que as "listas" serão sempre constituídas de muitas miragens, alguns percursos incompletos e umas poucas realizações. A Música que se vai partilhando hoje, por coincidência (ou não), terá sido escrita por menores de cinquenta, mas que já tinham percebido que para ter "listas" com mais realizações teriam que lutar muito.

Graças ao Spotify e ao Covid tenho ouvido muito mais música nova.

ricardo onga-ku escreveu:

Graças ao Spotify e ao Covid tenho ouvido muito mais música nova.

Adoro! Mesmo muito!

Esta colectânea constitui um documento essencial para nos apercebermos a evolução do "artista". Desde os tempos em que fazia pop simples, músicas com interpretações incríveis e onde apresenta as suas referências musicais, Floyd, Beatles, Stones.

TD124 escreveu:

O Ricardo mudou de avatar e o José Miguel pensou que era um quadro. Lembrei-me que tinha ouvido esta manhã o album epônimo do Morgen aonde o quadro Skrik do Edvard Munch figura na capa. Deu-me vontade de mudar o meu avatar e de dessacralizar os mitos numa imagem evocadora e expressiva à ma façon... 

Actualmente escuto este belissimo duplo album e penso nesse quadro que reside perto do fjord de Oslo. Se poucos pintores souberam imortalisar a loucura (demência) como o Munch ... poucos musicos souberam pintar pela musica o singular branco e preto das paisagens norueguesas. O Nils Petter Molvaer é o especialista desse exercicio e lembra-nos que na Musica é importante de calar as palavras afim de exprimir o indizivel. Mesmo se não gostam de Jazz ouçam isto com atenção, até porque não é jazz mas simplesmente Musica ...

Essa faixa lembra-me os James:

Ghost4u escreveu:

Belíssima faixa dos James. Aquando a digressão referente a esse álbum, editado em 1992, na passagem pelo Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a primeira parte foi entregue aos Radiohead.

Eu estive nesse concerto, mas foi no estádio do Restelo:

https://canoticias.pt/entretenimento/a-1a-vez-dos-radiohead-em-portugal-foi-no-restelo/

Tem razão! Confundi com a actuação dos James no Coliseu. Desculpe o lapso.

O Alexandre já arranjou das dele, deste lado, mesmo sem cabos da Chord, tive que revisitar o belíssimo:


Toda a faixa Space Oddity está cheia de "segunda voz", aqui é perfeitamente distinguível, a separação dos canais coloca as vozes em pontos diferentes. Agora deixarei o álbum rodar tranquilamente, gosto muito dele e deste pequeno sistema sem nada de especial e espacial.

José Miguel escreveu:

O Alexandre já arranjou das dele, deste lado, mesmo sem cabos da Chord, tive que revisitar o belíssimo ... Space Oddity está cheia de "segunda voz", aqui é perfeitamente distinguível, ... gosto muito dele e deste pequeno sistema sem nada de especial e espacial.

Ai, ai, aiiii ... a lambada indirecta (ou directa) ao AV, até a mim aqui tão longe me fez mal 

O rapaz tão orgulhoso dos seus sistemas todos pipis ... uns modificados e outros oriundos das escandinàvias e sò ontém, com um banal cabo Chord, entendeu as coisas que um sistema reles faz sém esforçar 

PS: Não sei se reparaste Alexandre ... mas jà te vinguei 

José Miguel escreveu:

(...) Toda a faixa Space Oddity está cheia de "segunda voz", aqui é perfeitamente distinguível, a separação dos canais coloca as vozes em pontos diferentes.

O AV ainda lhe fará uma proposta para adquirir esse sistema; bastará ter conhecimento da cláusula de rescisão.

TD124 escreveu:

(...) um sistema reles faz sém esforçar 

PS: Não sei se reparaste Alexandre ... mas jà te vinguei 

É sem forçar, mas ele eforça-se e pratica ginástica diariamente para se manter em boa forma. 

Ghost4u escreveu:

José Miguel escreveu:

(...) Toda a faixa Space Oddity está cheia de "segunda voz", aqui é perfeitamente distinguível, a separação dos canais coloca as vozes em pontos diferentes.

O AV ainda lhe fará uma proposta para adquirir esse sistema; bastará ter conhecimento da cláusula de rescisão.

O Alexandre tem muito melhor, ele só andava a ouvir o álbum de forma distraída. 

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https://www.audioanalogicodeportugal.net/viewtopic.php?t=13578